MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 30 de abril de 2018


Rodovias Esquecidas: as dez ligações rodoviárias mais caras para os transportadores


BLOG DO CAMINHONEIRO

O estudo Rodovias Esquecidas do Brasil: Transporte Rodoviário, elaborado pela Confederação Nacional do Transporte, identificou as 15 ligações rodoviárias que apareceram mais vezes entre aquelas com as piores avaliações na Pesquisa CNT de Rodovias, entre os anos de 2004 e 2017.
Nessas rodovias, as más condições do pavimento fazem elevar o custo operacional para os transportadores. Na situação mais grave, o aumento chega a 65%.
Veja, entre as rodovias esquecidas pelo poder público, quais são as mais caras para os transportadores:
Jataí (GO) – Piranhas (GO) | BR-158
Aumento do custo operacional do transporte: 65,1%

 
Nessa ligação, que percorre três municípios, o estado geral está deficiente em todo o trecho. Isso impacta significativamente o custo do transporte, que se eleva em 65,1% devido aos problemas na pista. Foram analisados 191 km. A superfície da via apresenta pavimento desgastado, trincas na malha, afundamentos e buracos em toda a extensão, assim como falta de acostamento.
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Governador Valadares (MG) – João Neiva (ES) | BR-259/ES, BR-259/MG, BR-381/MG
Aumento do custo operacional do transporte: 44,1%

Nessa ligação rodoviária, 95,7% do pavimento apresentou problemas nos 279 km analisados, o que faz o custo operacional do transporte ficar 44,1% mais caro. Os trechos atendem a nove municípios, onde vivem mais de 530 mil pessoas e que geram R$ 7,16 bilhões de PIB.
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Barracão (PR) – Cascavel (PR) | BR-163/PR, BR-373/PR, BR-280/PR
Aumento do custo operacional do transporte: 42%
Com 231 km, o número de municípios atendidos pela ligação é de 15. Dos trechos analisados pela Pesquisa CNT de Rodovias em 2017, 85,7% do pavimento apresentou problemas. As más condições dos trechos impactam diretamente o aumento do custo operacional do transporte, que chega a 42%.
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Florianópolis (SC) – Lages (SC) | BR-475/SC, BR-282/SC
Aumento do custo operacional do transporte: 42%
Com extensão avaliada de 212 km, a ligação atende a oito municípios em uma região que se destaca por abrigar um parque industrial madeireira e uma intensa atividade pecuária. Em 2017, a Pesquisa CNT de Rodovias avaliou que 96,2% dos trechos apresentavam problemas. O custo operacional do transporte fica 42% mais alto.
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Marabá (PA) – Dom Eliseu (PA) | BR-222/PA
Aumento do custo operacional do transporte: 41%
A CNT avaliou 215 km de extensão da via em 2017, e todo o trecho apresentou problemas no pavimento, na sinalização e na geometria da via. O custo operacional do transporte se eleva em 41%, segundo as estimativas da Confederação. A ligação passa por quatro municípios.
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Rio Brilhante (MS) – Porto Murtinho (MS) | BR-267/MS, BR-060/MS, BR-419/MS
Aumento do custo operacional do transporte: 36,9%
A ligação atende potencialmente a oito municípios responsáveis por gerar R$ 14,4 bilhões em 2015. Sua posição estratégica está relacionada à localização próxima à fronteira com o Paraguai. Dos 400 km pesquisados, 90% apresentam problemas no estado geral. O custo operacional fica 36,9% maior devido às falhas no pavimento.
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Manaus (AM) – Boa Vista (RR) – Pacaraima (RR) | BR-174/AM, BR-174/RR, BR-210/RR
Aumento do custo operacional do transporte: 34,6%
Essa ligação atende a uma região de elevada atividade industrial, responsável pela geração de R$ 22,89 bilhões de PIB, segundo dados de 2015, reunindo dez municípios e uma população de mais de 2,6 milhões de pessoas. Mesmo assim, 85,9% da extensão analisada pela Pesquisa CNT de Rodovias apresenta problemas no estado geral. O custo operacional do transporte fica 34,6% maior em razão das deficiências.
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Dourados (MS) – Cascavel (PR) | BR-163/PR, BR-467/PR, BR-272/PR, BR-163/MS
Aumento do custo operacional do transporte: 29,4%
Os 14 municípios que estão sob a área de influência da ligação possuíam, em 2015, um PIB total de R$ 9,34 bilhões. Além da relevância econômica da região, o município de Dourados tem uma posição geográfica privilegiada em termos de integração comercial com países vizinhos ao Brasil. O pavimento apresenta problemas em 60% dos trechos pesquisados em 2017, o que eleva o custo operacional em 29,4%.
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Marabá (PA) – Wanderlândia (TO) | BR-230/PA, BR-153/PA, BR-153/TO
Aumento do custo operacional do transporte: 29%
Essa ligação atende a sete municípios. Dos 246 km avaliados pela CNT em 2017, 95,9% apresentaram problemas no estado geral. As más condições do pavimento provocam alta de 29% no custo operacional do transporte.
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Araguaína (TO) – Picos (PI) | BR-230/MA, BR-135/MA, BR-230/PI, TO-222
Aumento do custo operacional do transporte: 27,3%
Essa ligação atende potencialmente a 20 municípios, com 846 km de extensão. Os trechos ligam importantes áreas produtoras do Piauí. Em 2017, 69,1% dos trechos avaliados pela Pesquisa CNT de Rodovias foram considerados insatisfatórios. O custo operacional do transporte nessa ligação é 27,3% maior em razão dos problemas no pavimento.
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A verificação dos resultados mostrou que, apesar de todas essas ligações aparecerem nas últimas posições do ranking pelo menos quatro vezes, algumas apresentaram melhorias nos últimos anos. Tanto que, em 2017, apenas oito permaneciam entre as 20 piores.
O estudo foi divulgado pela Confederação Nacional do Transporte em março. Clique aquipara acessar a íntegra do levantamento.
Fonte: Agência CNT de Notícias

