MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 30 de junho de 2012

Sonho vira realidade: Seedorf aceita proposta e vai jogar pelo Botafogo


Meia holandês assina contrato com o Glorioso por dois anos

Por Fred Huber e Thales Soares Rio de Janeiro

O sonho alvinegro, que já durava quase um ano, virou realidade. Depois de uma longa negociação, Seedorf , enfim, disse "sim" à proposta do Botafogo. O ex-jogador do Milan, que passou os últimos dias com a família em Los Angeles, onde iniciou uma fase de treinamentos no Galaxy, assinou contrato com o Glorioso por dois anos. A direitoria do clube pretende apresentar o holandês à torcida no próximo sábado, dia 7/7, no Engenhão, antes do jogo contra o Bahia. Em nota publicada pelo seu site oficial, o Botafogo celebrou o final feliz da novela:
 - O Botafogo de Futebol e Regatas acertou a contratação do meia holandês Clarence Seedorf, de 36 anos. Seedorf assinou contrato por 2 anos com o Botafogo. A data de apresentação do jogador ainda será anunciada. Esta é a maior contratação de um estrangeiro feita por um clube do futebol brasileiro - diz o texto.
Clubes da carreira de Seedorf
 
1992-1995: Ajax-HOL
1995-1996: Sampdoria-ITA
1996-2000: Real Madrid-ESP
2000-2002: Internazionale-ITA
2002-2012: Milan-ITA
2012: Botafogo
 
 
O jogador e a empresa DM Milan Group, que gerencia sua carreira, ficaram satisfeitos com a maneira discreta e profissional com que a diretoria alvinegra conduziu a negociação. Para jogar em General Severiano, o meia recusou ofertas de Inglaterra, China, Qatar, Abu Dhabi (Emirados Árabes) e dos Estados Unidos (duas propostas).
Seedorf tem 36 anos e disputou a Copa do Mundo de 1998. Ele é casado com a brasileira Luviana e fala português fluentemente, o que deve facilitar a adaptação. Nascido no dia 1º de abril de 1976, em Paramaribo, no Suriname, e naturalizado holandês, Seedorf foi revelado pelo Ajax, da Holanda, onde começou a jogar profissionalmente já aos 16 anos. Com 18, fez sua estreia pela seleção laranja. Depois, defendeu Sampdoria, Real Madrid, Inter de Milão e Milan. O "Professor", como é conhecido na Itália, é recordista de títulos da Liga dos Campeões por times diferentes: quatro - Ajax (95), Real Madrid (98) e Milan (2003 e 2007).
reprodução facebook seedorf  (Foto: Reprodução / Facebook)Botafogo dá boas-vindas a Seedorf no perfil do clube no Facebook (Foto: Reprodução / Facebook)
Além de empresário (tem dois restaurantes chamados "Finger's", em Milão, e outros empreendimentos), Seedorf tem engajamento em causas humanitárias. Em 2005, por exemplo, ele criou uma fundação – Seedorf Foundation - para ajudar crianças carentes através do esporte. O jogador também criou uma empresa chamada "ON Management", que tem o objetivo de "mudar a maneira como o negócio do futebol é jogado", como ele próprio definiu. Ela representa e guia a carreira de jogadores profissionais. Além da "ON Management", Seedorf tem o projeto "ON Champions", que visa a revelar talentos do futebol e pessoas preparadas fora do campo, assim como ele.
Curiosidades sobre 'O Professor':
* O avô do jogador, Frederick, era filho de um escravo liberto pelo seu dono alemão, de quem pegou o nome Seedorf.
* Seedorf nunca recebeu um cartão vermelho em sua carreira. Foram 801 jogos até hoje. O meia holandês levou apenas 15 amarelos, sendo seis na última temporada pelo Milan.
* Os três irmãos do holandês, Chedric, Rhamlee e Jurgen, além de seu sobrinho, Regilio, são jogadores de futebol.
* O jogador fala seis línguas: neerlandesa (Suriname), holandês, inglês, italiano, português e espanhol.
* Seedorf estreou na seleção da Holanda quando tinha 18 anos, na vitória por 5 a 0 sobre Luxemburgo, em Rotterdam, dia 14 de dezembro de 1994.
* Fonte - site da Fifa.

Líder do PSDB afirma que vice de Serra agrega o '"ai Corinthians" à chapa


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
São Paulo - Palmeirense declarado, o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, José Serra, ganhou no seu recém-anunciado vice, o ex-secretário municipal da Educação Alexandre Schneider (PSD), mais proximidade com a torcida corintiana. "O Schneider agrega o 'Vai Corinthians' à candidatura do Serra", brincou o líder do PSDB na Câmara Municipal, vereador Floriano Pesaro. Alexandre Schneider, diferentemente de Serra, é corintiano.

Pesaro, que defendia a escolha de um nome do próprio PSDB para formação de chapa "puro sangue" neste pleito, afirmou que a escolha de Schneider para vice "consolida a coalização com a segunda maior força dessa aliança".

Para o vereador, Schneider agrega sua experiência na gestão de Educação à campanha de José Serra. Dois de seus principais adversários têm sólida experiência na área. O candidato petista, Fernando Haddad, foi ministro da Educação. Gabriel Chalita, do PMDB, foi secretário estadual da Educação. "Ele (Schneider) traz o tema para o núcleo da campanha", argumentou o tucano.

Outro ponto ressaltado pelo vereador é o fato do vice ser jovem: "Ele pertence à geração dos anos 80 e começo de 90. Isso aproxima a nossa candidatura dos mais jovens."

De acordo com Pesaro, o clima entre seus correligionários está tranquilo após a escolha de um nome do PSD para o posto de vice. Na quinta-feira (28), os presidentes dos diretórios zonais do PSDB entregaram carta a José Serra solicitando que o vice fosse um quadro do próprio partido. "Há um sentimento de vitória (na campanha) que se consolida com o Alexandre. Não há um sentimento partidário", diz.

A decisão do TSE, concedendo tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão ao PSD, não influiu na escolha de Schneider, afirma o tucano. "Não diria que o tempo teve essa influência. O tempo apenas consolidou o PSD como força política", disse.

Em convenção do PT, Haddad faz duras críticas à Gilberto Kassab


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
São Paulo - Com um discurso incisivo, criticando a gestão do atual prefeito Gilberto Kassab (PSD), aliado do tucano José Serra neste pleito, o petista Fernando Haddad teve sua candidatura para prefeito da cidade de São Paulo homologada neste sábado em convenção municipal do PT.

O petista acusou Kassab de ter recusado apoio do governo federal por valorizar seus interesses partidários. "Um crime foi ter voltado as costas para o governo federal para não compartilhar o sucesso. A conta do fracasso chegou e ele vai ter de engolir essa, não tem com quem compartilhar", afirmou no evento de seu partido realizado no salão nobre da Câmara Municipal.

Haddad foi firme ao dizer que o prefeito "anda muito ocupado perseguindo ambulantes com deficiência e moradores de rua". Segundo o candidato, um prefeito deveria, em seu último ano de mandato, estar entregando obras. "O lixo que não é coletado nas comunidades, isso não incomoda o prefeito. Mas um prato de sopa incomoda o prefeito", afirmou em referência à recente ameaça da Prefeitura de São Paulo de não incentivar a distribuição de comida a moradores de rua no Centro. "Pela primeira vez, eu vi um prefeito que queira criminalizar a caridade", atacou.

"Um prefeito com recorde de arrecadação, como esse teve, chega ao último ano de governo com uma agenda antissocial truculenta. Em um momento dramático na cidade, em que a violência aumenta exponencialmente, é essa a agenda que se oferece? São Paulo merece mais que isso", pregou Haddad.

O candidato classificou ainda a gestão Kassab como uma administração pautada por uma organização "mesquinha e provinciana". Para finalizar, Haddad foi contundente ao dizer que São Paulo não é uma cidade conservadora. "Essa cidade não é conservadora. Já elegeu um negro, uma nordestina, uma sexóloga. Atuam nessa cidade forças conservadoras. Nós vamos vencer essas forças conservadoras com a cidade de São Paulo e não contra a cidade de São Paulo."

Coligação

No evento que homologou a candidatura de Fernando Haddad, estiveram presentes os representantes não só do PT, mas também do PSB, PCdoB e PP, que formam a coligação para as eleições municipais.

