MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 31 de julho de 2016



Forças apoiadas pelos EUA na Síria tomam parte da cidade de Manbij


Cerca de 70% da cidade foi recuperada pelas Forças Democráticas Sírias.
Local estava tomado pelo Estado Islâmico.

Da Reuters
Membro das Forças Democráticas Síria inspeciona área que era ocupada por militantes do Estado Islâmico, em região rural no sul de Manbij (Foto: Rodi Said/Reuters)Membro das Forças Democráticas Síria inspeciona área que era ocupada por militantes do Estado Islâmico, em região rural no sul de Manbij (Foto: Rodi Said/Reuters)
As forças apoiadas pelos Estados Unidos que estão travando uma ofensiva contra o Estado Islâmico na cidade de Manbij, no norte da Síria, tem agora o controle de quase 70% da cidade depois de rápidos avanços nos últimos dois dias, disse um porta-voz neste domingo (31).
 
As Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla em inglês) cercaram os militantes sunitas de ultra linha-dura no bairro antigo e foram combatê-los em algumas partes da cidade, depois de tomar a maioria do oeste, leste e sul da cidade, disse Sharfan Darwish do Conselho Militar à Reuters, em Beirute, por telefone.
A SDF, que foi formada no ano passado e inclui a poderosa milícia curda YPG e combatentes árabes, lançou a campanha há quase dois meses com o apoio forças especiais dos Estados Unidos para retirar o Estado Islâmico de seu último trecho da fronteira entre a Síria e a Turquia.

Praticantes de rapel formam símbolo olímpico no viaduto do Metrô Sumaré


Grupo com 124 pessoas fez os anéis olímpicos.
Objetivo é entrar para o Livro dos Recordes.

Elida OliveiraDo G1 SP
Grupo de praticantes de rapel formam os anéis olímpicos no viaduto do Metrô Sumaré, em São Paulo (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)Grupo de praticantes de rapel formam os anéis olímpicos no viaduto do Metrô Sumaré, em São Paulo (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Um grupo de praticantes de rapel fez na tarde deste domingo (31), no Viaduto do MetrôSumaré, na Zona Oeste de São Paulo, uma performance com a formação dos cinco anéis olímpicos, em homenagem à Olimpíada Rio-2016, que começa na próxima sexta-feira (5). Um grande público acompanhou a apresentação do grupo na sobre a Avenida Sumaré.
Rapeleiros descem com cordas o viaduto do Metrô Sumaré (Foto: Elida Oliveira/G1)Rapeleiros descem com cordas o viaduto do
Metrô Sumaré (Foto: Elida Oliveira/G1)
De acordo com Glauber Sadério, um dos organizadores do evento 124 pessoas participaram da organização e formação do símbolo. A ideia será avaliada pelo Guiness e pode entrar no Livro dos Recordes.
Sadério disse que ninguém nunca fez isso, unindo tantos  rapeleiros em uma formação de anel olímpico. A preparação do grupo com a montagem das cordas para formar o símbolo em rapel começou na madrugada.
"Um engenheiro fez o projeto e marcou os pontos onde cada um deverisa se posicionar. Cada rapeleiro sabia exatamente a altura que tinha que descer", explicou.
Com o símbolo formado, os rapeleitos cantaram o hino nacional e a música "Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".
Engenheiro marcou os pontos nos quais cada um deveria descer (Foto: Elida Oliveira/G1)Engenheiro marcou os pontos nos quais cada um deveria descer (Foto: Elida Oliveira/G1)

Cidades têm domingo de protestos contra Dilma e contra Temer


Manifestações foram convocadas por movimentos sociais e sindicatos.
Atos tiveram críticas ao governo Temer e apoio ao impeachment de Dilma.

Do G1, em São Paulo
Protestos Paulista e Largo da Batata (Foto: Will Soares e Roney Domingos/G1)Em São Paulo, atos se concentraram na Avenida Paulista e no Largo da Batata
(Foto: Will Soares e Roney Domingos/G1)
Manifestantes realizaram atos contra o presidente em exercício Michel Temer, e contra a presidente afastada Dilma Rousseff, em 20 estados e no Distrito Federal ao longo deste domingo (31). Até as 19h deste domingo, manifestações contra Dilma aconteciam em 18 estados e no Distrito Federal, e em 14 estados, manifestantes protestaram contra Temer.
Atos ocorriam no Acre, em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e no Distrito Federal.
As manifestações foram convocadas por movimentos sociais e sindicatos. Além de críticas ao governo interino e apoio ao impeachment, alguns atos também declararam apoio a reivindicações específicas, como as investigações da Lava Jato, a autonomia da Polícia Federal e o fim da corrupção.
Veja como foram os protestos por estado:
Acre
Em Rio Branco, capital do Acre, grupo de sete pessoas se reúne em frente a sede da Assembleia Legislativa do estado para participar de protesto contra a presidente afastada Dilma Rousseff e em apoio a operação Lava Jato (Foto: Quésia Melo/G1)Grupo se reúne em Rio Branco para protesto convocado pelo Vem Pra Rua (Foto: Quésia Melo/G1)
Em Rio Branco, capital do Acre, um grupo de sete pessoas se reúne em frente à sede da Assembleia Legislativa do estado. Eles protestam contra a presidente afastada Dilma Rousseff e em apoio à operação Lava Jato.

Alagoas
Maceió foi palco de atos contra Dilma e contra Temer neste domingo.
Manifestantes se reuniram na praia de Jatiúca, em Maceió (Foto: Suely Melo/G1)Manifestantes se reuniram na praia de Jatiúca, em Maceió (Foto: Suely Melo/G1)
Uma mobilização contra Dilma e contra a corrupção no país foi realizada durante a manhã em frente ao Corredor Vera Arruda, na orla de Maceió. De acordo com a organização do Movimento Brasil, que está à frente da mobilização, cerca de 1,2 mil pessoas compareceram ao evento. Para a Polícia Militar, que também acompanhou o ato, o número registrado foi de aproximadamente 1 mil manifestantes. A manifestação acabou por volta das 13h.
Manifestantes mostram cartazes contra o governo do presidente Temer (Foto: Jonathan Lins/G1)Manifestantes mostram cartazes contra o governo do presidente Temer (Foto: Jonathan Lins/G1)
O ato a favor de Dilma foi encabeçado pelos coletivos “Cultura contra o golpe em Alagoas” e Mulheres pela Democracia”, que informaram que diversas atividades culturais serão realizadas durante o evento, como performances culturais e oficina de cartazes.

Amazonas
Em Manaus, manifestantes foram às ruas em protestos para pedir o impeachment de Dilma e para pedir a saída de Temer.
Protesto contra Temer ocorreu neste domingo em Manaus (Foto: Reprodução/TV Amazonas)Protesto contra Temer ocorreu neste domingo em Manaus (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
Em Manaus, um protesto em favor da presidente afastada teve início às 10h (horário de Brasília). A manifestação percorreu os bairros Amazonino Mendes e São José, nas Zonas Norte e Leste de Manaus, respectivamente. A organização não quis estimar um número de participantes.
Manifestantes se reúnem em Manaus em ato contra Dilma e corrupção (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Manifestantes se reúnem em Manaus em ato contra Dilma e corrupção (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
De tarde, manifestantes se reuniram na Zona Oeste de Manaus, em protesto a favor impeachment de Dilma. Os manifestantes se concentraram no Complexo Turístico da Ponta Negra. O ato teve início por volta das 16h30. Nem os organizadores nem a Polícia Militar divulgaram o número de participantes.

Bahia
A capital, Salvador, foi palco da manifestações a favor e contra Dilma Rousseff.
Manifestantes se reúnem no Farol da Barra, em Salvador (Foto: Juliana Almirante/G1)Manifestantes se reúnem no Farol da Barra, em Salvador (Foto: Juliana Almirante/G1)
Manifestantes se reuniram em frente ao Farol da Barra, pela manhã, em mobilização a favor do afastamento definitivo de Dilma e em apoio à Lava Lato. Segundo os organizadores, havia 1.500 pessoas no local. A Polícia Militar calculou 400 manifestantes. A mobilização durou cerca de duas horas.
Manifestantes exibem mensagem "Fora Temer" durante caminhada em Salvador (Foto: Alan Alves/G1)Manifestantes exibem mensagem "Fora Temer" durante caminhada em Salvador (Foto: Alan Alves/G1)
Durante a tarde, outro grupo de manifestantes foi às ruas de Salvador para pedir a saída de Temer e a volta de Dilma à Presidência. Após concentração no Campo Grande, eles caminhavam, após as 16h, pelo Corredor da Vitória, centro da capital baiana.
Em Ilhéus, na região sul da Bahia, uma carreata também pediu o afastamento definitivo de Dilma. Segundo a PM, 25 veículos participaram. Os organizadores disseram que 42 veículos estavam na mobilização.

