CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO
As manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus devem ganhar
reforço de trabalhadores de várias regiões do Estado de São Paulo a
partir de segunda-feira (17).
DE SÃO PAULO
A decisão foi tomada no sábado (15) pela manhã em reunião com cerca de 100 representantes de várias entidades --entre elas o Movimento Passe Livre, que já organizou quatro protestos na cidade, e a central sindical CSP-Conlutas à qual é associada.
Metalúrgicos de São José dos Campos, trabalhadores rurais do interior paulista, operários da construção civil e funcionários do comércio são algumas das categorias que devem engrossar os protestos a partir da semana que vem.
"Estamos fazendo neste final de semana uma convocação geral para que, inclusive, nas fábricas e locais de trabalho, as pessoas possam avaliar que agora é o momento de também protestar contra a repressão e ditadura do governo Alckmin", diz José Maria de Almeida, presidente do PSTU e coordenador da Conlutas.
"Não apoiamos a depredação. Se a polícia encontra uma pessoa destruindo algo, tem de prender. Mas descer o cacete em trabalhador, estudante que se manifestam é outra coisa", afirma.
Segundo o sindicalista, os policiais militares que estiverem trabalhando no ato serão convidados a "desobedecer seus comandantes" e protestar "em vez de bater".
A CUT (Central Única de Trabalhadores) e Força Sindical já se posicionaram contra a repressão policial nas manifestações. Mas ainda não está certo a participação de seus sindicatos no protesto de segunda-feira.
Eduardo Anizelli/Folhapress
Casal que estava em bar na avenida Paulista é agredido por policiais militares; eles foram obrigados a deixar o local
"Sem revogar o aumento da tarifa, discutir tarifa social ou até tarifa zero, não adianta chamar para reunião. Porque se o aumento não for cancelado, a partir de quarta-feira haverá o dobro de gente nas ruas", diz Almeida.
A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) também divulgou apoio à manifestação e convocou todos os associados e entidades filiadas a "somarem-se nas ruas nessa luta que também é nossa".
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