por
Pedro Oliveira - Da Sucursal Regional do Sisal em Coité
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
As terras da maior mina de diamantes do mundo, no município de Nordestina, na Bahia, são ricas, também, na produção de ouro
As terras da maior mina de diamantes do mundo, no município de
Nordestina, na Bahia, são ricas, também, na produção de ouro. A fazenda
Baixinha, a 23 quilômetros da sede do município, vem se transformando em
uma mini Serra Pelada. Nessa região, existem cerca de 4 mil garimpeiros
trabalhando em jazidas a céu aberto e subterrâneas. O garimpo
localizado em uma área de trabalhadores sem terras, conta com inúmeros
motores equipados com moinhos para a trituração de pedra e cascalho na
busca pelo ouro.
O jacobinense Genésio Balor, que há nove anos trabalha
em garimpos, disse que a maior quantidade de ouro conseguida em um dia
de trabalho foram 22 gramas. “Durante toda a manhã desta quinta-feira
(30/1), só consegui nove décimos de grama de ouro. Trabalho em mina aqui
porque não tenho outra opção de ganhar dinheiro para sustentar a
família. O grama de ouro custa R$ 70 e o máximo que já consegui obter em
uma semana de trabalho foram 50 gramas, e isso ocorre quando damos
sorte com material retirado do subsolo”, explica.
Balor disse que são vários pais de família
que dependem do ouro da Fazenda Baixinha para sobreviver e explica que
em Jacobina, o material adquirido (cascalho) depois de utilizado não tem
repasse, o que não ocorre em Nordestina. “Aqui, na Baixinha, o material
para ser triturado no moinho é adquirido e depois do trabalho de
trituração e seleção a caçamba de cascalho é revendida, custando de R$
500 a R$ 600. Mas nós não sabemos a quantidade de ouro que fica no
resíduo e muito menos o produto usado por outros garimpeiros no
rebeneficiamento do material”, explica Genésio Balor. Ele acredita que
em muitos casos quem compra a caçamba de material triturado termina
encontrando mais ouro do que eles.
Garimpeiros negam prejuízos ambientais
Em relação a prejuízos que os garimpos trariam para
a natureza, como muitas pessoas reclamam, Genésio Balor nega que isso
seja verdadeiro. “Algumas pessoas dizem que nós, garimpeiros, somos
destruidores da natureza, como se quiséssemos acabar com a terra e a
natureza, o que não é verdade. Nós não acabamos com nada, fazemos nosso trabalho preservando tudo. Veja as barragens de capacitação
de repasse do material, como elas são bem feitas, para que os resíduos
não corram para o leito do rio e muito menos cheguem às suas margens.
Tudo aqui é preservado” explica.
O garimpeiro Nélio Ferreira do município de Araci, disse que trabalha no garimpo há um ano e chega a conseguir de 3 a 20 gramas de ouro/dia. “Moramos aqui em barracos de taipa, sem as mínimas condições de infraestrutura” relata, informando que 10% da produção são repassadas para uma associação de sem-terra que é a detentora da área. As escavações no local são feitas por mãos de homens e através de máquinas com a utilização de compressor com rompedor. Já Manoel Costa, que veio de Caem, informou que a maior quantidade de ouro retirado em um dia de trabalho foram 50 gramas.
As pessoas que trabalham nas minas subterrâneas na Fazenda Baixinha usam capacete, bota, cinto de segurança, máscara e recebem o ar através de uma mangueira. Eles garantem que nenhum garimpeiro usa produtos químicos e fizeram questão que a reportagem do Diário do Sisal e Tribuna da Bahia vissem como é feito o trabalho de moagem do cascalho e pedras pelas maquinas que ficam a aproximadamente 150 metros do leito do Rio Itapicuru, sem que a natureza nesta área seja prejudicada.
Garimpeiros negam prejuízos ambientais
O garimpeiro Nélio Ferreira do município de Araci, disse que trabalha no garimpo há um ano e chega a conseguir de 3 a 20 gramas de ouro/dia. “Moramos aqui em barracos de taipa, sem as mínimas condições de infraestrutura” relata, informando que 10% da produção são repassadas para uma associação de sem-terra que é a detentora da área. As escavações no local são feitas por mãos de homens e através de máquinas com a utilização de compressor com rompedor. Já Manoel Costa, que veio de Caem, informou que a maior quantidade de ouro retirado em um dia de trabalho foram 50 gramas.
As pessoas que trabalham nas minas subterrâneas na Fazenda Baixinha usam capacete, bota, cinto de segurança, máscara e recebem o ar através de uma mangueira. Eles garantem que nenhum garimpeiro usa produtos químicos e fizeram questão que a reportagem do Diário do Sisal e Tribuna da Bahia vissem como é feito o trabalho de moagem do cascalho e pedras pelas maquinas que ficam a aproximadamente 150 metros do leito do Rio Itapicuru, sem que a natureza nesta área seja prejudicada.
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