Sobre a aliança controversa com relação ao apoio do PP, do deputado federal Paulo Maluf, Haddad afirmou: "que defeito tem (a aliança) de não ser ainda mais ampla. Eu gostaria de representar toda a base aliada do governo Dilma".

Na convenção foi homologada a candidatura de 73 candidatos a vereador pelo PT. O evento contou com a presença do presidente municipal do PT, Antônio Donato, o presidente municipal do PSB, Eliseu Gabriel, do presidente municipal do PCdoB, Vander Geraldo, do secretário-geral do PP, Jesse Ribeiro, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, da esposa do candidato petista, Estela Haddad, e da vice na chapa de Haddad, Nádia Campeão.

Paulo Maluf quer ajudar no programa de governo de Haddad


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
São Paulo - O secretário-geral do PP, Jesse Ribeiro, afirmou durante evento que homologou a candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, que o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) quer participar da formulação do plano de governo do petista. De acordo com o dirigente pepista, o partido vai começar a avaliar a proposta do plano de governo no próximo mês.

"Vamos sugerir (propostas) porque, afinal de contas, o Maluf foi prefeito duas vezes", justificou. Ele destacou que Maluf estará à disposição da coordenação da campanha de Haddad. "Ele (Maluf) quer que o Haddad seja um prefeito melhor que ele", ressaltou Ribeiro. O dirigente do PP minimizou as resistências internas no PT em relação à coligação com o seu partido e o de Paulo Maluf. "Em todas as situações temos gente que diverge, mas todos querem ganhar a eleição", argumentou.

Ribeiro chegou a ser vaiado em seu discurso ao falar em nome de Maluf, durante a convenção petista que homologou o nome de Fernando Haddad como candidato à Prefeitura de São Paulo. Segundo o representante do PP, um dos articuladores das alianças entre PT e PP, Maluf não foi ao evento porque participa todos os anos da abertura do festival de inverno de Campos do Jordão. "Se tem um nome que não pode ser intitulado como medroso, é ele (Maluf). Ele enfrentou o AI-5", respondeu Ribeiro ao ser questionado se Maluf havia faltado ao evento por medo de enfrentar a militância do PT.

A convenção do PT foi realizada no salão nobre da Câmara dos Vereadores e estava lotada de militantes com bandeiras e adesivos da campanha. Embora os militantes tenham puxado vaias no início do discurso de Jesse, o dirigente do PP conseguiu arrancar aplausos da plateia ao final de sua declaração, ao dizer que só Haddad tem condições de resolver os problemas da cidade.

Para o candidato petista, o debate em torno da polêmica aliança com Maluf já foi superado. "Nosso partido não reprime nenhuma manifestação, pelo contrário, nós aceitamos vozes de todos o tipos de nossa comunidade, mas nós precisamos de um governo de coalizão nesta cidade, e o que busquei foi reproduzir a aliança nacional", disse Haddad.

Embora tenha defendido em seu discurso que é preciso "vencer as forças conservadoras" que imperam na cidade, Haddad disse que mesmo aliado a elas (em referência a Paulo Maluf), é possível fazer um governo progressista, assim como o governo do PT tem feito no aspecto nacional. "Nós combatemos o conservadorismo no governo federal", afirmou.

Erundina não comparece na convenção do PSB em São Paulo


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
São Paulo - A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) foi a grande ausência de seu partido que homologou, neste sábado, a aliança ao PT de Fernando Haddad, na corrida à Prefeitura de São Paulo. Erundina, que deveria participar da convenção do PSB no Recife, também cancelou sua agenda devido a uma gripe. Haddad, que chegou no fim do evento, disse contar com o apoio da deputada para "reunir a tropa".

O PSB paulistano lançou hoje o nome de 20 candidatos à Câmara Municipal de São Paulo. Dentre eles, o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca e o comerciante Masataka Ota, marido da deputada federal Keiko Ota, pais do garoto Ives, assassinado em 1997 com 8 anos de idade. O partido integra a coligação proporcional com o PT e PP intitulada "Para mudar e renovar São Paulo". O PCdoB integra apenas a coligação majoritária.

Em seu discurso, Haddad disse que fará da Educação um dos pilares de seu programa de governo e prometeu governar junto com o PSB. "Ou você compartilha responsabilidade ou não se muda nada", disse o candidato.

Torcedor do São Paulo, Haddad brincou com Marcelinho Carioca ao dizer que "perdeu" seu filho para o Corinthians, depois que levou o jovem para vê-lo jogar, num clássico contra o São Paulo. "Na quarta-feira somos todos corinthianos", disse o candidato petista referindo-se à última partida da Final da Taça Libertadores em que o time paulista enfrente o argentino Boca Juniors, em São Paulo.

Ao final da convenção do PSB, a candidata a vice na chapa de Haddad, Nádia Campeã, revelou que conversou na sexta-feira com Erundina e que a deputada lhe desejou boa sorte na empreitada. Nádia substitui Erundina, que desistiu após a repercussão da polêmica foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Paulo Maluf, do PP, e Haddad.

Aéreas falidas ainda buscam na Justiça indenização de R$ 4,6 bilhões


Vasp, Varig, Rio Sul e Nordeste alegam prejuízos com Plano Cruzado.
Processo mais antigo já tramita na Justiça há 20 anos.

Fábio Amato Do G1, em Brasília
Empresas aéreas falidas (Varig, Vasp, Rio Sul e Nordeste) movem até hoje ações na Justiça contra a União pedindo indenização pelos prejuízos que alegam ter sofrido com o congelamento do preço das tarifas durante o Plano Cruzado (1986–1992). No total, as ações pedem ressarcimento de R$ 4,633 bilhões, em valores de 2011.
Aeronave 'encalhadas' em Congonhas (Foto: Gabriela Gasparin/G1)Aeronaves 'encalhadas' em Congonhas foram
leiloadas (Foto: Gabriela Gasparin/G1)
Oficialmente falida desde 2008, a Vasp foi a primeira a procurar a Justiça para requerer a reparação, em 1992. Essa ação está sob análise do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assim como as movidas por Rio Sul e Nordeste – a Rio Sul era subsidiária da Varig , e a Nordeste foi adquirida por ela depois.

A ação movida pela Varig é a mais adiantada: está no Supremo Tribunal Federal. O STJ deu ganho de causa à empresa, que pede indenização de R$ 2,589 bilhões, mas a União recorreu ao STF contra a decisão.

Em dificuldades financeiras, a Varig acabou dividida em duas. A “velha” Varig, que ficou com as dívidas, teve a falência decretada em agosto de 2010. Mas as autorizações de voo e a marca Varig hoje pertencem à Gol, que pagou, em 2007, US$ 320 milhões.

A Transbrasil, empresa aérea que teve a falência decretada em abril de 2002, foi a única que conseguiu garantir a indenização. Em dezembro de 1998, a Justiça determinou à União que pagasse à empresa R$ 1,3 bilhão (valor da época). A Transbrasil, porém, não chegou a receber o dinheiro, que acabou usado para abater uma dívida de R$ 700 milhões com o governo.

Valores das indenizações pedidas pelas empresas aéreas falidas (2011)
Varig R$ 2,589 bilhões
Vasp R$ 1,870 bilhões
Rio Sul R$ 132,5 milhões
Nordeste R$ 40,3 milhões
Fonte: Advocacia-Geral da União (AGU)
Prejuízos
Nos processos, as empresas alegam que o congelamento das tarifas determinado pelo então presidente José Sarney provocou prejuízos, já que os custos da operação das aeronaves (combustível etc.) continuaram a subir no período. E afirmam que, por conta disso, devem ser indenizadas pelo governo.

A Advocacia-Geral da União discorda. De acordo com a AGU, as empresas aéreas operavam sob permissão, e não concessão, por isso não têm direito a pedidos de reequilíbrio econômico. Ou seja, a União considera que as empresas assumiram o risco do prejuízo.

Nos processos, a AGU também questiona o cálculo do prejuízo feito pelas empresas. O órgão considera que os valores estão inflados e que os documentos e planilhas apresentados pelas aéreas não provam que o congelamento foi responsável pelas perdas, que podem ser resultado de outros fatores, como má administração.

Futuro
O sucesso da Transbrasil e as vitórias parciais concedidas pela Justiça em favor da Varig mostram que são grandes as chances de as aéreas falidas conseguirem a indenização bilionária.

Se isso se confirmar, o dinheiro teve ter o mesmo destino visto no caso da Transbrasil: abater dívidas com o governo. O G1 procurou a Receita Federal e os administradores das massas falidas, mas não conseguiu informações sobre o valor dessa dívida das empresas com a União.