Comissão aprova placa que alerta sobre condutores inexperientes



Por Agência de Notícias.
PORTAL DO TRÂNSITO
Habilitação provisória
Se o veículo conduzido por novato não estiver identificado será aplicada multa por infração grave. Foto: Arquivo Tecnodata.
A Comissão de Viação e Transportes aprovou na semana passada proposta que altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) para tornar obrigatório identificar veículos dirigidos por condutores inexperientes – menos de um ano da primeira habilitação – com placa em local visível.
Relatora no colegiado, a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) recomendou a aprovação da medida, mas propôs nova redação aos projetos de lei 6098/16, da deputada Christiane de Souza Yared (PR-PR), e 7502/17, que tramitam apensados.
O substitutivo da relatora prevê que se o veículo conduzido por novato não estiver identificado será aplicada multa por infração grave, com retenção do veículo até que a placa com a identificação seja fixada. Pelo texto original, o descumprimento da medida implicaria a perda da habilitação provisória.
Conforme o substitutivo, o veículo conduzido por motorista com habilitação provisória – 1 ano – utilizará placa em local visível que alerte para a condição de novato. A identificação deverá ser regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Tramitação
O projeto será ainda analisado conclusivamente pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
As informações são da Agência Câmara

Menino de 11 anos é diagnosticado com mal de Parkinson


A doença é associada a pessoas com mais de 60 anos, mas Alex Hill começou a apresentar o sintoma aos 3; descoberta se deu graças a mãe

BAHIA.BA
Foto: Reprodução/ BBC
Foto: Reprodução/ BBC

Uma criança de 11 anos foi diagnosticada com mal de Parkinson na Inglaterra, condição geralmente associada a pessoas com mais de 60 anos. Sarah Hill, mãe da criança, foi quem suspeitou da doença, quando aos oito anos o pequeno Alex Hill reclamava de dores nas pernas após as aulas de educação física.
No primeiro contato com especialistas, a mãe ouviu de um médico que “não havia motivo para preocupação”. Mas Alex começou a desenvolver outros sintomas, ainda mais próximos à doença.
Além de ter manias esquisitas, a criança começou a ficar “obsessiva” e sem querer sair de casa. Certo dia, ele abriu a janela do quarto e gritou para os pássaros calarem a boca.
“Foi muito estranho, fora das suas características. Então, voltei ao médico para ver se ele precisava ir a um psiquiatra, mas fui novamente ignorada”, contou Sarah a BBC.
Alguns meses depois, Sarah estava conversando com o filho quando, de repente, ele caiu de costas. Ele não conseguia explicar o que havia acontecido. Sua caligrafia se deteriorou e o pai de Sarah também notou que Alex tremia. Ele perguntou ao clínico geral se aquilo poderia ser Parkinson, mas o médico riu da ideia.
Alex foi encaminhado a um pediatra, que decidiu tratá-lo como um caso de epilepsia. No entanto, a medicação não fez diferença e em poucos meses ele estava caindo no chão até 28 vezes por dia.
Ele finalmente foi encaminhado para o Hospital Infantil Evelina, em Londres. Os especialistas diagnosticaram Alex como tendo o mal de Parkinson. Um escaneamento cerebral revelou baixos níveis de dopamina, o que confirmou o diagnóstico.
Depois de assistir a vídeos caseiros mais antigos da família, os médicos disseram que Alex já demonstrava sinais da condição aos três anos de idade. Eles não conseguiram, entretanto, explicar por que ele havia desenvolvido a doença. Nem Sarah nem o pai de Alex tinham histórico familiar de Parkinson.

