MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 30 de junho de 2020


Brasil tem 3º maior pico de mortes em único dia e ultrapassa 1,4 milhão de infectados


Com 1.280 novos óbitos, país teve terceiro maior pico de registros de mortes em 24 horas desde o início da pandemia

Arivaldo Silva
BAHIA,BA 
Foto: Altemar Alcantara/Fotos Públicas
Foto: Altemar Alcantara/Fotos Públicas

Nesta terça-feira (30), o Brasil teve o terceiro maior pico de registros de mortes em 24 horas desde o início da pandemia. Foram 1.280 novos óbitos. Antes disso, as maiores marcas ocorreram no dia 23 de junho com 1.374 óbitos e no dia 4 de junho com 1.473 mortes. Ao todo, a pandemia do novo coronavírus já vitimou 59.594 mil brasileiros.
O Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 33.846 novos casos de Covid-19 e o número total de infectados pelo coronavírus chegou a 1.402.041. Os dados foram atualizados nesta terça-feira (30) pelo Ministério da Saúde.
A marca de hoje representou um aumento de 2,1% em relação ao balanço de ontem(29), quando foram contabilizados 58.314 óbitos em função da Covid-19. Ainda há 3.950 mortes em investigação.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, 790.040 pessoas que contraíram a doença já se recuperaram. Outras 552.407 estão em acompanhamento.
O Brasil permanece como o segundo país do mundo com maior incidência de mortes e de casos de Covid-19. Atrás apenas dos Estados Unidos, que conta com 2,7 milhões de infectados e 129,9 mil mortes.

União Europeia autoriza entrada de turistas de 15 países -Brasil está fora da lista


Moradores do Brasil e Estados Unidos não estão entre os que poderão entrar na Europa a partir de 1º de julho. Fronteiras estão se reabrindo para estimular o setor aéreo e os destinos turísticos

Tribuna da Bahia, Salvador
30/06/2020 12:53 | Atualizado há 8 horas e 5 minutos
   
Foto: Vincenzo Pinto / AFP
Os países da União Europeia (UE) aprovaram nesta terça-feira (30) a reabertura das fronteiras a partir de 1º de julho aos turistas de 15 países --moradores do Brasil, Estados Unidos, Turquia e Rússia, por enquanto, têm o acesso proibido.
A lista dos autorizados, que será revisada a cada duas semanas, inclui Argélia, Austrália, Canadá, Geórgia, Japão, Montenegro, Marrocos, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Coreia do Sul, Tailândia, Tunísia e Uruguai, além da China, mas o gigante asiático sob critérios de reciprocidade, informou o Conselho da UE em um comunicado.
Foram usados critérios de saúde. Os países de residência dos turistas, e não a sua nacionalidade, será o fator chave para determinar se eles poderão entrar ou não na União Europeia, de acordo com as autoridades.
Os 27 países que compõem o bloco não são obrigados legalmente a adotar a resolução, mas se não fizerem isso, correm risco de ter as suas fronteiras com outros países da Europa fechada -portanto, dificilmente algum país terá uma política diferente.
Fora da lista
Rússia, Brasil, Turquia e EUA estão entre os países onde a contenção do vírus é considerada pior que a média da União Europeia. Esses países terão que esperar uma revisão por ao menos mais duas semanas.
A medida visa dar apoio ao setor de viagens e aos destinos turísticos, particularmente os países do sul da Europa, que são os mais atingidos pela pandemia.
A lista precisava de uma maioria qualificada de países europeus para ser aprovada --ou seja, 15 países que representassem 65% da população.
Os países membros podem restringir a entrada de pessoas das 14 nações que foram liberadas.
Os esforços da UE para reabrir as fronteiras internas, especialmente entre os 26 países da área Schengen, que geralmente não têm nenhum controle, tem sido desigual. Moradores de algumas nações ainda têm acesso restrito a certos países.
A Grécia existe testes de Covid-19 para quem chega da França, Itália, Espanha e Holanda. Os visitantes precisam ficar em isolamento até que saiam os resultados desses testes.
A República Checa não aceita turistas de Portugal e da Suécia.
Os residentes do Reino Unido podem viajar a muitos dos países da UE, mas aqueles que não estiverem fazendo viagens essenciais precisam se isolar por duas semanas.

G1

Itabuna com 2520 casos, 1092 curados, 20 UTI e 67 óbitos


Nesta terça-feira (30/06), Itabuna registra 2.520 casos confirmados, sendo 1.361 casos ativos; 1.818 em monitoramento; 9.959 casos notificados; 7.059 descartados; 289 aguardando resultado; 1.092 casos curados; 177 aguardando coleta; 20 internados em UTI; 42 internados em leito clínico e 67 óbitos. Os resultados clínicos epidemiológicos se referem a pacientes com sintomas, contactantes no mesmo domicílio de pacientes positivados por laboratório. Ele é automaticamente positivado pelo critério clínico epidemiológico. Atenção! o coronavírus está se espalhando rapidamente em Itabuna. Proteja sua família. Fique em casa.

A letargia moral e mental do cidadão comum




Muitos cidadãos de boa-fé não estão percebendo a escalada autoritária no Brasil porque a imagem que fazem da chegada do totalitarismo é antiga e ultrapassada.
Imaginam que, "se houvesse mesmo totalitarismo", nós já teríamos visto tanques chineses nas ruas e falsos militares barbudos com charutos na boca, todos falando que fuzilam mesmo, e vão continuar fuzilando, mas sempre com ternura.
Como sso não está ocorrendo, e como a imprensa diz que a única coisa anormal é a existência de um presidente honesto, conservador e trabalhador, o cidadão conclui que não há perigo real à frente, e que tudo em breve voltará ao normal, ou ao "novo normal".
Está escapando ao cidadão de boa-fé o escancarado combo mafioso que se formou. Um combo que inclui STF, governadores, prefeitos, Congresso e partidos de esquerda, tudo junto e misturado dentro do circo histérico chamado Covid-19.
Mesmo sabendo que os reais poderes soltam milhares de presos perigosos, enquanto prendem pessoas inocentes por crime de opinião, o cidadão mental e moralmente letárgico insiste em dizer a si próprio e aos outros que está "tudo sob controle".
Mesmo vendo com seus próprios olhos a quebradeira geral do comércio e o superfaturamento retornando forte com a desculpa de combater o vírus, o cidadão letárgico se recusa a ver a realidade.
Ele também parece não perceber que foi cerceado em seu direito de ir e vir, que será multado, e até preso, se não usar acumulador de baba.
Notem que não falo do mau caráter que finge não ver nada disso por conveniência política e financeira, mas daqueles que realmente não estão entendendo o perigo que estamos vivendo.
Marco Frenette

Com menos de três meses no cargo, Secretária de Saúde do Amazonas é presa no “Covidão”

A secretária de Saúde do Amazonas foi presa numa ação da Polícia Federal nesta terça-feira, 30.
Simone Papaiz foi detida por agentes que investigam desvios de verbas públicas voltadas para a luta contra a Covid-19
Ela é biomédica e assumiu o cargo em abril deste ano, depois do pedido de demissão do antecessor, Rodrigo Tobias.
Ele deixou a pasta no auge da pandemia de coronavírus no Amazonas.
O Governador do Estado, Wilson Lima (PSC) também é alvo das investigações e teve a prisão requerida, porém negada pelo STJ.
Se provado o envolvimento de Simone Papaiz, fica óbvio que ela, com tão pouco tempo no cargo, assumiu com um objetivo bem específico.
da Redação

A reviravolta que pode mudar o Brasil: Existe a possibilidade de Bolsonaro indicar quantos ministros para o STF?