A Infraero, estatal que administra aeroportos, informou que tem a receber da Vasp e do grupo Varig (que inclui Rio Sul e Nordeste) R$ 534,7 milhões em tarifas aeroportuárias, entre elas de pouso e permanência nos aeroportos.

Produtores esperam 30 mil toneladas de melancia na região de Agudos, SP


Chuva na época certa trouxe qualidade e rentabilidade.
Fruta é vendida com valor médio de R$ 0,40 por quilo.

Do G1 Bauru e Marília

Produtores de melancia de Domélia, distrito de Agudos (SP), estão animados. Choveu na época certa e o preço do quilo está bom. As perdas na produção não ultrapassam 5% de toda plantação. Além disso, o preço do produto também agrada, sendo negociado a um valor médio de R$ 0,40 por quilo. O sul do país é o destino de boa parte das melancias.
A expectativa dos produtores da região de colherem 30 mil toneladas de melancias aumenta a movimentação de pessoas nas lavouras. A colheita da melancia requer agilidade e muito cuidado para não estragar os frutos. Por isso, alguns produtores contrataram trabalhadores especializados no ramo. Cada um chega a receber até R$ 5 mil durante os 20 dias de trabalho para colher a fruta.
Trabalhadores intensificaram colheita na região Centro-Oeste (Foto: Reprodução/TV Tem)Trabalhadores intensificaram colheita na região Centro-Oeste (Foto: Reprodução/TV Tem)
Cerca de 30 mil toneladas são esperadas na colheita (Foto: Reprodução/TV Tem)Cerca de 30 mil toneladas são esperadas na colheita (Foto: Reprodução/TV Tem)

Estudo usa planta como anestésico para manejo de peixes no Amazonas


Plantas como cipó-alho, cravo-da-índia e alfavaca estão sendo testadas.
A substâncias foram testadas principalmente em tambaquis e matrinxãs.

Do G1 AM

Tambaqui (Foto: Dennis Barbosa/Globo Amazônia)Anestésicos naturais estão sendo testados para
facilitar a comercialização e peixes como
o Tambaqui (Foto: Dennis Barbosa/Globo Amazônia)
Proporcionar alternativas naturais para substituir produtos químicos que possam ser tóxicos quando utilizados na piscicultura. Este é o objetivo da pesquisa realizada pelo pesquisador Luiz Inoue pela Embrapa Amazônia Ocidental, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Para a substituição estão sendo feitas pesquisas com cipó-alho, cravo-da-índia, alfavaca, entre outras plantas.
As tecnologias estão sendo testadas, principalmente, para boas práticas de manejo na piscicultura, que possam reduzir riscos ambientais na produção de pescado, prevenir danos à saúde humana e facilitar a comercialização. Luiz desenvolveu testes em várias plantas como anestésico de peixes, para minimizar problemas no transporte desses animais. A substâncias foram testadas principalmente em tambaquis e matrinxãs, que são peixes originários da Amazônia e passaram a ser cultivados em várias regiões do Brasil.
“Durante o manejo os peixes podem se machucar e, consequentemente, favorecer a manifestação de doenças e morte de animais, alguns dias depois”, explica o pesquisador. “O uso dos anestésicos naturais reduz a movimentação excessiva dos animais e o estresse dos peixes, aumentando as chances de sucesso da prática de manejo, eliminando o risco de intoxicação do trabalhador e dos animais”.
O estudo faz parte de projeto da Embrapa, com apoio do CNPq, no Macroprograma 3, que incentiva projetos voltados para o “Desenvolvimento Tecnológico Incremental”, para apoiar o aperfeiçoamento tecnológico contínuo do agronegócio a curto e médio prazos.

Autodidata produz 'cajóns' com sons exóticos após vencer doença terminal


Cícero Simão trabalha a madeira com 30% de capacidade respiratória.
Ele produz cajóns com sons exóticos e tenta recriar carreira de luthier.

Tatiana Maria Dourado Do G1 BA

Cícero Simão Luthier Salvador Bahia (Foto: Reprodução/ TV Bahia)Cícero Simão cria série com onze cajons em pequeno apartamento em Salvador  (Foto: Reprodução/ TV Bahia)
Cícero Aristides Simão tem 51 anos e meia dúzia de cajóns, instrumentos percussivos seculares de origem peruana. As caixas de madeiras começaram a ser produzidas por acaso, em fevereiro deste ano, e ganham destaque entre plásticos e papelões empilhados na única parede "livre" dos 15m² de seu apartamento alugado, situado na Liberdade, bairro periférico da capital baiana. As peças musicais possuem, contudo, aspectos distintos das referências originais do vizinho latino: são assimétricas e entoam sons exóticos de correlatos percussivos como timbau, atabaque e zabumba, por exemplo.
O projeto dos cajóns é um escape na vida desse luthier - profissional que cria instrumentos - iniciado na atividade na década de 1970. Há pelo menos quatro anos, Cícero Simão teve que abdicar do emprego de técnico de edificação, e da arte de projetar, para cuidar dos efeitos terminais da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) que adquiriu. Da conversa com médicos, diz que, entre as causas, estão o histórico de 22 anos de cigarro, mais 21 de consumo exarcerbado de álcool, além das consequências do contato diário com o pó da madeira, expelido durante as suas atividades. Por tudo isso, ele aprende a lidar diariamente com apenas 30% que restam de sua capacidade respiratória, controlada pelas baterias obrigatórias de remédios.
"Esses aqui eu chamo de cajón porque tem formato de caixa, mas posso até mudar o nome. Eu pego referências de sons desses outros instrumentos [zabumba, por exemplo] e adapto à estrutura. Se não der certo, já é um som diferente. Essa é a vantagem!", diz o projetista, que não acredita ser a música simplesmente som. (Os percusionistas  Mikael Mutti e Duda Mendes experimentam os sons dos cajons no vídeo ao lado. Confira).
De primeira, ele tentou esboçar a craviola, instrumento de doze cordas idealizado pelo músico paulistano Paulinho Nogueira, mas a mistura de cravo com viola do luthier nordestino não deu certo. "Aquilo me fascinou, mas desmontei toda", recorda. Teve êxito no experimento seguinte, em 1976, com um violão, vendido a cruzeiros que renderam a compra de um tênis Topper, uma calça Lee e o prazer de diversas idas ao cinema. Desde o princípio, a proposta é incitar novas sonoridades à estrutura das peças.
"Era um violão mesmo, de pegar, usar, tocar. Depois desse, vieram mais três. Esse primeiro violão um rapaz tem como relíquia [conforme contou de um amigo]. Eu fui improvisando, porque era o primeiro e tudo custa muito dinheiro. E lá na minha terra [cidade de Rio Largo, em Alagoas], a questão do comércio é sempre complicada. Até as tarraxas que afinam a corda não tinham para vender. Eu tinha que usar o sistema de cravilhas ainda, tipo de violino", lembra.
MotivaçãoCatólico praticante e já compositor de 248 músicas sacras, o primeiro cajón assinado por Cícero foi feito com restos de madeira, guardados até então sem motivos, e doado para uma igreja da Liberdade. A ideia surgiu de forma despretensiosa pelo padre do templo e já ajuda a motivar nova dinâmica na rotina do luthier.
Cícero Simão Salvador Bahia (Foto: Tatiana Maria Dourado/G1)Cícero evita construir peças maiores por conta da
estrutura da casa (Foto: Tatiana Maria Dourado/G1)
"Usava-se timbau na banda de lá. Até que o padre novo me disse: 'Cícero, eu gosto muito daquele instrumento, não tem como colocar aqui não?' Pensei em dar um cajón para a igreja, mas quem tocaria? Bater é uma coisa, tocar é outra. Mas tem um menino, que chamo de 'Pancadão', temos ligação muito profunda. Dei e ele fez um estrago com o cajón! Pensei que já tinha valido a pena, fiquei arrepiado", conta.
Os cajóns são batizados e catalogados com as iniciais "IRP", que faz referência à Igor Rafael, 11 anos, o "Pancadão", um de seus principais incentivadores. Procurado, "Pancadão" conta que os cajóns são muito úteis para animar os encontros em sua casa, sempre ritmados por muito samba. "É um instrumento bom, tem som diferente, até legal para tocar sambinha. Quando ele vem aqui, o povo começa a dançar", descreve o pequeno, que, apesar da afinidade e dom para a arte, adora observar a mecânica de carros e planeja ser engenheiro. A dupla até planejou vender os cajóns na orla de Salvador, mas o projeto ainda não pôde ser executado porque os instrumentos já foram doados ou vendidos ao custo de R$ 260. A "ambição" de Cícero com os cajóns é, principalmente, "ter comida todo mês para estar bem".
LuteriaFabricar instrumentos sempre serviu para Cícero manter contato com a arte que admira, a música, e incrementar a renda que obtinha como operário da construção. Tecnicamente, utiliza os conceitos desenvolvidos pelo renomado luthier espanhol Antônio de Torres. Apaixonado e habilidoso com a madeira, principal matéria-prima do trabalho, ele sempre estudou a luteria de modo autodidata, com livros ou revistas, em bibliotecas e conversando com seus pares. Em tempo de internet, dedica-se a fóruns online para se atualizar sobre as novidades.
Contudo, foge à lógica da formação acadêmica e critica algumas ideias fixas da atividade, como a rigidez do número restrito de tipos de madeira para o fabrico de determinado instrumento. (Cícero Simão explica a acústica de um instrumento artesanal feito por luthier. Confira no vídeo ao lado).
"Torres e outros dão duas ou três opções de madeira para cada instrumento. Eu, na minha luteria, acredito que com qualquer madeira é possível fazer instrumento. O importante é como ela será trabalhada. Isso porque mesmo a madeira seifada na mata, na floresta, continua viva e reage", avalia. Sempre artesanal, Cícero já criou, com o seu conceito, versões de pandeiro, cavaquinho e viola. "O músico não dá importância à qualidade da acústica porque precisa de barulho. É raro um som acústico, intimista. O bom é a capela, sem microfone, é muito prazeroso", opina Cícero.

