MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 30 de novembro de 2019


Bolívia: nova chanceler quer aproximação com EUA e Brasil


Karen Longaric diz ainda que pretende afastar país da Venezuela

Redação
BAHIA.BA
Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

A Bolívia, até recentemente, era um dos principais alinhados da Venezuela, algo que deverá mudar com o governo interino de Jeanine Áñez, que assumiu o poder do país desde o dia 13 de novembro.
Com a nova política do governo, a Bolívia se distanciou de Nicolás Maduro e se aproximou do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e do governo dos EUA, com Donald Trump.
Responsável pelo ministério das Relações Exteriores, Karen Longaric, jurista e especialista em direito internacional, “rejeita a interferência” da Venezuela, segundo assegurou em entrevista à AFP.
“Queremos fortalecer os laços com todos os países. Infelizmente, com a Argentina, a situação é cada vez mais difícil dada a mudança de governo de [Mauricio] Macri pelo governo dos senhores Fernández [o presidente eleito Alberto Fernández e sua vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner]. Acreditamos que a situação será muito difícil, porque historicamente foram amigos de Evo Morales durante seus 14 anos de governo. A relação com o Brasil estava baixa, bastante desvalorizada; é do interesse da Bolívia fortalecer laços, ativar a cooperação internacional e também abrir mercados com os Estados Unidos”, afirmou.

Presidente eleito no Uruguai critica ditadores e pede fortalecimento do Mercosul


Em ato de comemoração de sua vitória, Luis Lacalle Pou diz que terá a melhor relação possível com Jair Bolsonaro, Alberto Fernández e Mario Abdo Benítez e defende que boa relação entre os países é essencial para fortalecimento da região

Redação
BAHIA.BA
Foto:Nicolás Celaya/Xinhua
Foto:Nicolás Celaya/Xinhua

Presidente eleito no Uruguai, Luis Lacalle Pou criticou neste sábado (30) ditadores da América Latina e fez um chamado ao fortalecimento das relações entre presidentes do Mercosul.
“Teremos no Mercosul a melhor das relações com o presidente argentino, com o presidente brasileiro e com o presidente paraguaio para levantar a região”, prometeu, durante um ato de comemoração da sua vitória na eleição presidencial frente à governista Frente Ampla, de esquerda.
Ex-senador do Partido Nacional, de centro-direita, ele venceu com 48,8% dos votos o rival Daniel Martínez, que obteve 47,3%, após a conclusão, neste sábado, da apuração secundária habitual pelo Tribunal Eleitoral, que foi determinante, devido à diferença apertada de cerca de 35 mil votos entre os dois candidatos à presidência.
Na comemoração de sua vitória, ele também enviou uma mensagem para outros governos latinos. “Precisamos de uma região forte, com bons governos, que tenham um bom relacionamento”, afirmou.
E completou: “Está claro que, nas relações exteriores, não nos envergonharemos. Está claro o que faremos: vamos chamar os ditadores de ditadores”. Lacalle Pou assumirá em 1º de março um mandato de cinco anos. Com informações do Estadão.

Queimadas da Amazônia podem aumentar derretimento das geleiras dos Andes

Postado em 30/11/2019 9:04 DIGA BAHIA!
As cinzas das queimadas da Amazônia são capazes de aumentar a taxa de derretimento das geleiras dos Andes, piorando uma situação que já traz riscos para os reservatórios de água dos países da região.
A conclusão vem de dados de satélite e observações de campo analisados por cientistas brasileiros e franceses. Publicados na revista especializada Scientific Reports, os resultados reforçam a ideia de que a queima maciça de árvores derrubadas na região amazônica produz efeitos em escala continental — além de ter impacto planetário, graças à emissão de gases-estufa que esquentam a atmosfera.
Calcula-se que, em anos de queimadas intensas, a taxa de derretimento em locais como a geleira de Zongo, na Bolívia, aumente cerca de 5%. “Pode parecer pouco para uma geleira individual, mas o efeito somado em diversas geleiras dos Andes tende a ser considerável”, diz o biólogo Newton de Magalhães Neto, do Laboratório de Geoprocessamento da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
Magalhães Neto e o físico Heitor Evangelista, também da Uerj, são os autores brasileiros do estudo, ao lado dos glaciologistas Thomas Condom, Antoine Rabatel e Patrick Ginot, da Universidade de Grenoble Alpes, na França.
A equipe compilou dados sobre queimadas obtidos pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) do ano 2000 até 2016, além de modelos sobre a circulação de massas de ar na América do Sul e informações de longo prazo sobre o clima e o fluxo de água derivada da geleira de Zongo. Também levaram em conta as medições da presença do chamado carbono negro (basicamente a cinza escura das queimadas) na estação de Chacaltaya e da geleira de Illimani, localizadas a 5 km e 55 km da geleira de Zongo, respectivamente.
Que a presença do carbono negro em cima da superfície normalmente branca de uma geleira seja capaz de facilitar o seu derretimento é uma consequência lógica de modificações no chamado albedo, ou seja, a capacidade de refletir a luz solar.
Geleiras e áreas cobertas de neve têm albedo alto, refletindo quase toda a luz. Quando aparecem áreas escuras em meio à brancura, o albedo diminui, e a radiação solar começa a ser absorvida, esquentando a área. Trata-se do mesmo princípio que faz com que seja má ideia sair de camiseta preta no sol quente: ela esquenta muito rápido. “É essa analogia que eu sempre costumo usar”, afirma Magalhães Neto.
No caso da interação entre as geleiras dos Andes e da Amazônia, a situação parece ter sido particularmente dura na estação seca dos anos de 2007 e 2010, épocas em que estava ativo o fenômeno El Niño, um potencializador da secura em boa parte da América do Sul, e, ao mesmo tempo, proprietários de terras abusaram das queimadas em território amazônico.
Nessas circunstâncias, o fluxo anual de água gerado pelo derretimento da geleira aumentou 4,5%. O efeito pode variar também por conta da quantidade de poeira — provavelmente oriunda das áreas mais secas do altiplano andino –que chega à geleira. A presença de poeira também afeta o albedo e pode favorecer o degelo.
O fenômeno preocupa porque as geleiras são a principal fonte de água dos rios andinos nos períodos secos. Sem elas, é preciso contar exclusivamente com a chuva para o abastecimento desses mananciais. “Essas geleiras já estão encolhendo por causa das mudanças climáticas, mas os efeitos do carbono negro das queimadas potencializam ainda mais esse problema”, explica o pesquisador da Uerj. E, com o aumento da secura na Amazônia –fenômeno também impulsionado pelas alterações climáticas globais –, a tendência é que as queimadas saiam do controle com mais frequência.
Há ainda o fato de que o próprio Amazonas nasce nas geleiras dos Andes. Ainda não se sabe até que ponto a diminuição delas pode afetar o maior rio do mundo, já que a maior parte do fluxo do Amazonas é abastecido pelas chuvas, mas a água que vem dos Andes costuma trazer nutrientes importantes para os rios amazônicos.
Bahia Notícias

Especialista – Dezembro Laranja contra o câncer de pele

Postado em 30/11/2019 8:36 DIGA BAHIA!
Dra. Juliana Chieppe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, destaca como identificar e prevenir a doença
Tipo de câncer mais comum entre os brasileiros, o câncer de pele acomete cerca de 30% dos casos de tumores malignos no país, segundo o instituto Nacional do Câncer (INCA). Com aproximadamente 176 mil casos identificados por ano, o avanço da doença teve uma pequena redução entre 2018 e 2019, atingindo a marca de 165 mil casos catalogados.
Embora ainda pequena, essa mudança é resultado de uma série de ações que buscam conscientizar a população sobre a doença, a exemplo, do Dezembro Laranja, iniciativa criada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que em 2019 completa 5 anos de luta na prevenção e no diagnóstico do tumor.
Este ano a campanha ganha destaque no dia 7 de dezembro, quando 130 postos realizarão exames gratuitos. “É importante alertar para o diagnóstico e tratamento precoces, pois isso aumenta as chances de cura na maioria dos casos”, alerta a dermatologista Juliana Chieppe, membro da SBD.
“A melhor forma de evitar a doença é a prevenção. Além das medidas fotoprotetoras, como o uso do protetor solar, chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV, é importante ir ao dermatologista examinar pintas e sinais uma vez por ano”, recomenda a profissional.
Tipos de pele
Sobre a parcela da sociedade mais afetada pela doença, a Dra. Juliana aponta que há um predomínio nos casos relacionados ao sexo masculino, com idade avançada – acima dos 60 anos, e de pele muito clara. Em contrapartida, há um tipo específico de melanoma (acral, relacionado às extremidades), que é mais comum em pacientes negros.
“Os tipos mais comuns de câncer de pele são o carcinoma basocelular e o espinocelular; ambos apresentam altos percentuais de cura. Já o melanoma é o mais agressivo e potencialmente fatal. No entanto, quando descoberto no início, tem mais de 90% de chance de cura”, explica a profissional, que é sócia da clínica de dermatologia Sá e Chieppe, onde realiza seus atendimentos.
Mitos e verdades
Quando se trata de mitos referente à doença, Dra. Juliana ainda recomenda se atentar às crenças populares sobre o câncer de pele, que nem sempre refletem a realidade. “As pessoas creem que só se expor ao sol já é o suficiente para adquirir câncer. Realmente, as áreas mais afetadas são as mais expostas à luz solar, mas outras áreas como pés, entre os dedos, unhas, boca, vulva, ânus, vagina e pênis também podem ser afetadas pela neoplasia de pele”, destaca.
Outras pessoas acreditam que qualquer mancha que aparece na pele é automaticamente câncer, mas nem toda pinta escura é perigosa. Há também quem diga que a doença só surge a partir de um sinal, sendo que o carcinoma basocelular, tipo câncer de pele mais comum, por exemplo, não surge de sinais prévios”, complementa a Dra.
“O carcinoma basocelular não dá metástases, enquanto o espinocelular e o melanoma realmente podem se espalhar para outros órgãos, mas uma rotina regrada com um dermatologista pode facilmente indicar a doença e tratá-la com antecedência. A melhor forma de evitar a doença é a prevenção, nós conhecemos a origem da doença – que é a exposição excessiva ao sol – por isso, a conscientização é tão necessária”, finaliza.
Para acompanhar mais dicas relativas à saúde da pele, acesse instagram.com/drajulianachieppe_dermato/ ou marque uma consulta pelo site /www.saechieppedermatologia.com.br/.