Uma coisa é certa. Ainda nesse mandato, pelos menos dois ministros serão indicados para o Supremo Tribunal Federal.
Celso de Mello aposenta em novembro e Marco Aurélio em julho de 2021.
Em 2022 teremos eleição presidencial e para o Congresso Nacional: Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Em caso de reeleição de Bolsonaro e a conquista de uma expressiva maioria nas duas casas do legislativo, a PEC da Bengala poderia ser revogada. E os pedidos de impeachment de diversos ministros poderiam ter os seus andamentos efetivados.
De qualquer forma, com as regras atuais, Lewandowski e Rosa Weber deixam o STF em 2023.
Se revogada a PEC da Bengala, Fux chega ao seu limite também em 2023, Carmen Lúcia em 2024 e Gilmar Mendes em 2025.
O andamento dos processos de impeachment engavetados por Davi Alcolumbre, poderia resultar nos afastamentos de Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, além do próprio Gilmar.
Assim, restariam Edson Fachin e Luis Roberto Barroso, que teriam seus substitutos indicados pelo sucessor do presidente Bolsonaro, eleito em 2026. Ambos, em 2028.
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista

A omissão nossa de cada dia

30/06/2020 às 20:03 JORNAL DA CIDADE ONLINE
Ainda são muitos os que têm uma atitude perante a vida que pode ser traduzida assim: "Alguém tem que fazer alguma coisa!"
"Alguém"? Mas, por que não "eu"? Por que não "nós"? Por que não "todos"?
Que uma criança abra o berreiro quando não tem suas necessidades satisfeitas é de todo plausível: ela ainda não tem autonomia para bastar-se a si mesma.
Agora, que adultos só reclamem e não tenham iniciativa, sem se perguntar "O que posso eu fazer para ajudar a que as coisas mudem", ficando naquelas de "já sou do bem", é, no mínimo, debilidade moral.
Há pelo menos cinco anos, circula apócrifo o texto abaixo transcrito.
Mas nunca foi tão oportuno como nestes dias em que, além doutras agressões a valores da democracia, há brasileiros sendo presos por suas manifestações políticas, ao passo que uns quantos aplaudem o arbítrio.
"Para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados", diz Edmund Burke. E é o lema desta coluna.
O texto:
No primeiro dia de aula, o professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala e a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Qual é o seu nome?
- Chamo-me Nélson, senhor.
- Saia de minha aula e não volte nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Nélson pareceu desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estavam apreensivos e indignados. Mas ninguém falou nada.
- Agora sim! Vamos começar - disse o professor. E perguntou:
- Para que servem as leis?
Seguiam assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco começaram a responder à pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade - disse o primeiro.
- Não! - retrucou o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!
Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso, para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?
Todos começaram a ficar incomodados com aquela atitude tão hostil. No entanto, continuavam respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferenciar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal, porém respondam a esta pergunta:
Agi com justiça ao expulsar Nélson da sala de aula?
Todos ficaram calados. Ninguém respondia.
Parecia faltar coragem de enfrentar àquele simulacro de autoridade.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! - responderam todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que é que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!
Agora, vou buscar o Nélson - disse. - Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período.

Renato Sant'Ana

Advogado e psicólogo. E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br

Itabuna 2580, Ilhéus 1267, Ipiaú 693, Itajuípe 389, Uruçuca 261


Segundo o boletim divulgado pela Sesab na tarde desta terça-feira (30), Itabuna contabiliza 2560 casos confirmados de coronavírus, 395 com sintomas, 56 óbitos no município e 75 de outras cidades. Ilhéus registra 1267 casos, 288 ativos, 45 mortes no município e 78 de outras cidades. Ipiaú tem 693 casos, 156 ativos, 10 óbitos no município e 4 de outras cidades. Uruçuca soma 261 casos, 66 ativos, 14 óbitos no município e 2 de outra cidade. Itajuípe acumula 389 casos, 126 ativos e 3 óbitos do município e 1 de outra cidade. Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Itajuípe (1.898,39), Gandu (1.539,98), Ipiaú (1.510,69), Uruçuca (1.271,99) e Itabuna (1.210,00).

Bahia registra 3.840 casos de Covid e 53 óbitos nas últimas 24hs


Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.840 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +5,5%), 53 óbitos (+2,9%) e 3.813 curados (+8,7%). Dos 73.307 casos confirmados desde o início da pandemia, 47.759 já são considerados curados, 23.695 encontram-se ativos e 1.853 tiveram óbito confirmado. As confirmações ocorreram em 385 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (47,05%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Itajuípe (1.898,39), Gandu (1.539,98), Ipiaú (1.510,69), Uruçuca (1.271,99) e Itabuna (1.210,00). O boletim epidemiológico contabiliza 73.307 casos confirmados, 162.200 casos descartados e 75.726 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 18 horas desta terça-feira (30). Na Bahia, 8.724 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Taxa de ocupação
Na Bahia, dos 2.284 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para coronavírus, 1.422 possuem pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 62%. No que se refere aos leitos de UTI adulto e pediátrico, dos 916 leitos exclusivos para o coronavírus, 718 possuem pacientes internados, compreendendo uma taxa de ocupação de 78%. Cabe ressaltar que o número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Ressalte-se que novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda.

Óbitos
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) contabiliza 1.853 mortes pelo novo coronavírus.

1801º óbito – mulher, 100 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes, doença cardiovascular e doença do sistema nervoso, foi internada dia 04/06 e foi a óbito dia 12/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1802º óbito – homem, 59 anos, residente em Jequié, portador de hipertensão arterial e diabetes, foi internado dia 15/06 e foi a óbito dia 22/06, em unidade da rede pública, em Jequié;

1803º óbito – homem, 86 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e doença respiratória crônica, foi internado dia 31/05 e foi a óbito dia 23/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1804º óbito – homem, 82 anos, residente em Salvador, portador de doença cardiovascular, foi internado dia 06/06 e foi a óbito dia 28/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1805º óbito – mulher, 96 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, foi internada dia 13/06 e foi a óbito dia 19/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1806º óbito – homem, 84 anos, residente em Salvador, portador de doenças genéticas, foi internado dia 27/05 e foi a óbito dia 27/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1807º óbito – homem, 75 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, doença cardiovascular e neoplasias, foi internado dia 07/06 e foi a óbito dia 22/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1808º óbito – homem, 45 anos, residente em Salvador, portador de neoplasias, foi internado dia 10/06 e foi a óbito dia 19/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1809º óbito – homem, 64 anos, residente em Maragogipe, portador de doença cardiovascular, foi internado dia 08/06 e foi a óbito dia 27/06, em unidade da rede filantrópica, em São Félix;

1810º óbito – mulher, 56 anos, residente em Salvador, portadora de doença cardiovascular, foi internada dia 04/06 e foi a óbito dia 25/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1811º óbito – homem, 61 anos, residente em Eunápolis, portador de hipertensão arterial e diabetes, foi internado dia 18/06 e foi a óbito dia 20/06, em unidade da rede pública, em Porto Seguro;

1812º óbito – homem, 52 anos, residente em Salvador, portador de obesidade, neoplasias e doenças hematológicas, foi internado dia 21/05 e foi a óbito dia 23/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1813º óbito – homem, 90 anos, residente em Paulo Afonso, sem informação de comorbidades, data de admissão não informada, foi a óbito dia 25/06, em unidade da rede pública, em Paulo Afonso;

1814º óbito – homem, 72 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, foi internado dia 23/05 e foi a óbito dia 10/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1815º óbito – mulher, 99 anos, residente em Feira de Santana, portadora de hipertensão arterial, foi internada dia 23/06 e foi a óbito dia 25/06, em unidade da rede pública, em Feira de Santana;