Luthier veterano e reconhecido em Salvador, Jorge Marinho desconhece colegas em Salvador, "salvo um ou outro" - soma apenas três. Cícero não é um dos. Dono de uma oficina e atuante há 17 anos na atividade, Marinho planeja criar uma associação para estreitar os laços entre os "cientistas", como gosta de nomear os luthiers. "Somos cientistas, misto de arquiteto, engenheiro, músico e carpinteiro. Se analisar cada coisa, tem que saber muito de mecânica, da sônica da madeira, matemática, física, ferramentaria, noções de lógica, domínio de música", enumera.

Marinho acredita que, na essência, a luteria é artesanal, mas que o uso da tecnologia é necessário para agilizar o tempo de produção dos profissionais que têm inserção no mercado. Por demanda dos clientes, mistura o eletrônico ao artensal, tradição da atividade, na constituição do instrumento. "Tem várias linhas de luthier. Quem trabalha na mão, somente na mão, são pessoas raríssimas no Brasil. Mas conheço alguns que não tem formação nenhuma, são raridades", diz.
Música é tudo. O universo canta. Gosto do som que conforta. Não gosto de música para dançar, sou mais espacial
Cícero Simão
Superação
A vida de Cícero Simão é embalada pelas lembranças musicais, mesmo sem ter rádio em casa (cantarola apenas com seu violão). No dia-a-dia, acorda pontualmente às 4h50, ingere o primeiro comprimido, toma banho, fica à espera do próximo medicamento, e assim por diante.
Cícero Simão na juventude (Foto: Cícero Simão/Arquivo Pessoal)Cícero Simão na juventude: carreira de cantor foi
abandonada (Foto: Cícero Simão/Arquivo Pessoal)
"Na década de 1870-1980, o Hollywood era sucesso. Namorei com uma pessoa que fumava e, quando acabei, meu organismo pedia cigarro. Um dia, na escola, um colega me viu fumando um superleve, tomou da minha mão e disse que cigarro de homem era Hollywood. Veio o problema no pulmão e me vi em estado terminal”, relata.

Muito antes de parar de fumar, há cinco anos, já havia terminado a relação com o vício da bebida, cuja convivência durou 21 anos. “Eu tive que trabalhar de domingo a domingo porque a pessoa que é alcóolatra precisa de referencial, todo dia é batalha. Ainda hoje se eu for a uma festa, tomando apenas água mineral, tônica ou refrigerante, no outro dia estou de ressaca. De ressaca mesmo! Não é moleza”, afirma.
A insuficiência respiratória freou o sonho de trabalhar ou ser cantor, como sempre quis, mas não o distanciou da música, para ele, a maior de todas as artes. “A música é tudo. O universo canta, as estrelas, tudo está cantando. É quando você chora, ri, lembra, dança, se expressa de tudo o que é forma. Em mim, me acalma, eu consigo dar uma direção de vida e de amizade. Gosto de tudo o que é música, mais da canção que dê conforto. Não gosto de música para dançar, sou mais espacial”, descreve.

Cícero é eclético e entende que a música supre a necessidade de cada realidade social. “Aqui na Bahia, por exemplo, o cara sai 4h de casa, pega a bacia, bota a água para esquentar, porque não tem como tomar banho quente, sobe a ladeira, a escada para pagar o ônibus, que não tem hora para passar, vai trabalhar e, quando volta, não vai querer escutar grandes compositores. Escuta algo que lhe dê o falso conforto e que sirva para tomar a cerveja dele”, opina.
Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elis Regina, Emílio Santiago, Benito de Paula, Jackson do Pandeiro, Ari Lobo e Luiz Gonzaga estão sempre presentes em sua memória. “Não tenho som, mas, se não lembro a letra toda, cantarolo a música e fico viajando na maionese”, e ri.

Dom Giovanni Crippa é apresentado como novo bispo auxiliar de Salvador


Cerimônia religiosa ocorreu neste sábado (30), na Catedral Basílica.
Dom Giovanni Crippa é italiano e residia em Feira de Santana desde 2001.

Do G1 BA

Dom Crippa Salvador Bahia (Foto: Divulgação/Arquidiocese)Novo bispo auxiliar tem 58 anos e é italiano
(Foto: Divulgação/Arquidiocese)
A Arquidiocese de Salvador apresentou neste sábado (30) o seu novo bispo auxiliar, Dom Giovanni Crippa. A cerimônia ocorreu às 10h, na Catedral Basília, situada no Terreiro de Jesus, no Centro Histórico da capital, e foi presidida por Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil. A ocasião contou com a presença de padres, religiosos e fies católicos. Um bispo auxiliar tem a função de bispo titular na Igreja Católica.
Dom Giovanni Crippa foi nomeado bispo auxiliar pelo Papa Bento XVI no dia 21 de março deste ano. Desde 2001, ele trabalha como vigário na cidade de Feira de Santana desde 2001.
O religioso nasceu em Milão, na Itália, no ano de 1958, e possui doutorado em História da Igreja, pela Pontifícia Universidade Gregoriana, localizada em Roma. Ele também foi professor na Faculdade de Missologia da Universidade Gregoriana, ainda em Roma, além de membro da Coordenação do Departamento Histórico do Instituto Missões Consolata.

Em nota, Mução se diz aliviado e informa que carreira será retomada


Humorista chegou a ser preso, suspeito de integrar rede de pedofilia.
Na noite de sexta-feira, irmão confessou crime e ele foi liberado.

Do G1 PE
João Marcelo Pires, Waldir Xavier e Bruno Coelho da Silveira, na coletiva (Foto: Katherine Coutinho/G1 PE)João Marcelo Pires, Waldir Xavier e Bruno Coelho da
Silveira, na coletiva (Foto: Katherine Coutinho/G1 PE)
O radialista e humorista Rodrigo Vieira Emerenciano, mais conhecido como Mução, disse se sentir "aliviado com o desfecho judicial que reconheceu a minha absoluta inocência". A informação estava na carta divulgada pelos advogados Waldir Xavier e Bruno Coelho da Silveira e do empresário João Marcelo Pires em coletiva de imprensa na tarde deste sábado (30), no Recife. O advogado disse que Mução passa bem e ficou chocado ao saber da participação do irmão, que assumiu ser o responsável pela troca de imagens pornográficas pela internet. Rodrigo teve a prisão temporária revogada pela Justiça Federal em Pernambuco e foi solto na noite da sexta-feira (29), no Recife.
Segundo os advogados, Rodrigo ainda não conversou com o irmão. "Ele está repousando, se recuperando emocionalmente e fisicamente desse baque", disse Waldir Xavier. "Não é falta de respeito [ele não ter vindo]. Rodrigo tem um personagem radiofônico, a imagem dele, os próprios fãs não o conhecem, o verdadeiro encanto dele é esse. Apesar do personagem ter voz de uma pessoa idosa, ele é um jovem", esclarece Xavier.
O advogado disse ainda não se preocupar com possíveis investigações da Polícia Federal em relação ao cliente. "Eu não vejo mais o que ser investigado ao Rodrigo. Não há, da parte dele, nenhum temor quanto a uma investigação que continue a ser feita. A verdade foi reestabelecida, Rodrigo está de alma lavada", afirmou Waldir.