Ceará
Protestos contra Dilma e contra Temer foram registrados em Fortaleza.
Manifestantes realizam protesto contra Temer na praça Cristo Redentor (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Manifestantes realizam protesto contra Temer na praça Cristo Redentor (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Durante a tarde deste domingo, manifestantes se concentraram no Bairro Praia de Iracema, em Fortaleza, para pedir a saída do governo interino de Michel Temer. A estimativa da organização é de cerca de 4 mil pessoas presentes. A Polícia Militar informou que não vai realizar levantamento de número de participantes.
Manifestantes pedem a saíde de Dilma Rousseff em protesto na Praia de Iramcema, em Fortaleza (Foto: Alessandro Torres/TV Verdes Mares)Manifestantes protestam na Praia de Iracema, em Fortaleza (Foto: Alessandro Torres/TV Verdes Mares)
O ato contra Dilma se concentrou na Praia de Iracema. De acordo com os organizadores, cerca de duas mil pessoas participam da manifestação, iniciada às 17h deste domingo (31). A Polícia Militar afirmou que não iria divulgar estimativa de público presente.

Distrito Federal
Manifestantes pedem o afastamento definitivo de Dilma em ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã deste domingo (31) (Foto: Renan Ramalho/G1)Manifestantes pedem o afastamento definitivo de Dilma em ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã deste domingo (31) (Foto: Renan Ramalho/G1)
Manifestantes foram à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã deste domingo para pedir o afastamento definitivo de Dilma Rousseff e prestar apoio à Operação Lava Jato. Parte dos participantes se concentrou no Museu da República, enquanto outro grupo foi para o Congresso Nacional. Os primeiros manifestantes chegaram à Esplanada pouco antes das 10h. Segundo a Polícia Militar, 5 ml pessoas estiveram no local durante todo o ato. No auge, foram 4 mil participantes, diz a corporação. Os organizadores afirmam que foram 6 mil.

Espírito Santo
Manifestantes pró-Dilma e pró-Temer foram às ruas em Vitória e Vila Velha neste domingo.
VITÓRIA - ES: Protesto neste domingo (31) pede a saída de Temer da presidência (Foto: Frente Brasil Popular ES/ Divulgação)Carreata em Vitória pede a saída de Temer da presidência (Foto: Frente Brasil Popular ES/ Divulgação)
Manifestantes que defendem a saída do presidente em exercício Michel Temer e a volta de Dilma Rousseff à Presidência fizeram uma carreata em Vitória. A "Frente Brasil Popular ES" disse que a carreata teve a participação de 43 carros. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp) informou que a Polícia Militar não registrou o número de participantes.
VILA VELHA - ES: Protesto neste domingo (31) pede a saída definitiva de Dilma (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Protesto em Vila Velha neste domingo pede a saída definitiva de Dilma (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Em Vila Velha, manifestantes que defendem a saída definitiva da presidente afastada se concentravam para um protesto a partir das 16h. Os organizadores estimam a participação de 500 pessoas. Um policial militar que estava no local informou que 410 pessoas participam do ato. Até as 18h, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) não havia informado uma estimativa de participantes.

Goiás
Em Goiás, manifestantes contra Temer e contra Dilma também se reuniram.
Manifestantes fazem ato contra Temer, pela manhã, e contra Dilma, a tarde, em Goiânia (Foto: Vitor Santana/G1 e Sílvio Túlio/G1)Manifestantes fazem ato contra Temer, pela manhã (esq.), e contra Dilma, à tarde, em Goiânia
(Foto: Vitor Santana/G1 e Sílvio Túlio/G1)
De manhã, a capital, Goiânia, teve um protesto contra o presidente em exercício. Segundo a organização, o protesto reuniu 500 pessoas. A Polícia Militar não informou a quantidade de manifestantes.
Pela tarde, um grupo se reuniu para se manifestar em defesa do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, também na capital. Segundo os organizadores, 1,5 mil pessoas participam do protesto. Já a PM calcula que 400 fazem presença na manifestação.
Em Rio Verde, na região sudoeste de Goiás, um grupo promoveu um ato contra a corrupção. Nas duas cidades os atos foram pacíficos.

Maranhão
Em São Luís, o domingo foi marcado por atos contra Dilma e contra Temer.
Manifestantem contra Dilma na Avenida Litorânea (Foto: Alex Barbosa/ TV Mirante)Manifestantem contra Dilma na Avenida Litorânea (Foto: Alex Barbosa/ TV Mirante)
Cerca de 200 pessoas, segundo os organizadores, participaram de um protesto em apoio ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na manhã deste domingo, em São Luís. O protesto começou por volta das 9h30, na Avenida Litorânea. Com faixas e carro de som, os manifestantes gritaram palavras de ordem e enfatizaram o combate à corrupção.
Manifestantem contra Temer também foram à Avenida Litorânea (Foto: Alex Barbosa/ TV Mirante)Manifestantem contra Temer também foram à Avenida Litorânea (Foto: Alex Barbosa/ TV Mirante)
O grupo favorável ao retorno de Dilma à Presidência também se reuniu na Avenida Litorânea. Cerca de 30 pessoas se reuniam no protesto, e seguravam cartazes com os dizeres “Fora Temer”. Houve um princípio de tumulto entre os dois grupos de manifestantes.

Minas Gerais
Dois protestos se concentraram em praças diferentes de Belo Horizonte neste domingo.
Belo Horizonte teve dois protestos neste domingo (31) (Foto: Reprodução TV Globo/Humberto Trajano G1)Belo Horizonte teve dois protestos neste domingo (31) (Foto: Reprodução TV Globo/Humberto Trajano G1)
Na Praça da Liberdade, manifestantes pediram o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Já o protesto que se concentrou na Praça Sete e terminou na Praça da Estação defendeu a saída do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e a volta de Dilma à Presidência.
No Interior do estado, houve protestos contra Dilma em Coronel Fabriciano, Juiza de Fora, Lavras, Montes Claros, Ouro Fino, Três Corações, Uberaba e Varginha.

Mato Grosso
Manifestantes em Cuiabá colocaram um boneco do juiz federal Sérgio Moro vestido de Superman (Foto: André Souza/G1)Manifestantes em Cuiabá colocaram um boneco do juiz federal Sérgio Moro vestido de Superman (Foto: André Souza/G1)
Um protesto em Cuiabá contra a presidente afastada Dilma Rousseff teve bonecos 'Pixuleco' do ex-presidente Lula, de Dilma e um boneco inflável do juiz federal Sérgio Moro vestido de Superman. Os organizadores calcularam a presença de 300 pessoas. A Polícia Militar estimou a participação de 200 manifestantes.

Mato Grosso do Sul
Protesto em Campo Grande (Foto: Ronie Cruz/G1)Protesto em Campo Grande (Foto: Ronie Cruz/G1)
Em Mato Grosso do Sul, duas cidades tiveram manifestação a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Além de Campo Grande, Três Lagoas que fica na região leste do estado, reuniu dezenas de pessoas para pedir a saída da petista.

Pará
Manifestantes protestaram contra e a favor do impeachment em Belém neste domingo.
Manifestantes favoráveis ao impeachment marcharam pelo centro de Belém (Foto: Thais Rezende / G1 Pará)Manifestantes favoráveis ao impeachment marcharam pelo centro de Belém (Foto: Thais Rezende / G1 Pará)
Um grupo de manifestantes protestou, de manhã, contra a corrupção, desemprego e a inflação, apoiando o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A marcha, que estava prevista para começar 8h, saiu da concentração na escadinha da Estação das Docas por volta de 10h20, seguindo pela avenida Presidente Vargas até a Visconde de Souza Franco, onde o protesto se dispersou por volta de 11h40.
Protesto em Belém contra Temer neste domingo (31) (Foto: Thais Rezende/G1)Protesto em Belém contra Temer neste domingo (31) (Foto: Thais Rezende/G1)
Outro grupo de manifestantes se reuniu na Praça da República para protestar contra o governo do presidente em exercício Michel Temer. Homens da Polícia Militar pediram a saída destes manifestantes da praça, alegando que o protesto não havia sido agendado e, por conta disso, não disponibilizaram efetivo policial para garantir a segurança deste grupo. Houve bate-boca e os policiais tiveram de fazer um cordão de isolamento humano para impedir o contato entre as duas manifestações.

