MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 9 de junho de 2013

Marcha das Vadias protesta contra agressão sexual no Amapá


Movimento foi às ruas com a temática "Um bilhão que se ergue".
Evento atraiu centenas de curiosos.

Graziela Miranda Do G1 AP

Marchas das Vadias 2013 em Macapá (Foto: Graziela Miranda/G1)Professora Natacha Greco foi às ruas com os seios à mostra para expor indignação (Foto: Graziela Miranda/G1)
Com a temática “Um bilhão que se ergue”, a 2ª edição da Marcha das Vadias em Macapá levou cerca de 300 pessoas às ruas. O evento aconteceu na tarde deste sábado, 8. Participantes ergueram cartazes com frases de protesto.
O evento faz parte do calendário nacional. “Neste ano houve várias Marchas das Vadias em todo o Brasil. Estamos articuladas com outras (marchas) que acontecem aqui no país”, afirmou Rebecca Braga, membro do movimento Mulheres em Contraponto da Universidade Federal do Amapá (Unifap).
Ela explicou que a temática deste ano está ligada a uma campanha internacional de várias frentes feministas de diversos países do mundo. “Estima-se que um bilhão de mulheres tenham sido violentadas em todo o mundo. Por ser um número alto, a ideia é fazer com que esse um bilhão saia às ruas e diga não à violência contra elas”, enfatizou.
Natacha Greco, professora que foi às ruas com os seios à mostra, fez questão de expor a sua indignação. “Eu vim assim porque o meu objetivo é reivindicar o nosso direito. Nós devemos ter a liberdade de fazer o que quisermos com o nosso corpo, e sermos respeitadas. Então eu venho com os seios para fora porque o homem tem o direito de andar sem blusa na rua e nós não. Por isso, aproveito a marcha para andar assim”, falou.
A passagem da marcha em Macapá atraiu centenas de curiosos, como Rubenilson Souza, que fotografou o evento. “Ver as pessoas sem roupas reivindicando os direitos é muito válido porque hoje em dia é muito grande o índice de violência sexual. Acho que esse tipo de protesto serve para conscientizar a população. Eu apoio esse tipo de manifestação.”, afirmou.
Para Ana Dias, que passava pela rua durante a passagem da marcha, apesar da proposta do movimento ser interessante, ela diz não ter gostado da denominação. “A proposta é boa, mas não aprovo o termo 'vadia'", opinou.
Segundo Rebecca Braga, a marcha é formada por um coletivo de mulheres que se organizam no dia a dia. Ela esclareceu que não há uma entidade que realiza formalmente o evento nas ruas. “A marcha não tem dono. Ela é das mulheres que saem às ruas para dizer não à violência. Toda mobilização foi feita através das redes sociais. Este ano senti que tivemos uma resposta positiva, pois ganhamos muita visibilidade”, completou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário