Eduardo atacou União ao lançar Câmara candidato ao Executivo estadual.
Ele aproveitou ocasião para consolidar postulação rumo ao Planalto.
Da esquerda para a direita: João Lyra, Paulo Câmara,
Eduardo Campos, FBC e Raul Henry
(Foto: Renan Holanda / G1)
O secretário da Fazenda de Pernambuco,
Paulo Câmara, foi lançado oficialmente, no início da tarde desta
segunda-feira (24), como candidato do PSB ao governo estadual nas
eleições de outubro. O anúncio ainda oficializou os outros dois
integrantes da chapa da Frente Popular: Raul Henry (PMDB), que sairá
como vice, e Fernando Bezerra Coelho (PSB), candidato ao Senado. A
solenidade aconteceu no auditório de um hotel localizado no bairro de
Boa Viagem, Zona Sul do Recife.Eduardo Campos, FBC e Raul Henry
(Foto: Renan Holanda / G1)
O evento também serviu como uma forma extraoficial de o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, colocar-se de uma vez por todas na disputa rumo ao Planalto. De acordo com ele, a eleição mais importante em 2014 será a de presidente. "Porque a nova política no Brasil hoje é mudar o governo que está aí, é construir um novo governo, um novo pacto social, e uma nova forma de lidar com o Congresso", disse.
Em determinado momento de seu discurso, o governador mostrou-se emocionado ao falar do apoio que teve de Ariano Suassuna quando se lançou candidato ao posto em 2006. E, inflamado, garantiu que o nome de Paulo Câmara foi costurado após um amplo acordo. "O processo me convenceu, pela razão e pelo coração, que nós fizemos a melhor aposta que tínhamos para fazer", asseverou. E concluiu: "Tenho clareza, Paulo, que você vai dar conta da campanha, mas você vai dar conta, sobretudo, de, em quatro anos que vem, fazer muito mais do que eu pude fazer. Até porque eu vou lhe ajudar", completou, com ar de riso.
Demonstrando certo nervosismo, Paulo Câmara tentou
ressaltar participação como militante do PSB
(Foto: Renan Holanda / G1)
Demonstrando certo nervosismo, Paulo Câmara tentou ressaltar, além da
experiência administrativa, sua participação como militante político do
PSB. O secretário estadual da Fazenda disse ter bom trânsito entre os
três poderes constituídos e revelou que a educação será a "prioridade
máxima e absoluta" do seu governo, caso eleito. "A gente vai ter uma
agenda de secretário e depois do carnaval vamos decidir da minha
continuidade ou não. Eu tenho que desincompatibilizar até 4 de abril,
mas vamos ver se é necessário sair antes ou não", explicou Câmara.ressaltar participação como militante do PSB
(Foto: Renan Holanda / G1)
Em vários momentos da solenidade, todos que ocuparam a bancada para discursar mencionaram a importância da participação do vice-governador João Lyra Neto, presente no evento, no processo de unificação da Frente Popular. Nos bastidores, comentava-se que ele teria ficado insatisfeito por não ter sido o indicado para disputar a sucessão ao governo.
O candidato da chapa ao Senado, Fernando Bezerra Coelho, que também havia colocado seu nome à disposição para ser lançado como candidato a governador, foi outro que evitou polemizar sobre a escolha de Paulo Câmara. Ele explicou que reavaliou sua posição e acabou aceitando o convite para disputar uma vaga no Senado.
Prefeitos de vários municípios do interior, deputados federais e estaduais, vereadores e dirigentes de pelo menos 12 partidos participaram do evento. São eles: PSDB, PPS, PDT, PCdoB, PSD, PMDB, PTN, PV, PTC, PR, PPL e PTN.
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