Renovação e combate à corrupção, os temas preferidos nesta campanha


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Charge do César (Arquivo Google)
Pedro do Coutto
Reportagem de Gilberto Amêndola, edição de ontem de O Estado de São Paulo, destaca como temas mais importantes para a campanha eleitoral deste ano a renovação partidária e o combate à corrupção. Isso no quadro federal do país que vai às urnas para renovar 513 cadeiras na Câmara dos Deputados e 54 cadeiras de senador. Pesquisas tanto do Datafolha quanto do Ibope apontam essas duas direções como essenciais para o destino dos votos que serão assinalados nas urnas, primeiro a 7 de outubro, depois no segundo turno do dia 28. O panorama está sendo traçado pelo desejo de renovar os quadros partidários.
Gilberto Amêndola acentua que o movimento renovatório já se espalha por 27 legendas, das quais serão escolhidos os novos deputados federais e senadores.
DESEJO PRIORITÁRIO – A simples existência de 27 correntes já demonstra o desejo prioritário que está motivando os eleitores e eleitoras de 2018. Vale frisar que o país tem 147 milhões de habilitados a votar, dos quais cerca de 4 milhões vão as urnas pela primeira vez.  Isto porque o último pleito, municipal, foi realizado em 2016.
Relativamente quanto à Câmara Federal, o índice médio de renovação projeta-se em torno de 35 a 40%. Assim, optando-se pelo percentual de 35, verificamos que dos 513 deputados, cerca de 160 não voltarão para a próxima legislatura.
Mas é possível que, com base no clima de hoje, o impulso à renovação pode atingir metade da Câmara Federal e 1/3 das cadeiras de senador.
54 SENADORES – No caso do Senado, meu cálculo de 1/3 decorre do fato de estarem em jogo 54 cadeiras, o que pode representar uma renovação de 27, mantido o mesmo impulso atual para a escolha dos deputados federais.
O movimento de renovação, segundo Amêndola, está funcionando com mais intensidade na Rede, legenda de Marina Silva. Tem lógica. Porque como a mais recente pesquisa do Datafolha revelou, Marina Silva divide o primeiro plano com Jair Bolsonaro, num cenário sem a presença de Lula. No segundo turno ela derrotaria o candidato do PSL, que na verdade representa a corrente de extrema-direita. Marina Silva interpreta o sentimento da centro-esquerda.
MOMENTO ATUAL – Mas esse quadro refere-se ao momento atual do Brasil e os embates políticos vão se suceder e definir mais nitidamente as tendências ao longo da campanha eleitoral. A campanha eleitoral, inclusive os debates, é a síntese do desempenho dos candidatos. Não é apenas o tempo disponível na televisão.
Veja-se o exemplo de 89, em que possuindo maior tempo de exposição na TV, o deputado UlYsses Guimarães ficou muitos pontos atrás no primeiro turno, de Fernando Collor, Lula e Leonel Brizola. Color atingiu 29%, Lula 16% e Brizola 15%. Mais tarde o tempo revelaria que por causa desse ponto Brizola desapareceu do cenário político brasileiro. Tempo de televisão e rádio é fundamental, mas depende de como ele é ocupado pelos candidatos buscando motivar os eleitores.
DESEMPENHO – Na eleição de outubro de 18, antes de mais nada, temos de esperar o desempenho dos postulantes para se chegar a uma análise mais nítida das possibilidades de cada um. Entretanto, há sintomas que assinalam aqueles que não estão no páreo, uma vez que registram percentuais mínimos de aceitação.
Aceitação é a palavra-chave do confronto nas urnas. Alianças partidárias são importantes, porém se evaporam no cheiro da pólvora dos combates políticos. Neste ano, o eleitorado irá escolher por si próprio, mais do que por influência das legendas. AS legendas estão desgastadas. Mas a esperança, não, e será ela que vai conduzir o voto nas urnas de outubro.
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Não existiria esta Operação Mãos Sujas sem a participação do Judiciário


