Empresário produz fitas de juta e fatura R$ 600 mil por ano.
‘Lações’ também geram lucro para empresário em São Paulo.
Apesar de rústico, o material encanta pela beleza. O produto caiu no gosto dos decoradores e hoje é usado para os mais variados fins: enfeites de cestas, arranjos de flores e embalagens para presentes.
O empresário Marcos Garabetti trabalha com juta há 15 anos. Os rolos com os fios de juta chegam do Pará e nos teares são transformados em material para decoração.
“Tem uma boa aceitação. Não tem praticamente concorrência do importado e é um produto com bastante valor agregado”, conta Marcos.
A empresa de Garabetti fabrica seis modelos de fitas com 4 larguras diferentes, que variam entre um e 8 centímetros. Cada rolinho como este tem 10 metros de fita. Por mês são produzidos cerca de 15 mil. O material pode ser na cor natural ou colorido.
“O processo é todo artesanal”, conta o empresário. “Existe cuidado pra não ter acumulo de tinta, não ficar manchado em alguns lugares e também no processo, na hora de fazer a tinta pra esse produto (...). Consigo combinar em torno de 57 a 60 cores diferentes”.
Recentemente, ele percebeu que da fita poderia oferecer um novo produto: os laços já prontos, cerca de 500 caixinhas por mês. Cada uma delas tem 3 laços coloridos e custa por volta de R$ 9. A empresa fatura R$ 600 mil por ano vendendo laços e fitas para lojas de todo país.
Loja
No centro São Paulo, os produtos lotam as prateleiras de uma loja. São vários tipos de fita de juta: larga, estreita, colorida, com brilho e de cor natural.
“E o consumidor da juta não está preocupado com o preço. Ele está preocupado com o produto que ele compra independente do valor. E sem contar que é um produto ecológico, então a questão da sustentabilidade é muito importante agora”, diz a lojista Aline Dantas.
Para a empresária, o produto incrementa não só a decoração, mas também o faturamento da empresa: “principalmente na época de Natal, um incremento de 20% nas vendas da fita de juta”, conta.
Em outra empresa, os laços são de materiais diferentes, mas o tamanho é regra. O empresário Henry Yamada é especialista em “lações”. O negócio começou bem antes, na Austrália, onde o empresário morou por muitos anos. Há um ano, ele montou um atelier em São Paulo só para isso.
“Com a proximidade do Natal resolvemos tentar os laços. Muita gente fazia muitas coisas, carros alegóricos, coisas assim, inclusive laços, mas ninguém fazia só laço”, conta.
Os laços são feitos em veludo, cetim e plástico. São quatro modelos diferentes, com tamanhos que chegam a quatro metros. A empresa tem quatro funcionárias, que recebem os modelos já prontos e costuram o tecido.
“[Os clientes] querem os laços que eles geralmente veem em concessionária. Agora, a gente tem um outro tipo de cliente, que são as agências de publicidade, que fazem as campanhas, eles fazem os projetos e a gente produz”, diz Yamada.
Os preços variam entre R$ 200 e R$ 950. Yamada espera fechar este ano com um faturamento de R$ 500 mil e já pensa em exportar o produto.
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