MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ambulantes do carnaval aproveitam últimos momentos para vender mais


Barracas continuam montadas nas ruas do Circuito Dodô nesta madrugada.
Carnaval de Salvador começou na quinta e só termina após arrastão às 10h.

Tatiana Maria Dourado Do G1 BA

Maria Eliza, vendedora (Foto: Eduardo Freire/G1)Maria Eliza diz que vendas "não foi tão ruim assim"
(Foto: Eduardo Freire/G1)
As barraquinhas que estão erguidas há seis dias nas ruas da Barra começam a programar o desmonte para esta quarta-feira (22), dia de despedida do carnaval de Salvador. Há 15 anos figurinha da festa, Maria Eliza quer vender sanduíches por mais algumas horas. "A barraca só tiro às 6h. É uma trabalheira, nem me fale", diz ela, que tem 46 anos, e trabalha com o auxílio de sua filha, Jeane, 26 anos, e de uma funcionária.
Quem passa por lá encontra cachorro-quente, naturais montados na hora e hambúrgueres na chapa. "A gente revezou durante o carnaval, sempre fica alguém até de manhã para atender as pessoas. Aqui é trabalho para quem gosta", afirma. Para ela, o movimento este ano foi semelhante ao de 2010. "Vai sobrar bastante saco de pão. Não foi tão ruim não, mas poderia ser bem melhor", opina a micro-empresária, que viaja com a estrutura para cidades do interior à procura de eventos.
Jair, vendedor (Foto: Eduardo Freire/G1)Para o vendedor de drinks, "foi péssimo"
(Foto: Eduardo Freire/G1)
Se Maria Eliza não teve muito o que reclamar, Jair Oliveira, 32 anos, diz o contrário. "Foi péssimo. O pior carnaval de todos os tempos. A greve da Polícia Militar prejudicou muito", desabafa. Ele, que ocupa espaço na Barra há oito carnavais, vende drinks feitos a base de vodka, cachaça e wisky na concentração dos blocos.
Em anos "bons", Jair conta que esvazia cerca de 25 garrafas por dia. "Este ano vendi de duas a cinco garrafas por dia. Tive muito prejuízo! Vou ficar aqui até o arrastão [que está marcado para as 10h] para ver se consigo alguma coisa", lamenta.
O ambulante Val Freitas, 43 anos, optou por trabalhar apenas nestes últimos dois dias com seu carrinho de café. Nos anteriores, preferiu curtir como folião do bloco Pinel. "Carnaval é a melhor coisa do mundo. Só paro quando morrer", empolga-se. Val já conseguiu vender 50 cafezinhos desde a noite de terça-feira (21), cada um por R$ 1. "Só saiu daqui quando as dez garrafas acabarem, que totaliza R$ 120",  diz ele, que é desempregado, mas trabalha esporadicamente na função de servente.
Val de Freitas, vendedor (Foto: Eduardo Freire/G1)Val de Freitas vende cafezinho para folião e trabalhadores durante carnaval (Foto: Eduardo Freire/G1)

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