Pessoas reuniram-se na Praça da República neste domingo (16).
Em pauta, realização de passeata nesta segunda (17) na Alm. Barroso.
Centenas de pessoas discutiram como deverá ser realizada a passeata marcada para esta segunda (17). (Foto: Dominik Giusti/G1)
Centenas de pessoas reuniram-se na tarde deste domingo (16) no anfiteatro da Praça da República, no centro de Belém,
para discutir a organização de uma passeata que deve sair nesta
segunda-feira (17), às 16h, pela avenida Amirante Barroso, ponto
emblemático dos problemas de trânsito na capital paraense pelo fluxo
intenso e constantes congestionamentos.Além do problema do trânsito, os cidadãos discutiram a possibilidade de abordar outros problemas da cidade, se a passeata deve ser ainda em prol do debate sobre saúde pública e salários dos professores, por exemplo. O passe livre, para a gratuidade em transporte coletivo para estudantes, foi consenso.
A reunião aberta "Não é por centavos, é por Direitos" foi convocada pelo Facebook, onde mais de 10 mil pessoas confirmaram a presença na passeata desta segunda. O encontro foi marcado após a série de protestos contra o aumento da tarifa de ônibus, que ocorreram na semana passada, em São Paulo.
Jovens com faixa: "saímos das redes sociais".
(Foto: Dominik Giusti/G1)
Na página da rede social, ororganizadores dizem que "impulsionados
pelas recentes manifestações contra o aumento das tarifas de ônibus pelo
país, nós, belenenses, também queremos ter um espaço para debater sobre
as nossas questões, como por exemplo o mal que mais têm nos atingido
diariamente: o trânsito caótico na entrada e saída de Belém, o BRT".(Foto: Dominik Giusti/G1)
Os presentes votaram nas propostas sobre o percurso da passeata. Foram apresentadas as rotas: saída do bairro de São Brás até a Praça da República; saída do Entroncamento até São Brás; deste bairro até o Entroncamento; ou passeatas por diversas ruas de Belém.
A proposta de saída do bairro de São Brás até o Entroncamento foi a mais votada, por aclamação popular. Posterior discussão discutiu se as pessoas deveriam seguir pela própria avenida Almirante Barroso ou se por dentro de onde está sendo contruída a via do BRT (Bus Rapid Transit). A maioria gritou "pelas ruas", mas ficou decidido que os manifestantes devem ocupar apenas metade da pista.
"Acredito que num primeiro momento devemos ir dentro do BRT para chamar atenção das pessoas. Se formos para a rua, se fecharmos o trânsito, as pessoas que estão no carro e nos ônibus não vão compreender", disse Willian Mota.
Outro participante da reunião reiterou que a passeata pela rua pode provocar uma possível repressão da polícia e que não deveria ser feita de forma radical. Em coro, os presentes entoavam "sem violência".
"A pauta do BRT serve para discutirmos a pauta da cidade, como o passe livre. Também queremos um plano de engenharia de trânsito para Belém. Sobre o BRT, queremos saber de prazos e metas, e que tenha transparência nesse processo, não existe um site sobre isso. O BRT sozinho não vai resolver sem um plano integrados de transporte", disse Victor Hugo, do Fora do Eixo.
Em outro momento da reunião, discutiu-se o uso de bandeiras de movimentos e partidos políticos durante a passeata e a maioria entoou "sem partidos", apesar de ter ficado decidido de que quem quiser levar a sua bandeira não poderá ser tratato com violência, nem será impedido de participar do ato.
"Achei importante vir aqui ouvir o que as pessoas têm a dizer. Queremos gritar e lutar por alguma coisa. É uma vontade coletiva. Temos muita coisa engatada na garganta. E isso vai ter uma resposta do governo, de repressão ou de mudança", disse o estudante Mateus Aguiar, de 18 anos.
A reunião foi organizada por integrantes do movimento Fora do Eixo, Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (ANEL), movimento Vamos a Luta, Xingu Vivo Para Sempre e Juntos.
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