Paraíba
Manifestantes se reúnem no Busto de Tamandaré para protesto em João Pessoa (Foto: Juliana Brito)Manifestantes se reúnem no Busto de Tamandaré para protesto em João Pessoa (Foto: Juliana Brito)
Manifestantes do movimento Direita Paraibana se reuniram neste domingo no Busto de Tamandaré, em João Pessoa, em apoio à Operação Lava Jato, à Polícia Federal e ao movimento "Escola Sem Partido". O ato público também defende o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff e a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para fins de investigação da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Pernambuco
Em Recife, manifestantes pró-impeachment se reuniram durante a manhã, e um ato contra Temer e a favor de Dilma foi realizado durante a tarde.
Manifestantes exibem cartazes contra a presidente afastada Dilma Rousseff, pela prisão do ex-presidente Lula e a favor do juiz Sérgio Moro durante protesto no Recife (Foto: Marlon Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo)Manifestantes em ato contra Dilma no Recife (Foto: Marlon Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo)
De acordo com os organizadores da manifestação a favor do impeachment de Dilma Rousseff, 30 mil pessoas participam do ato na Avenida Boa Viagem. Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Militar de Pernambuco informou que não divulgará estimativa de público presente no evento.
Cartaz em manifestação no Recife pede saída do presidente interino Michel Temer (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)Cartaz em manifestação no Recife pede a saída de Temer (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
A Frente Povo Sem Medo, que organizou o ato pró-Dilma, afirmou que 2 mil pessoas participaram da manifestação, na Praça do Derby, área central do Recife. A PM pernambucana disse que não divulgará estimativa sobre o público presente.

Paraná
No Paraná, protestos contra Dilma e contra Temer ocorreram em várias cidades.
Protesto em Curitiba (Foto: Amanda Menezes/RPC)Protesto em Curitiba (Foto: Amanda Menezes/RPC)
Em Curitiba, uma manifestação a favor do impeachment de Dilma reuniu entre 15 mil e 20 mil pessoas, segundo a organização. A Polícia Militar do Paraná informou que o protesto reuniu 25 mil manifestantes.
Protesto em Curitiba (Foto: Luiza Vaz/RPC)Protesto em Curitiba (Foto: Luiza Vaz/RPC)
O ato em defesa da presidente afastada teve a participação de entre 500 e 600 pessoas, segundo os organizadores, e 250 pessoas, segundo a PM.
Protestos contra Dilma também aconteceram em Cascaval, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Londrina. Em Ponta Grossa e Maringá, houve também manifestações contra o presidente em exercício Michel Temer.

Rio de Janeiro
Manifestantes gritam palavras de ordem durante protesto contra a presidente afastada Dilma Rousseff em Copacabana, no Rio de Janeiro (Foto: Silvia Izquierdo/AP)Manifestantes gritam palavras de ordem durante protesto contra a presidente afastada Dilma Rousseff em Copacabana, no Rio de Janeiro (Foto: Silvia Izquierdo/AP)
Manifestantes contrários à presidente afastada Dilma Rousseff fizeram um protesto na orla da praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O ato, organizado pelas redes sociais, começou por volta das 10h e terminou às 13h30. A uma semana do começo da Olimpíada, os participantes usaram faixas em inglês atraindo a atenção da imprensa internacional que está no Rio para o evento. Quatro carros de som foram usados durante a manifestação.

Rio Grande do Sul
Dois grupos de manifestantes protestaram em parques de Porto Alegre durante a tarde.
Protestos contra e a favor de Dilma em Porto Alegre (Foto: Montagem sobre fotos/Josmar Leite e Fabio Almeida/RBS TV)Protestos contra e a favor de Dilma em Porto Alegre neste domingo
(Foto: Montagem sobre fotos/Josmar Leite e Fabio Almeida/RBS TV)
Os atos foram pacíficos e reuniram cerca de 9 mil pessoas no total, segundo os organizadores. A Brigada Militar não fez contagem de público até as 19h deste domingo. O primeiro grupo, que reuniu cerca de 5 mil pessoas no Parcão, na Zona Norte, pediu a aprovação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado.
O outro grupo, que contou com cerca de 4 mil manifestantes no Parque Farroupilha, no Centro da capital, manifestou apoio à Dilma, pediu seu retorno à presidência e a saída do presidente em exercício Michel Temer.

Santa Catarina
Protestos contra Dilma e contra Temer foram registrados em várias regiões catarinenses.
Manifestação em apoio à Operação Lava Jato ocorre em Florianópolis na tarde deste domingo (31) (Foto: Ricardo Von Dorff/RBS TV)Manifestação em apoio à Operação Lava Jato ocorre em Florianópolis na tarde deste domingo (31) (Foto: Ricardo Von Dorff/RBS TV)
Na capital, uma manifestação começou por volta das 15h na Avenida Beira-Mar Norte em frente à sede da Polícia Federal. O protesto terminou perto das 17h10, conforme a PM. Cerca de 800 pessoas participavam do ato às 17h, segundo a Polícia Militar. A organização falou em 5 mil.
Florianópolis tem protesto neste domingo (31) contra presidente em exercício (Foto: Nicolas Quadro/CBN Diário)Florianópolis também teve protesto contra Temer (Foto: Nicolas Quadro/CBN Diário)
Um ato contra o presidente em exercício, Michel Temer, ocorre no trapiche da Avenida Beira-mar Norte. Cerca de 50 pessoas participavam às 17h, segundo a Polícia Militar. A organização afirmou que 500 manifestantes participaram do ato.
Neste domingo, manifestações foram registradas também em Chapecó, no Oeste, Lages, na Serra, Blumenau, Brusque e Timbó, no Vale do Itajaí, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte, e Joinville, Mafra e Porto União, no Norte. Houve atos a favor do afastamente definitivo de Dilma Rousseff e contra o presidente em exercício, Michel Temer.

São Paulo
Manifestantes fizeram neste domingo dois atos distintos em São Paulo: um contra a presidente afastada Dilma Rousseff e o outro contra o presidente em exercício Michel Temer.
Protestos Paulista e Largo da Batata (Foto: Will Soares e Roney Domingos/G1)Protestos Paulista e Largo da Batata (Foto: Will Soares e Roney Domingos/G1)
A manifestação contra Dilma reuniu manifestantes na Avenida Paulista, na região central, e foi organizado pelo movimento Vem Pra Rua. O ato contra Temer é liderado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), se concentrou no Largo da Batata, na Zona Oeste. Os dois atos foram encerrados às 18h.
De acordo com o MTST, 50 mil pessoas participam do ato contra Temer. Nem os organizadores do ato na Paulista nem a Polícia Militar divulgou o número de participantes em cada um dos atos.
No Interior Paulista, foram registrados atos contra Dilma em Araraquara, Avaré, Campinas, Fernandópolis, Franca, Jundiaí, Limeira, Ourinhos, Piracicaba, Pompeia, Ribeirão Preto, Rio Claro, São Carlos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Sertãozinho e Taubaté.

Tocantins
Protesto em Palmas (Foto: Lorena de Abreu/Arquivo Pessoal)Protesto em Palmas (Foto: Lorena de Abreu/Arquivo Pessoal)
Em Palmas, os manifestantes se reuniram na praça dos Girassóis, por volta das 16h30, para pedir o impeachment de Dilma. Segundo os organizadores, cerca de 25 pessoas participam do ato. A polícia não divulgou o número de manifestantes. O protesto pede também o fim do foro privilegiado

Novo livro de Harry Potter é lançado


Obra teve lançamento mundial e é baseada em uma peça de teatro

por
Ansa
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
A edição em inglês do livro já está disponível, no Brasil
A edição em inglês do livro já está disponível, no Brasil
Foi lançado no primeiro minuto deste domingo (31/7) o novo livro da saga Harry Potter, "Harry Potter e a criança amaldiçoada".
A obra de dois volumes e a oitava com o nome do bruxo é o roteiro da peça que estreou no Palace Theatre, em Londres.
Na nova obra, Harry já está adulto, é funcionário público e pai de três filhos.
Alvo Severo, a criança do meio, é o principal personagem da história, também escrita pela autora J.K. Rowling.
No Brasil, a edição em inglês do livro já está disponível, assim como em todo o mundo. Mas o título em português só estará à venda a partir de 31 de outubro, pela editora Rocco.

Militares podem “abandonar o barco” e deixar segurança no RIO.


Os jogos Olímpicos do RIO terão uma segurança compartilhada: 41% pública e 59% privada. A segurança mais complexa e o enfrentamento estará a cargo da Força Nacional, polícia militar do Estado do Rio e Forças Armadas.
Nessa tarde MILITARES pressionaram oficiais que comandam a tropa e exigiram condições humanas de trabalho.

