MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 4 de junho de 2013

Cremesp aponta equipe incompleta em 58% dos hospitais públicos de SP


Vistoria também encontrou macas em corredores em 57,7% dos hospitais.
Fiscalização foi feita em 71 prontos-socorros do estado.

Do G1 São Paulo

Uma fiscalização feita pelo Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo (Cremesp) em prontos-socorros  que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado apontou falhas nos serviços hospitalares de urgência e emergência.  A vistoria foi feita em 71 prontos-socorros municipais, estaduais e de outras entidades entre fevereiro e abril deste ano.

Macas com pacientes em corredores, equipes médicas incompletas e dificuldades para transferir pacientes são algumas das principais falhas encontradas na vistoria. Elas foram apresentadas nesta terça-feira (4) pelo Cremesp. Segundo o Conselho, os problemas representam um risco à saúde da população e impedem que os médicos tenham condições adequadas de trabalho.
Segundo o conselho, dos 71 prontos-socorros inspecionados, 41 estavam com a equipe médica de
plantão incompleta, o equivalente a 57,7%.

Ainda de acordo com os dados das vistorias, faltam materiais em 59,2% das salas de emergência fiscalizadas. Mais de 28% das salas de emergência estão inadequadas para o atendimento. Em 45,6% dos serviços não há chefia de plantão nem médico diarista. A vistoria ainda apontou que 6,1% dos prontos-socorros não têm Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

De acordo com Renato Azevedo, presidente do Conselho, os resultados da fiscalização serão encaminhados ao Ministério da Saúde, à Secretaria de Estado da Saúde e às secretarias municipais das cidades que fizeram parte da vistoria. "Você imagina uma pessoa que precisa de atendimento de urgência e fica em uma maca no corredor. Em alguns casos até por cinco dias. Isso é uma desumanidade", contou

Segundo Azevedo, a falta de médicos pode ser explicada pelos baixos salários e más condições de trabalho encontrados em hospitais públicos.“Ficamos perplexos com a maneira como os pacientes são tratados e responsabilizamos os secretários municipais, estaduais e o Ministério da Saúde pela falta de financiamento adequado e pela má gestão do sistema de saúde”, disse Azevedo.

Lançamento de campanha
Com os dados, o Cremesp lançou hoje a campanha “Prontos-socorros em agonia. Até quando?” O objetivo é alertar a população e as autoridades, com ações presentes no rádio e na televisão sobre os problemas enfrentados pelos prontos-socorros do Estado de São Paulo.
Segundo Azevedo, as ações da campanha devem começar ainda esta semana. "Nós queremos que a sociedade se mobilize e pressione autoridades para melhorar as condições da saúde. O Brasil é um dos países que menos investem em saúde pública e isso vem diminuindo a cada ano", afirmou.

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