Delegado abre inquérito para apurar morte de bebês no Hospital da Mulher.
Prefeitura afirma que 'não existe surto de infecção hospitalar'.
Bebê morto em hospital de São Gonçalo é
enterrado nesta quinta (28)
(Foto: Rodrigo Vianna/G1)
A Prefeitura de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, confirmou que mais um bebê morreu no Hospital da Mulher, que integra e rede de saúde do município. Já são nove bebês mortos na unidade, apenas no mês de junho.enterrado nesta quinta (28)
(Foto: Rodrigo Vianna/G1)
Segundo a Secretaria de Saúde da cidade, depois do nascimento, o menino Jorge Miguel, de pouco mais de dois meses de vida, ficou internado por dez dias, no berçário, para tratar de uma sífilis congênita. O bebê teve alta e foi levado para casa. No início do mês, voltou a ser internado com pneumonia aguda, na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) Neonatal. Jorge Miguel morreu às 23h de quinta-feira (28). Segundo a nota, o “bebê tinha peso baixo” e a causa da morte foi uma “bronquiolite”, que é um agravamento da pneumonia.
Apesar das nove mortes de bebês no mesmo mês, a prefeitura informou, em nota oficial, que “a direção do Hospital da Mulher afirma que não existe um surto de infecção hospitalar na UTI Neonatal”. A prefeitura informou ainda que as mortes das nove crianças foram por “causas diferentes”.
De acordo com a prefeitura, o Hospital da Mulher atende a casos de alto risco. A prefeitura também informou que, de acordo com a direção da unidade, grande parte das mães que procuram a maternidade não fez acompanhamento pré-natal, e chegam com problemas de saúde, que acabam sendo transferidos para os bebês.
Delegado abre inquérito
De acordo com a ssessoria de imprensa da Polícia Civil, o delegado Oscar de Sá Alves, titular da 72ª DP (São Gonçalo), instaurou inquérito para apurar a morte de dois bebês que morreram no Hospital da Mulher. Segundo Sá Alves, um caso é de um bebê prematuro que nasceu morto e outro de um bebê prematuro que foi encaminhado para casa e voltou para o hospital, morrendo na UTI Neonatal.
O delegado afirmou ainda que está ouvindo todos os envolvidos no caso: médicos, administradores do hospital e os pais da crianças. A investigação apura se houve alguma irregularidade que causou as mortes. Ele ainda aguarda os laudos do Instituto Médico Legal (IML) que vão apontar a causa morte dos bebês. Sá Alves ainda solicitou a fiscalização do Conselho Regional de Medicina e do Conselho Regional de Enfermagem para aquela unidade hospitalar.
De acordo com a prefeitura, nenhum dos dois conselhos realizou fiscalização no Hospital da Mulher nesta semana.
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