Presidente ouviu protesto da torcida durante abertura
EDUARDO BRESCIANI - Agência Estado
BRASÍLIA - A vaia recebida no Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha), no último sábado, na abertura da Copa das Confederações,
não afastará a presidente Dilma Rousseff da final da Copa das
Confederações, no Maracanã, no dia 30 de junho. A assessoria do Palácio
do Planalto confirmou ontem que ela estará no Rio para acompanhar a
decisão.
Dida Sampaio/Estadão
Dilma não vê motivação política em vaias durante abertura da Copa das Confederações
A manifestação do público no sábado, antes do jogo entre Brasil e Japão, foi avaliada por petistas e assessores como um ato desvinculado de motivações políticas. "É um jeito moleque do torcedor brasileiro. Qualquer político que fosse ao estádio e anunciassem o nome seria recebido da mesma forma", resumiu o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).
A previsão já era de a presidente comparecer a apenas dois jogos da Copa das Confederações, a abertura e a final. Ela não deverá estar presente nesta semana nas partidas do Brasil em Fortaleza, na quarta-feira, e em Salvador, no sábado, nem nas semifinais. Dilma fará, inclusive, uma viagem ao Japão na próxima semana e chegará de volta ao País já no dia da decisão da competição no Maracanã.
A vaia em Brasília deverá apenas fazer com que o governo brasileiro aumente a preocupação com o protocolo. Aliados da presidente defendem que seja evitado nova situação que a exponha a manifestações negativas. "Estádio não é ambiente para discurso, é um público arredio a político e acostumado a vaiar porque já faz isso com os times", observou o deputado Vicente Cândido (PT-SP), que também é dirigente da Federação Paulista de Futebol (FPF).
A intenção dos aliados é solicitar à Fifa que a presença da presidente seja tratada de forma discreta. Além de evitar o microfone, anúncios da presença e imagens dela no telão não deveriam ser mostradas, na visão de pessoas próximas a Dilma. O líder do PT na Câmara, porém, acredita não ser necessária tanto preocupação. "Não devemos perder o sono, foi algo contra a política em geral, não contra ela", avaliou José Guimarães.
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