Equipamentos fabricados por empresa de SP ajudam empresários.
Em uma quitanda, embalados representam metade do faturamento.
A empresa de Alexandre Del Papa lançou a seladora a vácuo. É uma máquina de embalar alimentos.
O alimento é colocado dentro de um saco de plástico e é ajustado na máquina, que vai sugando o ar e murchando até fazer o vácuo. Por causa da ausência de oxigênio, o produto dura mais. “Não tem vida, sem oxigênio não tem vida”, explica o empresário.
O equipamento permite fracionar os alimentos para vender em supermercados ou servir em restaurantes e aumenta a segurança para o consumidor.
A empresa produz 20 modelos com várias capacidades de produção. O mais caro é um feito para embalar grãos. O diferencial é que ele compacta o alimento na forma de um pequeno tijolo. Custa R$ 25 mil e tem um modelo especialmente para pequenos negócios: a máquina de selagem manual que custa R$ 3,5 mil.
“A máquina é ideal para quem está começando, que tem um pequeno comércio, dispõe de pouca verba. Ela é mais manual, porém faz um vácuo tão bom quanto as automáticas”, diz Del Papa.
O equipamento embala todo tipo de produto: carnes, frutas, castanhas, queijos e molhos. A máquina suga o ar do saco plástico e faz a vedação em segundos. O essencial é não deixar entrar ar de jeito nenhum.
A máquina faz solda dupla, para tornar a embalagem super-resistente. Ela aguenta 100 kg. É importante para garantir a integridade do produto bem embalado. Caso seja transportado, o cliente sabe que estará bem embalado.
Para não machucar as folhas de produtos frágeis, como o alface, a empresa tem um modelo que tira o oxigênio e injeta nitrogênio no lugar, inibindo a proliferação de bactérias. A embalagem fica fofa e as folhas, inteiras.
O empresário montou um setor só para preparar as embalagens. Trabalham oito funcionários. Eles descascam os alimentos, lavam, dividem em porções e põem na seladora. O trabalho não para: eles fazem 1,5 mil pacotes por dia.
Descascar e embalar é lucrativo. A mandioquinha, por exemplo, custa R$ 6,95 o quilo. Na embalagem, vai para R$ 13. Outro exemplo, o alho, sai de R$ 14,90 para quase o dobro: R$ 29 o quilo. É uma fórmula de ganhar dinheiro. Os embalados representam a metade do faturamento da quitanda de Yoshio Xirata.
São mais de 200 itens de embalados, de legumes verduras e frios. Com a validade prolongada pelo vácuo, a quitanda não perde mercadoria. Para os clientes, a segurança e a praticidade valem o preço. “Se você for ver, acaba saindo o mesmo preço. Só o tempo que você vai gastar descascando, cortando, então compensa”, diz a consumidora Andreia Araújo.
A fábrica de seladora faz, em média, 30 unidades por mês. Vende para o Brasil, América do Sul e África.
“Uma seladora a vácuo é o sonho de consumo de quem está começando, tem um açougue, uma padaria, uma rotisseria. É um produto que não é tão caro e vai dar um ganho muito grande para esse empresário, eu aposto muito em um máquina dessa”, diz Del Papa.
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