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Charge da Lila (Arquivo Google)
Percival Puggina
Sempre ouvi, incrédulo, que nenhuma organização criminosa com o porte e a extensão adquirida pela que se apoderou do Brasil conseguiria agir sem seus tentáculos alcançarem o Poder Judiciário. As dúvidas que tinha caíram ante a conduta servil de alguns ministros do STF à advocacia dos criminosos; caíram ante o manifesto rancor que têm pela Lava Jato e seu empenho em fatiá-la; caíram ante tudo que fazem, enfim, para anular seus efeitos enquanto vestem a impunidade com o mais cínico manto dos bens jurídicos inalienáveis.
Nós, cidadãos, passamos a contar votos no STF… Querem nos convencer de que cada placar expressa uma decisão “institucional”, resultado legítimo de uma contenda “democrática”.
VALHACOUTO – Ora, senhores! Isso é institucionalidade e democracia de valhacouto, onde só interessa saber quem se salva. Sim, porque – “malgré tout” (a chicana adora francês) – ainda há quem preserve a dignidade e pense no país. A esses poucos, os nossos respeitos; e a tremeluzente chama da nossa esperança.
Em sua Oração aos Moços, RuY Barbosa fala do agigantamento do poder nas mãos dos maus e deduz que, diante dele, o homem chega a rir-se da honra e envergonhar-se da honestidade. Ruy não fazia idéia do que estava por vir. O que percebo no Brasil, o que sinto na carne, nos ossos e na alma é um desejo de que este tempo passe, de que esses mandatos se extingam, de que esta geração de poderosos desapareça.
APRENDER A ODIAR – O que estou aprendendo, nos meus tantos anos já contados, é a odiar a indignidade, a desonra, e o menosprezo a valores sem os quais nenhuma nação se sustenta. E a amar cada vez mais os bens morais que inspiraram os fundadores da pátria e que aos poucos se foram dispersando sob a tirania dos donos do poder.
Não, não pode ser coincidência que tão desqualificada composição do Supremo esteja em exercício neste tempo, nestes dias. Não, o mal não joga dados! A Operação Mãos Sujas tem a mesma idade da organização criminosa. Nasceram na mesma maternidade e do mesmo ventre – a Constituição de 1988.
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Uma família heroica perde agora seu lado artístico


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Agildo Ribeiro, grande mestre do humor
Sebastião Nery
Agildo Barata, herói dos tenentes dos anos 1920, dos capitães de 1935 e dos comunistas de 1945 (pai do querido Agildo Ribeiro, descendente do baiano Cipriano Barata, cirurgião, filósofo, deputado, mas sobretudo mestre do jornalismo de combate, cuja biografia o historiador Marco Morel escreveu) era o menor e mais valente dos prisioneiros de Fernando de Noronha, entre 1935 e 1945, na ditadura de Getúlio Vargas.
Um guarda enorme, bruto e violento, sempre armado, estava espancando presos, que se reuniram e encarregaram Agildo de falar com ele para dar um basta. Na hora da chamada matinal, todos no pátio, Agildo, baixinho, mãozinha miúda, deu dois passos à frente, ficou algum tempo parado diante do brutamontes, enfiou o dedo no nariz dele e disse que, na primeira vez em que ele batesse em um preso, iria matá-lo em público.
CAIU DURO – O guarda ficou parado, imóvel, arregalou os olhos e bomba!, caiu duro. Começou o corre-corre. Chamaram o médico do presídio. Antes dele, chegou chorando a mulher, debruçou-se sobre ele, gritando desesperada:
– “Meu amor, não morra! Você não pode morrer! Não me deixe!”
Punha a mão nos olhos, no coração, pegava o pulso, conferindo. Chegou o médico. Não adiantava mais nada. O guarda estava morto. A mulher gritava:
– “Doutor, me diga. Ele morreu mesmo? Será que não é só um desmaio?”
– “Não, minha senhora. Morreu. Acalme-se. Não há mais o que fazer.”
ERA UM BANDIDO – A mulher ajoelhou-se, enfiou os dedos nos olhos dele, convenceu-se e se levantou, sorrindo histérica:
– “Graças a Deus, doutor! Ele está morto mesmo! Morreu tarde! Isso era um bandido, um canalha. Me batia, quase me matava todo dia. Morreu tarde. Todo poderoso, todo valentão um dia se acaba!”
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Barbosa se aproxima de Armínio Fraga para vencer resistências a seu nome