Renegociação da dívida ativa renderá R$ 6,4 bilhões ao governo em 2020

Postado em 30/11/2019 7:31DIGA BAHIA!
A partir de hoje (29), devedores com mais de R$ 15 milhões inscritos na dívida ativa da União podem pedir o parcelamento instituído pela Medida Provisória 899, também conhecida como Medida Provisória do Contribuinte Legal. O Ministério da Economia publicou no Diário Oficial da União portaria que regulamenta o processo de renegociação e informou que o governo deve arrecadar R$ 460 milhões em 2019 e R$ 6,4 bilhões em 2020 com o parcelamento.
Responsáveis por apenas 2% do total, os devedores de maior porte poderão fazer o pedido em uma unidade da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) de seu domicílio fiscal. O requerimento deverá ser protocolado acompanhado de um plano de pagamento e de recuperação fiscal.
Os devedores de menos de R$ 15 milhões, que concentram os 98% restantes, precisarão esperar o início da semana que vem para serem notificados por edital. Eles precisarão fazer o pedido pela Plataforma Regularize. A ferramenta está disponível na página da PGFN na internet, mas o serviço só será liberado após a publicação do edital.
A portaria publicada hoje instituiu as duas modalidades de renegociação. O parcelamento individual é destinado a contribuintes com dívida ativa total superior a R$ 15 milhões; devedores falidos, em processo de liquidação ou recuperação, com dívida ativa de qualquer tamanho; entes públicos com dívidas de qualquer tamanho e dívidas de mais de R$ 1 milhão suspensas pela Justiça e devidamente garantidas.
Destinado principalmente a pequenos devedores, o parcelamento por adesão abrangerá débitos inscritos na dívida ativa há mais de 15 anos sem garantia, dívidas antigas suspensas pela Justiça há mais de dez anos, empresas declaradas extintas ou inaptas, pessoas físicas falecidas e devedores com capacidade de pagamento insuficiente pelos critérios da PGFN.

Benefícios

Pelas regras do parcelamento, somente dívidas consideradas irrecuperáveis ou de difícil recuperação receberão desconto de 50% sobre o valor total, podendo chegar a 70% em caso de pessoa física, empresário individual, microempresa ou empresa de pequeno porte em recuperação judicial. Os demais débitos inscritos na dívida ativa poderão ser renegociados, mas sem desconto.
Os débitos poderão ser parcelados em até 84 meses (sete anos), com a possibilidade de chegar a 100 meses nas quatro categorias de devedores citadas anteriormente. No caso de empresas em recuperação judicial, a primeira parcela pode começar a ser paga até seis meses depois do fechamento da renegociação. O parcelamento prevê a flexibilização das regras de prestação de garantias, penhora e alienação de bens e a possibilidade de usar precatórios federais próprios ou de terceiros para amortizar ou liquidar o débito.
Dívidas com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com o Simples Nacional e com multas qualificadas e criminais não poderão ser renegociadas. A própria medida provisória especificava a exclusão desses débitos do programa.
A portaria também definiu uma série de obrigações de quem adere à renegociação. O contribuinte deverá prestar informações sobre seus bens e receitas quando a PGFN pedir, não usar o parcelamento para prejudicar concorrentes, reconhecer definitivamente as dívidas renegociadas, manter-se regular com o FGTS e regularizar em 90 dias eventuais débitos que venham a ser incluídos na dívida ativa ou tornarem-se exigíveis (com autorização de cobrança) após a formalização do acordo.
Agência Brasil

Testes em urnas eletrônicas encontram falhas mínimas, diz TSE

Postado em 30/11/2019 7:19 DIGA BAHIA!
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encerrou nesta sexta-feira (29) o período de cinco dias seguidos de testes públicos para confirmar a segurança do processo de votação das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições municipais de 2020. Segundo o TSE, um grupo de peritos da Polícia Federal (PF) conseguiu encontrar falhas superficiais no sistema, que não comprometeram o sigilo do voto.
Durante o período de testes, o TSE abriu parte dos 30 mecanismos de segurança do equipamento para que os peritos pudessem violar o sistema. Dessa forma, segundo o tribunal, os peritos da PF conseguiram alterar informações secundárias, mas os dados sobre os eleitores e os candidatos permaneceram inviolados.
Segundo a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, as pequenas falhas encontradas são importantes para melhorar o sistema da urna. “O objetivo deste evento foi de fortalecer o sistema eletrônico de votação, verificar se os recursos implementados na urna atendem as necessidades de segurança”, afirmou a ministra.
Agência Brasil

Preço do diesel no Brasil já supera nível pré-greve dos caminhoneiros

Postado em 30/11/2019 7:44 DIGA BAHIA!
O preço médio do litro do diesel nas bombas de combustíveis no Brasil figura acima dos R$ 3,70 e já supera o patamar da semana que antecedeu a greve dos caminhoneiros no ano passado. A categoria ainda diverge a respeito de uma nova paralisação.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o litro do diesel era comercializado na semana passada por, em média, R$ 3,708. Entre setembro e novembro, o indicador registrou 10 altas consecutivas.
O valor atual desembolsado pelo litro do combustível é 3,28% maior do que os cerca de R$ 3,59 cobrados pelos comerciantes na semana encerrada no dia 19 de maio do ano passado, aquela que antecedeu a paralisação dos motoristas, iniciada no dia 21 daquele mês.
Na análise por Estado, é possível ainda verificar uma diferença de 35% no valor médio cobrado pelo litro do diesel nos postos do Paraná (R$ 3,484) e do Acre (R$ 4,723). A variação entre o preço máximo e mínimo do combustível nos estabelecimentos consultados pela ANP também chama atenção ao oscilar de R$ 3,17 (Paraná) a R$ 4,95 (Tocantins).
O diretor-geral de frota e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, Jean-Urbain Hubau, avalia que a recente aceleração no preço do diesel é fruto das altas do repasse às refinarias iniciados em agosto. “Mesmo com as medidas de manutenção de valores em setembro e outubro, houve reflexo gradativo em razão dos postos trabalharem com estoque, fazendo com que a alta seja percebida mês a mês pelo consumidor”, explica ele.
Com as altas recentes, a possibilidade de uma nova greve ainda divide integrantes da categoria. O líder dos caminhoneiros Marconi França afirma que os motoristas “estão pagando para trabalhar” e classifica como “inevitável’ uma nova greve no momento atual. “Nós vamos cruzar os braços, no mais tardar em 15 de dezembro, por necessidade, não porque queremos”, destaca ele, que garante já contar com o apoio de “muita gente”.
A possibilidade de greve, no entanto, é descartada pelo presidente da Fenacat (Federação Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores), Luis Carlos Neves. Ele diz que os rumores a respeito da nova greve são causados por profissionais que “querem palanque”. “Todos que reivindicam uma nova paralisação foram candidatos na eleição passada e nenhum foi eleito.”
“Neste final de ano, a gente está correndo para conseguir pagar as contas. Como é possível parar?”, questiona Neves, que não vê motivação aparente e para uma nova paralisação.
França, no entanto, vê como inaceitável “passar fome trabalhando”. “O dinheiro que está sobrando temos que escolher se levamos comida para dentro de casa ou compramos itens de segurança para o caminhão”, lamenta.
Novas altas
A professora de Economia da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) Nadja Heideric observa a possibilidade de os combustíveis ficarem ainda mais caros no curto prazo. “Se o dólar continuar subindo e manter esse patamar, pode surgir uma alta mais significativa nos preços”, avalia, ao comentar os recordes recentes da moeda norte-americana.
Hubau também vê a valorização da divisa, que bateu três recordes nominais seguidos no início da semana, como fator determinante para o preço dos combustíveis no Brasil. “Em um período de valorização da moeda, tivemos uma segunda alta anunciada pela Petrobras para a gasolina em menos de uma semana”, analisa.
O diretor da Edenred ainda menciona impostos, margens de revendas e estoques dos postos como outros elementos que impactam diretamente o bolso dos motoristas.
R7

