Ilha fica às margens do rio Guamá, próxima à capital paraense.
Restaurantes chegam a receber 700 pessoas por final de semana em julho.
Da Ilha do Combu, é possível avistar parte da orla da capital paraense (Foto: Ingrid Bico/G1)
Aproveitar um dia de sol com a família ou com os amigos na Ilha do
Combu é um dos programas tradicionais entre os paraenses que vivem em Belém,
especialmente durante o mês de julho, quando são registradas as
temperaturas mais altas na capital. Graças à proximidade, o acesso ao
local tem um preço acessível e é bastante simples – basta atravessar o
rio Guamá.
Acesso aos restaurantes é feito de barco
(Foto: Ingrid Bico/G1)
A travessia de Belém para o Combu dura em média 15 minutos, e é feita
por embarcações que saem de um pequeno porto na praça Princesa Isabel,
no bairro da Condor, em Belém. Aos finais de semanas, é possível ver a
movimentação de crianças, jovens e adultos - às vezes famílias inteiras -
aguardando a hora de embarcar.(Foto: Ingrid Bico/G1)
O acesso à praça pode ser feito de táxi ou de ônibus. Quem optar por ir de carro particular pode deixar o veículo em um dos pontos de estacionamento disponíveis no entorno da praça.
Alguns estacionamentos demarcados na rua, apesar de não pertencerem a nenhuma empresa terceirizada, cobram R$ 10 pela diária.
Lazer
No Combu, além dos restaurantes, os visitantes também podem aproveitar a visita para tomar um banho de rio e apreciar a natureza. Com uma infraestrutura simples e confortável, alguns estabelecimentos têm atividades de lazer, como parquinhos para as crianças e trilhas ecológicas para quem quiser se aventurar ilha adentro. A atividade é feita sem acompanhamento de um guia, mas o visitante é orientado a respeitar a sinalização indicativa dos limites da trilha.
A “Saldosa” já funciona há mais de 30 anos no Combu. Sobre a grafia do nome, dona Neneca conta que foi um equívoco que acabou se tornando a marca registrada do restaurante. “Meu pai e meu tio mandaram fazer a placa para pendurar na entrada, mas o rapaz que estava pintando escreveu errado. Aí foi ficando para arrumar depois, outro dia, e ninguém nunca consertou. Agora, todo mundo já se acostumou”, explica.
Gastronomia
Nos restaurantes da Ilha do Combu, o cardápio é bastante variado. Os pratos com peixes típicos da região, como o filhote e a pescada amarela, estão entre os mais pedidos pelos clientes. O açaí, produzido na própria ilha, também está entre os destaques da culinária local.
Uma refeição completa para duas pessoas pode sair entre R$ 35 e R$45, dependendo do prato escolhido. Além das opções de peixe, também existem pratos com carne bovina, frango e frutos do mar, incluindo caranguejo toc-toc. Uma porção com dois caranguejos, acompanhados por vinagrete e farofa, custa em torno de R$ 12. Uma tigela de açaí, que tem aproximadamente 300ml, custa em média R$ 8,50, mas é preciso consultar a disponibilidade do local. A maioria dos restaurantes aceita cartões de crédito, mas levar o dinheiro em mãos pode ser uma opção mais precavida.
Entre os pratos servidos nos restaurantes está a pescada amarela à milanesa com arroz de jambu (Foto: Ingrid Bico/G1)
VisitantesPara a designer Tuane Costa, paraense de 24 anos, o passeio para o Combu é sempre muito divertido, e principalmente: uma opção que não é apenas para turistas. “Sempre que chega alguém de fora (da capital) eu indico ou levo, claro. Mas acho que lá não é apenas um lugar para turistas, pelo contrário! Acho que é um lugar nosso, e deve ser explorado por todos os paraenses! É muito a nossa cara”, avalia.
A designer Tuane Costa costuma ir à ilha duas
vezes por mês (Foto: Ingrid Bico/G1)
Desde 2007, quando foi pela primeira vez para a ilha, Tuane garante que
costuma atravessar o rio uma ou duas vezes por mês para curtir o
passeio com os amigos e a família. “A primeira vez que eu fui, em 2007,
nem sabia do que se tratava... E fui surprendida! Não tinha noção do
tamanho da estrutura do lugar. Desde então me apaixonei e passei a ir
sempre”, conta.vezes por mês (Foto: Ingrid Bico/G1)
Segundo ela, o passeio tem um ar nostálgico, quase como se, durante a travessia do rio, um filme passasse diante dos olhos do visitante. “A forma com que tudo acontece, desde a viagem no barquinho ‘popopo’ (expressão referente ao barulho que faz o motor do barco), passando pelos ribeirinhos... A gente vê uma realidade completamente diferente da nossa, e a apenas alguns minutos da cidade. Isso tudo me agrada muito”, confessa.
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