O programa de Mução é transmitido por 56 emissoras do Nordeste. A perspectiva é que agora o humorista retome a carreira, a partir de segunda-feira. O advogado explicou que a defesa do irmão de Mução não pode ser feita pela mesma equipe. "Juridicamente nossas teses são conflitantes. Creio eu que ele já tenha constituído algum advogado", comentou.
Nota de Mução:
Aliviado com o desfecho judicial que reconheceu a minha absoluta inocência em relação às graves acusações que me foram injustamente imputadas, venho a público agradecer aos meus fãs, espalhados por todo o mundo, pelo apoio irrestrito e confiança na minha palavra.
Da mesma forma, gostaria de firmar agradecimento à imprensa que agiu com prudência e esperou a elucidação dos fatos; e aos meus patrocinadores e afiliados, que em nenhum momento retiraram seu apoio profissional e pessoal.
Por fim, reitero o meu repúdio a qualquer conduta voltada à inaceitável prática de pornografia e pedofilia.
Rodrigo Viera Emerenciano

Entenda o caso
O humorista foi detido em Fortaleza na quinta-feira (28), depois de ter a prisão temporária decretada pela Justiça Federal em Pernambuco durante a operação Dirty-Net, realizada em 11 estados e no Distrito Federal há cerca de ses meses. Ao todo, 18 pessoas foram detidas, no Rio Grande do Sul (duas em Porto Alegre, uma em Esteio e duas em Santa Maria), Minas Gerais (três prisões), Paraná (uma em Foz do Iguaçu), São Paulo (uma na capital), Rio de Janeiro (duas na capital) e Espírito Santo (uma na Grande Vitória).

Rodrigo morava no Recife até se mudar para Fortaleza, onde estaria há cerca de três meses. Mução chegou ao Recife por volta das 8h40 desta sexta (29). Ele depôs durante a manhã, houve um intervalo no horário do almoço e o depoimento continuou até a noite.

Por volta das 20h desta sexta-feira (29), os advogados Valdir Xavier e Bruno Coelho da Silveira, que representam o radialista, chegaram à sede da PF em Pernambuco para entregar aos investigadores um mandado expedido pela 13ª vara da Justiça Federal em Pernambuco, revogando o pedido de prisão que mantinha o humorista detido. Eles deixaram o local, acompanhados de Mução, por volta das 21h, para fazer os exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal.

Como o inquérito envolve crianças e adolescentes, corre em segredo de Justiça. A PF identificou o irmão como suspeito pelos crimes na metade do dia - suspeitava-se que fosse uma pessoa próxima e as investigações chegaram ao nome do rapaz, que confessou o crime. O irmão de Mução tem 23 anos, é engenheiro de computação e, segundo a PF, não tem naficha nenhuma ocorrência ligada a pedofilia. Ele não foi preso porque não houve flagrante e porque confessou o crime. O rapaz deve ser indiciado pelo artigo 241B do Estatuto da Criança e do Adolescente, cujo crime é disponibilizar arquivos contendo imagens de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes. A pena prevista é de 4 a 10 anos de reclusão.

De acordo com a Polícia Federal, comprovaram-se acessos feitos de várias residências e do escritório de Mução.

Desempregado entrega currículo em semáforos há 10 anos em Fortaleza


Silva consegue trabalhos temporários distribuindo o currículo nas ruas.
Ele não concluiu os estudos e entrega 50 currículos em um só dia.

Diana Vasconcelos Do G1 CE

homem distribui currículo (Foto: TV Verdes Mares/ Reprodução)Francisco entrega currículo a motoristas
(Foto: TV Verdes Mares/ Reprodução)
Sem emprego fixo há 10 anos, o cearense Francisco Alves encontra nas ruas uma forma de distribuir o próprio currículo e conseguir trabalho. Às terças, quartas e quintas-feiras, ele vai a semáforos de cruzamentos movimentados de Fortaleza e divulga a experiência profissional que tem. “Chego a distribuir 50 currículos por dia”, afirma.
Alves se candidata para trabalhar como zelador, empacotador, garçom, contínuo, cobrador de ônibus, em serviços gerais e outras atividades se o “serviço for honesto”. “Um dia desses lavei roupas e eu lavo muito bem”, diz. Todos os trabalhos recentes foram conseguidos por meio dos currículos distribuídos nas ruas da cidade.
Depois de perder o emprego como caseiro, ele só conseguiu “bicos”.  “Ás vezes, os motoristas [nas ruas] me dão uma coisinha, R$ 1,00 ou R$ 2,00, aí eu compro bala e bombom e vendo nas festas nos fins de semana”, conta.
Silva se separou da mulher e, desde então, paga pensão aos filhos. Ele afirma pagar R$ 35,00 por semana pela hospedagem e café da manhã em uma pequena pousada no Centro de Fortaleza. “Aqui é mais do que alugar uma casa. É bom”, disse.
Apesar das dificuldades, Silva afirma que não abre mão da honestidade. “Nunca passou pelo meu pensamento [cometer crimes]”, disse ele que estudou apenas até o terceiro ano do ensino fundamental e diz trabalhar desde os nove anos. “Sem trabalho honesto não dá para viver”, destacou.

Depois da praia, Jennifer Lopez prova comidas regionais em Fortaleza


Cantora provou coxinha de caranguejo em restaurante na Avenida Beira Mar.
J-Lo faz show na capital cearense no Centro de Eventos neste sábado (30).

Gabriela Alves Do G1 CE

Jennifer Lopez saiu do restaurante com a filha nos braços (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Jennifer Lopez saiu do restaurante com a filha nos
braços (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Depois de se refrescar nas águas da Praia do Mucuripe com o namorado Casper Smart e os dois filhos, Max e Emme, a cantora Jennifer Lopez seguiu a pé escoltada por seguranças para um restaurante no calçadão da Avenida Beira Mar. No estabelecimento, J-Lo chegou sem fazer muito alarde e ficou em uma mesa com vista de frente para o mar onde saboreu comidas regionais.
Segundo o maitre Marciano Fernandes, Jennifer Lopez pediu muitos pratos com frutos do mar e provou a tradicional coxinha de caranguejo, o caldinho de feijão, além de costela de porco com batatas recheadas. A cantora ficou 40 minutos no restaurante e pagou uma conta de R$ 853,38.
A empresária Carol Nascimento e a filha Clarisse, fãs assumidas da cantora, estavam no restaurante e ficaram impressionadas com a simplicidade da americana. “Ela é super simples. Brincou com os filhos. O namorado dela também não parava de brincar com as crianças. Ela até disse que queria o mesmo prato que viu o garçom trazendo para mim”, afirma. As duas contam que foram as primeiras a comprar os ingressos para o show de J-Lo no sábado (30) no Centro de Eventos do Ceará.
Jennifer Lopez saiu do local com a filha Emme nos braços e passou entre os fãs que aguardavam na entrada do local, mas não parou para fotos. Ela seguiu para o hotel em um carro com os filhos e o namorado.
A popstar estava acompanhada do namorado e dos dois filhos que, segundo testemunhas, brincaram com crianças que estavam na praia.  (Foto: Clarisse Nascimento/Arquivo Pessoal)A popstar estava acompanhada do namorado e dos dois filhos que, segundo testemunhas, brincaram com crianças que estavam na praia. (Foto: Clarisse Nascimento/Arquivo Pessoal)

GDF faz mutirão e atende 20 pacientes para retirada de tumores de pele


Operações serão feitas no Hospital de Sobradinho, neste sábado (30).
Governo diz que outros três mutirões do mesmo tipo serão feitos em 2012.