O que te move? Consciência do propósito de vida é caminho mais certeiro para a felicidade


Responda rapidamente: você sabe para aonde caminha? Tem clareza de qual a sua missão? Sabe o que realmente gostaria de fazer profissionalmente? As respostas têm a ver com o propósito de vida. Identificá-lo é fundamental. Agrega paixão ao dia a dia, dá sentido às escolhas e requer disposição para se conhecer melhor. Representado, no Japão, pela palavra Ikigai, é algo como razão de viver, aquilo que nos motiva a sair da cama todos os dias. Exige treino, adaptação a mudanças, mas tem recompensas: realização pessoal e felicidade.
Como chegar lá? Coach, mentora e head trainer em Belo Horizonte, Patrícia Lisboa adianta que não há fórmula mágica. O caminho é individual e precisa ser percorrido diariamente. “Por meio do propósito conseguimos conciliar os quatro elementos do Ikigai: realizar o que amamos, fazê-lo bem, entregar o que o mundo precisa e ser remunerado por isso. É uma forma de viver”, define.
Perto ou longe?
Bom exercício para quem deseja identificar o propósito de vida ou se reconciliar com ele é observar atitudes do dia a dia. A insatisfação com a rotina de trabalho pode ser sinal de que as direções estão opostas.
Propósito de vida
Realizar o que amamos, fazê-lo bem, entregar o que o mundo precisa e ser remunerado por isso é a "fórmula" para chegar ao propósito de vida - ensinam especialistas
Se você tem, mesmo que inconscientemente, aquela postura de chegar às 18h e largar a caneta para ir embora (do trabalho), é um sinal de que está distante de encontrá-lo”, avisa a profissional.
Segundo Patrícia Lisboa, ter propósito é querer e sentir prazer em fazer algo, tornando a realização importante não só para si, como para o outro. “Se não há prazer, não há motivação, algo intrínseco ao propósito de vida”, acrescenta a head trainer.
Treinamento
Pesquisadora do tema, professora, consultora em gestão empresarial com foco em cultura e transformação, Laydyane Ferreira criou um treinamento baseado na própria experiência, cujo objetivo é ajudar quem deseja encontrar-se.
Haru – como foi batizado –, é resultado de mais de 12 anos de pesquisa, autoconhecimento, cursos e clareza sobre missão. Com formação em autoliderança consciente, ela transmite conhecimentos com foco no propósito de vida e na ciência da felicidade.
“Propósito é o combustível emocional, mental, físico e espiritual que gera resultados e emoções positivas, trazendo felicidade e contribuindo para uma missão maior”, ressalta.
“Quando nos conectamos a ele, o sentimento de que vai faltar tende a ser menor. Deixe ir quem tiver que ir e viva pelos seus valores. É duro, sofrido, mas faz parte do caminho”, ensina a profissional.
Propósito de vida
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Ponto a ponto:
Algumas perguntas também podem ajudar a traçar o seu propósito de vida (escreva as respostas em um papel para organizar as ideias):
  • Qual é a coisa mais importante na minha vida?
  • Qual foi o maior obstáculo que já superei? Eu poderia ajudar outras pessoas a enfrentarem o mesmo obstáculo?
  • Quem são as pessoas que mais admiro? E porque admiro tais pessoas?
  • Quais são os assuntos que mais trazem empolgação?
  • Quais são meus pontos fortes e fracos?
  • Como me vejo daqui a 5, 10 anos?
  • Qual foi a última atividade ou projeto em que eu mergulhei de cabeça e tive a sensação de me sentir satisfeito e orgulhoso(a)?
  • O que eu mais lamento não ter feito na vida ainda?
Fonte: Sobrare (Sociedade Brasileira de Resiliência)
Mini-entrevista com Laydyane Ferreira, pesquisadora sobre propósito de vida e criadora do Haru:
1- Em que medida, encontrar nosso propósito de vida exige autoconhecimento? Qual a relação entre uma coisa e outra?
Autoconhecimento é a base. Mas não existe autoconhecimento sem experiências, apenas no intelecto, entende? É preciso vivenciar algumas coisas para entender, na prática. Quem não pratica tem a falsa impressão de ser superior aos outros, de saber mais. Por isso, se sentir um chamado, atenda ele rapidamente. Autoconhecimento dá agilidade para agir, não pode se tornar bengala para não enfrentar nossos medos. Outro ponto importante na questão do autoconhecimento é que quando descobrimos nossos pontos fortes, geramos serotonina no corpo, forte aliada para a autoconfiança, para o engajamento e empoderamento.
2- Em algum momento deste caminho de descoberta é preciso abrir mão do que já temos, seja um emprego ou mesmo de uma amizade?
Esta é uma pergunta dura. Todo sim remete a um não em qualquer área de nossa vida. Viver pelo propósito não é largar tudo e ir morar na beira da praia (em alguns casos, sim). Propósito de vida está ligado à nossa consciência de sermos humanos e conectados com a terra, por isso, não é necessário abrir mão do emprego, mas se há choque de valores (o que vejo na maioria dos casos), há ruptura. O que gera felicidade são também os valores.
3- Como o Haru age nesta caminhada? De que forma ajuda quem está em busca a encontrar o próprio propósito e, consequentemente, a própria missão de vida?
O Haru é toda nossa compaixão pelo sofrimento das pessoas que não conseguem encontrar o próprio lugar no mundo, principalmente com foco nos dons e talentos. É também uma imersão de alto nível em inteligência emocional. Afinal, cuidar das emoções é início desta jornada.

Busca, diária, do propósito de vida deve envolver mais do que somente o trabalho


Embora apareça, quase sempre, envolvido no contexto do trabalho, e, portanto, acabe sendo mais exercitado no âmbito das relações profissionais, o propósito de vida deve ser buscado numa caminhada cotidiana, que reúne sete principais passos ensinados pela pedagoga e especialista em neuroaprendizagem Francislaine Maciel.
Gerente de Produtos Pedagógicos do Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac) – instituição que oferece formações técnicas e em desenvolvimento pessoal –, a especialista diz que o ponto de partida é reconhecer qualidades e pontos fortes. “O que temos de bom, o que fazemos bem é o que aplicamos a nosso favor e em favor de uma causa”.
Segundo passo é elencar pessoas que admiramos e com as quais, por esta razão, temos algo em comum. “Encontrar afinidades, princípios alinhados aos nossos, ajuda a enxergar nosso próprio propósito”, justifica a especialista.
Propósito de vida
Definir pontos fortes e qualidades, elencar pessoas admiráveis e ter consciência dos próprios sonhos ajuda a traçar o caminho que leva até ele
Talentos e felicidade
Refletir sobre os próprios talentos, fazer algo prazeroso por pelo menos dez minutos diários e focar em coisas que nos despertam felicidade são outros pontos importantes na caminhada do autoconhecimento e, portanto, da descoberta do propósito, diz Francislaine Maciel.
O caminho também deve incluir sonhos, que precisam ser mais do que elaborados, materializados. “Quando anotamos, tiramos do campo das ideias”.
Experimente, ainda, alinhar-se a seus princípios e valores. “Familiares, relacionados ao trabalho, princípios que carrego comigo e nos quais está pautada minha vida. É impossível nosso propósito estar desalinhado deles”.
Ponto a ponto:
Algumas perguntas também podem ajudar a traçar o seu propósito de vida (escreva as respostas em um papel para organizar as ideias):
  • Qual é a coisa mais importante na minha vida?
  • Qual foi o maior obstáculo que já superei? Eu poderia ajudar outras pessoas a enfrentarem o mesmo obstáculo?
  • Quem são as pessoas que mais admiro? E porque admiro tais pessoas?
  • Quais são os assuntos que mais trazem empolgação?
  • Quais são meus pontos fortes e fracos?
  • Como me vejo daqui a 5, 10 anos?
  • Qual foi a última atividade ou projeto em que eu mergulhei de cabeça e tive a sensação de me sentir satisfeito e orgulhoso(a)?
  • O que eu mais lamento não ter feito na vida ainda?
Fonte: Sobrare (Sociedade Brasileira de Resiliência)

Por Que Nunca Tivemos um Setor de Pesca?


