Em São Paulo, uma pequena empresa desenvolveu a tecnologia.
1 ano após entrar em operação, sistema tem 230 taxistas e 2 mil clientes.
São Paulo, mais de 11 milhões de habitantes, trânsito complicado, sistema de transporte deficiente. Qualquer negócio que facilite a mobilidade das pessoas tem tudo para dar certo. Foi o que fez o empresário Nathan Ribeiro. Ele enxergou a oportunidade e lançou um sistema que localiza, por satélite, taxistas mais próximos de onde está o passageiro.
“Cada táxi tem um aparelho que é rastreado por GPS e esse aparelho comunica a cada 30 segundos as coordenadas do táxi. No momento em que a solicitação de corrida acontece, o sistema rastreia o táxi livre que seja mais próximo do cliente, em um raio de sete quilômetros, e envia para ele um convite para realizar a corrida. O taxista aceitando, a corrida é realizada”, diz o empresário.
Na prática, funciona assim: o cliente entra na internet pelo computador ou celular, solicita uma corrida de táxi, e pode até escolher como quer o serviço.
“Além de informar o endereço onde está localizado, ele pode fornecer preferências com relação ao taxista e ao táxi, por exemplo, (...) um taxista que seja fluente em inglês e que também pague com um determinado cartão de credito”, explica.
Feita a solicitação, o sistema começa a operar. Em segundos, faz a busca, e localiza o táxi mais próximo que atende às exigências do passageiro. O taxista aceita o pedido - e o sistema envia a confirmação. Para passageiros, não existe nenhum pagamento extra, basta fazer o cadastramento pelo site.
A empresa ganha dinheiro cobrando comissão do taxista: R$ 4 por corrida. E também oferece a facilidade de receber o pagamento do passageiro por voucher. Para o empresário, a grande vantagem é que o sistema dispensa central de atendimento, e reduz custos.
“O nosso sistema tem a vantagem de eliminar o intermediário entre o passageiro e o taxista, o computador ele faz essa parte. E a outra vantagem que nós temos é que nós não somos rádio, nós usarmos uma tecnologia bem mais moderna por GPS, aparelhos celulares e internet”, afirma.
Ele investiu R$ 20 mil para montar o escritório, em 2009. Pesquisou o mercado e fez um plano de negócios com base na mobilidade das pessoas nas grandes cidades. Para desenvolver o sistema de localização de táxis, demorou três anos e o investimento foi alto: R$ 1,5 milhão.
“Esse dinheiro foi gasto em desenho de sistema, vamos dizer, a arquitetura de todo o sistema, em pesquisa de tecnologia, que entram varias questões ligadas a performance, a você fazer essas tecnologias conversarem entre elas. E o desenvolvimento em si, o código, a programação, que também exige profissionais especializados”, revela.
Um ano depois de entrar em operação, o sistema tem 230 taxistas e 2 mil clientes cadastrados. O taxista Bruno Rodrigues entrou para a rede em novembro de 2011. Desde então, recebe 20% a mais de chamadas.
O sistema funciona com um aparelho, que é um celular com acesso a GPS e a internet. Traça a rota e envia para o cliente a previsão do tempo de chegada.
“Ele está sempre por perto. Você pode fazer o agendamento super rápido e, como eles pegam sempre os pontos bem próximos de você, eles têm a melhor velocidade assim, que hoje em dia em São Paulo isso é super importante”, diz Bruna Lousada, que usa o sistema.
A empresa espera fechar o ano de 2012 com 20 mil corridas realizadas e um faturamento de R$ 430 mil. O grande mérito do sistema é que ele aproxima quem procura e quem oferece serviços. Em dois anos, a previsão é estar em todas as capitais brasileiras que sediarão os jogos da copa do mundo. Para o empresário, o mercado é muito mais amplo.
“Nós iniciamos com o táxi, porém existem outros serviços onde é muito importante a proximidade do demandador com o provedor do serviço, exemplo, serviços de moto boy, serviços de guincho, serviços de manutenção de elevador, encanadores etc. Nesse mercado nós esperamos crescer bastante”, afirma.
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