Cem pequenas vinícolas do estado fecharam as portas este ano.
Custo de produção estava mais caro do que o preço final do produto.
A cantina da família Andreazza também está desativada. Esse é o segundo ano em que as pipas de inox, compradas para melhorar a elaboração dos vinhos, estão paradas. O pavilhão virou depósito e o agricultor Santo Andreazza não pensa em retomar a produção tão cedo. Nos últimos anos ele pagava para vinificar. O custo de produção estava mais caro do que o preço final do vinho, vendido por R$ 0,70 o litro. “Muita tristeza. Mudamos todo o trabalho aqui e agora não conseguimos mais dar a volta”, diz.
Cerca de cem cantinas não produzirão vinho este ano no Rio Grande do Sul. Apenas em Flores da Cunha, onde fica a maioria das vinícolas familiares, 50 deixaram de processar a uva. Essa situação tem preocupado o setor vitivinícola.
O presidente da Comissão Interestadual da Uva explica que o problema se agrava com a concorrência dos vinhos importados, que competem em preço com os nacionais e com as altas taxas de impostos cobradas aos pequenos produtores. Está sendo estudada a criação de uma cooperativa para incentivar os produtores familiares. “Reunir os produtores, levar as informações e motivá-los para que se mude um pouco o foco da nossa atuação no sentido especifico das agroindústrias familiares”, diz Olir Schiavenin.
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