Somos um dos países com uma das maiores áreas costeiras do mundo, e nunca desenvolvemos a indústria de pesca, como a Inglaterra e o Japão.
Aos 30 anos de idade fui contratado para fazer um diagnóstico do setor, analisando umas 30 empresas pesqueiras que tínhamos na época, e fiz uma curiosa constatação.
Todos os demais setores da economia brasileira obtinham entre 20 a 30% de seu capital de giro de crédito de fornecedores.
Que davam 120 a 150 dias de crédito aos seus clientes.
Era por isso que os impostos também tinham prazos de 120 a 150 dias para pagar, para respeitar o fluxo de caixa da produção.
Acontece que o Setor de Pesca era o único que não tinha fornecedor.
“O Rei Netuno não dá prazo de crédito”, dizia eu nesse estudo.
Por isso nossos pescadores eram obrigados a vender sua produção à vista para grandes atacadistas, que se aproveitavam dessa falta de capital de giro.
Por isso esse setor permanece estagnado até hoje, vivendo de subsídios e mais subsídios, criaram até um Ministério da Pesca para administrá-los.
Triste desse país é o total desconhecimento de como nossas empresas funcionam, não por parte do nosso governo e nossos intelectuais, mas da população em geral.
Achamos que é a “taxa de juro” ou “investimento em infraestrutura” que move a economia, as peculiaridades de cada setor é “detalhe microeconômico”.
Estudos Setoriais sequer existem porque os que fazíamos não eram lidos.
Nem os funcionários desses setores queriam saber melhor quais as perspectivas futuras do setor em que trabalhavam.
No Brasil aceita-se emprego sem estudar previamente o setor no qual se pretende devotar, digamos, 10 anos da nossa vida.
Nem sequer analisam os demonstrativos financeiros das empresas onde irão trabalhar.
Estão mais interessados “nos meus direitos” e o salário inicial ofertado, e não nas perspectivas futuras da empresa ou do setor.
Depois reclamam porque estão estagnados profissionalmente, em empresas e setores que têm problemas que jamais lhes permitirão desenvolver e crescer.

Fiuza: "Os protozoários do Estado".


Rodrigo Maia disse – em sua enésima tentativa de estigmatizar Paulo Guedes – que a fala do ministro era um fator de insegurança para o país e negativa para a confiança dos investidores. Coluna de Guilherme Fiuza, via Gazeta do Povo:

Um procurador pediu ao Tribunal de Contas da União a abertura de investigação sobre prejuízos causados à economia nacional pelo ministro Paulo Guedes – por conta de sua fala que mencionou o AI-5 (mencionou como algo indesejável, mas claro que isso sumiu no noticiário). O referido procurador disse que o ministro da Economia fez o dólar disparar. Cumpre fazer de saída um esclarecimento ao leitor: isto não é uma piada. Ou melhor: é, mas foi sem querer.
Você tem todo o direito de estar otimista com a agenda positiva de Paulo Guedes, que entregou em 2019 todas as metas fixadas por sua equipe – inclusive metas ousadas, como a lendária reforma da Previdência. Mas o seu otimismo, em se tratando de Brasil, não pode ficar cego para certos choques de realidade paleozoica como a descrita acima. Sim, o país ainda tem em seu serviço público, em áreas de alta responsabilidade – e com excelente remuneração – figuras carnavalescas como esse tal procurador.
Não o citaremos nominalmente apenas pelo singelo detalhe de que o objetivo de um procurador carnavalesco é procurar carnaval, como o nome já diz, e aí o melhor a fazer é economizar confete e serpentina para deixá-lo requebrando sozinho, sem música, sob as manchetes amigas.
A pirueta ridícula desse personagem nem mereceria qualquer comentário – por ser ridícula – mas, ainda que desprezível, ela tem sua importância: é uma representação alegórica do Brasil fisiológico que lutará com todas as suas forças contra a libertação do país. A agenda liberal em curso fará sumir do mapa boa parte desses parasitas de boa aparência apadrinhados pelos populistas simpáticos que arrancam as calças do povo, que ninguém é de ferro. A prova disso é que o primeiro-ministro Rodrigo Maia – aquele grande brasileiro que passa a vida tentando sabotar Paulo Guedes e depois vira pai das reformas dele – adotou o mesmíssimo discurso. Maia é hoje um dos despachantes dessa casta perfumada e reacionária que dorme e acorda pensando naquilo: sabotar o governo.
Rodrigo Maia disse – em sua enésima tentativa de estigmatizar Paulo Guedes – que a fala do ministro era um fator de insegurança para o país e negativa para a confiança dos investidores. Pare de ler este texto, dê uma rápida volta ao mundo e pergunte em todos os continentes quem poria seu dinheiro sob a responsabilidade de Paulo Guedes e quem o poria aos cuidados de Rodrigo Maia.
Perguntou? Pois é. Conclusão: Rodrigo Maia dizer que Paulo Guedes afasta investimento é mais ou menos como o capim declarar que o sol ameaça a vegetação. Ficou claro? Admita que nunca foi tão fácil entender a fotossíntese.
O procurador semianalfabeto que resolveu usar o TCU para fazer sua panfletagem colegial contra o fascismo imaginário deveria ser punido. Um servidor público pago por você não pode fabricar uma premissa vagabunda – o AI-5 como fator de pressão cambial não serve nem para samba-enredo – com o intuito de transformar a obrigação de fiscalizar as contas públicas num arroubo de politicagem. O nome disso é contrabando. Não tem ninguém vendo? Quem é que cuida da birosca?
Esse negócio de tráfico institucional já deu cadeia no Brasil – Lula está condenado a mais de um quarto de século de prisão justamente por usar as instituições para enriquecer o seu bando – e vem mais por aí. A decisão do TRF-4 condenando o ex-presidente em segunda instância no processo de Atibaia (e aumentando a pena em 5 anos) foi um recado claríssimo ao Supremo Tribunal Federal – que estava tentando melar esse processo na mão grande, com tramoias como aquela do caso Bendine. O sonho do STF é fazer os crimes da Lava Jato desaparecerem com uma varinha de condão.
O problema é que o Brasil real acordou e já avisou nas ruas que a grana do cartel fez o diabo pelos seus prepostos – menos lhes dar uma varinha de condão. Entendam de uma vez por todas, prezados protozoários de butique: o truque não funciona mais.
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A história do Livre explicada às criancinhas


Sexta-feira não houve novidades sobre o menino Rui, a menina Joacine e o almocreve, o que não augura nada de bom, pelo menos no que toca ao divertimento do povo. A crônica semanal de Alberto Gonçalves no Observador:


Era uma vez o Rui, um menino inteligente que repetia na internet as coisas inteligentes que o professor doutor Louçã dizia na televisão. De tanto repetir coisas inteligentes, o menino Rui ganhou um concurso do tipo “Quem Quer Ser Milionário?” ou “Preço Certo” e foi para Bruxelas, que é um lugar distante onde pessoas inteligentes como o menino Rui decidem coisas para melhorar as vidas de todos nós. Além de inteligente, o menino Rui é generoso, e deu um bocadinho do salário para ajudar outros meninos a serem tão inteligentes quanto ele. Por azar, um dia o menino Rui zangou-se com o professor doutor Louçã e deixou de ser sócio da associação a que ambos pertenciam. Porém, o menino Rui não quis desapontar os outros meninos e manteve o emprego e o salário.

Quando o emprego acabou, o menino Rui ficou aborrecido e inventou uma associação só dele para continuar a espalhar dinheiro e ser útil à humanidade. Desgraçadamente, os azares sucederam-se, e o menino Rui perdeu todos os concursos seguintes, e as respectivas estadias em Bruxelas, Lisboa ou até nos arredores de Torre de Moncorvo. Após vários concursos perdidos, a associação do menino Rui, que é o menino Rui, lembrou-se de mandar aos concursos uma criatura que não fosse o menino Rui. Escolheram a menina Joacine, que é da Guiné e que, sempre que começa a falar, desata a fazer barulhos esquisitos, às vezes iguaizinhos aos de um helicóptero, às vezes parecidos com um modem de 1995. O primeiro resultado é que nunca ninguém ouviu o que ela quer dizer. O segundo resultado é que a estratégia funcionou em cheio, e a menina Joacine ganhou um concurso para ficar na Assembleia da República, que é um lugar onde pessoas inteligentes como o menino Rui decidem coisas para melhorar as vidas de todos nós. Não sei se a menina Joacine é inteligente porque não sei se imitar helicópteros é sinal de inteligência.

De qualquer maneira, burra é que a menina Joacine não é: logo no primeiro dia de trabalho, conseguiu um almocreve para lhe carregar a bolsa. Toda a gente se riu do saiote que o almocreve vestia, mas os senhores educados informaram o povo de que o saiote é moderno. Quando o meu vizinho Armando saiu à rua em pelota e de galochas, não houve quem explicasse à ambulância do INEM que o Armando estava apenas a seguir as tendências da moda. Por causa disso, o infeliz vive no Magalhães Lemos vai para seis meses.