1816º óbito – homem, 94 anos, residente em Paulo Afonso, portador de diabetes e doença cardiovascular, foi internado dia 23/06 e foi a óbito dia 25/06, em unidade da rede pública, em Paulo Afonso;

1817º óbito – mulher, 73 anos, residente em Glória, portadora de doença cardiovascular, foi internada dia 13/06 e foi a óbito dia 20/06, em unidade da rede pública, em Paulo Afonso;

1818º óbito – homem, 50 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e diabetes, foi internado dia 03/06 e foi a óbito dia 19/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1819º óbito – homem, 59 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e obesidade, foi internado dia 09/06 e foi a óbito dia 20/06, em unidade militar, em Salvador;

1820º óbito – homem, 78 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, foi internado dia 29/05 e foi a óbito dia 28/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1821º óbito – homem, 73 anos, residente em Salvador, portador de doença renal crônica, foi internado dia 10/06 e foi a óbito dia 27/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1822º óbito – mulher, 82 anos, residente em Ilhéus, portadora de doença cardiovascular, foi internada dia 14/06 e foi a óbito dia 16/06, em unidade da rede pública, em Ilhéus;

1823º óbito – homem, 85 anos, residente em Salvador, portador de doença respiratória crônica, foi internado dia 14/06 e foi a óbito dia 25/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1824º óbito – homem, 73 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e diabetes, foi internado dia 25/06 e foi a óbito dia 27/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1825º óbito – mulher, 77 anos, residente em Paulo Afonso, portadora de doença cardiovascular, foi internada dia 14/06 e foi a óbito na mesma data (14/06), em unidade da rede pública, em Paulo Afonso;

1826º óbito – homem, 37 anos, residente em Feira de Santana, portador de diabetes e doença cardiovascular, foi internado dia 17/06 e foi a óbito dia 29/06, em unidade da rede pública, em Feira de Santana;

1827º óbito – mulher, 36 anos, residente em Paulo Afonso, portadora de doença do sistema nervoso, data de admissão não informada, foi a óbito dia 12/06, em unidade da rede pública, em Paulo Afonso;

1828º óbito – homem, 83 anos, residente em Salvador, portador de doença cardiovascular, foi internado dia 08/06 e foi a óbito dia 10/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1829º óbito – homem, 75 anos, residente em Salvador, portador de diabetes e doença renal crônica, foi internado dia 23/05 e foi a óbito dia 28/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

1830º óbito – mulher, 73 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, foi internada dia 08/06 e foi a óbito dia 25/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1831º óbito – homem, 46 anos, residente em Alagoinhas, portador de hipertensão arterial e diabetes, foi internado dia 15/06 e foi a óbito dia 28/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1832º óbito – mulher, 70 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial e diabetes, foi internada dia 03/06 e foi a óbito dia 04/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1833º óbito – mulher, 77 anos, residente em Cândido Sales, portadora de hipertensão arterial e diabetes, foi internada dia 25/06 e foi a óbito dia 27/06, em unidade da rede pública, em Cândido Sales;

1834º óbito – mulher, 84 anos, residente em Santo Antônio de Jesus, portadora de hipertensão arterial e doença cardiovascular, foi internada dia 24/06 e foi a óbito dia 26/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1835º óbito – mulher, 65 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial e doença renal crônica, foi internada dia 30/04 e foi a óbito dia 19/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

1836º óbito – homem, 79 anos, residente em Salvador, portador de neoplasias e doença do sistema nervoso, foi internado dia 29/05 e foi a óbito dia 03/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1837º óbito – mulher, 45 anos, residente em Candeias, portadora de neoplasias, foi internada dia 17/05 e foi a óbito dia 19/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1838º óbito – homem, 79 anos, residente em Paulo Afonso, portador de diabetes, data de admissão não informada, foi a óbito dia 19/06, em unidade da rede pública, em Paulo Afonso;

1839º óbito – mulher, 50 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, diabetes, obesidade e doenças hematológicas, foi internada dia 11/06 e foi a óbito dia 25/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1840º óbito – homem, 78 anos, residente em Ilhéus, portador de diabetes e doença cardiovascular, foi internado dia 02/06 e foi a óbito dia 08/06, em unidade da rede pública, em Ilhéus;

1841º óbito – mulher, 63 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes, foi internada dia 29/06 e foi a óbito dia 30/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1842º óbito – homem, 38 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, foi internado dia 02/05 e foi a óbito dia 28/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

1843º óbito – mulher, 92 anos, residente em Salvador, portadora de demências, incluindo Alzheimer, foi internada dia 05/06 e foi a óbito dia 27/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1844º óbito – homem, 90 anos, residente em Salvador, portador de doença cardiovascular e demências, incluindo Alzheimer, foi internado dia 06/06 e foi a óbito dia 20/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1845º óbito – mulher, 79 anos, residente em Salvador, portadora de doença cardiovascular, foi internada dia 18/06 e foi a óbito na mesma data (18/06), em unidade da rede pública, em Salvador;

1846º óbito – mulher, 87 anos, residente em Salvador, portadora de doença cardiovascular, foi internada dia 05/06 e foi a óbito dia 15/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1847º óbito – mulher, 68 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial e diabetes, foi internada dia 06/06 e foi a óbito dia 11/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1848º óbito – homem, 73 anos, residente em Salvador, portador de doença respiratória crônica, doença renal crônica e doença hepática, foi internado dia 10/06 e foi a óbito dia 17/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1849º óbito – homem, 85 anos, residente em Salvador, portador de doenças do sistema nervoso, foi internado dia 08/06 e foi a óbito dia 22/06, em unidade da rede privada, em Salvador;

1850º óbito – homem, 64 anos, residente em Fortaleza, portador de hipertensão arterial, foi internado dia 03/05 e foi a óbito dia 05/06, em unidade da rede pública, em Feira de Santana;

1851º óbito – homem, 69 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e doença renal crônica, data de admissão não informada, foi a óbito dia 22/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

1852º óbito – homem, 81 anos, residente em Salvador, portador de diabetes, doença cardiovascular e doença renal crônica, foi internado dia 08/06 e foi a óbito dia 10/06, em unidade da rede pública, em Salvador;

1853º óbito – mulher, 43 anos, residente em Alagoinhas, sem informação de comorbidades, foi internada dia 03/06 e foi a óbito na mesma data (03/06), em unidade da rede pública, em Alagoinhas.

Brasil registra 1.280 óbitos e 33.846 casos em 24 horas



Guzzo: "O vale-tudo contra Bolsonaro".


O caminho para trocar o presidente por um outro não é valer-se do submundo da lei criado em Brasília pelo STF. J. R. Guzzo, via Oeste:


A política brasileira de hoje tem apenas uma questão de verdade: o esforço para impedir que as eleições presidenciais de 2022 aconteçam como está previsto no calendário legal ou, mais exatamente, para não permitir que o atual ocupante do cargo seja um dos candidatos. Seus adversários, de todas as naturezas e de todos os cantos da vida política, não falam abertamente que querem isso. Mas passaram a admitir em silêncio, cada vez mais, que será preciso encontrar alguma pirueta legal para se livrarem com 100% de certeza daquele que, em sua opinião, é o causador de todos os grandes problemas que o Brasil tem hoje. Se nada for feito e as eleições correrem normalmente, acreditam eles, Jair Bolsonaro vai acabar ganhando — e mais quatro anos com o homem no governo, além dos dois e meio que ainda tem pela frente em seu primeiro mandato, é algo que “o país não aguenta”.

