MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Problema com transporte quebra tradição dos 'Encourados de Pedrão'


Caminhão que iria transportar vaqueiros e cavalos não compareceu.
Eles integram festa cívica desde 1826 para lembrar luta de antepassados.

Do G1 BA

Encourados (Foto: Imagem/TV Subaé)Vaqueiros saem da cidade de Pedrão até Salvador
(Foto: Imagem/TV Subaé)
Pela primeira vez em 186 anos de tradição, o grupo de vaqueiros "Encourados de Pedrão" deixa de participar do cortejo cívico em comemoração à Independência do Brasil na Bahia, que ocorre nesta segunda-feira (2), em Salvador. Os vaqueiros são da cidade de Pedrão, distante cerca de duas horas da capital, e tradicionalmente desfilam à frente dos carros do caboclo e da cabocla, em cavalos, desde 1826.
Segundo Anderson dos Santos Maia, presidente da Associação dos Encourados, a ausência foi provocada porque o caminhão contratado para deslocar o grupo até Salvador não compareceu. A espera durou cerca de quatro horas, das 3h às 7h, quando os vaqueiros decidiram desistir.
"Eram cerca de 40 pessoas. Tentei entrar em contato com a empresa e, quando o caminhão chegou, o motorista disse que foi informado da viagem às 4h15, sendo que o horário marcado era às 3h. A gente sabia que não iria dar mais tempo", afirmou. O cortejo cívico foi adiantado mais de uma hora em Salvador, deixando o Largo da Lapinha, onde ocorreu a abertura, por volta das 8h.
Além do prejuízo histórico, Anderson Maia estima que pelo menos R$ 8 mil investidos no desfile se perderam com o ocorrido. "Nós nunca faltamos. Os encourados participaram da luta na Bahia. Eu aprendi a gostar com os mais velhos, os nossos antepassados, e pretendo passar para os novos. Mas o governo também não faz questão, pouco caso, não faz questão da nossa presença", afirma sobre a falta de apoio. Os encourados enfrentam anualmente ainda a posição dos movimentos ambientais que terem impedir a participação dos cavalos na festa cívica. "O grupo iria de qualquer jeito. Eles têm que olhar para os animais da periferia, que andam com peso e são descuidados", diz sobre o caso.

CortejoA solenidade de hasteamento das bandeiras, que marca o início do desfile cívico do 2 de Julho, dia da independência do Brasil na Bahia, foi realizada por volta das 8h desta segunda-feira, mais de uma hora antes do previsto na programação oficial. O ato aconteceu no Largo da Lapinha, em Salvador, e foi acompanhado pela população e diversos grupos de manifestantes - entre eles, professores em greve. Por volta das 6h, uma alvorada de fogos iniciou a programação festiva.
Entre autoridades políticas, estiveram presentes o governador Jaques Wagner, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcelo Nilo, e a presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), Consuelo Pondé, a única que fez discurso. "Esta data lembra aqueles que dedicaram as suas vidas pela consolidação da independência do Brasil", afirmou. João Henrique, prefeito de Salvador, não participou da abertura da festa cívica, considerada a mais importante na história da Bahia. O cortejo que leva o caboclo e a cabloca deixou o local por volta das 8h30, acompanhado pelo "Hino ao 2 de Julho", executado pela banda da Marinha.
De lá, o desfile segue pelos bairros da Soledade, 2 de Julho, até a Praça Municipal, no centro da cidade. A celebração, que completa 189 anos este ano, presta homenagens aos hérois da independência, como índios, negros e personagens históricos como Maria Quitéria, Joana Angélica, General Labatut.

Fogo simbólico
Na tarde de domingo (1º), os moradores do bairro de Pirajá, em Salvador, acompanharam a chegada do fogo simbólico, que saiu de Cachoeira e passou por várias cidades do Recôncavo.
A “chama da liberdade”, escoltada por uma viatura e batedores da Polícia Militar, foi recebida em Pirajá com buzinaço, aplausos e queima de fogos.
A tocha foi entregue ao chefe da Casa Civil da Prefeitura de Salvador, Geraldo Abbehusen, que comandou a cerimônia. Ele acendeu a pira da Independência no Panteão, e depois colocou flores no local onde estão guardados os restos mortais do general Labatut. A cerimônia terminou com o hasteamento das bandeiras da Brasil, da Bahia e de Salvador.

Lapinha (Foto: Egi Santana/G1)Ruas da Lapinha foram preparadas para receber programação cívica (Foto: Egi Santana/G1)

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