Um só mês bastou para estragar a harmonia entre o menino Rui e a menina Joacine, e entre o almocreve da menina Joacine e a Terra em peso. A princípio, tudo corria bem. O menino Rui festejou aos gritos a vitória da menina Joacine, que arranjou uma hérnia de muito se baixar para abraçá-lo. A menina Joacine passeava jovialmente pelo parlamento, a denunciar o racismo do país que a elegeu deputada. E o almocreve visitava o programa da Cristina – ou do Goucha, um desses que o meu vizinho Armando via antes do internamento e continua a ver depois. De repente, a catástrofe.

A catástrofe começou com uma proposta do PCP para o parlamento criticar Israel. Dado que a associação do menino Rui é a favor dos gays, a menina Joacine tinha obviamente de defender a Palestina, que pega nos gays e os enfia na cadeia ou no cemitério. Ora a menina Joacine confundiu-se com tamanha clareza programática e fez uns telefonemas ao “grupo de contacto” (não estou a brincar: eles estão). Visto que não a atenderam, ou julgaram que a rede estava com cortes, a menina Joacine preferiu abster-se. O menino Rui ficou fulo com a menina Joacine. A menina Joacine ficou fula com o menino Rui. O almocreve vestiu um trapinho à pressa e sentou-se ao twitter.

Vamos por partes. O menino Rui, que é rancoroso, convenceu os amiguinhos dele a correr com a menina Joacine da associação. A menina Joacine, que é danada, jurou que não saía da associação nem do parlamento. De pirraça, entrou justamente no parlamento sem falar a uma jornalista que a maçava com questões. O almocreve, com traje indefinido, chamou um GNR para escoltar o sagrado recato da menina Joacine. De seguida, negou tudo e, para pôr água na fervura, afirmou que os jornalistas padecem de “desordens mentais” por culpa do “mercantilismo” ou assim. Não satisfeito, o almocreve, que não sabe escrever em português e era leitor de português, explicou que a “cultura de trabalho” da menina Joacine é “uma cultura de descanso, no sentido intelectual do termo.” No sentido intelectual do termo, o almocreve não regula bem. Algures no meio destes imbróglios, a menina Joacine falhou os prazos para entregar uma proposta de alteração da lei da nacionalidade, decerto porque cumpri-los colidia com a cultura do descanso.

Hoje, sexta-feira, não houve novidades sobre o menino Rui, a menina Joacine e o almocreve, o que não augura nada de bom, pelo menos no que toca ao divertimento do povo. Entretanto, um menino fundador da associação fundada pelo menino Rui anunciou que ia embora, notando que a decisão da saída, suponho que ao contrário da entrada, “não foi fácil nem leviana”. Um segundo menino fundador da associação fundada pelo menino Rui confessou sentir “vergonha” da “telenovela”. Eu não sinto vergonha: sinto falta. Mais, por favor.
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Você é um conservador? Que horror!


Fábio de Biazzi faz uma breve resenha, para o Estadão, do livro Como Ser um Conservador, do filósofo britânico Roger Scruton:

"As coisas estão na sela e cavalgam a humanidade", dizia Emerson há longínquos 172 anos. Se voltasse à vida hoje e deparasse com o que parece acontecer no Brasil e mundo afora, sua conclusão provavelmente não seria muito diferente. Em meio à crescente dificuldade de enxergarmos aonde vamos parar e quais são as forças que nos conduzem, como saber se estamos caminhando para a frente ou para trás? O futuro será mais civilizado ou menos?

Para uma difícil e complexa reflexão como essa, talvez um passo modesto, mas útil, seja tentarmos revisitar aquilo em que acreditamos e, por consequência, melhor compreender a quem ou a que acabamos por dar suporte e quem ou o que colocamos na sela. Convidaria, então, ao seguinte desafio: é possível destacar dentre as dez sínteses abaixo uma ou duas com as quais você não se identifica ou não concorda?

1) Democracia - Numa democracia os indivíduos se associam livremente, formam comunidades de interesse e respeitam os direitos de quem não conhecem. Um governo legítimo surge de eleições, mas também do respeito às leis e do "espírito público que responsabiliza os políticos eleitos".
2) Liberdade de expressão - "A liberdade de considerar e de expressar opiniões, por mais que sejam ofensivas para alguns, é condição sine qua non de uma sociedade livre." A tolerância implica "aceitar o direito dos outros de pensar e agir de um modo que desaprovamos", o que também significa que não devemos "renunciar a todas as opiniões que outros podem achar ofensivas".

3) Papel do Estado - "O Estado só pode redistribuir riqueza se ela for criada, e a riqueza é criada por aqueles que esperam deter uma parcela." A precificação e alocação racional de recursos, bens e serviços só ocorre "onde há confiança entre os integrantes, e a confiança só existe onde as pessoas assumem responsabilidade por seus atos e se tornam responsáveis por aqueles com quem negociam". O Estado deveria apoiar os que não conseguiram condições dignas por conta própria, mas não pode ser o "provedor e regulador universal".

4) Soberania - As nações crescem "por hábitos desenvolvidos a partir da livre associação entre vizinhos e que resultam em lealdades que são anexadas ao lugar e à sua história". A soberania nacional "inclui o direito de determinar quem reside dentro das fronteiras, quem controla os ativos da nação e quem tem direito aos benefícios da cidadania".

5) Cultura - "A cultura de uma sociedade ou de um país deve permitir às pessoas de origens e formações diversas viverem juntas com base em costumes, tradições e no comportamento perante seus vizinhos." A cultura deve permitir "uma grande variedade de modos de vida" e que "as pessoas tornem privados a religião e os costumes familiares, embora continuem a pertencer à esfera das relações públicas e se sujeitem às mesmas leis".

6) Relações pessoais - A sociedade "depende de relações de afeto e lealdade que só podem ser construídas de baixo para cima, por uma interação face a face. É assim - na família, nos clubes e nas associações, na escola e nos locais de trabalho - que as pessoas aprendem a interagir como seres livres, assumindo responsabilidade por seus atos e levando em consideração o próximo". As relações são voluntárias e consensuais e nós somos responsáveis pelos "passos que damos para adequá-las, acomodá-las e corrigi-las".

7) Educação e família - A família "é a base e a fonte dos vínculos afetivos fundamentais" e essencial para a transmissão de valores e da noção de certo e errado às crianças, ou seja, de uma educação moral. "As obrigações assumidas pelos parceiros vão muito além de qualquer contrato", pois englobam os muitos deveres para com os filhos, que dependem do cuidado e atenção dos pais.

8) Religião - "Uma religião instituída, tolerante quanto à divergência pacífica, é parte da sociedade civil, vincula as pessoas aos lares e aos semelhantes, e dota os sentimentos de certezas morais que as pessoas não conseguiriam adquirir facilmente de outro modo." No entanto, a obediência religiosa "não é um elemento necessário da cidadania". Os valores cristãos de nossa sociedade fundamentam e influenciam atitudes e costumes, mas não se exige a adoção forçada da religião e se "reconhece a prioridade da lei secular".

9) Meio ambiente - A maioria dos problemas ambientais "surgiu do nosso hábito, bastante razoável, de desfrutar os benefícios das atividades e transferir os custos. A solução é descobrir as motivações que farão regressar os custos para quem os criou". Precisamos adequar nosso consumo, assumir custos e "pressionar as empresas a fazerem o mesmo". Soluções locais, adotadas no país e "moldadas por causas de pessoas reais" são cruciais se quisermos "combater os efeitos negativos da economia global".

10) Civilização - "As coisas admiráveis são facilmente destruídas, mas não são facilmente criadas. Isso é verdade, sobretudo, em relação às boas coisas que nos chegam como bens coletivos: paz, liberdade, lei, civilidade, espírito público, segurança da propriedade e da vida familiar, tudo o que depende da cooperação com os demais, visto que não temos os meios de obtê-las isoladamente. Em relação a tais coisas, o trabalho de destruição é rápido, fácil e recreativo; o labor da criação é lento, árduo e maçante."

Se você leu esses dez pontos e concordou com todos ou quase todos, muito cuidado! Eles foram sintetizados de uma obra do filósofo inglês Roger Scruton - com ótima tradução de Bruno Garschagen. Seu título é Como Ser um Conservador. Por isso, melhor ler o livro inteiro para se certificar, pois há um enorme risco de você ser - que horror - um conservador.
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Marighela - e como a guerra cultural chegou ao Livro de Heróis da Pátria.


Gente encarada como herói, mas que não passa de vilão. Artigo de Paulo Polzonoff Jr., via Gazeta do Povo:

Desde 1986, o Brasil tem um Panteão da Pátria e da Liberdade. Projetado por Oscar Niemeyer, o prédio é um monstrengo ou uma escultura, dependendo de quem vê, de mais de 2.000m2, localizado em plena Praça dos Três Poderes. A ideia do nosso panteão não é diferente da de outros monumentos dos tipos: celebrar as pessoas que trabalharam para o engrandecimento do país.