Imagem recebida de leitor / redes sociais.
Nas páginas MILITARES e redes sociais do RIO de JANEIRO divulga-se várias informações sobre instalações inadequadas para militares que atuam na guarda nacional. Os militares, de vários postos e graduações, oriundos de forças policiais de vários estados, estariam trabalhando mais do que um ser humano poderia suportar, estariam alojados em locais perigosos e precários, sem camas, sem água etc.
força nacional salario diarias
Vejam uma das informações divulgadas pelos próprios militares.
força nacional rio
“Estou trabalhando aqui no rio, para a Olimpíada!
Vim para o contingente da força nacional! Queríamos denunciar o abuso que está acontecendo.
Estamos trabalhando mais de 60 horas semanais, numa escala de 12 por 24. Onde essas 24 horas de folga se tornam 16, pois temos que estar prontos duas horas antes do início do serviço, e quando largamos o serviço levamos quase duas horas para chegar no local de descanso!
Descanso esse que foi fornecido pela caixa, uns apartamentos, no meio de uma favela, ontem nos falta água para tomar banho, onde não podemos ter fogão para fazer comida, temos que ficar fazendo engenhocas para comer! Temos apenas uma farda, e não podemos nem ter um varal na rua para que ela seja lava e seca.
Sem contar o serviço de 12 horas que é em pé, com um fuzil na mão, onde não podemos nem descansar! Temos tempo contato para comer, e se quisermos por acaso tirar um cochilo, esse cochilo é no chão duro! Como segue na foto que vou te mandar!
Quando estou de serviço das 7 às 19. Me acordo às 4 da manhã para as 5 estar pronto. Chego no meu local de trabalho e fico até as 19. Onde só chego no local onde seria meu conforto de descanso, quase 21 horas!
Sem contar que as diárias prometidas não estão sendo pagas, nem mt menos a diária que seria dobrada como tbm foi prometido. Estamos com menos de 3500 homens e mulheres aqui, em condições sub-humanas.
Estamos dormindo em colchão de ar, que tivemos que comprar pois não nos forneceram beliches nem colchões. Falta quase um mês para a Olimpíada, e mais da metade do efetivo inclusive os 200 quem vieram de Santa Catarina estão pensando em abandonar o barco, nessas condições ficaremos doentes, e não conseguiremos prestar um serviço de excelência que nos é cobrado!
Estamos sendo cobrados ao extremo, e o nosso comando nos ameaça, pois perdeu o controle da sua tropa!
Tropa está que esta adoecendo e pedindo socorro”
Revista Sociedade Militar

França: magro arsenal jurídico contra o jihadismo


iofr

Há quatro meses das eleições primárias da direita e há nove meses da eleição presidencial, Hollande e Valls querem despedaçar o campo da direita, e atrair de novo o redil socialista a seus aliados habituais, comunistas, verdes e radicais.

A lassidão e a cegueira oficial continuam vigentes na França. Insensível ao clamor popular que pede mão dura contra o terrorismo islâmico, especialmente após a matança de 84 pessoas em Nice, o presidente François Hollande freou, através de seu primeiro-ministro Manuel Valls, tudo o que pôde para que o novo plano de segurança, negociado com a oposição na Assembléia Nacional, seja magro e mesquinho. Após sete horas de acalorado debate parlamentar com a direita, o compromisso que saiu disso só consta de três pontos: o prolongamento do estado de urgência até janeiro próximo, a possibilidade de realizar invasões domiciliares sem permissão de um juiz e a possibilidade de explorar os dados que se encontrarem em computadores e telefones apreendidos.

Com esse arsenal jurídico mínimo, a dupla Hollande-Valls pensa enfrentar a guerra bestial que o Daesh (ISIS) decretou à França.
O primeiro-ministro Valls teve de agüentar uma sabatina dos deputados quando sugeriu que seu governo havia feito “todo o necessário” contra o terrorismo. Cinco dias depois do massacre de Nice e oito meses depois da matança no Bataclan e no Hyper Cacher, em Paris, esse balanço é, para muitos, inaceitável. O partido gaullista Los Republicanos (LR) propõe há meses uma série de medidas que, sem ser milagrosas, poderiam melhorar a luta anti-terrorista e proteger mais eficazmente a população: reforçar o estado de urgência, aumentar o poder dos governadores, utilizar o direito de fazer invasões domiciliares administrativas, criar centros de retenção para os jihadistas que regressam à França, expulsar os estrangeiros condenados por haver cometido delitos, pôr tornozeleiras eletrônicas nos suspeitos de poder atentar contra a segurança nacional, fechamento das mesquitas salafistas, expulsão dos imanes estrangeiros que predicam o ódio anti-francês e anti-semita, culpabilizar os que consultam os portais web islâmicos e deter provisoriamente os menores envolvidos em delitos relacionados com a empresa terrorista.
Só três desses pontos foram adotados na noite da terça-feira passada. Nesse debate Manuel Valls mostrou-se resistente a adotar uma “legislação de exceção”, alegando que isso equivaleria a “abandonar o Estado de direito”.
Nada disso, retrucou Gérard Larcher, presidente do Senado: “O Senado presta grande atenção a respeito das liberdades, porém também procura de forma permanente a eficácia”, declarou. E insistiu: “Estamos em estado de guerra. O Estado de direito deve se ajustar ao estado de guerra”. O momento mais candente ocorreu quando Laurent Vauquiez, do LR, ante a insistência de Valls sobre a inconveniência de adotar um arsenal repressivo conseqüente, lhe lançou: “O senhor invoca a liberdade pessoal dos terroristas. Não há liberdade para os inimigos da República”.
A carga foi violenta e gerou protestos na bancada de esquerda, pois alude forçosamente a um caso de consciência que racha a credibilidade de Hollande: se seu governo não houvesse derrogado uma disposição do governo anterior, durante a presidência de Nicolas Sarkozy, o terrorista que massacrou 84 pessoas em Nice não teria podido cometer essa atrocidade: em sua qualidade de delinqüente estrangeiro, ele teria sido expulso da França após haver sido condenado, em março de 2006, por atos violentos cometidos contra um particular. Não o foi, pois, lamentavelmente, a ministra da Justiça de Hollande, Christiane Taubira, campeã da lassidão, desbaratou, por puro sectarismo, quase todas as reformas penais da era Sarkozy.
Na realidade, a lógica jurídica não é o que explica o angelicalismo suicida de Valls. A virulência do discurso governamental contra a oposição, contra suas propostas anti-terroristas, inclusive contra o informe da comissão parlamentar Fenech-Pietrasanta, deve-se, temem alguns observadores, a cálculos políticos egoístas.
A quatro meses das eleições primárias da direita e a nove meses da eleição presidencial, Hollande e Valls querem despedaçar o campo da direita e atrair de novo ao curral socialista seus habituais aliados comunistas, verdes e radicais, e preparar as profundas divisões no seio do PS, o qual está em crise, perde militantes e conta até com frações muito hostis ao governo Valls na Assembléia Nacional. Toda concessão no terreno da segurança seria vista, eles calculam, como um triunfo da direita e da extrema-direita, e como uma capitulação antes tais formações, o que reduziria ainda mais a escassa margem que François Hollande teria - no caso de ser de novo candidato da esquerda - de chegar ao segundo turno na eleição presidencial.
Tal estratégia explica por que, antes do atentado de Nice, muitas concessões foram feitas em matéria de (in)segurança, na perspectiva de impedir que a brecha não se amplie ainda mais no campo esquerdista.
Os resultados de tal política foram desastrosos porém, o que mais indigna a opinião pública é ver que a catástrofe de Nice não levou Hollande a reconhecer seus erros. “O tríptico emoção, comunicação e banalização, a partir do momento em que nos afastamos da tragédia, já não funciona”, denunciou Eric Ciotti. O deputado LR assinala assim o pernicioso trabalho de certa imprensa de esquerda, escrita e audio-visual, que insistia, no começo, no caráter islâmico do atentado de Nice, tese que o procurador François Moulains derrubou. Ele explicou as fases da rápida radicalização islâmica do terrorista, que havia começado a planejar sua matança sete meses antes deste 14 de julho. Ciotti aponta igualmente contra a tentativa da mesma imprensa de censurar, quando não de desvirtuar e ridicularizar as exigências da oposição. A imprensa adicta ao governo sugere, por exemplo, que a vaia massiva contra Valls em Nice foi instigada pela “extrema-direita fascista”, quando foi, na realidade, uma reação expontânea das pessoas ante a ira desatada pela ausência de força pública na terrível noite do atentado”.

