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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

'Maior líder comunista', diz historiador sobre Prestes, tema de samba-enredo


Gaúcho será homenageado pela Imperatriz Dona Leopoldina no carnaval.

Do G1 RS


Imperatriz Dona Leopoldina vai homenagear Luís Carlos Prestes (Foto: Reprodução/RBS TV)Imperatriz Dona Leopoldina vai homenagear Luís Carlos Prestes (Foto: Reprodução/RBS TV)
Nos anos 20, um gaúcho liderou uma das maiores marchas revolucionárias da história do Brasil. A Coluna Prestes, movimento que lutava contra a República Velha, foi um marco para o país. Partindo de Santo Ângelo, na Região das Missões, Luís Carlos Prestes percorreu 25 mil quilômetros pelo interior do país. O cavaleiro da esperança, como ficou conhecido, será homenageado durante o carnaval de Porto Alegre pela Imperatriz Dona Leopoldina, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço da RBS TV.

Com o samba-enredo “A Marcha da Imperatriz Prestes a Encontrar Luís”, a escola quer falar em justiça social.  “Luís Carlos Prestes foi capaz de se transformar em um dos mais importantes líderes de um movimento chamado Tenentista”, define o professor de história, Fabio Cattani.
“A Coluna Prestes foi inaugurada em 1924 e foi o resultado de uma mobilização de um grupo de jovens oficiais das patentes médias do exército brasileiro, indignados e insatisfeitos com o que se tinha na República Velha, chamado de Coronelismo, que era o poder dos latifundiários que manipulavam os votos e transformavam o estado brasileiro em uma extensão dos seus interesses sociais e políticos”, explica o docente. “Prestes foi o maior líder comunista da história”, destaca.
O samba-enredo ainda faz uma menção às demais manifestações de rua que ocorreram após o movimento de Prestes, inclusive a onda de protestos que se espalhou pelo Brasil em meados do ano passado.
“Um pouco do que o Prestes queria era isso. Que as pessoas fossem para a rua para ter uma vida melhor, para exercer melhor a sua cidadania”, comenta o mestre-sala da agremiação, Marcelinho. “Este tema tem muito a ver com o que é a nossa comunidade”, opina. “Uma comunidade lutadora, batalhadora, complementa a porta-bandeira Giza.
A Imperatriz Dona Leopoldina é a segunda escola a passar pelo Porto Seco na segunda noite de desfiles, dia 1º de março. De acordo com a comissão de carnaval, a escola terá quatro carros alegóricos, 16 alas e deve contar com a participação de cerca de 1,8 mil pessoas.
“Cada carro conta uma parte dessa trajetória. São 90 anos da Coluna Prestes. É uma homenagem a ele trazendo as revoluções, essas manifestações que foram feitas a partir daí até hoje em dia”, descreve o integrante da comissão de carnaval da agremiação, Valquir Figueiredo.
A Imperatriz Dona Leopoldina foi fundada em janeiro de 1981e recebeu o nome em homenagem à Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro. Suas cores são o laranja, o preto e o branco e seu símbolo é uma coroa ornada com louros da vitória.

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