Serão negociados 4,5 milhões de caixas da fruta.
Limite será de 20 mil caixas por produtor.
O produtor que quiser participar tem que se cadastrar. A procura é grande na região de Taquaritinga, em São Paulo.
O interessado não pode ter dívidas trabalhistas, nem imposto atrasado.
O Ministério da Agricultura disponibilizou R$ 120 milhões para a negociação de caixas, limitada a 20 mil por produtor. “A indústria vai pagar R$ 7 por caixa. Cada produtor terá direito a R$ 3,10 de subsídio do governo”, diz Roberto de Almeida Prado, corretor de mercadorias.
O primeiro leilão com subsídio da história da citricultura tenta amenizar uma das piores crises do setor. Sem conseguir vender a carga dos pomares, os produtores se mobilizaram em uma série de protestos. Eles derramaram suco nas ruas, distribuíram frutas nas escolas e erradicaram lavouras.
A produção do agricultor Walter Valério Neto, que foi a maior dos últimos 30 anos, teve perda total. A fruta que não caiu, passou do ponto e secou. “Todo investimento e trabalho de um ano foi embora sem a gente receber nada em cima”, diz.
Agora, o produtor se anima com a possibilidade de vender 30% da safra no leilão, mas sabe que o dinheiro não é suficiente para novos investimentos.
“Esse prêmio realmente não vai resolver o problema, mas, com certeza, vai ajudar a superar a crise”, diz Marco Antônio dos Santos, presidente da Câmara Setorial da Citricultura.
Os agricultores interessados em participar do leilão devem preencher um documento da CONAB e se cadastrar nas Bolsas de Mercadorias regionais.
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