MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 30 de setembro de 2012

Aeroporto JK lidera queixas por uso de canetas de raio laser, diz Cenipa


Das 1.354 queixas registradas pelo órgão neste ano, 100 foram no DF.
Luz pode distrair pilotos, ofuscar visão e causar cegueira temporária.

Do G1 DF

Quarto mais movimentado do país, o Aeroporto Internacional de Brasília lidera o número de reclamações de pilotos e controladores de voo por uso de raio laser. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado à Aeronáutica, foram registradas 1.354 queixas desde o início do ano até a última sexta-feira (28) em 94 aeroportos do país – 100 delas no Distrito Federal.
Aeroporto de Brasília lidera reclamações por uso de raio laser - 100 queixas, seguido do Aeroporto de Belo Horizonte - 97. (Foto: Cenipa/Reprodução)Aeroporto de Brasília lidera reclamações por uso de raio laser, com 100 registros, seguido do Aeroporto de Belo Horizonte, que teve 92. (Foto: Cenipa/Reprodução)
Oficial investigador do órgão, o major-aviador Marcello Borges afirmou que o raio disparado de canetinhas, brincadeira que se tornou comum nas imediações dos principais aeroportos do país, pode distrair os comandantes, provocar imagens falsas e causar cegueira temporária.
“Um piloto aqui em Brasília que estava na fase final do voo teve ofuscamento da visão [no dia 28 de fevereiro]. Ele decidiu arremeter a aeronave e só depois, com a visão recuperada, pousar”, conta.
De acordo com o major Borges, o uso de canetas com laser verde – mais forte – e vermelho tem aumentado desde 2010 e ainda não provocou acidentes. O crescimento das ocorrências levou o Cenipa a implantar uma ficha online para que pilotos e controladores possam relatá-las com maior facilidade. Das 332 queixas de 2011, 5 foram no DF.
O oficial informou que o órgão tem utilizado os dados para conscientizar a população. “A gente leva isso para apresentações em escolas e faz stands. A nossa preocupação é trabalhar a tempo para que não ocorram acidentes, porque a partir do momento que o piloto é alvejado por raio laser, isso pode acontecer”, explica.
Segundo a Polícia Civil, não há registro nas delegacias de uso de raio laser próximo ao aeroporto. O Código Penal prevê entre dois e cinco anos de reclusão para quem expõe aeronaves a perigo. Havendo queda ou destruição do avião, a pena passa para 4 a 12 anos.

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