Tradução: Graça Salgueiro

Escola sem censura


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Os cinco pontos fundamentais do "Escola Sem Partido" são tão obviamente justos e tão solidamente amparados na Constituição Federal, que os inimigos do movimento, para combatê-lo, não tiveram outro remédio senão roubá-los e fingir que o movimento defendia as propostas contrárias.

No imaginário popular, criado e alimentado por essas três classes de vendedores de drogas que são os jornalistas, os professores e o pessoal do show business,  o termo “universidade medieval” evoca imediatamente um ambiente mental opressivo e rigidamente dogmático, hostil à linda “liberdade de discussão” que a modernidade viria a inaugurar para a felicidade e conforto do gênero humano.

Como praticamente tudo o que vem dessas três fontes, isso é a exata inversão da realidade.
Nas universidades medievais, o principal método de ensino, ao lado da lectio ou comentário de texto, era a disputatio, ou debate organizado, que, dada uma questão, começava justamente pelo levantamento de todas as opiniões pró e contra disponíveis e em seguida prosseguia pela confrontação sistemática dos argumentos que as sustentavam.
O aluno que desejasse defender alguma ideia era convidado primeiro a reproduzi-la fielmente e argumentar contra ela, da maneira mais eficiente que pudesse, levando em conta todos os argumentos preexistentes, para ter a certeza de que se movia em terreno firme.
Ao contestar uma opinião, devia, antes, anunciar se negava alguma das suas premissas, o desenvolvimento lógico do argumento ou a sua concordância com os fatos conhecidos.
Em nenhuma universidade do mundo, nos dias que correm, vigora tamanho respeito pela liberdade de opinião e pela honestidade do debate. Nem mesmo no campo das ciências naturais, onde a distribuição das verbas de pesquisa, a mando de governos, de grupos bilionários e de interesses corporativos, já bloqueia in limine a mera possibilidade de discussão das teorias julgadas inconvenientes.
Mas, se isso é assim em praticamente todas as universidades do mundo, no Brasil a seletividade autoritária é ainda agravada até à demência pelo império dos professores ineptos –cinqüenta por cento deles, entre os recém-formados, analfabetos funcionais –, que defendem ferozmente os seus privilégios grupais e os seus interesses partidários contra o risco de discussões abertas que terminariam inevitavelmente pela sua desmoralização pública.
É esse estado de coisas que seus criadores e mantenedores descrevem, cinicamente, como “pluralismo”, “liberdade democrática” e “respeito pelas diferenças”.
O fenômeno do Dicionário Crítico do Pensamento da Direita (leiam aqui), em que cento e vinte professores universitários, subsidiados por verbas oficiais e privadas, prometiam um vasto panorama dessa corrente de opinião e em lugar dela promoviam a sua ocultação sistemática, ludibriando desavergonhadamente seus alunos e os leitores em geral, já bastava para ilustrar no ano de 2000, com amostragem estatística mais que suficiente, um estado de controle ditatorial que desde essa época não cessou de se ampliar formidavelmente e que seus beneficiários defendem com a bravura de militantes fanatizados e a mendacidade de criminosos psicopáticos contra a intrusão do “Escola Sem Partido”.
Há alguma coisa errada com o "Escola Sem Partido"? Há. O nome. Deveria chamar-se "Escola Sem Censura", porque a parte mais decisiva da dominação comunista na educação brasileira não consiste na propaganda ativa, que pode ser eficiente mesmo quando em doses mínimas, e sim na exclusão sistemática de tudo o que a contraria.
A mente do estudante pode se defender do que lhe dizem, mas fica impotente quando os meios de reagir lhe permanecem totalmente desconhecidos.
O nome "Escola Sem Partido" evoca o isentismo hipócrita que os jornais brasileiros encarnam tão bem, que só serve à esquerda e que ainda dá a ela a chance de acusar os adversários de querer praticá-lo.
Outro erro é a insistência na palavra “doutrinação”. Doutrinação é a inculcação sistemática de um corpo de sentenças ou teorias, de uma visão da realidade, que não pode nem mesmo ser compreendida sem alguma confrontação, por modesta que seja, com hipóteses adversas ou alternativas.
Como dizia Benedetto Croce, “é impossível compreender um filósofo sem saber contra quem ele se levantou polemicamente”. E Julián Marías explicava que a fórmula de qualquer tese filosófica não é simplesmente “A é C”, mas “A não é B e sim C”.
Nesse sentido, pode-se dizer que nas escolas brasileiras, mesmo de nível superior, a quantidade de doutrinação é mínima.
Pascal Bernardin demonstrou, no já clássico Maquiavel Pedagogo, que as técnicas pedagógicas, algumas velhas de muitas décadas, utilizadas hoje em dia para escravizar mentalmente a população estudantil, do primário à universidade, são ardis psicológicos calculados para produzir mudanças de comportamento sem passar pelos processos normais de formação de opiniões, isto é, subtraindo-se não somente à confrontação crítica mas a qualquer exame consciente do que está sendo ensinado.
Freqüentemente as condutas induzidas permanecem no nível pré-verbal, como por exemplo no caso do menininho que, em vez de ouvir uma apologia ao homossexualismo, é convidado – por experiência, só por experiência – a dar um beijo sensual na boca do seu coleguinha.
Ou, na universidade, o aluno que, antes de ter ouvido dois minutos de teoria marxista, é liberado da aula para juntar-se a uma assembléia “contra o golpe”, tendo de escolher entre curvar-se à pressão dos pares ou tornar-se um réprobo, um excluído, um maldito fascista, sem ter tido ao menos a oportunidade de esboçar mentalmente alguma objeção formal à conduta pretendida.
A indução de comportamentos, a engenharia social, a pressão dos pares, a chantagem psicológica e a intimidação velada ou aberta são os procedimentos usuais empregados em praticamente todas as universidades brasileiras para manter a população estudantil obediente a padrões de conduta cujo alcance ideológico ela pode permanecer até mesmo incapaz de formular verbalmente.
Desde os estudos de Kurt Lewin, nos anos 40 do século passado, está demonstrado que procedimentos desse tipo são muito mais eficientes do que qualquer propaganda ou “doutrinação” explícita. E hoje em dia é notório que o emprego maciço desses recursos psicológicos é recomendado e imposto até mesmo pelos organismos internacionais.
O professor que aplique essas técnicas até transformar os seus alunos no mais obediente dos rebanhos pode mesmo reagir com indignação ante a sugestão de que os esteja “doutrinando”. E não é impossível que em alguns casos ele esteja mesmo sendo “sincero”, no sentido da autopersuasão histérica que se apega a uma auto-imagem grupal  defensiva para não precisar julgar moralmente o que faz na realidade.
Esses dois pontos fracos deram aos inimigos do “Escola Sem Partido” , de mão beijada, a oportunidade de ouro de inverter o quadro todo da situação, apresentando as reivindicações do movimento como se fossem as deles próprios e atribuindo a ele as propostas simetricamente inversas.
Os cinco pontos fundamentais do "Escola Sem Partido" são tão obviamente justos e tão solidamente amparados na Constituição Federal, que os inimigos do movimento, para combatê-lo, não tiveram outro remédio senão roubá-los e fingir que o movimento defendia as propostas contrárias.
Isso não é discussão, é difamação proposital, ardilosa, dolosa no mais alto grau.

Publicado no Diário do Comércio.

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19 exemplos expõem a mentira na frase “usar as armas do inimigo é se igualar a ele”


