Em Goiás, criadores de gado iniciam o confinamento do rebanho

Eles precisam decidir qual o melhor método para alimentar o gado.
Confinamento e semiconfinamento são usados em período de seca.

Do Globo Rural

Na fazenda Pai Joaquim, em São Luiz de Montes Belos, oeste de Goiás, o trator passa e enche o cocho de ração a base de um composto com farelo de soja, milho, sais minerais e silagem.
O dono do confinamento é o pecuarista Oscar Ferreira, que engorda a própria boiada e também presta serviço a outros criadores que pagam pela hospedagem dos animais. Ele cobra uma diária de R$ 5,80 por animal.
O tratamento é de primeira e a comida é servida cinco vezes por dia. Neste sistema, cada boi fica em média 85 dias e consome diariamente 18 quilos de ração. Quando for para o frigorífico, eles devem estar pesando, em média, seis arrobas a mais.
Este é um negócio que tem que ter os custos bem controlados, por isso, Oscar anda sempre com uma calculadora na mão para saber, por exemplo, quanto um boi come.
O lucro é duas arrobas por animal, mesmo com o valor baixo do mercado, garante Oscar.
Outro sistema de engorda de bois na entressafra é o semiconfinamento. O pecuarista Edson Batista de Lacerda todo ano engorda bois suplementando a alimentação.
O horário de tratar o gado é entre 8h e 9h. Quando os animais chegam ao semiconfinamento, recebem dois quilos de ração, valor que vai sendo aumentado gradativamente até chegar a cinco quilos por dia no final da engorda.
Para o sistema funcionar bem, a propriedade foi dividida em piquetes de 20 hectares e a ração concentrada é servida em cochos. Logo depois que come, o gado fica no pasto.
Com o semiconfinamento, em uma área onde criava 30 cabeças, o pecuarista coloca agora 40
sem castigar a pastagem.
No semiconfinamento cada boi ganha, em dois meses, quatro arrobas. Pelas contas de Edson no final, tirando as despesas, ele ainda tem um lucro de duas arrobas por animal. “A vantagem em relação ao sistema convencional é que você aproveita seu pasto para engordar os animais”, diz.