MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 1 de junho de 2013

Protesto contra crise europeia reúne milhares na Espanha e em Portugal


Manifestantes protestaram contra medidas de austeridade.
Passeatas foram pacíficas em Madri, Lisboa e outras cidades dos 2 países.

Da France Presse

Milhares de pessoas protestaram neste sábado, em Madri e nas principais cidades de Portugal, contra a política de austeridade do governo adotada há dois anos por imposição do Fundo Monetário Internacional (FMI), da União Europeia (UE) e do Banco Central Europeu em meio à crise financeira.
Em Madri, manifestantes levam cartaz que diz Piigs contra a "troica", se referindo aos países europeus com maiores problemas econômicos: Portugal, Irlanda, Itália, Grácia e Espanha. (Foto: Quique Garcia/AFP PHOTO )Em Madri, manifestantes levam cartaz que diz 'Piigs contra a "troica"', se referindo aos países europeus com maiores problemas econômicos: Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha. (Foto: Quique Garcia/AFP PHOTO )
As manifestações são contra a troika de credores internacionais - FMI, União Europeia e BCE -, que impôs condições estritas a países como Espanha, Grécia e Portugal, em troca de resgates financeiros.
Na Alemanha, cerca de 7 mil manifestantes se juntaram para uma passeata a princípio pacífica. Muitos empunhavam cartazes com frases como "Faça amor, não guerra" e "FMI - saia da Grécia", diz a agência Reuters.
A tensão se agravou e a polícia alemã usou gás de pimenta e bastões contra os manifestantes do movimento Blockupy neste sábado (1º), quando milhares de pessoas saíram às ruas da cidade alemã de Frankfurt para protestar contra as políticas de austeridade aplicadas na Europa. É o segundo dia de protestos.
Idoso protesta levantando bengala, em Madri, onde manifestantes foram às ruas contra a "troica". (Foto: Quique Garcia/AFP PHOTO)Idoso protesta levantando bengala, em Madri, onde
manifestantes foram às ruas contra a "troica".
(Foto: Quique Garcia/AFP PHOTO)
Espanha
Na Espanha, a "troica" também supervisionou duras reformas econômicas introduzidas pelo governo conservador espanhol, e um resgate dos bancos espanhóis que ofereceu 40 bilhões de euros ao setor.
Milhares de manifestantes, agitando bandeiras, fizeram uma passeata pacífica por uma avenida central de Madri até a delegação local da Comissão Europeia.
"Estamos aqui para lutar contra as regras da troika, porque achamos que eles estão governando apenas para o bem dos grandes capitalistas, contra a vontade da maioria", disse o bancário aposentado Rafael Herguezabal, 75.
Ele culpou a troika por políticas introduzidas na Espanha por pressão de Bruxelas, como reformas trabalhistas e cortes e privatizações, que o governo alega serem necessárias para estabilizar as finanças públicas.
"Os governos europeus fazem o que a troika determina, ao custo de empobrecer a classe trabalhadora", criticou Herguezabal.
Portugal
Em Portugal, cartazes diante da representação do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Lisboa, em uma das principais avenidas da capital portuguesa, diziam "Basta! Troica fora! Governo demissão! Respeito!"
Os manifestantes gritavam contra o programa de austeridade imposto há dois anos por FMI, Banco Central Europeu e UE em troca de uma ajuda de 78 bilhões de euros.
O protesto, convocado pelo movimento apolítico "Que se lixe a Troica" e por vários sindicatos, entoou a tradicional "Grandola Vila Morena", o hino da Revolução dos Cravos, que em 1974 derrubou a ditadura salazarista.
"Não sou responsável pelos erros deles. É injusto que mantenham seus privilégios enquanto a população aperta o cinto", disse à AFP Manuel Oliveira, um agente de segurança. "Acredito que não nos resta outra coisa que fazer a revolução. Estas manifestações não mudarão nada", afirmou um aposentado carregando um cartaz exigindo a partida da Troica.
A Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP), principal sindicato do país, convocou na sexta-feira uma greve geral para 27 de junho contra as novas medidas de austeridade exigidas pela Troica.

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