Mostra competitiva na Praça Onze fez parte de encontro de artistas.
Dupla de contorcionistas foi a vencedora entre 15 concorrentes.
Dupla de contorcionistas foi a vencedora da mostra competitiva (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
Circo e lágrimas. Essa combinação inesperada para quem associa o picadeiro ao riso tomou conta da lona Crescer e Viver, na Praça Onze, Centro do Rio, na noite de sexta-feira (29). Uma mostra competitiva, com jovens artistas de várias partes do Brasil, emocionou a plateia, que também fez seu espetáculo, vibrando e incentivando durante acertos e erros de competidores.O evento fez parte do 1º Festival Internacional de Circo, que acontece no Rio de Janeiro até este domingo (1), com participação de 340 artistas e técnicos de 10 países e do Brasil. Na sexta, entre os 15 números apresentados, brilhou a dupla de contorcionistas Georgia Benjamim, 21 anos, e Helder Villela, 27 anos. Batizado de Duo Dual, os dois ficaram em primeiro lugar e levaram o prêmio de R$ 2 mil oferecido aos vitoriosos.
O Duo DualDurante e depois da apresentação, o casal emocionou o público, que o aplaudiu o bastante. “Eu não esperava, porque havia competidores muito fortes, mas também não fiquei surpreso, porque durante nosso número o público vibrou e aplaudiu bastante”, declarou Helder.
Lucas Castelo Branco, o segundo colocado
(Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
As glórias foram divididas com os malabaristas Lucas Castelo Branco, segundo colocado e aluno da escola Crescer e Viver, e Jéssica Savalla, neta do mais famoso palhaço brasileiro, George Savalla, o Carequinha, morto em 2006.(Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
Plateia vibrou com artistasA plateia vibrante dividiu emoções: em cada movimento rebuscado, vibrava e gritava. Após erros, pequenos detalhes diante da dificuldade das manobras, aplaudia e incentivava. Em alguns rostos, um choro silencioso era iluminado pelos holofotes.
“Chorei com a dupla de contorcionistas, mas na verdade fiquei maravilhada com tudo. É visível que eles entram com a alma pulsante. Eles têm uma persistência que emociona”, disse a fotógrafa Vanina Zini Antunes. “Foi demais. Os artistas não tinham medo de errar e o público entendia essa coragem”, afirmou Marcelo de Mattos, marido de Vanina. O casal levou o filho Bruno, de 3 anos.
Os números tiveram abertura e fechamento coletivo, com direção do italiano Roberto Magro. Antes da competição, a companhia chilena El Circo Del Mundo apresentou o show U Mano na Praça Onze. Desde 21 de junho, os espetáculos de grupos internacionais já consolidados acontecem em lonas montadas na Cidade de Deus e no Complexo do Alemão, ambas comunidades pacificadas, e nas já existentes da Quinta da Boa Vista e na Praça Onze.
Um dos diretores do festival, Vinícius Daumas, ressaltou a necessidade de um encontro internacional do gênero acontecer na cidade. “O Rio é uma cidade vitrine. É uma demanda que historicamente existe no Rio de Janeiro, que vem abrigando grandes eventos. E colocar lonas nessas comunidades é valorizar a vida”, afirmou Daumas.
Integrane do grupo chileno El Circo Del Mundo se apresenta antes da mostra competitiva
(Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
(Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
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