E por que não aguentaria? Porque o consórcio político do tipo xis-tudo que se formou contra o bolsonarismo, sob a liderança e a condução do Supremo Tribunal Federal, não aceita a ideia de perder seu futuro — ou seja, de passar os próximos seis anos e meio, e sabe lá quantos mais depois disso, vivendo fora do governo. Como não quer Bolsonaro, nem as consequências de Bolsonaro, decidiu que o Brasil também não quer. As palavras-chave em sua campanha são “democracia”, ou “defesa da democracia”. Resolveu-se que o atual governo é incompatível, simplesmente, com a manutenção de um regime democrático no Brasil. Nessas condições, definidas unicamente por eles mesmos, os condutores do bonde anti-Bolsonaro decidiram que têm o direito de romper com as leis hoje em vigor, pelas quais o presidente deve ficar em seu cargo até 1º de janeiro de 2023 e pode concorrer à reeleição, em nome de um “interesse maior” — a salvação da democracia e da pátria.

Nessa tentativa de depor Bolsonaro antes que ele tenha a oportunidade de ganhar uma segunda eleição está valendo quase tudo. O presidente não poderia ficar em seu cargo (na verdade, nem deveria ter assumido) porque teria se beneficiado das fake news, ou de “notícias falsas”, para se eleger em 2018. Teria de ir embora, também, por algum dos seguintes motivos: praticou crime “contra a administração pública” ao demitir o ex-ministro Sergio Moro, apoia “movimentos antidemocráticos” e aceita seu apoio, nomeou Abraham Weintraub para ministro da Educação, escondeu “o Queiroz”, não usa máscara contra o coronavírus, conduz o Brasil ao genocídio, não obedece à ONU, não respeita as “instituições” e por aí se vai. Tudo serve. É o que o público vê, todos os dias, no noticiário que lhe jogam em cima. O sujeito oculto da frase, em qualquer das denúncias que aparecem, é sempre o mesmo: “Esse Bolsonaro não pode ficar”.

Não haveria problema algum para a saída do presidente se seu governo fosse realmente o desastre absoluto apresentado pela mídia, os “formadores de opinião” e os artistas da Rede Globo. Se o governo é tão ruim assim, a população deveria estar mais do que cheia dele, não é mesmo? É dado como fato definitivo, provado por “pesquisas de opinião”, que “70%” dos brasileiros reprovam Bolsonaro e seu governo. Nove analistas em dez, pelo menos, garantem que este governo “acabou”: vive trocando de ministro, não é aprovado pelos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, tem uma imagem horrível na “mídia internacional”, não tem força no Congresso, e assim por diante. Então: se é assim mesmo, está tudo mais do que resolvido. É só esperar mais um pouquinho, até outubro de 2022, fazer as eleições como a lei manda fazer e 70% dos eleitores vão derrotar os 30% de bolsonaristas que sobram.

Só que não é assim. O condomínio anti-Bolsonaro, com certeza, acha que não é — por isso mesmo, e por nenhuma outra razão, quer montar uma trapaça com cara de “solução legal” para tirar o presidente do jogo. Os que consideram Bolsonaro uma calamidade para o Brasil têm, obviamente, todo o direito de pensar assim; é possível, até, que estejam certos. Mas o caminho para trocar o presidente por um outro de seu agrado não é valer-se do submundo da lei criado em Brasília pelo STF, com a cumplicidade das mesas do Congresso, dos meios de comunicação e da elite intelectual-civilizada do eixo Jardins-Leblon. A única solução legal é ganhar as eleições livres nas quais a população julgará Bolsonaro, sua conduta e sua administração. Para isso, é indispensável haver um candidato de verdade, que seja capaz de apresentar ao eleitorado um programa coerente de governo e dizer, enfim, o que vai fazer de diferente, ou ao contrário, do que está sendo feito. Não há no momento nenhum vestígio da existência de qualquer dessas condições.

A única alternativa, além dessa, para encurtar o mandato de Bolsonaro e impedir sua reeleição sem rasgar a Constituição é destituir o presidente através de um processo de impeachment — algo que exige os votos de dois terços do Congresso e parece uma saída tão inviável quanto a eleição de 2022. É isso que explica todo esse enorme ruído que está aí. O tumulto é resultado da incapacidade incurável, por parte das elites brasileiras, de admitir que o povo, sempre tido como um ente sagrado em suas fantasias, é responsável pelas decisões eleitorais que toma. Essa população elegeu há menos de dois anos, com 58 milhões de votos e por maioria absoluta, um novo presidente; se escolheu mal, então que aguente — e vote melhor na próxima oportunidade. Não dá, agora, para anular uma decisão popular desse tamanho com uma fraude jurídica grosseira. O Brasil desaprendeu o que é fazer oposição, se é que soube um dia — a única forma de alternância de poder conhecida hoje pelo STF e pelo mundo político que vive em seus subúrbios é depor os presidentes da República que lhes desagradam. Não é mais uma exceção. Virou regra.

Como em todo golpe de Estado, a desculpa para jogar a lei no lixo é a necessidade de “salvar a democracia”. A Constituição, dizem os ministros do STF que querem virar a mesa, não pode servir de “proteção” ou de desculpa para um presidente como Bolsonaro e para as forças “antidemocráticas”. Para preservar as “instituições”, assim, é preciso violar (só por um momentinho) as instituições; para defender a lei, é preciso violar a lei, mas também só por um instante, certo? Os onze ministros do STF, de uns tempos para cá, se declararam os únicos brasileiros capacitados a dizer o que é bom ou ruim para o Brasil — e, como ninguém diz nada, vai ficando por isso mesmo.

O STF, sozinho, não tem força para demitir ninguém — nem para continuar impedindo o governo de governar, como faz no momento. Vai precisar, mais cedo ou mais tarde, do apoio de quem tem essa força.
 
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Sanfoneiro de Bolsonaro vandalizou 'Ave Maria' com talento de um iconoclasta


Às vezes, o inferno pode ser uma sanfona. João Pereira Coutinho, em divertida coluna para a FSP:

