MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Impostos são 30% do preço do carro no Brasil, diz sindicato


Portal Terra
Impostos são responsáveis por um terço do preço de um automóvel no Brasil, de acordo com participantes da audiência pública realizada na terça-feira (25) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Segundo o secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), João Vicente da Sylva Cayres, a participação de tributos no preço dos carros no Brasil é de 30%. O peso da carga tributária é quase duas vezes maior do que em veículos vendidos na Alemanha, França Reino Unido e Espanha (17%). No Japão, impostos respondem por 9% do preço de um veículo, enquanto nos Estados Unidos essa participação é de 6%, segundo Cayres.
O sindicalista também disse que, no Brasil, o preço de um automóvel se divide da seguinte maneira: compra de materiais e componentes (50%), peças de reposição (12%), mão de obra (8%), despesas com vendas (4%), propaganda (3%), fretes (1,6%), água e energia elétrica (0,3%), além dos tributos (30%).
Lucro De acordo com o presidente da Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, somando os impostos indiretos, metade do valor do veículo seria referente aos custos de produção no Brasil. A outra metade diz respeito aos salários da cadeia produtiva e à margem de lucro das montadores.
“A margem de lucro praticada no Brasil é até menor que a margem mundial. Na média dos últimos nove anos, no Brasil tivemos uma lucratividade de 2,9% sobre o faturamento, enquanto internacionalmente essa margem é de 3,1%”, disse Moan.
O presidente da Federação Nacional da Distribuição de veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Antônio Meneghetti, disse que a tributação sobre o setor é o maior problema para a formação do preço final de um automóvel. Apesar da isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) promovida pelo governo federal entre maio de 2012 e dezembro de 2013, Meneghetti ressaltou a incidência de tributos como PIS/Confins e ICMS sobre os carros.
“O governo federal deixou de arrecadar R$ 5 bilhões de IPI, mas ganhou R$ 5,6 bilhões em PIS/Cofins, R$ 6 bilhões em ICMS e R$ 1,5 bilhão de IPVA. Saldo líquido: o Brasil arrecadou mais de R$ 8 bilhões nesses 19 meses”, afirmou. 

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