São feitos em média 12 a 13 mil atendimentos mensais.
Pacientes dormem nas filas para conseguir consulta.
Policlínica de Porto Velho realiza quase 14 mil atendimentos por mês
(Foto: Larissa Matarésio/G1)
As filas para marcar consultas na Policlínica Osvaldo Cruz, em Porto Velho, começam às 3h. A clínica, que chega a fazer 13 mil atendimentos por mês, atende de 350 a 400 pessoas diariamente nas 36 especialidades e recebe pacientes dos 52 municípios do estado de Rondônia.(Foto: Larissa Matarésio/G1)
De acordo com o diretor-geral, Kenner Granado, o efetivo de médicos que atende na clínica está abaixo da demanda. “Atendemos aqui pessoas dos 52 municípios. O certo seria que elas chegassem até nós com exames e consultas prévias já realizadas, e isso não acontece. O que poderia ser uma simples consulta ou retorno, às vezes acaba tendo que passar por dois ou três especialistas diferentes”, explica.
Porém, a falta de médicos no quadro não explica o caso da Maria Messia Moreira, de 80 anos. “Vim de Governador Jorge Teixeira (RO) com uma consulta marcada para hoje [sexta-feira, 28] às 7h30, mas a médica não veio e teve que ser remarcada para segunda. Agora vou ter que voltar para casa, porque não posso deixar meu filho deficiente sozinho, e voltar na segunda-feira”, conta. Maria vem para Porto Velho de carona com o carro do posto de saúde de sua cidade que traz pacientes para a capital, saindo de lá às 3h da manhã.
Cristiane Alvez da Silva levou o
filho para consulta na policlínica
(Foto: Larissa Matarésio/G1)
Já Cristiane Alves da Silva veio da zona rural de Porto Velho trazer o filho Luís Fernando de sete anos para uma consulta no otorrinolaringologista e diz que o atendimento da policlínica é bom. “Pelo menos temos atendimento aqui. Moro muito longe, saio de casa às cinco da manhã e fico na casa de um primo meu na capital, quando não dá para voltar no mesmo dia”, diz.filho para consulta na policlínica
(Foto: Larissa Matarésio/G1)
Maria da Penha de Buritis (RO), que veio trazer o neto de dois anos para uma consulta com um neuropediatra, conta da dificuldade em conseguir uma vaga. “Aqui eles só marcam para nós que somos de fora da capital, via secretaria de saúde dos municípios, só que é tudo muito demorado. Por isso, venho por conta própria e tenho que implorar por atendimento”, relata.
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