Penso muitas vezes na eternidade. Sei que o paraíso é uma hipótese distante. O purgatório já estava bem. Mas e se for o inferno?
Sonho com essa possibilidade recorrentemente. Acordo sempre lavado em suor.
Anos atrás, minha ideia de inferno era chegar a uma sala de espera, tipo consultório médico, e encontrar todos os leitores que não entenderam a ironia dos meus textos. "A sério que você defendeu isso?"
E eu passo o resto da eternidade a explicar o real sentido das minhas palavras.
Nos últimos tempos, o inferno que me visita é sempre musical. Pode ser uma sessão interminável de ranchos folclóricos portugueses. Ou uma encenação sem fim de ópera tradicional chinesa.
Em qualquer dos casos, eu estou sentado na plateia, impedido de fugir, e com a mesma cara do ministro Paulo Guedes quando o sanfoneiro de Bolsonaro, por sinal presidente da Embratur, começou a sua "Ave Maria".
Aliás, por falar no Diabo, não é de excluir que o sanfoneiro assalte os meus sonhos intranquilos de agora em diante, destronando os belos guinchos do rancho ou do Xiqu.
O vídeo circulou por Portugal e alguns patrícios disseram, exaustos de tanto rir: é a vingança por todas as piadas de portugueses.
Difícil discordar: estamos na presença de uma obra-prima do humor involuntário. Isso se deve, como normalmente acontece no grande humor, à distância abissal entre intenção e resultado.
Intenção: "homenagear os que se foram" com o coronavírus, afirma o presidente. E um observador atento, espreitando o sanfoneiro lá atrás que ensaia as primeiras notas, teme o pior.
Resultado: as expectativas são superadas quando o sanfoneiro decide juntar a sua voz à "melodia" (digamos assim). Não é que ele cante mal. Em rigor, ele não canta; apenas soluça as palavras, como se houvesse uma intermitência persistente entre o cérebro e as cordas vocais. De tal forma que não sabemos bem se aquilo é uma performance ou um derrame.
Numa altura em que se discute a depredação de várias estátuas pelo mundo, o sanfoneiro de Bolsonaro vandalizou o "Ave Maria" de Gounod com um talento de fazer inveja aos iconoclastas.
É então que acontece o segundo grande contraste: nós podemos rir, pasmados com o número; mas é o rosto de Paulo Guedes que confere uma grandeza épica ao momento.
Guedes não ri. Também não chora. Ele morre perante os nossos olhos sem soltar o mais leve gemido.
Dizem que, no momento derradeiro, vemos passar toda nossa vida num flash. Foi o que aconteceu com o ministro: olhando em frente, ele viajou do Rio de Janeiro até Chicago, do estudo acadêmico ao sucesso financeiro, para se ver ali, junto a um presidente de roupa de treino, estilo Nicolás Maduro, e com um sanfoneiro a cantar uma "Ave Maria" em código Morse.
O rosto de Guedes falava. Mas só repetia a mesma coisa, em loop obsessivo: "Quero morrer. Quero morrer. Quero morrer".
Verdade. Política e humor são velhos parceiros. E, quando existem líderes autoritários, o humor cresce em quantidade e qualidade. Basta ver os livros que se escreveram sobre as piadas comunistas (ou, melhor dizendo, anticomunistas) que as populações do Leste da Europa contavam durante a Guerra Fria para aliviar o prejuízo da existência.
Foi lendo um desses livros – o espantoso "Hammer & Tickle" de Ben Lewis– que fiquei a saber que o regime de Nicolae Ceaușescu tinha uma revisora oficial só para confirmar que o nome do ditador era impresso nos jornais sem gralhas. "Nicolae", quando vira "Nicolai" (com i), significa "pênis pequeno" em romeno.
Essa pequena diferença alimentou uma das maiores indústrias de humor clandestino na história do comunismo.
Fato: o Brasil não é a Romênia; Bolsonaro não é Ceaușescu; e não há a mais remota possibilidade de, mudando o nome do presidente, mudarmos também a dimensão dos seus atributos.
Até porque a singularidade da presidência de Bolsonaro está no fato de ser o próprio presidente, e não a população, a produzir humor. Com um pormenor: quando Bolsonaro quer ter piada, não tem. Quando tenta falar sério, ele se revela um monstro da comédia. É uma maldição de pernas para o ar.
Um dia, quando chegar ao inferno, sei que vou escutar novamente aquela sanfona. Paciência: antes perder o paraíso que perder esta piada.
 
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O que foi o projeto nazista Aktion T4, que matou 300 mil crianças e adolescentes.


Quase todos os dias, via-se fumaça saindo do crematório do hospital psiquiátrico. Tiago Cordeiro, via Gazeta do Povo:

Os moradores de Hadamar, uma vila situada ao leste da Alemanha, perceberam rapidamente que havia algo de errado. Quase todos os dias, ônibus lotados com jovens, aparentemente portadores de problemas mentais, davam entrada no hospital psiquiátrico instalado ao lado de um monastério franciscano. Quase todos os dias, via-se fumaça saindo do crematório da instituição. Com frequência, caía sobre o vilarejo uma chuva de cinzas e restos de cabelo. Ao deixar o local, os ônibus estavam vazios, apenas para retornar lotados tempos depois.
Não demorou muito para os boatos circularem na região, mas foi só depois da Segunda Guerra Mundial que o mundo seria informado do que acontecia ali. Entre 1941 e 1945, jovens eram retirados das famílias, seja por ter Síndrome de Down ou um comportamento agitado. O governo dizia que eles seriam levados para um local especializado em dar a eles o melhor tratamento. O que acontecia, na prática, é que, ao chegar, todos eram levados para um banheiro, a pretexto de se lavar. O que saía dos chuveiros era gás letal.
Aplicado em seis centros psiquiátricos de extermínio, sendo um deles o de Hadamar, o programa de eutanásia do nazismo caminhava com velocidade, e as técnicas utilizadas ali seriam ampliadas para escala industrial nos campos de concentração. Quanto às famílias, recebiam certidões de óbito claramente forjadas – em alguns casos, jovens que haviam extraído o apêndice no passado recebiam documentos atestando que a causa da morte havia sido apendicite.
Oficialmente, o programa de eutanásia nazista durou de setembro de 1939 a abril de 1941. Na prática, ainda foram assassinadas pessoas com deficiência em 1945, três semanas depois de os aliados terem ocupado o país. Ao longo das investigações posteriores à guerra, o projeto foi batizado com o nome Aktion T4, uma abreviação de Tiergartenstraße 4, o endereço de uma casa em Berlim que sediou uma fundação de fachada onde trabalhava Karl Brandt, médico pessoal de Adolf Hitler e um dos gestores do programa de eutanásia.
Ao todo, 200 mil pessoas foram mortas em território alemão e outras 100 mil, em países ocupados no Leste Europeu. Além de crianças e adolescentes retirados de suas famílias, perderam a vida milhares de pacientes de hospitais psiquiátricos – muitos deles foram amplamente esvaziados.
Esterilização e eutanásia

O programa de eutanásia foi sucessor de outra iniciativa, a de esterilização de pessoas que, no conceito nazista, tivessem “genes defeituosos”, fossem elas cegas, mudas, esquizofrênicas ou judias. Entre 1933, com a aprovação da chamada “Lei para a prevenção de descendentes hereditariamente doentes”, e 1939, cerca de 360 mil pessoas foram hospitalizadas à força e esterilizada.
Mas a iniciativa não parecia suficiente para Hitler. Ele já havia declarado, em 1935, que planejava levar adiante um amplo programa de eutanásia, mas que ele só seria possível em tempos de guerra, para reduzir o impacto para a opinião pública. Com a escalada do conflito, ele colocou em prática seu plano. Não formalizou a iniciativa para o público em geral, mas documentou a ordem por escrito em uma carta em que determinava a aplicação do programa.
O texto informa, citando o médico de Hitler e um dos chefes da chancelaria, que seria o coordenador do programa: “Philipp Bouhler e Dr. Brandt estão encarregados da responsabilidade de ampliar a competência de certos médicos, designados pelo nome, de modo que os pacientes, baseando-se no julgamento humano, que forem considerados incuráveis​​, podem ser-lhes concedida a morte de misericórdia após exigente diagnóstico”.
Num primeiro momento, foram selecionadas crianças menores de três anos, com graves problemas físicos ou mentais. Com o passar dos meses, o escopo foi ampliado e passou a abarcar vítimas adolescentes, que muitas vezes sequer apresentavam doenças. Milhares de cérebros foram extraídos e armazenados, supostamente para a realização de pesquisas que permitissem compreender as diferenças entre essas crianças e as demais.
“Existe o mito de que apenas crianças com deficiências severas eram mortas”, relatou a educadora e pesquisadora Sally Rogow no artigo Hitler's Unwanted Children. “As crianças indesejadas podiam ser órfãs, ou adolescentes com dificuldades emocionais ou de comportamento. A campanha para remover crianças indesejadas não era apenas resultado da eugenia e do racismo nazista, mas parte de um amplo esforço para controlar a população alemã”.
Afinal, como lembra a pesquisadora, bastava uma família se insurgir contra alguma decisão do governo para guardas baterem à porta ameaçando fornecer uma avaliação psiquiátrica desfavorável de alguma das crianças da casa. Jovens que se recusavam a integrar a Juventude Hitlerista, por exemplo, poderiam ser declarados mentalmente incapazes. “Ao perseguir determinados grupos de pessoas, eles conseguiram estabelecer um sistema de controle de pensamento que alcançava profundamente a vida familiar”, escreveu.
Reação tímida

