Ninguém
nunca duvidou de que o lobista Lula tem bastante influência no Palácio
do Planalto, né? Mas não deixa de ser chocante ouvir, ou ler, a
confissão, feita, assim, sem nenhum receio, como se fosse a coisa mais
natural do mundo. Lembro da antiga metáfora dos petistas para
caracterizar os seus domínios no movimento sindical: “chão da fábrica”. O
Brasil inteiro virou o chão da fábrica do partido. E o chefão, como se
sabe, é o Poderoso Apedeuta, que continua a tratar Dilma como a…
governanta. Sendo Lula quem é, todos entenderam que ele manda, e ela
cumpre. Leiam trecho de reportagem de Catia Seabra, na Folha.
Em
discurso a empresários peruanos e a alguns patrocinadores de suas
viagens ao exterior, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contou
que pressionou a sucessora Dilma Rousseff a aprimorar o funcionamento de
uma ponte entre o Peru e o Brasil. “Já liguei para a presidenta Dilma
hoje [ontem] de manhã. Já liguei. E disse para ela da ponte [que cruza o
rio Acre, inaugurada em 2006]; disse para ela da falta de fiscal. Ela
disse: ‘Pode deixar que eu vou chamar o pessoal para resolver isso’”,
disse.
Ele foi
aplaudido pela plateia de 400 empresários locais e pela comitiva de
brasileiros que ele liderou, formada por executivos de empreiteiras,
como OAS, Odebrecht e Andrade Gutierrez, e de outras empresas, como
Embraer e Eletrobras.Estava presente também o presidente peruano,
Ollanta Humala. Há uma queixa de empresários peruanos de que a ponte,
pela qual passa a chamada Estrada do Pacífico, sofre com trâmites
aduaneiros lentos para a exportação de alimentos, com falta de
autoridades aduaneiras e de vigilância sanitária. Lula criticou a
burocracia brasileira e disse que só havia “seis” fiscais da Receita no
local.
(…)
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