Do G1 DF

O governo do Distrito Federal promove neste sábado (30), no Hospital Regional de Sobradinho, um mutirão de cirurgia para retirada de tumores causado por câncer de pele em 20 pacientes. Todos os pacientes estavam em lista de espera.
De acordo com o coordenador de cirurgia plástica da Secretaria de Saúde do DF, Marcelo Gea, outros mutirões como esse estão previstos para ocorrerem em julho, agosto e dezembro. Em julho, está marcada a segunda etapa do mutirão deste sábado, quando outros 20 pacientes passarão pelo mesmo procedimento.
Em agosto, as cirurgias serão feitas nos hospitais da Asa Norte e de Santa Maria, em parceria com a Gerência de Dermatologia, que fará a avaliação de cerca de 500 pacientes que tiveram consultas marcadas pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde. Em dezembro, a cirurgias deverão ser feitas também no Hospital da Asa Norte.
As intervenções deste sábado serão realizadas por uma equipe formada por quatro cirurgiões plásticos, sete médicos residentes, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Pescadores fazem mistério para procissão de São Pedro, no ES


Procissão marítima acontece em Vitória no domingo (1º).
Pescadores escondem preparativos para decoração dos barcos.

Leandro Nossa Do G1 ES

A movimentação no píer dos pescadores da Enseada do Suá, em Vitória, mostra que algo diferente está prestes a acontecer na capital. A um dia da procissão marítima de São Pedro, os pescadores da região preparam os seus barcos para navegarem e, literalmente, desfilarem pela baía de Vitória. A procissão terá embarcações decoradas, e uma comissão julgadora vai premiar os que tiverem melhores alegorias. A procissão acontece a partir das 10h da manhã deste domingo (1º).
O pescador João Luiz Rodrigues, de 64 anos, participa desde criança da procissão e diz que o segredo é fundamental para uma boa decoração. "A gente sempre se prepara para a procissão, que é o momento mais esperado do ano para os pescadores de Vitória, e sempre acontece um mistério quanto à decoração dos nossos barcos. Às vezes a gente até esconde os enfeites um do outro porque acontece uma certa rivalidade. Os barcos enfeitados mesmo, a gente só mostra na manhã do domingo”, conta o pescador.
São Pedro sempre nos acompanha no mar"
Álvaro Martins
O presidente da Colônia de Pescadores de Vitória, Álvaro Martins, explica o motivo de tanta ansiedade e participação dos pescadores no evento. “São Pedro nos acompanha sempre nos mares, enfrentamos tempestades, está sempre com a gente, por isso merece essa homenagem de fé”.
Além de manifestar a fé, os pescadores aproveitam para fazer críticas sociais. “Este é o momento do ano que todos olham para a gente, para a nossa manifestação. Por isso, aproveitamos para decorar o barco com críticas, sátiras, coisas bem pensadas”, disse Robson Oliveira, de 39 anos, que vive da pesca há 20.
Pescadores estão ansiosos para procissão marítima (Foto: Leandro Nossa / G1 ES)Pescadores estão ansiosos para procissão marítima (Foto: Leandro Nossa / G1 ES)
Devoção
São Pedro é conhecido popularmente como o santo protetor dos pescadores, e, logo, desperta boa parte da devoção dos homens do mar. Mas, em Vitória, São Pedro também divide o posto de padroeiro e protetor com uma santa que ‘observa’ toda a Baía de Vitória, Nossa Senhora da Penha. O Convento da Penha pode ser visto do píer dos pescadores, que também demonstram muita fé pela padroeira do Espírito Santo.
“Não podemos esquecer da santa, que está ali olhando para a gente, quando enfrentamos tempestades e problemas no mar. A homenagem é para São Pedro mas vale para todos os santos”, diz o pescador João Luiz Rodrigues.
Pescador Helson coleciona histórias em Vitória (Foto: Leandro Nossa / G1 ES)Pescador Helson coleciona histórias em Vitória
(Foto: Leandro Nossa / G1 ES)
Histórias de pescador
Como todo bom pescador que se preze, além da fé e devoção, eles têm excelente lábia para contar histórias. Helson Oliveira, de 64 anos, é um exemplo disso. “Aqui na baía de Vitória temos muitas tartarugas. Certa vez a tempestade atingiu o mar e meu barco acabou quebrando, fiquei à deriva. Uma tartaruga estava passando, peguei o casco dela, usei como barco e voltei para a superfície”, relata, aos risos, o homem que tem mais de 50 anos de pesca.
Entre as histórias, também há muitas confusões. “Por todo o mistério que a decoração dos barcos da procissão envolve, muita gente já brigou e até roubou os enfeites um do outro antigamente”, diz João Luiz Rodrigues.
Pescador Helson coleciona histórias (Foto: Leandro Nossa / G1 ES)Pescador Helson coleciona histórias
(Foto: Leandro Nossa / G1 ES)
Desvendando o mistério
Mesmo com todo o segredo, os pescadores Robson e João Luiz revelaram o que estão preparando para a procissão do domingo. “Vamos fazer uma crítica à pedofilia. Com faixas e um painel com recortes de jornais com as notícias, além de bonecos que representam quem pratica esse tipo de ação, a intenção é conscientizar o povo”, desvenda Robson.

Projeto aproxima visitantes e animais do Mangal das Garças, em Belém


O 'Momento Alimentação Mangal' aproxima visitantes da rotina dos animais.
Programação será realizada aos finais de semana e feriados, em Belém.

Do G1 PA

A partir do próximo sábado (30), visitantes do parque Mangal das Garças, em Belém, poderão participar de uma atividade diferente, o "Momento Alimentação Mangal". Com a nova programação, o público poderá conhecer um pouco da rotina dos animais, acompanhando o momento em que peixes, tartarugas e garças são alimentados pelos tratadores.
Segundo o diretor do Mangal das Garças, Igor Seligmann, o objetivo é expandir a área de conhecimento dos visitantes, aliado ao bem estar dos animais. “Nós convidamos o público a conferir a rotina e o tratamento dado pelo Mangal das Garças aos animais, sempre com o objetivo de cuidar, ajudar na reprodução e promover o bem estar das espécies”, ressalta.
Nova programação do Mangal das Garças vai aproximar visitantes e animais, em Belém (Foto: Elivaldo Pamplona/O Liberal)Nova programação do Mangal das Garças vai aproximar visitantes e animais, em Belém (Foto: Elivaldo Pamplona/O Liberal)
O "Momento Alimentação Mangal" começará às 9h, quando o tratador irá alimentar peixes e tartarugas à margem do Lago da Ponta. "As duas espécies se alimentam de uma ração flutuante. Essa é uma oportunidade para ver peixes como o tambaqui, e as belas tartarugas, que tomam conta da margem para se alimentar”, informa Seligmann.
A programação contará ainda com o espetáculo de soltura das borboletas, em que cinco espécies diferentes serão soltas pelo borboletário. Seligmann explica que a soltura acontece quando as asas das borboletas estão secando. “O visitante poderá admirar de perto o espetáculo do primeiro voo. Tudo acompanhado por um tratador, que dará informações sobre o processo de reprodução”, destaca.
Já o trabalho de alimentação das quase 150 garças que vivem no Mangal será realizado três vezes ao dia. De acordo com Seligmann, nenhuma garça pertence ao parque. Todas as aves ficam soltas na natureza e pela cidade. “Mas desde 2005, quando o parque abriu, elas já estão condicionadas aos horários de alimentação, e sempre estão por aqui”, conclui.
A programação começa às 9h, com a alimentação de peixes e tartarugas, no Lago da Ponta, em seguida, às 10h, acontece a soltura das borboletas, no Borboletário. A atividade se repete às 16h . A alimentação das garças, no Lago da Ponta acontece nos horários de 11h, 15h e 17h30.
Serviço
O projeto "Momento Alimentação Mandagal" será realizado sempre aos sábados, domingos e feriados, a partir do dia 30 de junho, no Mangal das Garças, que fica na Passagem Carneiro da Rocha, s/n, ao lado do Arsenal da Marinha, no bairro da Cidade Velha, em Belém.

Marajó tem praias de água doce com jeito de mar


Maior ilha fluvial do mundo oferece opções de turismo ecológico no Pará.
Belezas naturais estão presentes em toda a extensão do arquipélago.