Lá dentro, no terceiro andar, fica uma obra cobiçada pelos políticos que compõem a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados: o “Livro de Aço”, também chamado de “Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria”. O objetivo do livro (e é mesmo um livro de metal) é registrar uma breve biografia dos nossos vultos pátrios. Para tanto, o nome do homenageado precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado. Ele também tem que estar morto há pelo menos dez anos.
O primeiro nome a figurar no Livro foi o do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. O mais recente foi Antônio Vicente Mendes Maciel, também conhecido como Antônio Conselheiro, aquele da Guerra de Canudos. A lei que inclui o líder messiânico entre os heróis oficiais do Brasil foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro em maio deste ano.
Carlos Marighella e a guerra cultural na burocracia

Incluir nomes no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é prerrogativa da Comissão de Cultura da Câmara, um grupo bastante ativo na guerra cultural, presidido pelas deputadas Benedita da Silva (PT/RJ), Maria do Rosário (PR/RS) e Áurea Carolina (PSOL/MG). Recentemente, e por iniciativa da então relatora deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), a Comissão de Cultura tentou incluir ninguém menos do que o revolucionário e terrorista esquerdista Carlos Marighella no Livro de Aço. “Consideramos a homenagem mais do que justa, uma vez que são inquestionáveis a dedicação e o heroísmo com que Mariguella travou a luta pela liberdade”, escreveu Feghali em seu relatório pela inclusão do autor do Minimanual do Guerrilheiro Urbano.
A ideia ainda não foi arquivada. Nesta batalha travada desde 2016 pela inclusão ou não de Carlos Marighella no panteão tupiniquim, a última palavra, até agora, é do deputado Luiz Lima (PSL/RJ), que, ao lado de Tiririca (PL/SP) e outros 15 deputados, faz parte da comissão.
Ao concluir o voto obviamente contrário à inclusão de Marighella, ele justifica que “não faria sentido reconhecer como herói da pátria um cidadão brasileiro que se dedicou, sistematicamente e com todas as suas forças, a tentar destruir a nação brasileira, as liberdades de nosso povo e as instituições de nossa pátria, além de ter sido, por décadas, um perigoso criminoso e envolvido em reiteradas atividades terroristas ao longo de sua biografia”.

Entre os nomes que futuramente poderão constar no Livro estão os do sociólogo Darcy Ribeiro, do compositor João Gilberto, da “estrela civil da ditadura”, o advogado Petrônio Portella Nunes, Luiz Gonzaga, o “rei do baião”, a pediatra Zilda Arns, o médico e político Enéas Carneiro e o piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna. Curiosamente, um dos deputados mais preocupados com o reconhecimento dos heróis nacionais é Alessandro Molon (PSOL/RJ). São dele vários projetos de lei, a maioria ainda em tramitação, para imortalizar nomes como João Clapp, Antonio Bento e Joaquim Serra – todos ligados à luta abolicionista no século XIX.
Heróis ou vilões?

Figuram hoje no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria 40 nomes. Muitos deles, como Tiradentes, Zumbi (ainda que existam dúvidas quanto à sua existência), Dom Pedro I, José Bonifácio, Santos Dumont, Duque de Caxias e Machado de Assis, a gente reconhece facilmente dos livros de história. São pessoas cuja biografia e legado para o “engrandecimento da nação” geram pouca controvérsia ou debate.
Outros, contudo, podem até ser heróis por força de lei, com aprovação na Câmara e no Senado, firma reconhecida em cartório e inscrição eterna numa folha de metal. Mas a biografia e o legado para sempre os condenarão à discussão sobre seu real papel na história do Brasil. Em outras palavras, são vilões que alguns enxergam como heróis mais pelas circunstâncias de quem detém o poder.
O ditador Getúlio Vargas, por exemplo, foi alçado à condição de herói, com direito a figurar no panteão construído por Niemeyer, em 15 de setembro de 2010, em lei sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O relator do projeto foi o ex-senador Pedro Simon.
Já o líder trabalhista Leonel Brizola figura no Livro de Aço graças ao projeto de lei do ex-deputado gaúcho Vieira da Cunha. O interessante é que a lei que determina a inclusão do caudilho, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 28 de dezembro de 2015, também abriu caminho para o uso político e populista do panteão ao reduzir de 50 para 10 anos depois da morte o prazo para a inclusão dos homenageados.
Foi essa mudança o que permitiu a controversa inclusão do também político e líder esquerdista Miguel Arraes em 25 de setembro de 2018, apenas três anos depois de sua morte, por ser um “defensor intransigente dos pobres”.
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Dalrymple: "O manifesto mortal dos trabalhistas do Reino Unido".


Jeremy Corby, o líder dos trabalhistas, é um arauto do bolivarianismo na Inglaterra, sem o saber. Sobre isso, artigo de Theodore Dalrymple, via Gazeta:

Ao ler o manifesto do Partido Trabalhista, liderado por Jeremy Corbyn, percebi o quão perto o Reino Unido está da catástrofe – uma catástrofe que tornaria todo o episódio de Brexit algo de menor importância. Salvo um acidente, é improvável que o Partido Trabalhista vença as eleições do dia 12 de dezembro. Se isso acontecer, ele dará início a um governo quase totalitário – o que não surpreende, uma vez que o vice de Corbyn, John McDonnell, é admirador de Karl Marx, Vladimir Lênin e Leon Trotsky, que ele descreveu como a maior influência sobre sua visão de mundo. O próprio Corbyn é um admirador do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez.
Em resumo, o manifesto do Partido Trabalhista promete aumentar o poder dos sindicatos, aumentar o imposto de renda para todos que ganham mais de $100 mil por ano, aumentar o imposto de pessoa jurídica em mais de um terço (para 26%) e obrigar empresas com mais de 250 funcionários a distribuir 10% do faturamento entre os empregados – o que na verdade é outro imposto cobrado das empresas. O Partido Trabalhista vive num mundo onde, quando você aumenta impostos, sua arrecadação cresce na exata proporção do aumento da alíquota: e os contribuintes não mudam seu comportamento em consequência disso.
Os trabalhistas querem gastar o dinheiro em coisas como 150 mil funcionários a mais para o tratamento de crianças com baixa inteligência e outros problemas, incluindo necessidades especiais de educação, avaliações mentais de rotina para lactantes (queiram elas ou não), um Ministério dos Direitos Trabalhistas, uma Lei do Bem-Estar das Gerações Futuras, a nacionalização das ferrovias e serviços públicos e de parte da indústria de telecomunicação, mais gasto em programas assistenciais e no Serviço Nacional de Saúde – com aumento de 5% nos salários dos funcionários públicos – e aumentos de salários garantidos posteriormente, acima da inflação, independentemente das condições econômicas.
Neste cenário, os aumentos de salário propostos serão proporcionalmente maiores do que os aumentos de gastos propostos para o NHS (cujos salários respondem por 45% dos custos totais), fazendo jorrar dinheiro dos contribuintes nos bolsos de indivíduos, sob o disfarce de melhorar a saúde pública. Isso é um meio de aumentar a quantidade de funcionários trabalhando para o NHS. É um clientelismo disfarçado: não é de se admirar que no manifesto se lê: “Nossos ativos mais valiosos são nosso povo dedicado que trabalha no serviço público”. Isso é verdade – para o Partido Trabalhista.

Ainda que a arrecadação seja duvidosa, os gastos, depois de iniciados, são garantidos. Não é muito difícil prever o que aconteceria se os trabalhistas fossem eleitos e tentassem pôr as propostas em prática: a fuga de capitais se segue ao controle de capital, e depois vem a perda de confiança e a ausência total de investimento, seguidos pelo investimento obrigatório (o que exigirá impostos ainda maiores) e o controle governamental sobre a economia — criando uma espiral descendente que levará à emigração de todos os que podem ganhar a vida em outro lugar.
O caos e a degradação seriam maiores do que qualquer coisa já vista no Reino Unido. O prospecto de um golpe militar, com o apoio de boa parte da população, não seria um exagero; tampouco seria exagerado imaginar, enquanto o governo tentasse subornar ou dissolver as forças armadas, um mergulho nas condições semelhantes à venezuelana, nas quais o papel-higiênico seria um privilégio, tudo em nome da política social. Mesmo que Corbyn não ganhe, milhões de pessoas votarão nisso.
Theodore Dalrymple é editor colaborador do City Journal, ocupa a cadeira Dietrich Weismann no Instituto Manhattan e é autor de vários livros.
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'STF fez norma não escrita', diz desembargador do TRF-4


João Pedro Gebran Neto fundamentou decisão com preceitos legais, precedentes, análise processual e convicções pessoais

