Estavam todos lá, ao lado de Lula lá. Na Suiça, na escolha do Brasil
como sede da Copa do Mundo de 2014, em 30 de outubro de 2007, lá estavam
treze governadores. Entre os quais José Serra, governador de São Paulo e
candidato à presidência em 2010. O evento não foi tema da campanha.
Também lá estavam Eduardo Campos, governador de Pernambuco. E Aécio
Neves, governador de Minas Gerais. Todos estavam lá. Todos vibraram.
Todos comemoraram. Todos concordaram.
Não há como ser contra uma Copa do Mundo do Brasil, em termos
eleitorais. Se posicionar contra o futebol é a morte política. Os
governadores estavam certos em estar lá. Com Lula. Todos abraçados com
Lula. O lance do ex-presidente era exatamente chegar em 2014, ano de
eleição, com um evento magnífico e ele retornando. O câncer e os
escândalos impediram a sua candidatura. A crise econômica pode melar o
sucesso da Copa. Os protestos de rua podem fazer a imagem de Dilma
desabar. A Copa, que seria consagração, virou risco.
Os jornais noticiam que o Governo Federal vai iniciar intensa e pesada
campanha para defender a Copa. Prepare-se, oposição. Eles não terão o
mínimo escrúpulo em colocar a culpa de qualquer fracasso na política e
nos interesses eleitorais. Vão querer debitar qualquer derrota nas
costas dos adversários. É o que eles fazem o tempo todo, taxando a
oposição de turma do contra. Ao que parece, a oposição ainda não sabe
qual discurso utilizar. É simples.
Quem esteve lá batendo palmas não pode ser contra a Copa do Mundo.
Aliás, ser contra é uma imbecilidade, pois o evento vai ocorrer de
qualquer maneira. Que cada governador de oposição faça um balanço
imediato das obras da Copa no seu estado. E que o estado cumpra a sua
parte, denunciando claramente se o governo federal não estiver cumprindo
a sua. Mesmo com todos os problemas enfrentados pela incompetência
petista, o mineiro, o paranaense e o paulista precisam mostrar uma
grande Copa ao mundo.
Cada governador deve mobilizar o seu estado com uma campanha séria. Como
Minas, São Paulo e Paraná estão se preparando para a Copa? Envolvam as
"comunidades". Motoristas de taxi. Hotéis. Restaurantes. Shoppings
centers. Escolas. Criem estratégias locais. Usem e abusem do
voluntariado. Não esqueçam que todos os estudantes estarão em férias.
Eles são uma mão-de-obra fantástica. Não esperem pela Fifa, pelo
Ministério dos Esportes, pela Embratur. Senhores governadores, liderem a
Copa na sua capital e no seu estado.
Sobre a polícia, o melhor caminho é mostrar como ela age em outros
países democráticos. Tragam a NYPD para palestras. Definam as regras e
as comuniquem desde já. Não aceitem máscaras. Não aceitem gangs
uniformizadas. Não aceitem mochilas em manifestações. Criem regras.
Façam palestras nas escolas. Criem uma Bolsa Copa para estudantes e
aposentados irem para a rua receber bem o visitante. Criem uma
identidade local. Façam marketing. Sejam duros, extremamente duros
contra a bagunça. Sejam gentis, extremamente gentis com os torcedores e
turistas.
Mãos à obra, governadores. Vai ter Copa sim. E a culpa dos problemas não
pode ser da oposição, como o governo começará a vender na sua grande
campanha de comunicação, agora sob nova direção.
BLOG DO CORONEL
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