MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Alta dos preços dos alimentos preocupa, alerta Banco Mundial


Bird afirmou estar pronto a ajudar governos sobre ampla alta de preços.
Elevação não pode prejudicar mais pobres e vulneráveis, disse Yong Kim.

Da Reuters

Homem coloca tâmaras frescas em cestas para secar em uma fazenda durante a colheita no Paquistão nesta segunda-feira (30) (Foto: Reuters)Homem coloca tâmaras frescas em cestas para
secar em uma fazenda durante a colheita no
Paquistão nesta segunda-feira (30) (Foto: Reuters)
O Banco Mundial disse nesta segunda-feira (30) que está pronto para ajudar governos a responder a uma ampla escalada de preços de grãos que novamente coloca as pessoas mais pobres do mundo em risco e que poderia ter impactos negativos prolongados por anos.
"Não podemos permitir que as altas nos preços dos alimentos a curto prazo causem consequências ruins de longo prazo para os mais pobres e vulneráveis do mundo", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em nota.
"O Banco Mundial e nossos parceiros estão monitorando esta situação de perto para podermos ajudar governo a colocar em prática políticas que ajudem as pessoas a lidar com isso", disse Kim, um especialista em saúde pública que encara seu maior desafio nos dois meses em que está no cardo.
A seca severa no Meio-Oeste dos EUA tem cortado drasticamente a produtividade das lavouras, lembrando o ano de 2008, quando uma grande alta nos preços dos alimentos causou protestos em alguns países e levantou questionamentos sobre o uso de grãos para a produção de biocombustíveis.
Os preços do trigo subiram mais de 50% e os preços do milho mais de 45% desde meados de junho, com a seca na Rússia, Ucrânia e Cazaquistão, o clima excessivamente úmido na Europa e um início das chuvas de monção na Índia abaixo da média somando-se às preocupações com a produção global de grãos.
Os preços da soja, essencial para alimentação e para a ração animal, também subiram quase 30% nos últimos dois meses e quase 60% desde o fim do ano passado.
"Quando os preços dos alimentos sobem, famílias reagem tirando as crianças da escola e comendo comidas mais baratas e menos nutritivas, o que pode ter efeitos catastróficos que duram a vida inteira no bem-estar social, físico e mental de milhões de jovens", disse Kim.
Kim disse que o banco tem uma série de programas para ajudar governos caso a situação se agrave.
Esses programas incluem aconselhamento em políticas, investimentos em agricultura e áreas relacionada, financiamentos rápidos, produtos de gerenciamento de risco e trabalho em conjunto com a ONU e grupos voluntários privados para ajudar governos a dar respostas mais bem informadas para as altas global dos preços dos alimentos.
Autoridades do Banco Mundial salientaram que não existem indicações, baseadas nas projeções de colheitas, de que haja nenhuma grande escassez de grãos resultantes das safras reduzidas este ano.
Além disso, os preços mais baixos para petróleo, fertilizantes e frete marítimos do que em 2008 vão diminuir o custo de importação de alimentos e do plantio da safra do próximo ano, disse o banco.
No entanto, Marc Sadler, chefe da divisão de gerenciamento de risco agrícola no Banco Mundial, disse que a situação está também "mais complicada" do que em 2008, quando os preços do arroz e do trigo subiram muito e depois caíram drasticamente no ano seguinte quando o plantio aumentou.

"A diferença agora é, se você olha além da fronteira, todos os preços estão em alta", tornando mais difícil para os produtores decidirem como alocar suas áreas disponíveis, disse Sadler

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