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O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa em frente a quadro de Eduardo Campos após reunião com políticos do PSB
Preocupação atual de Barbosa é unir o PSB
Marina Dias
Folha

Era abril de 2014 quando um emissário do então presidenciável Eduardo Campos levou pela primeira vez o convite para que Joaquim Barbosa se filiasse ao PSB. A receita fácil que mistura a autoridade de um ministro do Supremo Tribunal Federal ao frescor de um outsider da política era o prenúncio, aos olhos do pernambucano, do fenômeno que aconteceria quatro anos depois: Barbosa foi alçado ao posto de principal novidade da eleição, com até 10% nas pesquisas, antes mesmo de se declarar candidato.
Naquela ocasião, foi de Alexandre Navarro, seu amigo há mais de 30 anos, a missão de dizer que o PSB gostaria de tê-lo na disputa pelo governo do Rio. Avesso a articulações políticas e prestes a se aposentar, Barbosa não quis nem ouvir Campos pessoalmente.
NO FUTURO… – Respondeu que não queria parecer oportunista, já que deixaria a corte dali a menos de três meses. No fim da conversa, porém, deu um recado direto a Navarro: “No futuro, posso ser candidato e pode até ser pelo seu partido”. E foi ali que Joaquim Benedito Barbosa Gomes chancelou seu desejo de concorrer à Presidência da República.
Recém-filiado ao PSB, o relator do mensalão em 2012 agora tenta consolidar, dentro e fora da sigla, sua candidatura ao Palácio do Planalto. Sabe que precisa vencer resistências a seu nome no partido, mostrar mais claramente em que campo ideológico se posiciona e decidir se vale a pena trocar a unanimidade de uma vida como advogado bem-sucedido pelo papel de candidato ao mais alto cargo Executivo do país.
NO ANO PASSADO – O ministro aposentado resolveu apostar. Reiniciou as conversas com o PSB em agosto do ano passado, em um jantar na sede da Fundação João Mangabeira, em Brasília. Mais uma vez Navarro, presidente do conselho de ética do partido, recebeu Barbosa em um encontro discreto, ao lado do presidente da legenda, Carlos Siqueira, e o da fundação, Renato Casagrande.
A conversa foi inconclusiva mas, em 8 de novembro, o grupo se encontrou novamente e ofereceu a legenda para que o ex-ministro disputasse as eleições deste ano.
Outras reuniões se seguiram, até que, dez dias antes de se filiar ao PSB, Barbosa falou de forma mais objetiva sobre suas pretensões eleitorais com um de seus principais conselheiros: o ex-colega de STF Carlos Ayres Britto.
MAIOR DESAFIO – Os dois se encontraram em um café de Brasília e ali já estava claro que seu maior desafio seria unir um partido do qual nunca fizera parte. E mais: mostrar o que pensa sem perder o capital político que, de saída, parece ser capaz de abocanhar eleitores de diferentes campos ideológicos.
Barbosa não está ladeado por uma equipe robusta e seu ainda nebuloso pensamento sobre áreas estratégicas, principalmente na economia, faz com que aliados se apressem a espalhar algumas de suas ideias. O objetivo é evitar a fuga de potenciais apoiadores.
A tese é de que ele faça uma série de conversas temáticas nas próximas semanas e escolha o quanto antes um medalhão para apoiá-lo no campo econômico e, assim, vencer as resistências no mercado. Aliados querem articular um encontro do ministro aposentado com o economista Armínio Fraga e dizem que, submerso, Barbosa evita se expor a ataques de adversários.
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Radicalização da política não pode se tornar ameaça à democracia


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Manifestações livres precisam ser preservadas
Merval Pereira
O Globo