Evandro Santos Do G1 PA

O arquipélago do Marajó é um território gigante cercado de belezas naturais e habitado por um povo acolhedor. Considerada a maior ilha fluvial do mundo, a região fica no extremo norte do Pará, banhada pela foz do rio Amazonas e pelo oceano Atlântico. São 50 mil km2 de extensão, bem maior que muitos países da Europa, o equivalente aos estados de Alagoas e Sergipe.
Trilhas ecológicas por furos e igarapés na Ilha do Marajó (Foto: Cláudio Santos /Agência Pará)Trilhas ecológicas por furos e igarapés na Ilha do Marajó (Foto: Cláudio Santos /Agência Pará)
Soure e Salvaterra são as cidades mais procuradas pelos turistas. No passado, um povoado indígena existia na região, que hoje abrange os dois municípios. Separados pelo rio Paracauari, as duas “pérolas do Marajó” preservam belezas exuberantes, com praias, campos, trilhas ecológicas no meio da mata e animais encantadores.
gráfico para matéria (Foto: Nathiel Moraes/G1)
O principal ponto de partida para chegar aos dois destinos é o porto de Belém. Pelo distrito de Icoaraci, a 20 km da capital, o visitante pode levar até o carro no ferryboat, que transporta passageiros à região. São três horas de viagem até o porto de Camará, em Salvaterra. O clima quente e úmido, com temperaturas que variam entre 23 e 33 graus, sugere aos visitantes roupas leves e bastante hidratação.
Ruínas
Sinais da presença dos colonizadores portugueses no Marajó são encontrados na vila de Joanes, a 17 km de Salvaterra, onde estão as ruínas de uma igreja construída pelos jesuítas, no século 17. É no vilarejo que também fica a Praia Grande, com características primitivas e poucos frequentadores. A tranquilidade é um convite ao sossego no lugar, onde funcionam hospedarias modestas e rústicas.
A paisagem natural de Joanes agrada pessoas que buscam no Marajó um momento para relaxar e fugir da agitação urbana. Sempre que pode, o administrador e consultor de projetos Hermínio Feio visita a região. “As belezas naturais daqui não ficam atrás de nenhuma outra no país”, afirma ele. Alguns dos mais de 20 hotéis e pousadas existentes nos municípios de Salvaterra e Soure oferecem passeios ecológicos que completam o lazer dos turistas.
A prefeitura mantém uma reserva ecológica no município e uma unidade de conservação para proteger os recursos naturais e desenvolver o ecoturismo. A produção de abacaxi é uma das atividades econômicas mais ativas na cidade. A qualidade do fruto, dizem, é um dos melhores do país por sua doçura. Muitos produtores levam abacaxi para ser vendido em Belém.
Soure
Depois de desembarcar no porto de Camará, o visitante pega a estrada que leva à sede o município de Salvaterra. De lá, uma embarcação atravessa o rio Paracauari e, em 15 minutos, chega a Soure, vaidosamente apelidada de “Capital do Marajó”. O turista não deve estranhar se for recepcionado por um grupo de dançarinos de carimbó, dança típica da região, nem se cruzar pela rua com um búfalo.
Alguns guias brincam ao dizer que para cada habitante da ilha há um búfalo. Eles ficam concentrados nas fazendas que viraram pontos turísticos na região. As propriedades sempre oferecem passeios com os animais. Ir ao Marajó e não fotografar montando em cima de um búfalo é como ir ao Rio de Janeiro e não ir ao Corcovado.
A técnica em radiologia Aparecida Freitas morou 21 anos em Soure e se acostumou a ver búfalos na cidade. Afinal, eles são usados para o transporte de carga e na própria segurança da população. Adivinha com quem é feito o policiamento montado no município? Com os búfalos. “Gosto dessa cultura e da diversidade que existe aqui”, diz a jovem. Segundo informações da prefeitura local, o Marajó inteiro tem o maior rebanho do animal do Brasil, com cerca de 700 mil cabeças, correspondendo a três vezes a população dos 16 municípios do arquipélago.
Nativos do Marajó usam os búfalos para atividades cotidianas (Foto: Fernando Araújo/O Liberal)Nativos do Marajó usam os búfalos para atividades cotidianas (Foto: Fernando Araújo/O Liberal)
Pelo menos quatro raças, identificadas pelo chifre, habitam a região: carabau, chifre para o lado com extremidade para cima; mediterrâneo, chifre para cima; jafarabade, chifre enrolado e para baixo (em extinção); e o murra, com o chifre todo enrolado para cima. “Nos meses de verão, quando o calor é bastante intenso, dificilmente se verá búfalos fora d´água ao meio dia”, divulgou a prefeitura.
Gráfico para matéria (Foto: Nathiel Moraes/G1)
Culinária
O bom de tudo é provar a carne bovina produzida nas fazendas do Marajó. Nos restaurantes, o “file de marajoara”, acertou que pensou no búfalo, não pode faltar no cardápio. Ele vem com queijo (extraído do leite do animal) por cima da carne. Uma delícia.
Menos pesado, no entanto, mais calórico é o caldo do turu, espécie de molusco encontrado dentro de tronco de árvores. O prato é chamado de “viagra marajoara”, pela energia que deixa no corpo. O caldo é preparado com condimentos simples, mas tem porções apimentadas. “Ele (o caldo) é bem forte”, diz Aparecida.
Praias
A novela Amor Eterno Amor, da Rede Globo, mostrou para o Brasil, em seus primeiros capítulos, um pedaço paradisíaco de Soure: a Praia do Goiabal, que fica dentro da Fazenda São Jerônimo. No lugar é possível ver garças solitárias pescando na beira da praia sem que ninguém as perturbe. Um ambiente propício para a contemplação. No mesmo caminho que leva à Goiabal, chega-se a Praia do Pesqueiro, conhecida por seus coqueiros e quiosques de palha.
Praias desertas, de água doce e salobre, são programas imperdíveis no Marajó. Pela fazenda Aruruna, chega-se a Barra Velha. No caminho é possível ver a rica fauna e flora marajoara, com o desfile de búfalos, garças e guarás. A praia é a preferida de quem gosta de aliar diversão com o ecoturismo.
As praias do município são praias de rio que parecem mais com praia de mar. No segundo semestre do ano, com a influência do Atlântico, a coloração da água fica levemente esverdeada, como é o caso da Barra Velha e Aruruna. O visual fica ainda mais convidativo para o banho. “O Marajó é, realmente, o resumo da Amazônia em um local só, porque reúne vários ecossistemas”, diz a guia de turismo Taís Montenegro, que vive indo e voltado da ilha.
Cultura
Visitar o Marajó exige calma e sabedoria. O ritmo das cidades não é apressado, e o tempo parece custar a passar. A vida lá é assim: mansa como os rios, valente como os búfalos, tranquila como as garças e genuína como a natureza.
Dalcídio Jurandir, escritor marajoara do século passado, escreveu: “o sol me deu bons dias através da janela. E me disse baixinho: ‘irmão, faça a oração da luz às árvores e ouve os pássaros’”. Gentileza, irmandade e respeito ao meio ambiente são importantes para o Marajó.

ISTOÉ LULA!

