Turistas podem praticar rafting e rapel em Jaciara.
Em Juscimeira, visitantes encontram fontes de águas termais.
Rafting em Jaciara é um dos atrativos do turismo de aventura na cidade (Foto: Ericksen Vital/G1)
As cachoeiras e corredeiras formadas pelos rios que passam em Jaciara, em Mato Grosso, tornam a cidade o destino ideal para os turistas que curtem esportes radicais durante as férias.Para chegar até Jaciara, o turista de fora do estado pode ter como referência inicial a capital Cuiabá. Da cidade, segue de carro 148 quilômetros pela estrada BR-364. A dica do G1 é tomar cuidado no trajeto, porque a rodovia é usada diariamente por centenas de caminhoneiros que escoam a safra agrícola do estado. Além disso, o viajante deve dar atenção especial ao trecho da chamada Serra de São Vicente, que está sendo duplicado pelo governo.
Depois da viagem de pouco mais de 2h, chega-se à pacata cidade de Jaciara, de 26 mil habitantes. Uma cidade que tem estrutura mediana de hotéis com preços relativamente acessíveis. A diária por pessoa custa em média R$ 60 e chega a R$ 100, no máximo. Em geral, os hotéis da região ficam responsáveis por organizar, com os grupos de guias turísticos, as atividades esportivas que serão desenvolvidas ao longo do dia.
Cachoeira da Fumaça, em Jaciara, tem queda de 30 metros de altura (Foto: Ericksen Vital/G1)
A queda d’água mais impressionante é a Cachoeira da Fumaça, que tem cerca de 30 metros de altura e um grande volume de água. De uma distância de mais de cem metros, já é possível ouvir o barulho imponente da cachoeira, que é localizada a 10 quilômetros do perímetro urbano de Jaciara. A cachoeira fica dentro de uma propriedade particular, que libera a visitação dos turistas desde que acompanhados por guias. Turistas podem descer cachoeira de rapel
(Foto: Ericksen Vital/G1)
Superar o medo(Foto: Ericksen Vital/G1)
Ao lado da Cachoeira da Fumaça fica outra queda d’água mais modesta em altura, de pouco mais de 20 metros, e com certeza também em vazão d’água. Ela faz parte do complexo da Fumaça e é considerada mais adequada para o turista praticar o rapel.
Em férias em Jaciara, um casal de turistas disse que ficou impressionado com a cachoeira e os recursos naturais da região. “A estrutura do turismo na região é relativamente boa, porém precisa evoluir um pouco. Mas, achei muito importante ver que todas essas belezas naturais ainda estão bem preservadas”, comentou a médica brasiliense Lislei Calixto de Araújo, 30.
Já o noivo Felipe Campos Gonzalves, 28, que é natural de Rondonópolis, cidade próxima a Jaciara, fez questão de destacar que o lugar pode se considerado “bem família”, porque a trilha para chegar até a cachoeira é “tranquila”. Os dois acharam bacana ver a pratica do rapel e do rafting, mas, desta vez, preferiram ficar namorando debaixo de uma árvore e contemplando a natureza.
SupervisãoSegundo o instrutor de esportes radicais Maurício Baleta, a descida usando cordas só deve ser feita com equipamentos adequados, como luvas, capacetes, mosquetões e cadeirinha (cinta que envolve a cintura), e de maneira supervisionada para evitar contratempos. “A segurança é primordial neste tipo de esporte”, afirmou.
Um grupo de jovens amigos da cidade decidiu topar o desafio e encarar um dia de aventura nas cachoeiras e pelas tortuosas corredeiras de Jaciara. Cada pessoa gasta R$ 65, em média, em cada uma das atividades. Eles receberam as instruções e, logo, a descida teve início.
Aos calouros, a dica do G1 é não olhar para baixo no começo, mas depois o ideal é se refrescar no meio do caminho e fazer uma descida suave, obedecendo as dicas do “professor” e só curtindo o visual exuberante da região.