A preocupação em omitir detalhes do programa se manteve constante, ainda que o número de mortos aumentasse com o passar dos meses. Líderanças das igrejas cristãs se posicionaram contra a iniciativa, em especial o bispo luterano Theophil Wurm, que escreveu ao ministro do Interior uma carta em protesto. Um juiz que criticou a iniciativa, Lothar Kreyssig, perdeu o emprego. E o Vaticano se pronunciou em 1940: “O assassinato de inocentes por culpa de defeitos físicos ou mentais não é aceitável”.
O governo nazista não confirmava nem negava a existência do programa, ainda que sua máquina de propaganda o defendesse abertamente, desde meados dos anos 30. Em 1937, por exemplo, o regime havia levado, a todos os cinemas da Alemanha, o filme Opfer der Vergangenheit: Die Sünde wider Blut und Rasse (“Vítimas do Passado: O Pecado contra o Sangue e a Raça”), que defendia a prática da eutanásia alegando que os doentes mentais sofriam muito, e custavam demais ao Estado.
Com o fim da guerra e a instauração dos julgamentos dos líderes nazistas, as atrocidades vieram à tona, ainda que o total de vítimas só tenha se tornado conhecido a partir dos anos 1990, depois da abertura de arquivos da Alemanha Oriental.
Quanto aos dois mentores do programa, Philipp Bouhler se enforcou ainda em 1945, dias depois de ser capturado pelos soldados americanos. Karl Brandt foi executado na forca em 1948. Quanto a Hadamar, 15 mil pessoas foram assassinadas ali – é mais do que a população atual do local, onde vivem 12 mil pessoas. O vilarejo ainda abriga um hospital psiquiátrico, mas um memorial construído ao lado relembra e lamenta o episódio.
 
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Decotelli não pode assumir


Como imaginar que a pessoa indicada para o MEC tinha uma vida acadêmica tão fajuta? Percival Puggina:

O Estado brasileiro resfolega sua incompetência. Custa caro, queima óleo, roda mal e só ocasionalmente completa o percurso. Os episódios envolvendo a nomeação de Carlos Alberto Decotelli para ocupar o cargo de ministro de Educação são exemplos claros disso.

Como imaginar que a pessoa indicada para o MEC tinha uma vida acadêmica tão fajuta? Exatamente porque isso é inimaginável, era necessário que algum órgão do governo fizesse essa checagem junto às fontes mencionadas. Obviamente não é ao presidente que cabe investigar as competências dos membros de sua equipe. Não é ele, tampouco, que vai informar-se sobre os conceitos de que desfrutam os indicados nos locais onde tenham desempenhado atividades. Se Decotelli assumir vai prejudicar o governo e o trabalho a ser feito no MEC.

A natural circulação das informações, num mundo online, rapidamente descobriu o que, com facilidade, teria sido esmiuçado se alguém tivesse feito o seu trabalho. Ou não? O ministro não defendeu tese na Argentina e sua proposta para esse fim foi rejeitada pela comissão. Da tese que apresentou para o curso de mestrado na Fundação Getúlio Vargas diz-se que incluía trechos de outras fontes sem dar crédito aos respectivos autores. Seu pós-doutorado na Alemanha não aconteceu e não foi obtido entre 2015 e 2017, tendo ele passado três meses por lá em 2016.

Bem espremido, o currículo do professor periga perder ainda mais substância. Digo isso porque seu pedido de desculpas ao presidente já deveria ter sido apresentado e essa novela, sob o ponto de vista administrativo, lançada no cadastro dos acontecimentos exóticos, com envio de cópia para uma provável futura investigação sobre crimes de falsidade ideológica. O mais grave de tudo talvez se revele no fato de o professor Decotelli haver tentado explicar o inexplicável, aparentemente numa suposta expectativa de assumir o cargo, como se isso fosse tolerável e as acusações contra ele, desimportantes.

Não são. Exatamente por não o serem, avulta a responsabilidade de quem deveria fazer a completa investigação antes de autorizar a nomeação do professor. Das consequências dessa desatenção, nos livraram – à nação e ao governo – os olhos atentos da sociedade. Imagine os cuidados de uma empresa privada de 300 mil funcionários (número de servidores do MEC), para escolher seu CEO e compare com esse disparate!
 
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O agente secreto russo que comprou a morte de norte-americanos


Cabeças a prêmio: inimigos de ontem viraram aliados de hoje e espiões da Rússia pagaram o Talibã por ações militares mortíferas contra os Estados Unidos. Vilma Gryzinski:

Os serviços secretos russos têm uma longa tradição de eficiência e manipulação, mas a trama revelada esta semana é de impressionar até os mais calejados nas histórias do mundo das sombras.

Os mesmos agentes da Unidade 29155 do GRU, o serviço secreto militar, que fracassaram escandalosamente na tentativa de matar um ex-espião russo com um elemento de guerra biológica fizeram uma aliança infernal no Afeganistão.

Ofereceram ao Talibã, o movimento ultrafundamentalista que nasceu justamente na época da ocupação russa do Afeganistão, recompensas pela morte de militares americanos.

Resumo a jato da história recente:

O Afeganistão é um país que conseguiu ser invadido pelas duas maiores potências nucleares do mundo.

Em 1979, na época da União Soviética, as tropas foram enviadas para tentar salvar um governo comunista – e golpista – alinhado com Moscou.

Fracassaram miseravelmente. A resistência mobilizou, em boa parte, adeptos do islamismo radical que deu origem ao Talibã.

No apagar das luzes da URSS, em 1989, os russos bateram em retirada. A guerra interna continuou até a exaustão total, quando o Talibã tomou o poder, em 1996.

Baseados nos fundamentos literais do Islã tal como entendidos há mais de 1.500 anos, estenderam-se sobre o país barbaridades como decapitações em estádios de futebol e lapidação de adúlteras.

Em 11 de setembro de 2001, quatro aviões sequestrados por fundamentalista doutrinados por um líder saudita abrigado no Afeganistão desfecharam os atentados terroristas que mataram quase 3.000 pessoas.

Os Estados Unidos exigiram o impossível, que os talibãs entregassem Osama Bin Laden. Em menos de um mês, foi desfechada a invasão militar.

Ao contrário dos filmes, o final foi indecisão. O Talibã caiu rapidamente, mas sua base tribal orgânica, ancorada na etnia Pashtun, não só sobreviveu como agora, depois de 2.700 militares americanos mortos, negocia um acordo para o fim da intervenção – uma promessa de campanha de Donald Trump.

A saída das tropas remanescentes seria uma espécie de doce revanche para os russos, zerando a humilhação de sua própria retirada.

Por que, então, a aliança secreta com o Talibã que fixou um preço por militar morto, segundo revelaram fontes de inteligência ao New York Times?

Possivelmente como um gesto de desafio, um “que se danem” para os países ocidentais que retaliaram depois do atentado fracassado de 2018.

O alvo foi Sergei Skripal, ex-agente duplo condenado na Rússia e libertado numa troca de espiões.

Por acaso, sua filha Yulia estava visitando o pai na pequena cidade de Salisbury, conhecida pela catedral gótica.

