Silagem produzida em fazenda substitui pastagem no período de seca.
Segundo produtores, sistema compensa mais do que comprar ração.
O engenheiro agrônomo e produtor rural Luiz Audi Santos afirmou que a silagem compensa mais do que comprar ração. Neste ano, ele produziu 70 toneladas do produto em sua fazenda.
O agrônomo, que também leva o sistema para produtores inexperientes, informou que a silagem é composta por milho, sorgo e capim-elefante. O produto é uma suplementação natural que substitui o pasto na alimentação do gado no período de seca.
Santos explicou que os compostos da silagem são fontes essenciais para o desenvolvimento dos animais.
"O custo de uma tonelada de silagem custa em torno de R$ 30 e um animal come, em média, 30 quilos por dia. Então você estaria alimentando teus animais com o custo de R$ 1 aproximadamente. A ração custa em torno de R$ 35 com 40 quilos. O animal vai comer essa ração durante uma semana. Então ao longo do mês seriam quatro sacos de ração. Inviabiliza o animal", declarou Santos.
Ainda segundo informações do agrônomo, a silagem não melhora a qualidade do material, mas conserva o pasto.
Cerca de 16 criadores de gado leiteiro dos assentamentos Tamarineiro II e Taquaral, em Corumbá, usam a silagem com alternativa de alimento para os animais.
O produtor Crescêncio Soares tem um rebanho de 20 vacas leiteiras e vai usar a silagem pela primeira vez. Segundo ele, em 2012, oito animais morreram por causa da seca. “Quando chegava a época da seca, tinha que vender bezerro para comprar ração. Eu acho que esse ano não vou ter perda de animais pela silagem que eu tenho, de 60 toneladas".
Conforme Santos, a produção da silagem nos assentamentos rurais de Corumbá começou em 2009, com dois produtores. Na época eram produzidos cerca de 40 toneladas do material. A expectativa para 2013 é uma produção de mil toneladas.
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