Michele Maximino atribui a preconceito mudança de Quipapá para o Recife.
Pernambucana já doou 417 litros para maternidades do Estado.
Mulher,
marido e dois filhos moravam no Agreste, mas se muderam para o Recife
após doadora começar a sofrer com preconceito (Foto: Ederval Trajano /
Acervo pessoal)"Recebi o apoio de muitas entidades, gente nos Estados Unidos mandando mensagem de incentivo, para que eu continuasse doando, mas mesmo assim não podia sair na rua sem escutar risinhos. Estava difícil viver lá, então vim para o Recife, onde tenho a minha família por perto e acho que tudo vai ser melhor", disse Michele, que está atualmente morando na casa de sua mãe, na Várzea.
Pouco depois do nascimento da filha, produção deMichele era mais intensa (Foto: Ederval Trajano
/ Acervo pessoal)
Michele afirmou que passou dias sem conseguir dormir por conta da piada e pela maneira que estava sendo tratada na rua, o que prejudicou a sua saúde e o volume das doações de leite. "Mas agora estou feliz, tenho certeza que as pessoas aqui entenderão e não vão ficar apontando e coisas do tipo. Além disso, fica mais fácil para fazer doações", disse Michele.
Nesta segunda-feira (3), ela fez uma doação de 4,1 litros ao banco de leite da Maternidade Bandeira Filho, em Afogados, Zona Norte da cidade. Michele afirma que irá doar até que sua filha, que está com um ano e seis meses, pare de amamentar. Um dos seios já secou, mas o outro continua produzindo leite.
O casal ainda não começou a procurar por uma casa na cidade, mas afirma que a família deve continuar na Várzea, pois Ederval, que era professor concursado em Quipapá, deve conseguir, em breve, a transferência para uma escola do bairro.
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