DE MARCO ANTÔNIO VILLA

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PUBLICADO NO ESTADÃO DESTE SÁBADO
MARCO ANTONIO VILLA
Luiz Inácio Lula da Silva tem como princípio não ter princípio, tanto moral, ético ou político. O importante, para ele, é obter algum tipo de vantagem. Construiu a sua carreira sindical e política dessa forma. E, pior, deu certo. Claro que isso só foi possível porque o Brasil não teve ─ e não tem ─ uma cultura política democrática. Somente quem não conhece a carreira do ex-presidente pode ter ficado surpreso com suas últimas ações. Ele é, ao longo dos últimos 40 anos, useiro e vezeiro destas formas, vamos dizer, pouco republicanas de fazer política.
Quando apareceu para a vida sindical, em 1975, ao assumir a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, desprezou todo o passado de lutas operárias do ABC. Nos discursos e nas entrevistas, reforçou a falácia de que tudo tinha começado com ele. Antes dele, nada havia. E, se algo existiu, não teve importância. Ignorou (e humilhou) a memória dos operários que corajosamente enfrentaram ─ só para ficar na Primeira República ─ os patrões e a violência arbitrária do Estado em 1905, 1906, 1917 e 1919, entre tantas greves, e que tiveram muitos dos seus líderes deportados do País.
No campo propriamente da política, a eleição, em 1947, de Armando Mazzo, comunista, prefeito de Santo André, foi irrelevante. Isso porque teria sido Lula o primeiro dirigente autêntico dos trabalhadores e o seu partido também seria o que genuinamente representava os trabalhadores, sem nenhum predecessor. Transformou a si próprio ─ com o precioso auxílio de intelectuais que reforçaram a construção e divulgação das bazófias ─ em elemento divisor da História do Brasil. A nossa história passaria a ser datada tendo como ponto inicial sua posse no sindicato. 1975 seria o ano 1.
Durante décadas isso foi propagado nas universidades, nos debates políticos, na imprensa, e a repetição acabou dando graus de verossimilhança às falácias. Tudo nele era perfeito. Lula via o que nós não víamos, pensava muito à frente do que qualquer cidadão e tinha a solução para os problemas nacionais ─ graças não à reflexão, ao estudo exaustivo e ao exercício de cargos administrativos, mas à sua história de vida.
Num país marcado pelo sebastianismo, sempre à espera de um salvador, Lula foi a sua mais perfeita criação. Um dos seus “apóstolos”, Frei Betto, chegou a escrever, em 2002, uma pequena biografia de Lula. No prólogo, fez uma homenagem à mãe do futuro presidente. Concluiu dizendo que ─ vejam a semelhança com a Ave Maria ─ “o Brasil merece este fruto de seu ventre: Luiz Inácio Lula da Silva”. Era um bendito fruto, era o Messias! E ele adorou desempenhar durante décadas esse papel.
Como um sebastianista, sempre desprezou a política. Se ele era o salvador, para que política? Seus áulicos ─ quase todos egressos de pequenos e politicamente inexpressivos grupos de esquerda ─, diversamente dele, eram politizados e aproveitaram a carona histórica para chegar ao poder, pois quem detinha os votos populares era Lula. Tiveram de cortejá-lo, adulá-lo, elogiar suas falas desconexas, suas alianças e escolhas políticas. Os mais altivos, para o padrão dos seus seguidores, no máximo ruminaram baixinho suas críticas. E a vida foi seguindo.
Ele cresceu de importância não pelas suas qualidades. Não, absolutamente não. Mas pela decadência da política e do debate. Se aplica a ele o que Euclides da Cunha escreveu sobre Floriano Peixoto: “Subiu, sem se elevar ─ porque se lhe operara em torno uma depressão profunda. Destacou-se à frente de um país sem avançar ─ porque era o Brasil quem recuava, abandonando o traçado superior das suas tradições…”.
Levou para o seu governo os mesmos ─ e eficazes ─ instrumentos de propaganda usados durante um quarto de século. Assim como no sindicalismo e na política partidária, também o seu governo seria o marco inicial de um novo momento da nossa história. E, por incrível que possa parecer, deu certo. Claro que desta vez contando com a preciosa ajuda da oposição, que, medrosa, sem ideias e sem disposição de luta, deixou o campo aberto para o fanfarrão.
Sabedor do seu poder, desqualificou todo o passado recente, considerado pelo salvador, claro, como impuro. Pouco ou nada fez de original. Retrabalhou o passado, negando-o somente no discurso.
Sonhou em permanecer no poder. Namorou o terceiro mandato. Mas o custo político seria alto e ele nunca foi de enfrentar uma disputa acirrada. Buscou um caminho mais fácil. Um terceiro mandato oculto, típica criação macunaímica. Dessa forma teria as mãos livres e longe, muito longe, da odiosa ─ para ele ─ rotina administrativa, que estaria atribuída a sua disciplinada discípula. É um tipo de presidência dual, um “milagre” do salvador. Assim, ele poderia dispor de todo o seu tempo para fazer política do seu jeito, sempre usando a primeira pessoa do singular, como manda a tradição sebastianista.
Coagir ministros da Suprema Corte, atacar de forma vil seus adversários, desprezar a legislação eleitoral, tudo isso, como seria dito num botequim de São Bernardo, é “troco de pinga”.
Ele continua achando que tudo pode. E vai seguir avançando e pisando na Constituição ─ que ele e seus companheiros do PT, é bom lembrar, votaram contra. E o delírio sebastianista segue crescendo, alimentado pelos salamaleques do grande capital (de olho sempre nos generosos empréstimos do BNDES), pelos títulos de doutor honoris causa (?) e, agora, até por um museu a ser construído na cracolândia paulistana louvando seus feitos.
E Ele (logo teremos de nos referir a Lula dessa forma) já disse que não admite que a oposição chegue ao poder em 2014. Falou que não vai deixar. Como se o Brasil fosse um brinquedo nas suas mãos. Mas não será?
MARCO ANTONIO VILLA, HISTORIADOR, É PROFESSOR DA , UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)

Pesquisadores descobrem primeira caverna vulcânica do país no Paraná


Descoberta geológica fica em Palmital, no centro oeste do estado.
Formação semelhante existe apenas no Hawai, segundo especialistas.

Bibiana Dionísio Do G1 PR
Uma equipe formada por geógrafos, geólogos e vulcanólogos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e da Universidade de São Paulo (USP) descobriu, em Palmital, a 397 quilômetros de Curitiba, a primeira caverna de origem vulcânica do país. "É uma cavidade diferenciada. A gente conhece caverna de calcário, de arenito, mas as cavernas em basalto só quem foi para o exterior para conhecer isso", explicou a professora do Departamento de Geografia da Unioeste Gisele Petrobelli. Segundo ela, assim como a cavidade encontrada em Palmital, existe apenas no Hawai. "É uma riqueza muito grande no Brasil", avaliou a professora.
A primeira caverna de origem vulcânica do país é chamada de Casa da Pedra (Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)A primeira caverna de origem vulcânica do país é chamada de Casa da Pedra (Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)
Cavernas ficam em uma propriedade privada  (Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)Cavernas ficam em uma propriedade privada (Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)
A geógrafa explicou que com esta identificação entende-se de outra maneira o processo geológico do Terceiro Planalto do Paraná. Até então, segundo a professora, pesquisadores acreditavam que na região não houve uma atividade vulcânica mais característica e que agora isso deve ser repensado. "Não se sabe de onde veio a lava, só o caminho que percorreu", acrescentou. Este caminho deu origem ao duto que está bem preservado e que isso é essencial. O local ficou conhecido como Casa da Pedra e está dentro de uma fazenda particular na comunidade de Catuana.
O Secretário de Meio Ambiente e Turismo de Palmital, Miguel Burei, é sobrinho do dono da fazenda. Ele contou que a área, que tem aproximadamente 300 hectares, era utilizada para o plantio de milho e que agora foi transformada em pasto para criação de gado. “Meu primo criava cabrito lá”, lembrou Burei.
Existe a possibilidade de as ossadas encontradas nas cavernas serem pré-históricas  (Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)Existe a possibilidade de as ossadas encontradas
nas cavernas serem pré-históricas
(Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)
Após a descoberta científica, o proprietário decidiu doar 1% da terra para pesquisa científica e o local foi isolado. Isso porque foram encontradas ossadas que podem ser de animais pré-históricos. Segundo a professora da Unicentro, a duto principal possui 37 metros de extensão.

“A gente foi até onde dava para respirar. Eles [os pesquisadores] pediram para ninguém entrar porque pode impactar no material existente. Eles isolaram para não interferir na pesquisa”, contou o secretário.
A intenção é transformar o local em uma unidade de preservação ou em um parque para que sejam desenvolvidos projetos turísticos. A gestão deve ser atribuída a uma Organização não Governamental (ONG), especializada em Meio Ambiente, para que as visitas sejam controladas e qualquer futura ação não degrade o espaço. Os primeiros passos para que a proposta saia do papel já foram dados.
A segunda caverna descoberta chama-se Peráu Branco e fica na comunidade da Prata (Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)A segunda caverna descoberta chama-se Peráu
Branco e fica na comunidade da Prata
(Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)
Na quarta-feira (27), houve uma reunião com representantes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para se discutir a proposta. O secretário municipal está otimista, principalmente após algumas empresas da iniciativa privada demonstrarem interesse no desenvolvimento de ações sustentáveis no local.

Além da Casa da Pedra, existe outra caverna na fazenda que também é de origem vulcânica. Enquanto na primeira há um duto, na segunda existem quatro. Na verdade se trata de um sistema de tubos de lava, chamado de Peraú Branco.
O interesse dos pesquisadores
O local despertou a curiosidade pesquisadores quando Burei publicou as fotos em redes sociais, na internet. Professores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo foram até o local para reconhecer a origem geológica até então desconhecida no Brasil.

Em alguns trechos da Caverna percebeu-se que o chão é oco, o que segundo especialistas, indica que deve haver outros dutos embaixo da Casa da Pedra. Para ele, pelas características da região podem haver outras raridades escondidas no Terceiro Planalto paranaense.