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Existem alguns dramas acometendo a direita brasileira em proporção ainda maior do que acometem as direitas da Europa e dos Estados Unidos. Um deles, já comentado amplamente por aqui, é a fé cega na crença. Outro, tão grave quanto, é a negação da política.
Negação da política significa o aceite de uma série de auto-enganos na forma de se negar a atuação política, bem como principalmente negar o código da guerra política. Por exemplo, imagine alguém que durante um jogo de futebol, no qual está sendo goleado, resolva se indignar por que o adversário está metendo a bola na rede. Ou que, enquanto ele não está conseguindo passar em um concurso, decida se indignar com a vontade que algumas pessoas possuem de passar nas provas. São armadilhas deste tipo, criadas para justificar o “não jogo” ou a “não disputa”, que definimos como a negação da política.
Tal como a fé cega na crença, a negação da política é um flagelo que incapacita boa parte da direita para o jogo político.
Vejo aqui um exemplo de negação em um post do colega Cassiano Tirapani, que é boa gente e tem algumas ideias boas. Mas essa argumentação abaixo, lançada por ele, é claramente resultante de alguns dos padrões mais graves de negacionismo da política:
Não me vejo lutando uma “guerra política” contra comunistas. Vencer a esquerda é um objetivo muito mesquinho, e vencê-la a qualquer custo é pouco nobre. Para mim os fins não justificam os meios. Mesmo porque o ganho imediato quase sempre tem um alto custo histórico. A história não faz vista grossa para nossos erros, nem ameniza o peso de nossas transgressões pelas nossas “boas intenções”. Um dos estatutos mais primários da esquerda na guerra política é a noção de que o que faz mal ao seu inimigo faz bem pra ela. A esquerda trabalha com essa noção especificamente na sua atividade de subversão, que consiste em apoiar qualquer medida destrutiva, qualquer política catastrófica, qualquer grupo radical, desde que com isso ela possa prejudicar a classe burguesa e sua democracia liberal. O apoio da esquerda ao avanço islâmico é um caso atual dessa estratégia. Ao apoiar o multiculturalismo e a imigração islâmica a esquerda pensa que está no controle de um processo que vai destruir o capitalismo, quando na verdade ela está flertando com um poder muito maior do que ela pode controlar, e que, se cumprir sua finalidade, levará ao desaparecimento não apenas da direita, mas da própria esquerda. Essa “maravilhosa” estratégia é como um blefe de mãos vazias. Foi retratada no livro de Michel Houllebecq em que a esquerda apoia o partido islâmico na disputa pelo poder na França apenas para não permitir que o Front Nacional vença a disputa. Isso é como serrar o galho da árvore em que se está sentado, pensando que vai derrubar a árvore (quando quem vai cair é você). Só porque seu adversário está apavorado com suas ações, não significa que suas ações são boas – nem moralmente, e talvez nem estrategicamente. É muito difícil lutar a guerra política sem terminar adotando o mesmo padrão moral de seu antagonista. Se você puder fazer isso, te dou meus parabéns.
Então venho aqui cobrar os parabéns por parte de Caco Tirapani, pois, com um único exemplo, toda essa análise acima se esfacela. Basta olhar a atuação policial. Eles usam as mesmas “armas” que os bandidos. E não se tornam bandidos (não por isso, ao menos). Entendendo isso, você saberá que não “se transforma” no outro se usar as mesmas armas que o outro. Ou seja, quebrar o argumento negacionista é fácil até demais.
Eu não digo que Caco Tirapani seja um mentiroso. Como já disse, eu o considero boa gente. Dá para notar que ele é bem intencionado. Mas provavelmente ele minta para si próprio. Algo como uma mentira subconsciente. O que importa é que a afirmação dizendo “usar as armas do inimigo é se igualar a ele” é mentirosa.
Mas é melhor levar isso à prova máxima. Observemos os seis princípios da guerra política, de David Horowitz, junto com uma observação moral sobre cada:
  1. Política é guerra conduzida por outros meios: Não há nada de imoral em compreender essa obviedade.
  2. Política é guerra de posição: Para compreender isso, basta estudar a estratégia do “posicionamento” (amplamente abordada por Al Ries). Todos publicitários competentes sabem disso. Não há nada de imoral.
  3. Na guerra política, o agressor geralmente prevalece: Essa é uma realidade da vida, que vale para o futebol, e até para o posicionamento em qualquer conflito. Não há nada de imoral nisso também.
  4. Posição é definida por medo e esperança: Compreender isso é compreender como o ser humano recebe os estímulos do mundo. De novo, nada de imoral nisso.
  5. As armas da política são símbolos que evocam medo e esperança: Idem ao anterior.
  6. A vitória fica do lado do povo: Basta fazer uma pesquisa e observe que isso significa buscar aquilo que irá atender à maior parcela possível do eleitorado que se aproxima de você. É insano dizer que há algo de imoral nisso.
E a coisa fica melhor quando observamos as 13 regras para táticas, de Saul Alinsky:
  1. Poder não é apenas o que você tem, mas o que o inimigo pensa que você tem. -> Aqui significa compreender, claramente, que o blefe é parte central dos confrontos humanos. Entender isso significa não viver caindo em blefes, por exemplo. Se deixar de ser vítima de blefes passar a ser imoral, então a coisa complicou.
  2. Nunca vá além da experiência de sua comunidade. -> Esta é uma boa prática que qualquer pessoa que lidere um grupo deve aplicar. Acho que imoral é não aplicar isso…
  3. Sempre que possível, fuja da experiência do seu inimigo. -> Tente se desviar dos pontos nos quais seu adversário é melhor, e foque em suas fragilidades. De novo, nada de imoral aqui.
  4. Faça o inimigo sucumbir pelo seu próprio livro de regras. -> Apontar as contradições humanas é uma arte que ajuda a expor os desonestos. Não apenas não há nada de imoral aqui, como a aplicação desta regra gera benefícios para a moral.
  5. O ridículo é a arma mais poderosa do ser humano. ->  Quem já compartilhou memes de zoeira não tem moral para reclamar desta regra. Enfim, nada de imoral aqui.
  6. Uma boa tática é uma que a sua comunidade aprecia. -> Priorizar as coisas que as pessoas mais gostam ajuda a aumentar a aderência de suas ideias. Imoral? Nem de longe.
  7. Uma tática que se arrasta por muito tempo se torna um obstáculo. -> Se algo vai se arrastando e não dá resultado, é melhor trocar por outra coisa que dê resultado. Impossível isso ser imoral per se.
  8. Mantenha a pressão, com diferentes táticas e ações, e utilize todos os eventos do período para o seu propósito. -> Isso foi feito brilhantemente na época em que as pessoas pressionaram os deputados pelo impeachment. É belo e moral.
  9. A ameaça geralmente é mais aterrorizante que a coisa em si. -> Isso tem a ver com dar alguns “sustos” em seu oponente, para intimidá-lo. Aqui pode haver alguém dizendo “ei, isso é imoral”. Mas vejam esse vídeo, intitulado The Ghost Army, mostrando que o exército aliado usou tanques falsos para enganar Hitler. Se isso não foi “imoral”, então, de novo, temos mais uma regra sem componentes “imorais”.
  10. A maior premissa para táticas é o desenvolvimento de operações que irão manter uma pressão constante na oposição -> Uma bela dica de como priorizar as ações. Novamente, sem nada de imoral.
  11. Se você produzir um efeito excessivamente negativo e profundo no oponente isso poderá se voltar contra você. -> Aqui é o seguinte: se você for pressionar e desgastar o oponente, saiba reconhecer os limites. Como alguém pode dizer que esta regra é imoral?
  12. O preço de um ataque bem sucedido é uma alternativa construtiva. -> Ou seja, se você quer (x), mas às vezes consegue metade de (x), isso pode ser uma vitória a ser comemorada entre seus pares. É só um princípio da negociação humana. Como tudo até aqui, não há nada de imoral nisso.
  13. Escolha o alvo, congele-o, personalize-o e polarize-o. -> Evite atacar entidades despersonalizadas. As pessoas comuns não entendem isso. Foque em pessoas, e, por tabela, ataque as demais entidades. Ao invés de atacar “o Foro de São Paulo”, foque nos líderes que pertencem à entidade. O PT, ao invés de atacar principalmente “a Câmara”, focou “no Cunha, como o líder de uma tropa”. As pessoas entendem melhor. assim. Nada de imoral aqui. É apenas uma boa prática.
Enfim, com a análise dos princípios de Horowitz e Alinsky, vimos que todos os 19 princípios não tem nada de imoral. Quem aplicar os 19 princípios acima de verdade (internalizando-os em seu subconsciente, e sem viver em negação) estará no caminho para conseguir adentrar ao jogo político de fato. Não é o suficiente para alguém se tornar um “ninja”, mas é um bom começo.
Pode-se dizer: “ah, mas e as mentiras utilizadas pelo oponente?”. Bem, isso não são táticas e métodos, mas conteúdos embutidos em métodos. Assim como a vontade de matar uma vítima inocente não é um método, mas o conteúdo para o uso de um método (no caso, os métodos são a arma e a emboscada). “Armas” e “emboscadas”, que são os métodos, não possuem nada de imoral per se.
Catastroficamente, uma boa parte da direita se confunde toda. Toma os métodos como “imorais” e por isso apanha feito criancinha da esquerda. No Brasil, a extrema-esquerda faz gato e sapato de muita gente da direita. Mas na verdade os métodos para a guerra política – que a extrema-esquerda domina – deveriam estar sendo utilizados pela direita. O que a direita deveria estar combatendo são as MENTIRAS da extrema-esquerda (e até da esquerda genérica). Mas como se recusa a assimilar os métodos da guerra política utilizados pela esquerda, simplesmente essa direita negacionista perde toda a capacidade de rebater as mentiras do oponente.
A situação está nesse pé: imagine que um capitão da polícia se recusasse a usar armas e emboscadas apenas porque os bandidos já as utilizam. E , com isso, permitem que os bandidos usem as armas e emboscadas não para proteger pessoas, mas para cometer crimes em larga escala. E aí sua capacidade de proteger os cidadãos do crime vai para o ralo. Você, acreditando “luta por justiça”, termina promovendo a injustiça e a barbárie.
Em resumo, com 19 exemplos vistos aqui, mostramos que a frase “usar as armas do inimigo é se igualar a ele” é uma das maiores mentiras que alguém de direita pode lhe contar. É ainda pior que isso: são formas negacionistas através das quais os mentirosos da extrema-esquerda encontram brechas para produzirem cada vez mais vítimas. Ao acreditar lutar “pela moralidade na política”, os negacionistas são os principais patrocinadores da imoralidade, por criarem injustificáveis colapsos mentais que impedem a única luta possível contra o barbarismo.