Num momento em que o país vive crises múltiplas, sendo a moral a geradora das demais, a radicalização do debate político chega ao limite quando grupos rivais são atacados a bala, como aconteceu no acampamento dos militantes petistas em Curitiba. Não é aceitável numa democracia que o debate de ideias chegue a tal radicalização que a disputa partidária se transforme em guerra aberta, distorcendo a visão de Clausewitz de que a guerra é a continuação da política por outros meios.
O que aconteceu em Curitiba precisa ter uma resposta rápida e eficiente das autoridades, mesmo que os militantes acampados em frente à Polícia Federal sejam típicos representantes do mote “nós contra eles” ressuscitado pelo ex-presidente Lula em seu discurso no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, momentos antes de ser preso.
ESTICAR A CORDA – A radicalização da política, à esquerda e à direita, não é aceitável numa democracia, e é preciso que os lideres partidários entendam que não podem esticar a corda até onde o Estado de Direito não aguentar.
A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman, não é a líder que o momento exige, ao contrário, estimula o radicalismo com seus vídeos absurdos, pedindo apoio a países ditatoriais que têm suas prisões cheias de presos políticos quando considera Lula um preso político numa democracia.
Agora mesmo, acusou irresponsavelmente o Juiz Sérgio Moro e os meios de comunicação, especialmente o Grupo Globo, de serem culpados pelos atentados. Considerar que quanto pior melhor é o lema desses radicais da direita e da esquerda, que agora se enfrentam nas ruas do país quando deveriam se enfrentar nas urnas de outubro.
RADICALIZAÇÃO – A campanha presidencial deste ano, se não formos sensatos como sociedade, será a mais radicalizada desde 1989, quando milícias esquerdistas e seguidores de Collor de Mello se enfrentavam nos comícios, e não através dos discursos.
Os ataques ao acampamento de Curitiba e, anteriormente, ao ônibus da caravana de Lula, são a contrapartida de uma direita insana aos ataques que o MST e o MTST espalham pelo país, com invasões de prédios públicos e propriedades privadas, e até mesmo o ataque ao edifício em Belo Horizonte onde mora a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lucia.
É inaceitável em uma democracia que esse tipo de enfrentamento sirva como a linguagem da política partidária. Na terça-feira comemora-se o Dia do Trabalho, que tem sido um momento de confraternização nos últimos anos, e não pode se transformar em uma oportunidade para novos confrontos ou provocações.
MILITÂNCIA RADICAL – O ex-presidente Lula aprendeu em 2002 que só chegaria ao Palácio do Planalto se ampliasse seu eleitorado, e a radicalização com que o PT responde à prisão de seu grande líder coloca o partido num nicho de militância radical que se afasta do centro, deixando o partido em um isolamento que nem mesmo a esquerda democrática deseja.
 O slogan “eleição sem Lula é fraude” não mobiliza a população nem atrai os aliados petistas, que gostariam de uma definição do maior partido da esquerda para começar a enfrentar uma campanha que será das mais difíceis dos últimos tempos. Não será com a radicalização à direita e à esquerda que seus representantes chegarão ao Palácio do Planalto.
MAIA EXPLICA – O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia, entra em contato para explicar que sua consulta ao TSE para saber se poderia permanecer no país quando o presidente da República viajar, sem se tornar inelegível, não tinha a intenção de assumir a presidência nessa interinidade, que continuaria sendo preenchida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, no caso a ministra Carmem Lucia.
Nesse caso, quem ficaria de fora da linha de substituição da presidência da República seriam outras duas instituições, a Câmara e o Senado. Não é uma boa solução para resolver questões partidárias pessoais.
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Delação de Renato Duque será reforçada com provas materiais da corrupção


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Duque relata o envolvimento direto de Dilma
Robson Bonin
O Globo

