Professores estaduais param aulas por pagamento do piso, diz sindicato
Categoria participa de evento sobre educação nesta sexta, em Salvador.
Sindicato diz que acordos feitos com o governo ainda não foram cumpridos.
Ainda de acordo Oliveira, desde as 8h desta sexta, professores participam de um evento no bairro do Itaigara, em Salvador, que discute a educação no ensino médio. O presidente do Sindicato dos Professores disse ainda que outra paralisação da categoria está prevista para a quarta-feira (3). "O governo não sentou à mesa para negociar nada com a categoria. Nada do que foi acertado foi cumprido", afirmou.
Procurada pelo G1, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) informou que tem conhecimento da participação dos professores em um seminário na manhã desta sexta-feira, mas ficou de apurar a paralisação afirmada pelo sindicato para se pronunciar a respeito.
Professores paralisaram atividades por 115 dias
na Bahia (Foto: Reprodução/ TV Bahia)
Grevena Bahia (Foto: Reprodução/ TV Bahia)
A paralisação dos professores durou 115 dias na Bahia. Mais de um milhão de alunos ficaram sem aulas. Um novo calendário foi feito e as atividades do ano letivo de 2012 vão até março de 2013. A Bahia possui 32 mil profissionais de educação e, do total, 80% fizeram parte do movimento grevista, segundo a vice-coordenadora da APLB, Marilene Beltros.
A última remessa de pagamento dos salários dos professores, suspensos durante a greve, começou a ser feito no dia 14 de agosto, segundo a Secretaria de Educação da Bahia. O órgão afirmou que os valores referentes ao período de abril a julho foram liberados à medida que o calendário de reposição de aulas foi definido por cada escola. A vice-coordenadora da APLB, confirmou o recebimento do dinheiro pelos professores que ainda não haviam sido pagos.
As cinco cláusulas da categoria foram apresentadas ao governo no dia 1° de agosto. Os professores pediram a readmissão dos colegas demitidos durante o movimento; a retirada de processos administrativos contra professores em estágio probatório; o cancelamento dos processos judiciais contra o sindicato; o pagamento imediato dos salários cortados; o repasse do dinheiro da contribuição sindical e o retorno das negociações.
No dia 2 de agosto, o governo do estado respondeu à proposta apresentada pela APLB-BA acatando as solicitações referentes às demissões, processos administrativos, corte dos salários dos professores e repasses das contribuições sindicais. O governo incluiu ainda a parte financeira, que não foi citada na proposta dos professores.
A proposta salarial do governo mantém o reajuste cedido este ano com variação entre 6,5% e 11,5%, além de conceder aos professores licenciados da carreira de Magistério, por meio de curso de atualização, promoções com ganho de 7% em novembro deste ano e 7% em março de 2013.
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