Por que adiar as manifestações para 21/08 é a melhor alternativa?


Por que adiar as manifestações para 21/08 é a melhor alternativa?
Como vimos, vários grupos que se manifestariam no dia 31/07 decidiram alterar a data das manifestações para o dia 21/08. Veja o comunicado abaixo:
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Isso tudo parece muito interessante, sob vários aspectos. Dentre eles, sabemos que promover vários eventos no dia 31 de julho, bem como manter o apoio às manifestações que ocorrerem nesta data, permitirá que grupos como MBL, Revoltados Online e Nas Ruas consigam organizar manifestações mais pontuais e centradas.
Mas não foi assim que algumas pessoas adeptas do direitismo mais purista compreenderam. Dentre esses casos, cito um exemplo, o de Paulo Eneas, que já participou comigo no passado do site Crítica Política (do qual fui editor por uns meses):
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Ai, ai…
Por onde começar?
  1. Segundo o Sr. Eneas, as mobilizações “não dependem de calendário do Congresso”. Na verdade, dependem sim. Se ele resolvesse estudar os movimentos da extrema-esquerda, notaria que todas as mobilizações estão alinhadas a eventos políticos, tanto do Executivo, como do Legislativo e até do Judiciário. Desatrelar manifestações destes eventos é uma bobagem tão grande quanto espirrar na farofa. Na verdade, as manifestações devem ser pensadas com esse alinhamento em mente. Talvez por Eneas ter adotado a narrativa da “superação da classe política” (que não foi colocada em prática nem por aqueles defensores desta ideia), ele acredite que viver como se o Congresso não existisse funciona. Por que ele não junta os amigos dele e tentam fazer isso?
  2. Ele também ataca o fato de os movimentos terem remarcado a data. Usa a ironia: “Quarenta dias após marcar a data vocês ‘descobriram’ que era fim de férias”? Bem, se uma crítica pode ser feita quanto ao agendamento, crítica maior deveria ser feita em relação a não alterar a data. Inflexibilidade é sempre um demérito para executores de táticas. Fica difícil saber do que Eneas reclama. Do agendamento original ou da remarcação? Vago, muito vago…
  3. Surge a narrativa purista dizendo “vocês são uns liberteens irresponsáveis muito mais preocupados em levar adiante a agenda libertária da esquerda que vocês sempre abraçaram”. É um discurso da idade da pedra lascada, totalmente desapegado aos fatos da política atual. A direita está em processo de amadurecimento e, felizmente, começando a elaborar demandas pragmáticas que atendam a mais de um grupo. Um exemplo é o apoio de muitos liberais ao Escola sem Partido, que se iniciou como uma demanda conservadora. E novas demandas pragmáticas vão surgir. Isso é fruto do amadurecimento político da direita. É algo que não vai parar. O purismo de Eneas não é um bom componente para se fazer uma crítica tática.
  4. Ele fala algo sobre o impeachment ter sido apenas um pretexto para “levar uma agenda libertária de esquerda” à frente, mas é um discurso sem nexo. Como falado anteriormente, várias agendas estão em discussão – agendas liberais, libertárias e conservadoras – e o processo de impeachment resulta em maior liberdade para discutirmos todas estas agendas. Na realidade, a requisição pelo impeachment surgiu de forma legítima a partir de vários movimentos sociais democráticos. A conquista do impeachment é também a conquista de maior liberdade, e aí cada grupo que ocupe o seu espaço. Eu, como liberal, não me preocupo com o aumento de espaço para as vozes conservadoras. Por que Eneas se incomoda tanto? Aí sim fica parecendo que ele busca um pretexto.
  5. Argumento “maravilhoso” de Eneas: “vocês são amigos do Reinaldo Azevedo”. Bem, de fato parece que Reinaldo Azevedo tem bastante alinhamento com as táticas e práticas de movimentos como MBL. Da mesma forma que Eneas é aluno do Olavo de Carvalho. E daí? O que importa são as táticas de cada grupo. Patrulhamento ideológico é coisa da extrema-esquerda, que todos devemos repelir. Em tempo: o cancelamento não veio apenas do MBL, como também de outros grupos que incluem até gente que participou de um hangout recentemente com o Sr. Eneas. Ihh….
  6. Os movimentos não estariam “nem aí, pois as pessoas querem alavancar suas candidaturas para as próximas eleições”. Esse é o famoso argumento “nada a ver”. Uma coisa não tem relação com a outra. Mas o importante é o seguinte: é um mérito que os movimentos democráticos estejam dando espaço para candidatos surgirem nas próximas eleições. É apenas no fascismo que a participação política é rejeitada. Ou em ditaduras. Em democracias, temos que contar com políticos cada vez mais aderentes às nossas ideias. Membros de movimentos sociais deveriam aumentar sua participação na política, entrando em partidos como DEM, PSDB, PMDB, NOVO, PSL e vários outros. Só deveríamos vetar a participação em partidos totalitários como PT, PCdoB, PSOL e PDT, bem como outros aliados a projetos bolivarianos. Em suma, aquilo de que Eneas reclama, muitos deveriam na verdade é se orgulhar. Pergunta ao Sr. Eneas: “O senhor não tem vergonha de ficar contra os membros de movimentos participarem da política?”.
  7. Por fim, ele diz que os movimentos “subestimam” os milhões que “foram e estão dispostos a ir às ruas”. Mas qual foi a análise feita por Paulo Enéas a respeito da vontade de participação nesta data? De onde eles tirou os dados? Aha… Enfim, como sempre, aqueles menos focados em falar em táticas surgem com demandas tiradas da cartola.
O que podemos avaliar daí é que, com críticas tão ruins ao cancelamento das manifestações – e note-se que Paulo Eneas com certeza se posiciona no “top 10” daqueles ligados a Olavo de Carvalho, e que gostam de meter o bedelho nos movimentos de rua, mesmo que emitam narrativas contraditórias – adiar foi a melhor alternativa de todas.
Eneas e outros de seu grupo possuem bastante dificuldade em compreender contextos táticos. Muitos deles adotam a frase “vocês tem que fazer (x)”, mas quase sempre ignorando os momentos políticos pelos quais passamos. Por exemplo, Eneas ignora que a descida de Dilma ladeira abaixo tirou muito do clima de confronto. O período de fim de férias até que não seria um grande problema, não fosse a ausência de um “clima de combate” para o momento. É bem provável que esse clima retorne com o fim das férias e com a entrada na reta final do impeachment.
Saul Alinsky ensinava que “a melhor tática é a que seu grupo aprecia”. O público dos movimentos democráticos estava clamando por manifestações em outra data. No que foram atendidos pelos líderes dos movimentos. A data foi alterada porque as pessoas que participariam dos movimentos prefeririam uma data mais próxima à votação do impeachment. Fazer tal alteração de cronograma é sinal de maturidade política e sinal de respeito ao público das manifestações