Tribuna da Bahia, Salvador
30/11/2019 09:00 | Atualizado há 8 horas e 12 minutos
   
Foto: Reprodução

O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), fundamentou com preceitos legais, precedentes, análise processual e convicções pessoais sua decisão de rejeitar, como regra geral retroativa, a ordem diferenciada para apresentação das alegações finais entre réus delatados e delatores. Seu voto, acompanhado pelos dois outros magistrados da Turma, diverge do Supremo Tribunal Federal, que anulou a condenação do ex-presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, com o argumento de que ele teve sua defesa prejudicada porque apresentou suas alegações finais após seu delator.
Ao negar o pedido de nulidade da sentença que condenou em primeira instância o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do sítio de Atibaia, Gebran Neto disse que "não comunga desse entendimento", já alvo de debates anteriores. Segundo ele, além de não ter base legal, o entendimento não pode ser usado como regra para processos passados.
"Me parece que o que fez o Supremo Tribunal Federal é criar uma norma processual não escrita (…), que só poderia valer com efeito ex nunc, jamais uma norma processual com eficácia retroativa. Fazendo com que todos os juízes do Brasil tivessem que adivinhar que, em determinado momento, seria criado uma nova norma, e que todos os processos que não implicassem essa nova norma retroativamente seriam eivados de nulidade", afirmou. A decisão do TRF-4 foi criticada por ministros do Supremo. A defesa de Lula a classificou como uma "afronta" ao Supremo. Para a Oitava Turma, a tese é uma "compreensão inovadora de ordem processual". No processo contra Bendine, o plenário do STF acolheu o argumento de que houve prejuízo a Bendine na apresentação de sua defesa final ao mesmo tempo que os réus delatores, e anulou sentença da 13.ª Vara Federal de Curitiba. No processo de Lula, os desembargadores afirmam que não houve prejuízo. "Entendo que o processo está em consonância com o Código de Processo Penal. Os prazos para alegações finais são comuns a todos os réus, não havendo em que se falar em ordem diferenciada de apresentação de alegações finais", afirmou Gebran Neto ao ler o voto de mais de 350 páginas.
Gebran Neto argumentou que há 24 anos a delação existe, mesmo antes da lei de 2013 que a regulamentou, e "nunca se tratou de ordem preferencial para delatados antes". Além dos artigos do código, citou voto do ministro Celso de Mello, do STF, que defendeu a "necessidade de preservação dos atos pretéritos". "Como procedimento processual, está regrado na lei e não cabe ser alterado por interpretação desse tipo. Com efeito o prazo das alegações finais no Código de Processo Penal é comum e a pretensão carece de fundamentação. É nessa linha a minha compreensão pessoal."

Bolsonaro: não se deve descansar sem democracia na América do Sul


Presidente participou da entrega das espadas a aspirantes da Aman

Tribuna da Bahia, Salvador
30/11/2019 16:33 | Atualizado há 36 minutos
   
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse hoje (30) que não se deve descansar enquanto não houver democracia e liberdade em toda a América do Sul. Bolsonaro participou da solenidade de entrega das espadas aos novos aspirantes, formados na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ).
No evento, 414 cadetes que concluíram o 4º ano da AMAN e foram declarados aspirantes a Oficial, primeiro posto da carreira de Oficial Combatente do Exército Brasileiro. Além dos cadetes brasileiros, também recebem a espada de oficial 11 cadetes de “nações amigas”: dois de Angola, um da Guiana, um de Honduras, cinco da Namíbia e dois do Paraguai. 
“Militares das nações amigas e, em especial, da América do Sul, nós não descansaremos enquanto todos os países-irmãos não respirarem democracia e liberdade. Que nossos povos não se deixem persuadir ou iludir com as facilidades. A democracia e a liberdade é o nosso oxigênio”, disse Bolsonaro.
No discurso, Bolsonaro lembrou que formou-se pela AMAN em 1977 e que no final de 2014, quando participou de uma cerimônia de formação de outra turma, se inspirou e decidiu se candidatar à Presidência da República. “No final de 2014, eleições terminadas, por acaso encontrei-me na região da ponte do rio Alambari com a turma que se formava naquele momento. Veio-me a inspiração, uma vontade não sei de onde e assumi um compromisso com aquela turma. Falei que mudaria o destino do Brasil, mas não sozinho”, disse.
Bolsonaro disse ainda que tem o sonho de entregar o Brasil melhor do que recebeu, como assumiu a Presidência da República.

Lula, a caricatura de um sacripanta


Que tanta vileza simboliza essa figura caricata e arrogante!
Uma vergonha nacional.
Boca suja por natureza, só expele vocabulário chulo. E ainda existem parvajolas que ficam inebriados com as suas sacadas idiotas e incivilizadas.
Há algum tempo, chamou as parlamentares Maria do Rosário e a ex-senadora Fátima Bezerra de mulheres de grelo duro.
E estas se comportaram como duas ovelhinhas ingênuas desmamadas e fingiram não se incomodar ou deram explicações esfarrapadas para não melindrar o falso demiurgo, como procedeu a deputada Maria do Rosário a um jornalista de emissora de rádio gaúcha, que, interpelada, tergiversou que Lula tenha a ofendido.
Moral da história: ambas as parlamentares assumiram ou engoliram no seco as descortesias e incivilidades recebidas.
Agora, mais recentemente, ao escapar da prisão, facilitada pelos indecorosos membros do STF, Lula disse que saia da prisão com a tesão de um jovem de 20 anos de idade, certamente, tomando bastante viagra para não decepcionar a sua nova ou velha namorada, talvez da época em que convivia com a falecida esposa.
Como se observa, trata-se de um indivíduo sem caráter, o qual pelas evidências atraiçoava a sua esposa Marisa e não teve nenhum escrúpulo e respeito de jogar culpas das irregularidades praticadas nas costas da falecida.
Lula é um autêntico sacripanta. E o que nos espanta é ver a galera de parlamentares abobados - Maria do Rosário, Paulo Pimenta, Paulo Teixeira, Humberto Costa, José Guimarães, Gleisi Hoffmann e outros – sem perder a pose, continuar a venerar tão caricata figura.
De autor desconhecido:
"O liberto não ficou com a família, filhos e netos... Não foi visitar os túmulos da esposa, do irmão e do neto morto recentemente. Foi fazer palanque, entrar em jatinho, comer do bom e do melhor e fazer palanque político de novo. Esta carniça não valoriza ninguém, nem mesmo a família!”
E para corroborar o atestado de má conduta do ex-presidente Lula, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), por unanimidade, elevou a pena de Lula, no caso do sítio Atibaia, de 12 anos e 11 meses para 17 anos, um mês e 10 dias de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Júlio César Cardoso

Bacharel em Direito e servidor (federal) aposentado.

O povo brasileiro apoia o combate ao crime: "Deltan merece medalha, não advertência"

Só passando pra lembrar: O Brasil vem sendo governado por bandidos travestidos de políticos e outros que se consideram supremos há muitos anos.
A Lavajato lida com a máfia brasileira e com um Capo.
A máfia brasileira é semelhante à italiana e ele, a Al Capone, só que pior.
A máfia italiana e Capone eram regionais, enquanto que a máfia brasileira e seu chefe são bandidos internacionais.
Talvez ele tenha sido o maior bandido internacional da atualidade, com conexões em esquemas de corrupção em inúmeros países.
Além disso, manda e desmanda em muitas instituições, como um chefe de facção o faz de dentro e fora da cadeia , inclusive em alguns membros da chamada corte.
Aliás, vivemos no regime monárquico ainda? A ” Corte” ainda existe? Essa pequena corte corteja seu monarca.
Sabe lá que favores já trocaram.
Favores cabulosos?
Crimes de corrupção, assassinato, lavagem de dinheiro e muito, muito abuso de autoridade são o dia a dia da quadrilha.
É com esses bandidos que a Lavajato está lidando.
Bandidos de todas as instituições, que tentam a qualquer preço sabotar e encerrar a Operação, porque sabem que correm o risco de ir para a cadeia e de nunca mais se eleger.
Alguns até vinculados com a maior “empresa” brasileira, o PCC.
É óbvio e esperado que essa corja esteja usando a tática da destruição da reputação do Ministro Moro, do Ministério Público, de Deltan Dallagnol e da Lavajato para se safar e continuar agindo e continuar fazendo um arrastão eterno no Brasil.
Foi o que restou a eles, já que os seus crimes são inquestionáveis e indefensáveis.
Supostas mensagens roubadas de juízes e procuradores da Lava Jato nas quais eles estão tentando, a duras penas, correndo risco de morte, salvar o Brasil da máfia da corrupção, só reafirmaram a coragem heróica desses profissionais.
Mais do que nunca é necessário reafirmar o apoio à Lava Jato, à prisão após a segunda instância e ao Pacote AntiCrime do ministro Moro.
Os juízes e políticos que não apoiam a Lava Jato e o Pacote AntiCrime estão atestando sua cumplicidade com o crime organizado e merecem ir para a prisão para sempre.
Lugar de bandido é na cadeia.
Bandido bom é bandido preso e inelegível.
O povo brasileiro apoia o combate ao crime e não é gado de abate.
Autoridade é o povo.
O povo elege e o povo depõe.
SUPREMO É O POVO.
(Texto de Carla Rojas Braga. Psicóloga)
Texto postado originalmente no site Opinião & Critica