Na proposta de acordo com o juiz Sérgio Moro, o engenheiro Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, reúne documentos, extratos bancários, planilhas, fotografias dele com investigados. Ele cita valores e descreve em detalhes como foi acertada a divisão de propinas milionárias que abasteceram os cofres do PT e os bolsos de dirigentes petistas.
Um dos episódios mais relevantes de sua proposta trata justamente da partilha de propinas envolvendo Lula, o PT e a Odebrecht na Sete Brasil. Segundo Duque, em 2010, com o discurso de que era preciso reativar a indústria naval e gerar empregos no país, a empresa foi criada para subcontratar empreiteiras do esquema da Petrobras.
PROPINA AO PT – A exemplo do que já ocorria na estatal, essas empreiteiras pagariam propina ao PT de 1% sobre os contratos bilionários de sondas, um negócio de R$ 200 milhões partilhado entre o PT, Lula, Palocci e Dirceu. Duque testemunhou todos esses acertos.
— Vaccari me informou que iria para José Dirceu e para Lula, sendo que a parte do Lula seria gerenciada pelo Palocci — disse Duque a Moro.
Em depoimento ao juiz Sergio Moro em maio do ano passado, Renato Duque fez uma série de acusações contra o ex-presidente Lula. O operador petista na Petrobras disse que Lula sabia da corrupção na estatal, operava em favor das empreiteiras e arbitrava a divisão da propina.
LULA ERA ATUANTE – Lula, segundo Duque, mantinha uma agenda de encontros sigilosos nos quais cobrava pessoalmente a liberação de dinheiro para as empreiteiras. O ex-diretor afirmou ter mantido três encontros secretos com Lula para tratar de assuntos relacionados ao esquema. Ele acusou Lula de ser o verdadeiro chefe da organização criminosa que saqueou a Petrobras:
— Nessas três vezes, ficou claro, muito claro para mim, que ele tinha pleno conhecimento de tudo e detinha o comando — disse Duque a Moro.
Por meio de nota, os advogados do ex-presidente Lula afirmaram que “os fatos mais recentes indicam uma desesperada tentativa de fabricar versões para prejudicar o cumprimento da decisão do STF que afastou a competência da Justiça Federal de Curitiba para julgar esses temas”.
PALOCCI OPERAVA – Além de Lula, Duque acusou o ex-ministro Antonio Palocci de ser o operador de Lula e o único autorizado a falar em nome dele sobre os negócios na Petrobras. Além de afirmar que Lula recebia propinas do esquema, Duque disse ter escutado do ex-tesoureiro João Vaccari Neto que Palocci administrava a parte de Lula nas propinas da Sete Brasil.
Segundo Duque, Lula era chamado por dois apelidos entre os operadores do esquema: “Nine” e “Chefe”. Quando não falavam diretamente o apelido de Lula, os integrantes do esquema gesticulavam com as mãos perto do rosto para simular uma barba.
DILMA PARTICIPAVA – Sobre a ex-presidente Dilma Rousseff, Renato Duque se dispõe a detalhar episódios que mostrariam a ex-presidente em franca atuação no esquema. Duque contaria, por exemplo, que, em meados de 2012, durante o primeiro mandato de Dilma, ele decidiu deixar a Diretoria de Serviços da Petrobras.
Na ocasião, foi chamado ao Palácio do Planalto para ter uma conversa com Dilma. No gabinete presidencial, Duque disse ter ouvido de Dilma um pedido para que ficasse porque ele “seria o arrecadador” da campanha petista nos próximos anos.
A assessoria de Dilma informou que só vai se manifestar quando iver acesso aos depoimentos. Procurados, os advogados de Renato Duque informaram que não comentariam o assunto.
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Grupo com mais de 2 mil juízes faz uma moção de apoio à Lava Jato


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Bretas e Moro recebem solidariedade dos juízes
Frederico Vasconcelos
Folha

