Rio - O engajamento do compositor Chico Buarque de Hollanda na campanha do candidato do PSOL à Prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, não vai se limitar à participação em programas eleitorais para a TV e a Internet.
Nesta sexta, depois de quase duas horas de gravações em seu apartamento no Alto Leblon, o artista fez um pedido singelo ao político: queria levar centenas de "santinhos" para distribuir a amigos e vizinhos do campo do Polytheama, seu time de peladas no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste - região dominada por grupos de milicianos.
Chico recebeu Freixo e sua comitiva lamentando os apoios manifestados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o arquiteto Oscar Niemeyer, seus amigos pessoais, ao prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato apontado pelas pesquisas como favorito e que busca a reeleição.
Preferiu não se aprofundar no assunto e logo perguntou para a equipe de produção como poderia ajudar. Ao saber que deveria gravar vídeos curtos para TV e longos para a Internet com declarações de apoio a Freixo, o compositor manifestou sua tradicional timidez. "Acho que prefiro cantar o jingle de campanha a falar para TV", disse.
Chico passou cerca de 30 minutos aprendendo o refrão da música de campanha de Freixo. Coube à jornalista Renata Stuart, mulher do candidato, ajudar nos ensaios. Com uma bela vista do Morro Dois Irmãos ao fundo, Chico gravou rapidamente três versões diferentes para o tema.
Nas gravações dos depoimentos, acompanhadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o compositor afirmou que uma eventual vitória de Freixo seria "um sonho". "Mas um sonho possível", ressaltou. Ele ainda revelou que há muito tempo não se empolgava tanto com uma campanha política.
O apoio de artistas à campanha foi um dos temas principais da conversa entre Freixo e Chico. O candidato está preocupado que seus adversários tentem colar uma imagem de "chapa de artistas".
"Trabalhei a vida inteira em favelas e presídios, e agora tentam atribuir essa pecha em mim", lamentou Freixo. Além de Chico, os também compositores Caetano Veloso e Ivan Lins, o ator Wagner Moura, entre outros artistas já gravaram vídeos para o candidato.
Com aliança formal apenas com o nanico PCB, Freixo vem buscando apoio da sociedade civil, aproximando-se de movimentos sociais, entidades de representação de trabalhadores e, claro, artistas. Seu tempo de TV está limitado a cerca de um minuto e meio, enquanto Paes, coligado a 19 partidos, terá cerca de 16 minutos na TV.
"Nunca fui petista"
Após as gravações, Chico fez questão de dizer que jamais foi petista. Disse que já votou várias vezes no partido, mas que nunca foi filiado. Ele queixou-se de ser sempre classificado como integrante do partido e fez uma comparação com o período da ditadura militar.
"Naquela época, diziam que eu era comunista. Nunca fui, mas colou. Hoje é a mesma coisa com o PT. Vivem me chamando por aí de 'petista histórico'. Nunca tive filiação política alguma", afirmou o compositor.
"Meu pai (o historiador Sérgio Buarque de Hollanda) foi fundador do partido, minha mãe (Maria Amélia Buarque de Hollanda) sempre votou no PT, mas eu nunca fui filiado. E até já briguei com o partido. Em 1985, apoiei o Fernando Henrique Cardoso contra o Eduardo Suplicy para evitar a eleição do Jânio Quadros (à Prefeitura de São Paulo). Fui para o PSDB contra o PT (risos)".
Nesta sexta, depois de quase duas horas de gravações em seu apartamento no Alto Leblon, o artista fez um pedido singelo ao político: queria levar centenas de "santinhos" para distribuir a amigos e vizinhos do campo do Polytheama, seu time de peladas no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste - região dominada por grupos de milicianos.
Chico recebeu Freixo e sua comitiva lamentando os apoios manifestados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o arquiteto Oscar Niemeyer, seus amigos pessoais, ao prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato apontado pelas pesquisas como favorito e que busca a reeleição.
Preferiu não se aprofundar no assunto e logo perguntou para a equipe de produção como poderia ajudar. Ao saber que deveria gravar vídeos curtos para TV e longos para a Internet com declarações de apoio a Freixo, o compositor manifestou sua tradicional timidez. "Acho que prefiro cantar o jingle de campanha a falar para TV", disse.
Chico passou cerca de 30 minutos aprendendo o refrão da música de campanha de Freixo. Coube à jornalista Renata Stuart, mulher do candidato, ajudar nos ensaios. Com uma bela vista do Morro Dois Irmãos ao fundo, Chico gravou rapidamente três versões diferentes para o tema.
Nas gravações dos depoimentos, acompanhadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o compositor afirmou que uma eventual vitória de Freixo seria "um sonho". "Mas um sonho possível", ressaltou. Ele ainda revelou que há muito tempo não se empolgava tanto com uma campanha política.
O apoio de artistas à campanha foi um dos temas principais da conversa entre Freixo e Chico. O candidato está preocupado que seus adversários tentem colar uma imagem de "chapa de artistas".
"Trabalhei a vida inteira em favelas e presídios, e agora tentam atribuir essa pecha em mim", lamentou Freixo. Além de Chico, os também compositores Caetano Veloso e Ivan Lins, o ator Wagner Moura, entre outros artistas já gravaram vídeos para o candidato.
Com aliança formal apenas com o nanico PCB, Freixo vem buscando apoio da sociedade civil, aproximando-se de movimentos sociais, entidades de representação de trabalhadores e, claro, artistas. Seu tempo de TV está limitado a cerca de um minuto e meio, enquanto Paes, coligado a 19 partidos, terá cerca de 16 minutos na TV.
"Nunca fui petista"
Após as gravações, Chico fez questão de dizer que jamais foi petista. Disse que já votou várias vezes no partido, mas que nunca foi filiado. Ele queixou-se de ser sempre classificado como integrante do partido e fez uma comparação com o período da ditadura militar.
"Naquela época, diziam que eu era comunista. Nunca fui, mas colou. Hoje é a mesma coisa com o PT. Vivem me chamando por aí de 'petista histórico'. Nunca tive filiação política alguma", afirmou o compositor.
"Meu pai (o historiador Sérgio Buarque de Hollanda) foi fundador do partido, minha mãe (Maria Amélia Buarque de Hollanda) sempre votou no PT, mas eu nunca fui filiado. E até já briguei com o partido. Em 1985, apoiei o Fernando Henrique Cardoso contra o Eduardo Suplicy para evitar a eleição do Jânio Quadros (à Prefeitura de São Paulo). Fui para o PSDB contra o PT (risos)".
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