Luciana Nunes Leal | Agência Estado
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, presenciou nesta sexta-feira uma pequena manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, onde participou de reunião com o governador Sérgio Cabral (PMDB), o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e outras autoridades, sobre a Jornada Mundial da Juventude. Quando o ministro deixou o palácio, pouco depois das 18h, cerca de 30 jovens gritavam palavras de ordem, algumas impublicáveis, e cobravam mais recursos para saúde e educação, entre outras reivindicações. "Esse grito é melhor que o silêncio", disse Carvalho.
Segundo o ministro, as diversas instâncias de organização da Jornada discutiram a possibilidade de reforçar a segurança do encontro católico e do papa Francisco por causa da onda de protestos, mas concluíram que não seria necessário. "Terminada a Copa das Confederações, a Jornada passa a ser o centro de preocupação, mas estamos tranquilos. Pelo menos um milhão de pessoas chegará à cidade, um público que vem com o mesmo espírito do melhor das manifestações: cidadania e democracia. Se fosse a Copa do Mundo agora, a gente estaria mais preocupado. Na Jornada, não vamos botar mais grades, os roteiros do papa estão mantidos, os trajetos do papamóvel também. A Jornada vai contribuir para o processo de fraternidade e solidariedade", disse o ministro.
Carvalho voltou a defender o plebiscito - em vez do referendo - para a reforma política. "É complicado, é complexo, mas antigamente se dizia que votar era tão complicado que o povo não sabia votar. O plebiscito é uma chamada à participação popular", afirmou.
O ministro citou a série de reuniões da presidente Dilma Rousseff movimentos sociais como um efeito positivo das manifestações. "Essa mobilização foi importante para nos sensibilizar. O Brasil avançou muito, mas há aspectos de que nós descuidamos nos últimos tempos e a mobilidade urbana é o centro disso. As manifestações nos ajudaram a ver", disse Carvalho.
Policiais do Batalhão de Choque foram deslocados para o Palácio Guanabara, mas, até as 20h, não houve incidentes.
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