Brasil... entre lobos e hienas


Eis que o Brasil avança, sôfrego, a duras penas, com nossos sacrifícios somados numa hercúlea tarefa de tirar o país da areia movediça acumulada por décadas de desmandos e assaltos, praticados por inumanos da pior espécie.
Eis que conseguimos ainda nos chamar BRASIL porque provamos a velha máxima de que somos brasileiros, e o brasileiro não desiste nunca, contudo, nossas maiores barreiras ainda são montadas pelo nosso próprio povo, que insiste em eleger os corsários do poder, viciados na velha política da abordagem sorrateira e do butim.
Eu vou contar-lhes o porquê...
Recentemente o Brasil foi vítima de uma facada pelas costas, desferida por um grupo de pessoas que escondem sob suas togas o que há de mais vergonhoso e desprezível pela falta de padrões minimamente éticos.
Pessoas que são regiamente pagas com nossos impostos para fazerem justiça, no entanto, que da maneira mais descarada possível optaram por desonrar seus cargos e os anseios dos brasileiros, e com desmedida violência estupraram o artigo primeiro da Constituição que juraram defender:
“Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”
Na contramão dos seus compromissos, viraram-nos as costas e se submeteram ao triste e nefasto ato de defender os interesses daqueles que por tanto tempo nos roubaram não só o dinheiro como também a esperança.
Seis paus mandados que não foram escolhidos por nós, sem qualquer pudor investiram-se de um poder absoluto, colocaram-se na posição de semideuses e decidiram momentaneamente os rumos de uma nação já tão sofrida com as injustiças, definindo-lhe uma trajetória desastrosa. Hienas! Tornaram-se servis aos lobos, em troca dos restos que estes lhe deixaram quando fizeram da nação a sua carniça.
Mas restava-nos uma esperança... Tínhamos ainda o Legislativo - o outro Poder que poderia fazer frente aos descalabros cometidos pelas hienas do Judiciário, e nós nos mobilizamos em pedir aos representantes que nós elegemos, para que tirassem de lá as hienas piores.
Nossa esperança baseava-se na crença de que em qualquer país civilizado e cujos políticos tivessem senso de patriotismo, os representantes eleitos por nós imediatamente levantariam a bandeira em nossa defesa, e em respeito a quem é sacrificado para pagar seus salários, abraçariam a causa de eliminar as hienas, tirá-las o poder e corrigir as distorções impostas por elas.
Doce e breve ilusão... Esse não é o caso do Brasil, pois estamos falando exatamente dos lobos que fizeram do país a carniça, e que são amigos das hienas.
Como esperar que lobos como Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre façam alguma coisa, se agora possuem a oportunidade fazer um acordo com as hienas de toga e defenderem a si próprios e a outros comparsas de suas alcateias?
Ambos são seres tão disformes que mal conseguem se reconhecer e são dotados de um incontestável nanismo de caráter. Se perguntássemos a eles quem são e o que fazem, suas respostas viriam recheadas de adjetivos cheios de superlativos mentirosos, tanto quanto mentirosa e disforme é a atuação política deles, que não representam nada e a ninguém, a não ser os próprios interesses.
Maia, não é o gigante que pensa ser. As únicas coisas que nós conseguimos enxergar de gigantismo nele, e de forma bastante acentuada, são sua ambição desmedida, sua falta de caráter, sua vaidade, sua incompetência e a sua falta de compromisso com o povo brasileiro. E nesses aspectos ele e o Alcolumbre competem tão de perto que fica difícil perceber qual é o pior.
Apesar de achar que representa o povo brasileiro por ser Presidente da Câmara, isso não é uma verdade. Ele não representa o nosso povo e nem mesmo aos seus parcos eleitores. Com uma votação pífia de apenas 74.232 votos, o que representa 0,96% do eleitorado do Rio de Janeiro, ficou em 13º lugar entre os Deputados eleitos pelo Rio, alcançando menos que 1/4 da votação do Hélio Negão. Até a estreante Janaína Paschoal conseguiu, para Deputada Estadual por São Paulo, quase 28 vezes a quantidade de votos do Rodrigo Maia.
Será que ele consegue dimensionar o próprio tamanho político? E foi esse mesmo lobo quem disse que "O congresso (a casa do povo) não é um cartório para carimbar as vontades do povo". Quem ele pensa que é?
Honestidade é algo que passa longe de Rodrigo Maia. Foi mais um a ajoelhar-se diante do Léo Pinheiro em busca de doações da OAS, sabe-se lá em troca de quê, já que sabidamente empreiteiras não são casas de caridade e nem fazem doações sem que haja algum interesse escuso por trás.
Em função de um inquérito iniciado devido às mensagens de celular trocadas entre Rodrigo Maia e o Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, a Polícia Federal ao concluir suas investigações demonstrou indícios do envolvimento de Maia em corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Nesse inquérito ele foi acusado de prestar “favores políticos” e defender interesses da OAS no Parlamento em 2013 e em 2014, cuja ajuda consistia na apresentação de emenda a medida provisória que criava regras para a aviação regional, dispositivo de texto formulado sob encomenda para agraciar a construtora. Além disso, pediu 1 milhão de reais para a campanha do seu papai César Maia, mas o repasse foi apenas uma tentativa de ocultar a procedência da propina.
Em março e 2017, documentos liberados pelo STF acusavam Rodrigo Maia de ter pedido e recebido da Odebrecht uma propina num valor de 600 mil reais, além de outros recursos ainda não contabilizados. No ano passado, 2019, Polícia Federal concluiu um relatório sobre uma investigação contra ele e o pai, onde atribuiu a ambos os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro, e dentre as provas usadas estão os depoimentos dos delatores da empreiteira, registros de suas entradas na sede da Odebrecht e os registros das ligações entre Maia e empresa, que garanto que não foram para tricotar sobre o time pelo qual o chamam: Botafogo.
É a esse lobo que pedimos pela revisão da prisão em segunda instância? É claro, que o Nhonho vai trabalhar firme por um acordão que elimine a PEC da prisão em segunda instância. pois é ele mesmo é um provável futuro "hóspede" de alguma "hospedaria prisional".
Agora vamos falar do outro lobo, o Alcolumbre.
Davi, ao assumir a Presidência do Senado, apoiado por Onix Lorenzoni, até pareceu ser uma opção viável para fazer o Brasil avançar no combate à corrupção. Pensamos que era um cordeiro, mas, mais uma vez nos enganamos. Era o outro lobo, só que na pele do cordeiro. Ao contrário do personagem bíblico que lhe empresta o nome, não se encheu de coragem para derrotar o Golias da corrupção, da má gestão e da roubalheira. Em vez disso, dispôs-se a abater o gigante chamado Brasil e com cinco pedras nas mãos, a cada obscuro ato, acerta uma pedra entre os olhos do povo brasileiro, pois não passa de um covarde,
Alcolumbre é outro lobo anão político que pensa ser gigante. Oriundo de um dos Estados mais atrasados do Brasil e cuja taxa de analfabetismo é bastante acentuada (6,5% e 15º lugar em analfabetismo), ainda assim amealhou apenas 94.278 votos e nem de longe pode-se dizer que representa o seu próprio povo, que dirá o Brasil como um todo. Também é vaidoso, sedento de poder e nada comprometido com o país. É como aquela tartaruga no alto do poste: Ninguém sabe o que foi fazer lá, não tem utilidade alguma lá, mas está lá.
Após engavetar os pedidos de impeachment contra a pior das hienas, Gilmar Mendes, agora Alcolumbre trabalha para também não deixar que a prisão em segunda instância volte a vigorar. Sua ambição de poder é tão grande, que dispôs-se a proteger as hienas para que essas não investissem contra os senadores que respondem a processos no STF, e que não são poucos. Com isso, acredita piamente que os outros senadores se curvarão a ele, e o projetarão como uma estrela de primeira grandeza no Senado, o que nunca será.
Chega ser cômico que as mais importantes decisões em defesa do Brasil estejam nas de dois indivíduos malfazejos que, juntos, obtiveram apenas 168.510 votos, o que não significa nem 0,008% da população brasileira. Enquanto isso, o Brasil continua sendo a carniça na boca das hienas e dos lobos.
Cabe a nós, brasileiros do bem, lutarmos contra esses animais que se alimentam do nosso trabalho, do nosso sacrifício, do nosso suor e da nossa dor. Cabe nós clamarmos por uma providência que enfim coloque ordem nessa selvageria, para que possamos voltar a crescer e quem sabe alcançar um lugar de respeito no mundo, em vez de sermos vistos como o país da corrupção abençoada.
Brasileiros, o nosso destino depende da nossa força e da nossa luta.

Marcelo Rates Quaranta

Articulista