Prova viva de que o esporte por ser feito por qualquer um é a técnica em enfermagem Leidiane Araújo, de 21 anos. Ela disse que, apesar de morar na cidade, nunca tinha tido coragem para fazer rapel. Porém, ela experimentou a aventura pela primeira vez e disse que não se arrependeu. “Foi muito legal, quero fazer de novo. Eu recomendo para todos os interessados”, contou a jovem. A descida, que dá direito a um gostoso banho de cachoeira no meio do percurso, dura em média uma hora.
Corredeiras são ideais para a prática do rafting
(Foto: Ericksen Vital/G1)
Corredeiras(Foto: Ericksen Vital/G1)
Em seguida, o turista pode ainda se aventurar pelas corredeiras do Rio Tenente Amaral que são divididas em cinco níveis de dificuldade. No entanto, segundo o instrutor Marcelo Barleta, a prática do rafting não apresenta nenhum perigo. Isso porque descida pelas corredeiras é toda coordenada por um profissional.
Assim como no rapel, primeiro o instrutor ensina aos turistas o que deve ser feito dentro dos botes, desde como se deve remar a até como agir em caso de o bote virar. A atividade que dura mais de duas horas também é feita com segurança usando coletes salva-vidas e capacetes.
A descida começa de maneira tranquila, mas logo em seguida a aventura melhora. Isso porque o Rio Tenente Amaral tem inúmeras pequenas quedas d’água que arrancam gritos de susto e euforia ao longo do trajeto. O preço é acessível: R$ 65 por pessoa. A dica do G1 é ir em grupos maiores e pedir desconto. Segundo os guias da região, crianças a partir dos 7 anos já podem participar da atividade.
Por fim, para quem ainda guardou um pouco de energia, o roteiro inclui uma caminhada de cerca de duas horas por trilhas para conhecer as pinturas rupestres da região.
A alta temporada em Jaciara, ideal para a prática de esportes radicais, vai de dezembro a fevereiro.
Em Jaciara e Juscimeira, hotéis são boas opções
para descanso (Foto: Ericksen Vital/G1)
Águas quentes de Juscimeirapara descanso (Foto: Ericksen Vital/G1)
Depois de tantas aventuras nos rios de Jaciara, o turista pode aproveitar para esticar o roteiro de viagem em mais 15 km pela BR-364 até a cidade de Juscimeira. O município localizado a 164 km da capital é o paraíso das águas quentes no estado por possuir a segunda maior estância hidrotermal do Centro-Oeste, com águas naturalmente aquecidas. Só perde para o complexo de termais entre as cidades de Caldas Novas e Rio Quente, localizado no estado de Goiás.
O público em geral é formado por pessoas que buscam descansar nas águas quentes da região, que, segundo os moradores locais, tem até poderes medicinais.
Segundo o secretário municipal de desenvolvimento econômico, Cássio Walnero Crepaldi, os turistas pagam em média na região R$ 20 pelo day use (dia de uso) e de R$ 80 a R$ 220 pela diária individual nas oito pousadas da região. Em geral, as pousadas contam com piscinas naturais com as mais diversas temperaturas. Na região, até mesmo nos chuveiros das casas a temperatura da água gira em torno de 32º. “Toda a cidade tem água quente. Dificilmente alguém tem chuveiro elétrico”, brincou.
Em Juscimeira, existem mais de 30 cachoeiras. No entanto, admitiu o secretário, são lugares localizados em geral em áreas particulares e que ainda não possuem a estrutura adequada para receber os turistas. Por isso, a maioria dos turistas opta foi ficar nas pousadas e depois seguir para os balneários de carro.
O atrativo turístico mais famoso da cidade é a Cachoeira do Prata. O complexo possui três belíssimas cachoeiras localizadas dentro de uma propriedade particular a cerca de 14 km da cidade. O acesso é por uma estrada de cascalho que deverá ser pavimentada em breve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário