Praias de Varosha, no Chipre, foram frequentadas por Elizabeth Taylor.
Local está vazio desde 1974, quando a Turquia invadiu o país.
Hotéis
desertos são vistos dentro de área cercada pelo exército turco na
cidade de Varosha, no Chipre (Foto: AP Photo/Petros Karadjias)Mas a cena sombria pode representar uma rara oportunidade. O professor de arquitetura do Massachusetts Institute of Technology (MIT) Jan Wampler o considera como o maior desafio de sua carreira: ele e um time de arquitetos, urbanistas, líderes empresariais e ativistas pela paz esperam reconstruir uma cidade inteira para corrigir os erros do passados e criar um habitat sustentável e ecológico.
A base do projeto - ideia da americana grego-cipriota Vasia Markides - tem o objetivo de transformar a cidade fantasma em uma eco-cidade modelo, preservar as características locais e gerar receita para o país afundado em dívidas.
Em foto de 2003, um turista lê um livro em frente aum hotel destruído em Varosha (Foto: AP Photo/
Petros Karadjias)
Mas a tarefa pode não ser tão fácil. A política complexa do Chipre continua sendo o principal obstáculo que impede um acordo para reunificar o norte turco com o sul grego. Para que o projeto saia do papel, essa questão precisa ser resolvida, se acordo com Alexis Galanos, prefeito da cidade de Famagusta, que hoje incorpora Varosha.
Com conversas de paz suspensas, o projeto corre o risco de ser apenas um exercício acadêmico.
Areia branca e águas azuis
Situada na costa leste da ilha, Varosha era famosa por suas praias de areia branca e águas mornas e azuis. Os edifícios estão a apenas a algumas centenas de metros do vilarejo de Deryneia, mas são separados do local por uma faixa de terra controlada pela ONU que se estende por todo o comprimento do país.
Diferentemente de outras áreas do norte, em que os turcos se instalaram, Varosha permaneceu vazia, no que os gregos interpretam como uma estratégia para aumentar o poder de negociação dos turcos em manobras futuras.
“Queremos um conjunto de regras que qualquer um responsável por reprojetar a cidade deverá seguir para se certificar de que vamos fazer do jeito certo dessa vez”, disse Vasia, a idealizadora do projeto. “Precisamos trazer tecnologias alternativas para cá. Por que não nos anteciparmos?”
A cineasta diz que herdou sua “obsessão” por Varosha de sua mãe Emily, nativa da cidade, que implantou a ideia na mente de sua filha há dez anos. Atualmente, Vasia está produzindo um segundo documentário sobre Varosha para arrecadar fundos para o eco-projeto.
Casal caminha pela praia deserta em Varosha em 17 de janeiro (Foto: AP Photo/Petros Karadjias)
Em foto de 2003, garoto grego-cipriota posa em frente à cerca que
separa área abandonada de Varosha (Foto: AP Photo/Petros Karadjias)
Hotéis desertos de Varosha são vistos à distância, em foto de janeiro (Foto: AP Photo/Petros Karadjias)
Nenhum comentário:
Postar um comentário