MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Bebê morre após negligência médica em maternidade, dizem familiares


Marido diz que mulher em trabalho de parto teve de esperar por atendimento.
Caso será investigado pela Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

Um bebê morreu na Maternidade Marlene Teixeira, na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, na segunda-feira (27), depois que a mãe, em trabalho de parto, teve que esperar por atendimento médico. Na opinião do marido da paciente houve negligência.
O pai da criança que morreu, Valdeci Francisco Pereira, registrou queixa na 2ª Delegacia Distrital de Aparecida de Goiânia, alegando que houve falta de atendimento. Ele contou que a mulher está muito abalada com a morte da filha. “Ela está clamando até agora pela filha dela lá... Cadê, cadê que ele tirou o nenê”, desespera-se.

“Todo dia você um descaso desses aqui... ninguém aguenta isso aqui mais não. Pelo amor de Deus, alguém nos ajude. Por que ninguém aguenta isso aqui mais não”, revolta-se Valdeci.
Segundo a família, a mãe da criança, que fez o pré-natal na unidade, vinha sentindo contrações há duas semanas. Nenhum médico chegou a indicar que o parto fosse feito.
“Ela já estava com dois centímetros de dilatação. Então provavelmente já estava perdendo líquido [amniótico] e os plantonistas não quiseram atendê-la”, denuncia a tia da criança, a autônoma Devanilda Pereira.
A última vez que a mãe do bebê esteve no hospital foi na manhã de segunda-feira (27), mas o médico pediu que ela voltasse depois do almoço. “Quando retornamos, eles foram fazer o exame de ultrassom e viram que não tinha mais como [salvar a criança], pois o bebê já estava praticamente morto. Por que não tinha líquido. Realmente já havia passado data de nascer”, relata Devanilda.
A diretora-geral da Maternidade Marlene Teixeira, Jéssica Paula Arantes do Nascimento, disse que vai pedir à Secretaria Municipal de Aparecida de Goiânia, que abra uma sindicância para avaliar como foi o atendimento do médico que fazia o pré-natal da mulher que perdeu o bebê.
Preocupação
Outras mulheres grávidas reclamaram do atendimento que recebem na Maternidade Marlene Teixeira. Elas contam que estão no prazo limite para terem os bebês, estão perdendo líquido amniótico e são mandadas para casa. A preocupação de todas é de que os fetos não resistam à longa espera.
A jovem Anny Cherry Santos voltou pela segunda vez para a maternidade, sentindo dores. Na opinião de Evanete Maria Dias, a sogra de Anny, o parto já deveria ter sido feito. “Desde quinta-feira, que ela estava sentindo dor e só tinha dois centímetros de dilatação. Eles já tinham que ter tomado alguma providência”, afirma. Evanete teme que passe da hora e aconteça algo ao bebê e até mesmo com a mãe da criança.

De acordo com a direção da maternidade, Anny Cherry foi atendida e o bebê nasceu por volta das 22h. A mãe está internada e o estado de saúde dela é regular.

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