Globo usa 5 mentiras inacreditáveis para tentar esconder ditadura na Venezuela


Globo usa 5 mentiras inacreditáveis para tentar esconder ditadura na Venezuela
O site da Globo publicou uma matéria inacreditável – feita por Issaac Mumena, da BBC Africa, Kampala – que serve como um dos maiores exercícios de sadismo falacioso em nome do totalitarismo em muito tempo. Intitulado Cinco mitos sobre a crise na Venezuela (e o que acontece de verdade), o texto é uma compilação de falácias na tentativa de negar o que não pode ser negado.
O truque de Mumena é apontar a citação dos fatos (feitas por adversários da ditadura), chamá-las de mitos a partir de instâncias da falácia do espantalho (com técnicas de distorção, generalização apressada e exageros) para esconder a ditadura de Maduro. Segundo o narrador, “em meio à polarização da sociedade e à forte politização de relatos da mídia, muito do que está sendo dito é baseado em impressões exageradas.”
Vamos ao circo da matéria, onde o autor, cinicamente, aponta todos os itens como “mitos” sobre a Venezuela:
1. Os críticos estão dizendo que “na Venezuela há fome”, mas isso não é verdade
“Em algumas regiões da Venezuela se passa fome, mas não a maioria da população.”
“90% dos venezuelanos disse em 2015 ao levantamento Encovi que está comendo menos e com menor qualidade. De fato, a crise alimentar se aprofundou em 2016; se veem mais filas e são relatados mais casos de subnutrição, com mais pessoas que comem duas ou menos vezes por dia.”
“E por mais caros que sejam, os venezuelanos têm frutas e verduras disponíveis em cada esquina. De acordo com a Fundación Bengoa, especialista nesta área, a desnutrição está entre 20% e 25%.”
“Especialistas venezuelanos concordam que o que acontece no país não é o mesmo que na Etiópia nos anos 80 ou na Coreia do Norte em 1990. Mas muita gente tem alertado: “estamos à beira da fome.”
O truque aqui é o seguinte: dizer que “não há fome, pois nem todos passam fome”. O que é o mesmo que dizer que não aconteceu um Holocausto pelas mãos de Hitler, pois nem todos os judeus morreram, ou que não ocorre um surto do vírus zika pois nem todas as pessoas estão doentes. Isso é de uma canalhice sem igual, além de uma desumanidade ímpar. O sujeito que escreveu a matéria claramente deve ser um psicopata.
2. Os críticos estão dizendo que “Venezuela é igual a Cuba”, mas não é
“Em geral, três elementos permitem argumentar que “a Venezuela se cubanizou”, como alguns dizem: as filas para comprar produtos racionados, a dualidade da economia e da militarização do governo (onde a inteligência e o governo cubano têm influência).”
“Mas essa comparação só pode ser feita até aí.”
“A Venezuela é um país capitalista onde o setor privado tem certa atividade, apesar das restrições e expropriações do Estado – que adquire cada vez mais controle sobre a economia. Em Cuba, o setor privado é mínimo.”
[o autor ainda diz que na Venezuela tem Internet, Netflix, McDonald’s e em Cuba não]
Schopenhauer mapeou um tipo específico de falácia do espantalho: a ampliação indevida. Nesta artimanha, alguém exagera a afirmação do oponente, refuta a versão exagerada e finge ter refutado a versão original. Por isso, a matéria inventa a mentira de que alguém teria dito que “Venezuela é igual a Cuba”, quando na verdade o que se diz é que a Venezuela é o país no qual o bolivarianismo mais avançou na América do Sul e, exatamente por isso, é aquele que mais se aproxima do horror cubano.
Mas é uma verdade que a Venezuela está se cubanizando rapidamente, embora não se torne igual a Cuba, pois seria uma burrice. E isso nos leva à próxima falácia…
3. Os críticos afirmam que “a Venezuela é uma ditadura”, mas ela é uma democracia
“É um debate acadêmico que leva alguns anos: se na Venezuela há uma “ditadura moderna” ou um “regime híbrido”.”
“Mas são poucos os especialistas, no país e no exterior, que falam de uma ditadura tradicional.”
“Primeiro, eles dizem, porque há oposição, por mais que não tenha acesso a recursos que o partido governista tem – e apesar das prisões e restrições a que representantes seus tenham sido sujeitados.”
“E há eleições, embora tenham removido alguns poderes da Assembleia Nacional – eleita com votos – quando ela passou a ser controlada pela oposição.”
“Em segundo lugar, a imprensa independente na Venezuela, apesar dos problemas – falta de papel, pressão do governo e com muitos de seus jornalistas em julgamento ou na prisão – existe.”
A ampliação indevida está de volta, além de vir acompanhada de uma manipulação semântica clara. Nota-se que o autor deve ser um especialista em mentir conforme as regras da dialética erística. Para início de conversa, as ditaduras modernas não são baseadas no modelo de ditadura tradicional (como em Cuba), mas no modelo de tirania moderna, abordado muito bem no livro “Escola de Ditadores”, de William J. Dobson.
O comportamento cínico do autor da matéria da BBC mostra o motivo pelo qual as tiranias modernas (como a que ocorre na Venezuela e agora na Turquia) se estabeleceram: são ditaduras plenas, que simulam um sistema eleitoral vigente e até uma suposta liberdade de imprensa, mas tudo é fraudado pelo controle de verbas e meios de mídia pelo governo, pelo aparelhamento do Judiciário e pela falta de separação entre os poderes. Ou seja, o próprio autor do texto reconhece que a Venezuela é uma ditadura, mas executa a manipulação semântica para fingir que “se não é uma ditadura tradicional, não é ditadura”, quando na verdade os modelos de tirania moderna, como aquele de Maduro, são muito mais perigosos.
4. Os críticos dizem que “todo mundo odeia Maduro”, mas tem gente que gosta dele
“Muitos fora do país perguntam como é possível que Maduro ainda esteja no poder.”
“De acordo com várias pesquisas, ele tem entre 20% e 30% de apoio.”
“Há venezuelanos que se consideram chavistas, que dizem apoiar Maduro nas pesquisas, mas que, quando falam à imprensa, soltam uma série de insultos contra o presidente.”
De novo uma falácia da ampliação indevida? Isso mostra que a tática é um padrão dessa gente. Não há nenhum regime no mundo onde “todo mundo odeie o ditador”. Ao contrário: em ditaduras, você encontrará parcelas consideráveis de apoio ao ditador, exatamente em razão da censura. Porém, na Venezuela, onde o modelo de tirania moderna está implementado, não é tão fácil encontrar pessoas de joelhos para o ditador tanto como acontece na Coréia do Norte. Ainda assim, surpreende o alto nível de rejeição a Nicolas Maduro, mesmo que a imprensa tenha sido controlada. Isto é sinal de que ele destruiu seu país com muita rapidez, pois, com tanta censura, era de se esperar que ele fosse mais “adorado”, ainda que de maneira artificial.
Ou seja, a matéria da Globo (BBC) mentiu mais uma vez.
E para não perder o jeitão da coisa, eles concluem com a quinta mentira:
5. Os críticos dizem que “você não pode sair de casa” (na Venezuela), mas tem gente que sai de casa sim
“A criminalidade desenfreada e o medo levou alguns a preferirem assistir a um filme em casa do que ir a um bar à noite.”
“Mas ainda há muitos, não só em Caracas, mas em todo o país, que vão a discotecas, bares e restaurantes.”
“Paradoxalmente, no lugar onde há mais assassinatos, nos bairros populares, a noite é tão ativa como em qualquer cidade, mas nas áreas de classe média e alta as ruas ficam desertas após as 21h.”
“Na Venezuela deve-se ter um perfil discreto, não falar no celular nem mostrar uma câmera na rua. Quanto mais velho for o carro e as roupas que se veste, melhor.”
“Ter guarda-costas ou carro blindado às vezes pode ser contraproducente. Apesar disso, os centros das cidades e vilarejos são durante o dia são tão ou mais agitados do que em qualquer outro lugar na América Latina.”
Lá vamos nós de novo com a ampliação indevida. Não há nenhuma região do mundo onde “ninguém pode sair de casa”. Até no Iraque você pode sair de casa. Até onde o Estado Islâmico mais faz vítimas você pode sair de casa. Talvez a Venezuela fosse a primeira região do mundo onde não poderíamos sair de casa, não é? Mas aí é que vemos o cinismo do autor. O fato é que Caracas é a capital mais violenta do mundo e os índices são aterradores. Não adianta inventar a historinha dizendo que “ah, tem gente que sai de casa sim” que isso não mudará o fato: a Venezuela se tornou perigosíssima em termos de segurança pública por causa do bolivarianismo.
Em resumo, quem cair no joguinho da matéria monstruosa, vai acabar achando que:
  1. Na Venezuela não há fome
  2. A Venezuela não está se aproximando do sistema cubano
  3. Que a Venezuela é uma democracia
  4. Que Maduro tem alta aprovação
  5. Que a Venezuela é um local seguro para se viver
Na época em que o marqueteiro (hoje preso) João Santana fazia suas propagandas mentirosas para o partido bolivariano, dizíamos: “Eu quero morar no Brasil da propaganda do PT”. Era uma sátira às mentiras ditas por Santana e sua equipe de marketing. Da mesma forma, eu quero morar na Venezuela da propaganda contida nessa matéria desonesta da BBC (tanto endossada como publicada pela Globo).
Só um recadinho, pessoal da Globo: enquanto as pessoas sofrem na Venezuela, vocês estão mentindo para beneficiar um ditador psicopata. Isso não será esquecido…