Pesquisa revela grande presença de mercúrio em tartarugas da Amazônia

Garimpeiros teriam contaminado área considerada berçário da espécie.
Tartaruga da Amazônia é de água doce e pode viver mais de 100 anos.

Do Globo Rural

Uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará revelou grande presença de mercúrio em tartarugas da Amazônia. Uma área considerada berçário da espécie teria sido contaminada por garimpeiros.
Em dois anos, o estudo conduzido pelo biólogo Josué Carvalho, professor da universidade e mestre em recursos naturais, avaliou 40 tartarugas fêmeas adultas, 66 filhotes e 90 ovos. Todos os animais apresentaram no organismo grande quantidade de mercúrio.

O pesquisador também considerou o comportamento dos animais avaliados e comprovou mudanças de hábitos. De acordo com o professor, quando a tartaruga vive em rios com grande concentração de mercúrio, as coordenações psíquicas e motoras são abaladas.
De acordo com a pesquisa, 3% do mercúrio encontrado no berçário de Monte Cristo foram levados diretamente dos rios perto de onde era extraído o ouro na época auge da exploração.
A tartaruga da Amazônia é um animal de água doce que pode viver mais de 100 anos, chegar a um metro e pesar mais de 90 quilos.