Os dois foram envenenados com uma dose que deveria ser letal de Novichok, um agente biológico devastador.

Incrivelmente, conseguiram sobreviver.

A única vítima fatal foi uma mulher, inglesa, que achou um “perfume” no lixo de um parque na vizinha Amesbury e passou nos pulsos, num gesto habitual.

Os dois agentes russos usaram identidades falsas, mas deixaram um enorme rasto de pistas de todos os tipos, principalmente nas câmeras de segurança.

Com um pouco de paciência e muita persistência no uso de informações públicas, o site russo Bellingcat identificou os dois assassinos trapalhões: Anatoly Chepiga, coronel do GRU, e o médico Alexander Mishkin, possivelmente destacado para ajudar na manipulação do perigosíssimo Novichok ou em caso de auto-envenenamento.

Os dois também participaram de um atentado com agente químico contra um comerciante de armas na Bulgária.

Ou seja, têm uma ficha de fracassos, o que não costuma ser premiado com condecorações, como fez Vladimir Putin com Chepiga depois do escândalo de Salisbury.

Assim, não é possível dizer, no momento, se a missão mortífera de Chepiga no Afeganistão foi um prêmio ou um castigo.

Os Estados Unidos reduziram sua presença a apenas mil militares ainda em ação no Afeganistão. Nos últimos dois anos, sofreram vinte baixas.

Entre elas, três fuzileiros navais mortos na explosão de um carro-bomba em abril do ano passado.

Este caso se incluiria no prêmio em dinheiro prometido pelo serviço secreto russo a talibãs ou clãs especializados em sequestros e outros crimes.

Por que o caso foi “vazado” agora para o New York Times?

Obviamente, para constranger Donald Trump.

Em fase de maré baixa, o presidente disse que nunca soube da trama, à qual os Estados Unidos teriam que responder à altura.

Foi imediatamente contestado pelas “fontes”. A informação, disseram ao Times, o jornal preferido pela CIA para plantar notícias, constava do relatório diário de inteligência levado ao presidente.

Foi apresentada em 27 de fevereiro.

O que quer que Trump faça a respeito será, inevitavelmente, considerado pouco, errado ou suspeito.

O objetivo é aumentar a aura de conspirador associado à Rússia, mesmo que todas as investigações tenham desmentido isso.

Os desmentidos, obviamente, não eliminam o fato de que os serviços russos fazem de tudo para enfraquecer os Estados Unidos, incluindo exércitos de robôs em operações de contrainformação.

Depois que os serviços secretos foram reestruturados, com o desmembramento da antiga KGB, o GRU assumiu também as operações de guerra cibernética.

Vladimir Putin sabia da possibilidade de constranger Trump com uma operação secreta tão explosiva quanto pagar pela morte de militares americanos?

Sem dúvida. Como ex-agente da KGB, ele sabe de tudo, inclusive as implicações do “tudo” que sabe.

Aparentemente, tem uma confiança fora do comum em Anatoly Vladimirovich Chepiga, o coronel do serviço secreto que atuou na guerra da Chechênia.

Chepiga inclusive usava uma identidade falsa com um nome checheno, Ruslan Bochirov.

Ele foi também o chefe de segurança do presidente ucraniano Viktor Yanukovitch, um posto nada menos que explosivo.

Yanukovich mudou de lado – ou assumiu a “mudança” – quando era presidente, aliando-se a Putin. Provocou assim a rebelião popular que acabou por obrigá-lo a fugir da Ucrânia. Nem é preciso dizer que vive hoje na Rússia.

Em 2014, Chepiga ganhou a medalha de Herói da Federação Russa pelos serviços prestados na Ucrânia. Talvez um dia esses serviços sejam revelados – e não vai ser nada bonito.

Num ano eleitoral, com a real possibilidade de que Joe Biden defenestre Trump, o Partido Democrata está procurando explorar ao máximo o caso.

O Afeganistão já foi famosamente chamado de “cemitério de impérios” por ser incontrolável, com o terreno montanhoso, o emaranhado de laços tribais e, nas décadas recentes, a radicalização islamista, tornando-o intransponível a invasores estrangeiros.

A oposição a Trump quer desvalorizar, com o caso das cabeças americanas a prêmio, justamente um dos trunfos do presidente: o encerramento da intervenção militar no Afeganistão.

Mais uma vez, apareceram russos no caminho de Trump, agora sob a forma de um agente que cometeu muitos erros, mas continuou desfrutando da confiança de Putin.

Por quê?

“É uma charada envolta num mistério dentro de um enigma”, disse certa vez Winston Churchill sobre o comportamento da União Soviética.

Com todas as mudanças políticas, a definição continua valendo.
 
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Acorda, otário!


À ‘democracia’ à Alexandre, ‘Il Duce’, só está faltando o óleo de rícino, ironiza Fernão Lara Mesquita no Estadão:

Periodicamente a nossa “democracia” de araque sai do blefe e baixa as cartas na mesa para repor as coisas nos seus devidos lugares. 

A semana que passou foi dessas. Flávio Bolsonaro ganhou habeas corpus e um dos “foros privilegiados” retroativos a que “tem direito”, daqueles com garantia de jamais “transitar” o que quer que seja “em julgado”. O rachador e as rachadinhas foram mantidos como reféns até a entrega de tudo o que foi negociado em troca do resfriamento do ódio ao “gabinete do ódio”. Veio como adiantamento a nomeação de um festejado ministro da Educação “técnico” e “propenso ao diálogo”, isto é, a respeitar as fronteiras dos territórios ideologicamente ocupados, ainda que sobre seu currículo pairem dúvidas e estejam sob investigação na sua gestão no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação escândalos do calibre da compra de dezenas de milhares de notebooks para escolas de poucas centenas de alunos e o mais do padrão de “serviço público” que não abala o nosso “estado democrático de direito”.

De tudo, como sempre, sobrou para o favelão nacional, da parte da privilegiatura nomeada, os tribunais que agem sem provocação, os inquéritos secretos, a censura, as prisões por crime de opinião e a lei de segurança nacional; e da parte da privilegiatura eleita, possivelmente o fim da presunção de inocência e da liberdade na rede. Passaremos a andar com a “tornozeleira” da “rastreabilidade” de todas as mensagens que trocarmos até que as “excelências” que nos roubam com a lei se certifiquem de que “sua honra” não foi conspurcada por nenhuma delas.
E para que fique bem claro qual o lugar de cada um na terra de macunaíma a egrégia corte sem nenhum caráter aproveitou a irrefreada excitação dos jornais e TVs com a caçada aos “inimigos da democracia” para desdentar de uma vez por todas a Lei de Responsabilidade Fiscal, que nos protege, ao proibir definitivamente a redução de jornada e de salário do funcionalismo, mesmo quando se configurar a incapacidade aritmética dos governos estaduais de continuar a pagá-los, na mesma semana em que o Senado aprovou por unanimidade a redução de até 70% dos salários do setor privado. Traduzido em miúdos, quer dizer que sempre que bater na arrecadação a miséria que custa a privilegiatura com suas lagostas e vinhos tetracampeões, a providência será duplicar a velocidade do distanciamento entre o mundo deles e o nosso pois, à marcha à ré legalizada para uns virá somar-se a continuação da aceleração para adiante obrigatória dos outros.