O Grupo Palavra de Juiz, formado por mais de 2.000 magistrados que discutem em rede temas sobre o Judiciário, distribuiu moção de apoio aos juízes federais que atuam no julgamento de crimes do colarinho branco, em especial nas ações da Operação Lava Jato.
Segundo o texto, a iniciativa é dirigida principalmente aos juízes Carolina Moura Lebbos, Marcelo da Costa Bretas e Sergio Fernando Moro, como manifestação de “profundo repúdio à série de acontecimentos envolvendo pressões indevidas sobre as atividades de membros do Poder Judiciário, atitudes que não disfarçam a incitação à desobediência civil”.
AMORDAÇAR – “Vislumbramos que este episódio, aliado a tantos outros, evidenciam à população uma franca tentativa de amordaçar o Poder Judiciário, perseguindo os seus membros com expedientes vis de ameaças, xingamentos e toda sorte de atos truculentos próprios de quem não sabe conviver em um Estado Democrático de Direito”.
O grupo afirma que os atos decisórios sob a responsabilidade dos três magistrados “foram submetidos ao devido processo legal e ao sistema recursal em sua plenitude”.
“Essa manifestação [a moção] não decorre de voluntarismo ou arroubo de mágoa partidária, mas de obediência ao que ordena o artigo 6º do Código de Ética da Magistratura, ao dispor que ‘é dever do magistrado denunciar qualquer interferência que vise a limitar sua independência’”.
PREOCUPAÇÃO – Os manifestantes expressam “profunda preocupação com as ofensas, ameaças diretas aos órgãos do Poder Judiciário perpetradas por diversos políticos –em especial pelo deputado federal Wadih Damous– pois tendem a fragmentar a independência dos Poderes e reduzir o Estado Democrático e Direito”.
Segundo informam os coordenadores, participam do Grupo Palavra de Juiz magistrados estaduais de primeiro grau (ligeira maioria) e de segundo grau, juízes da Justiça Federal, Trabalhista e Militar de todos os Estados, além de alguns ministros do Superior Tribunal de Justiça e do Superior Tribunal Militar.
A moção será encaminhada aos juízes Moro, Bretas e Lebbos e distribuída entre os membros do grupo, do qual também fazem parte mais de 100 magistrados de Portugal e de países africanos de língua portuguesa.
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PT e CUT querem transformar o Dia do Trabalhador num culto a Lula


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Defesa da libertação de Lula será o ponto alto
Bernardo Bittar
Correio Braziliense

Apesar do ataque ao acampamento Marisa Letícia, do PT, em Curitiba, a programação da vigília Lula Livre está mantida. A ideia é que amanhã, durante o feriado em homenagem ao trabalhador, os principais nomes do partido façam discursos em prol da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, uma gravação de Lula, de 1986 e nunca divulgada, será distribuída pelo país.
A segurança dos acampamentos no Paraná será reforçada, com câmeras para registrar a movimentação. Ontem, a advogada Márcia Koakoski, 42 anos, uma das feridas no ataque a tiros contra o acampamento pró-Lula, afirmou em um vídeo que ouviu pessoas fazendo ameaças de morte no local, antes dos disparos.
PROGRAMAÇÃO – A assessoria de imprensa do PT no Paraná disse que a programação amanhã, Dia do Trabalhador, começa às 7h, com a concentração no terminal Boa Vista, próximo à sede da Polícia Federal. De lá, os manifestantes seguem para o edifício da PF, onde, diariamente, há uma rito conhecido como “bom dia, Lula” — quando todos dizem a frase aos gritos. Em carta à senadora Gleisi Hoffmann (PR), o ex-presidente afirmou que consegue ouvir seus apoiadores, e pediu para que eles continuem com a “tradição”.
Depois do “bom dia”, haverá um ato ecumênico e, em seguida, todos caminharão para o Centro, às 14h, onde acontecerá ato público na Praça Santos Andrade. A expectativa é de que a cúpula do partido fale em favor de Lula.
No fim, shows de artistas locais e de grandes nomes nacionais, como Maria Gadu e Beth Carvalho, encerram a programação. A Polícia Militar do Paraná vai reforçar a segurança nos dois acampamentos e na vigília petistas.
PONTO ALTO – Discursos contra a reforma da Previdência e a reforma Trabalhista devem ser o ponto alto do evento, acredita a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná, Regina Cruz. “Essas coisas vão atrapalhar a vida da classe trabalhadora do país, que é quem nós representamos. Mas estamos felizes que a mobilização ocorrerá aqui, e não em São Paulo. A escolha do local ocorreu porque o maior líder sindical do Brasil, o presidente Lula, está na nossa cidade.”
O documentarista Celso Maldos liberou um vídeo inédito de Lula discursando em 1º de maio de 1986 para ser transmitido em telões. A escolha se deu por causa do momento político daquela época, pouco depois do fim da ditadura militar (que acabou em 1985). Lula encerra seu discurso dizendo “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós”. A ideia do cineasta é fazer um link entre o passado e o presente, dando a entender que, hoje, também vivemos tempos de opressão.
“Quando um curitibano se queixar da nossa presença aqui, precisa se lembrar que foi uma escolha do Brasil. Vamos permanecer”, explicou o ex-deputado federal e presidente do PT de Curitiba, Florisvaldo Fier, conhecido como doutor Rosinha.
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