Três construtoras e quatro bancos estão sendo investigados.
Construção de mais de três mil casas no estado foi prejudicada.
Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera
A construção de mais de três mil casas do
programa Minha Casa Minha Vida foi prejudicada
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Quatro bancos e três construtoras foram denunciados à justiça por
supostas fraudes na construção de 3449 casas do programa Minha casa,
minha vida, do governo federal, distribuídas em 117 municípios do
Tocantins.
Por determinação da justiça federal as empresas Concrefort Construtora
Ltda, A Construtora Domínio Ltda, e Savana Construtora e Incorporadora
Ltda estão proibidas de receber verbas do Programa de Aceleração do
Crescimento 2 (PAC). A decisão ocorreu porque as três empresas não
finalizaram as obras das casas populares referentes ao PAC 1 mesmo tendo
recebido todo o dinheiro.
Segundo a procuradoria, responsável pelas investigações, o prejuízo
referente somente ao PAC 1 constatado até agora, foi de cerca de R$ 30
milhões. Além das obras não terem sido concluídas, o material usado não
era de qualidade.
Nesta sexta-feira (31), o Ministério Público Federal fez uma reunião
com os prefeitos para repassar orientações. "A obra está abandonada. E
do PAC 2 nós temos metade das unidades habitacionais em fase de
construção e as demais nem iniciadas foram", disse a prefeita de
Barrolândia Leila Rocha.
As empresas receberam todo o dinheiro do
programa do governo federal
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O que também chamou a atenção dos procuradores da república foi o fato
das três construtoras serem administradas por apenas duas pessoas:
Lindomar de Freitas Borges e o filho dele Lindomar de Freitas Borges
Júnior. "É bastante estranho que uma empresa só tenha assumido obras em
um estado que é bastante grande geograficamente com regiões tão díspares
em termos de população, densidade demográfica, na medida em que o
programa foi idealizado para que houvesse um fomento da economia local. O
que se esperava era que os beneficiários pudessem contratar pequenas
empresas locais para executar estas obras", disse a procuradora Renata
Ribeiro.
Por telefone, Lindomar de Freitas Borges não quis comentar as
denúncias. "No momento certo a imprensa será informada de todos os
fatos", disse ele. Novas ações vão ser propostas pelo Ministério Público
Federal assim que as investigações forem concluídas.
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