Nada disso demoveu a imprensa nacional de seguir passando adiante do jeitinho que a recebe dos interessados aquela surradíssima lógica sem ponto de partida definido que a privilegiatura pode dar-se o luxo de continuar “vendendo” porque não é dado ao “comprador” recusá-la, agora sob pena de incorrer em “ato antidemocrático” punível pela “lei de segurança nacional” como nos velhos tempos. Nada a ver com os “anos de chumbo”, dirão os “especialistas” amestrados da privilegiatura, pois sendo “democracia" o que a constituição escrita por eles e para eles diz que é, pagar o salário impagável com o sangue do favelão nacional justifica-se pela proteção à “autonomia” das “instituições do estado democrático de direito”, assim como pôr o País inteiro sob censura é bom para poupá-lo de enganar-se a si mesmo com fake news. E prenda-se e arrebente-se quem disser o contrário…

A consequência inevitável é que no jogo que assim se estabelece as “vitórias” não são fruto do suor investido no trabalho, mas da conquista do privilégio de estar dispensado de suar. Não há como escapar ao inferno de penar no favelão nacional “sujeito à lei” de que a privilegiatura está isenta senão aderindo de corpo e alma ao “Sistema”, o que instala, desde a base mais chã do tecido social, uma irresistível força corruptora.

É tudo a mesma mentira. Há democracia quando há representação e quando os representados mandam nos representantes. O Brasil não é uma democracia e muito menos representativa. O País Oficial flutua solto no ar. Não emana do País Real. Não tem com ele senão a relação predatória que os parasitas estabelecem com os organismos parasitados. A constituição que o instala e as leis que o regem nunca foram referendadas pela única fonte de legitimação do poder, são impostas “debaixo de vara”. Os “partidos políticos” que as escrevem e reescrevem a gosto, mantidos por impostos, dispensam correligionários que os apoiem e sustentem. As “eleições” que os reafirmam não consagram candidatos do povo, chancelam as escolhas dos próprios “escolhidos”. Os mandatos não pertencem a quem os concede, tornam-se propriedade intransferível de quem os recebe. Os “fiscais” do poder são nomeados (e desnomeados) pelos próprios “fiscalizados”…

Esquerda? Direita? Acorda, otário! Voto distrital puro para que fique absolutamente claro quem, no País Oficial, representa quem no País Real. Recall para que não haja dúvida sobre qual deles manda. Referendo e iniciativa para que nós façamos a lei que queremos seguir.

O resto é tapeação. O resto é essa “democracia” à Alexandre, “Il Duce”, à qual só falta o óleo de rícino.
 
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Túneis de desinfecção do Senai Cimatec são implantados em Itabuna e Juazeiro



O Hospital de Base de Itabuna e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Juazeiro passaram a contar com túneis de desinfecção do Senai Cimatec, implantados nesta terça-feira (30) pelo Governo do Estado. Com estes, 31 unidades de Saúde em toda a Bahia passam a contar com o equipamento, que é para uso exclusivo de profissionais paramentados com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

“Os túneis que estão sendo implantados pelo Governo do Estado em unidades de Saúde que atendem os pacientes com sintomas da Covid-19 fortalecem os cuidados com os profissionais que atuam na linha de frente. Foram desenvolvidos para que eles possam se desparamentar dos seus EPIs com mais segurança. O Hospital Regional de Juazeiro também já recebeu um túnel, que está sendo implantado”, explica o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.

O Hospital de Base de Itabuna dedica 10 leitos de UTI e 38 clínicos aos cuidados de pacientes com diagnóstico de Coronavírus. Já a UPA de Juazeiro é a principal porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS) para os pacientes suspeitos de Covid-19 na cidade.

Os túneis foram desenvolvidos sob a supervisão do infectologista Roberto Badaró, pesquisador chefe do Instituto de Tecnologia da Saúde do Senai Cimatec. O desinfetante utilizado (hipoclorito) já é amplamente recomendado e utilizado, por décadas, para uso na desinfecção de superfícies de ambientes hospitalares e domiciliares, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e órgãos internacionais de saúde, inclusive com eficácia comprovada para o novo Coronavírus.

Além destes hospitais, os equipamentos também foram implantados no Instituto Couto Maia, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vale dos Barris, UPA de Ipiaú, UPA de Porto Seguro, UPA de Itaberaba, hospitais Santo Antônio (Obras Sociais Irmã Dulce), Espanhol, Subúrbio, Ernesto Simões Filho, Martagão Gesteira, Santa Clara e o hospital de campanha da Arena Fonte Nova, em Salvador, além do Costa do Cacau, em Ilhéus, Calixto Midlej Filho, em Itabuna, São Vicente e Prado Valadares, em Jequié, Riverside, em Lauro de Freitas, das Clínicas de Conquista e Geral de Vitória da Conquista, Geral de Itaparica, da Chapada (Seabra), Dantas Bião (Alagoinhas), Geral Clériston Andrade (Feira de Santana), Regional de Santo Antônio de Jesus, Amec (Camacã), Geral do Oeste (Barreiras), São Pedro (Remanso) e Regional Mário Dourado Sobrinho (Irecê), além do hospital de campanha de Teixeira de Freitas.
Foto: Divulgação

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Hospital Cruz Verde realiza live beneficente

Hospital Cruz Verde

A verba arrecada será destinada à Instituição, que trata de pacientes com paralisia cerebral grave, e aos profissionais das áreas de Cultura e Entretenimento
São Paulo, junho de 2020 - Na próxima quarta-feira, 01 de julho, a banda Safe&Sound realiza uma live em prol do Hospital Cruz Verde, referência no tratamento de paralisia cerebral grave na América Latina. Durante o evento, os integrantes da banda vão convidar o público a realizar doações. Parte do valor arrecadado será revertido para a manutenção das atividades e o tratamento dos pacientes que são atendidos gratuitamente pelo Hospital Cruz Verde. O restante da verba será destinado aos profissionais das áreas de Cultura e Entretenimento, setor bastante afetado pela pandemia do novo Coronavírus.
A partir das 20h, a Safe&Sound vai interpretar músicas autorais, além de covers de artistas nacionais e internacionais. A live terá a participação especial da cantora Gabi Brandão. Juntos, levarão alegria, entretenimento e mensagens de amor e esperança ao público. 
Serviço
Live da banda Safe&Sound, em prol do Hospital Cruz Verde
Data: 01/07/2020
Horário: 20h
Links para assistir a live: https://www.youtube.com/acglives  e https://www.facebook.com/acruzverde
As doações podem ser feitas pelo PicPay. O link estará disponível durante a live
Sobre o Hospital Cruz Verde
Fundado há 61 anos, o Hospital Cruz Verde é referência no tratamento de paralisia cerebral grave para a América Latina, e recebe recursos públicos que cobrem cerca de 60% de suas despesas. Para manter as atividades e atendimento de alta qualidade no Hospital e no Ambulatório, além da manutenção das salas de reabilitação, consultório odontológico e piscina aquecida, a Cruz Verde conta com outras formas de arrecadação por meio de doações e realização de eventos. O Hospital recebe pacientes com sérias lesões neurológicas e agravos clínicos associados. Na quase totalidade dos casos, os internos vêm de famílias com renda insuficiente e crianças abandonadas. 
O Cruz Verde presta assistência integral, fornecendo alimentação com dietas específicas, medicamentos, vestuário, instalações apropriadas, equipamentos especiais e adaptados às necessidades de cada paciente, numa proposta de atendimento individualizado. O paciente tem acesso a uma equipe multidisciplinar que envolve neuropediatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, fonoaudióloga e algumas vezes professores especializados. O ambulatório realiza em média 8.000 atendimentos por ano através de consultas pré-agendadas, onde o paciente passa por uma triagem médica e multiprofissional para uma avaliação e a partir daí são estabelecidos os programas terapêuticos de cada área. 
Relacionamento com a mídia
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