MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

‘Manifestantes pagos para isso’, diz Agnelo sobre ato contra Copa no DF


PM usou bombas de gás para conter protesto antes da abertura do evento.
Conflito de sábado terminou com 19 presos e 10 adolescentes apreendidos.

Do G1 DF

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, afirmou nesta segunda-feira (17) que a atuação da Polícia Militar na repressão dos protestos contra os gastos na Copa das Confederações ocorrido pouco antes da abertura do evento, com a partida entre Brasil e Japão neste sábado, ocorreu para “proteger o cidadão, combater a legalidade”. Segundo ele, os agentes só agiram quando o grupo tentou invadir o estádio. Ele afirmou que os manifestantes foram pagos para realizar o ato. O grupo nega que tenha sido financiado e afirma que houve truculência por parte da polícia.
“Ali tinha gente com objetivo de prejudicar essa festa, passar uma imagem negativa. [...] Uma manifestação que não tinha uma bandeira, não tinha uma proposta”, afirmou em entrevista ao Bom Dia DF. “Ali, durante todo o percurso, a polícia apenas acompanhou, eles passaram por várias áreas e barreiras que não poderiam ter passado. [...] A polícia acompanhou e protegeu a entrada e por ali podia fazer a manifestação que fosse. [...] Quando passou do limite, que ameaçava o evento [a polícia agiu].”
Ali tinha gente com objetivo de prejudicar essa festa, passar uma imagem negativa. [...] Uma manifestação que não tinha uma bandeira, não tinha uma proposta"
Agnelo Queiroz, governador do DF
Responsável pela organização do protesto ocorrido na sexta, Chico Carneiro afirmou que os manifestantes dois dois eventos eram voluntários. Ele também reforçou o caráter pacífico da ação e disse que em nenhum momento houve intenção de entrar em confronto com a polícia.
A coordenação de outro grupo que participou da manifestação também negou que tenha sido feito pagamento aos participantes. De acordo com o grupo, todos os manifestantes foram voluntariamente ao protesto.
Segundo a assessoria do movimento, o objetivo não era acabar com a realização da Copa das Confederações, mas manifestar “indignação com o que acontece no Brasil de um modo geral,  com [os problemas em] saúde, educação, corrupção”.
Outras pessoas que estavam no local afirmaram que a reação da PM foi desproporcional. Uma estudante da Universidade de Brasília que ficou ferida durante a ação disse que não havia necessidade do uso de gás lacrimogêneo nem de tiros de borracha. A garota foi atingida de raspão na perna e também recebeu spray de pimenta no rosto. Ela precisou ser atendida pelo Samu.
A Polícia Civil informou que investiga a relação entre os protestos ocorridos na sexta e o de sábado, que fechou o Eixo Monumental com queima de pneus. Duas pessoas foram presas na madrugada de sábado suspeitas de tentar alterar semáforos e prejudicar o trânsito na abertura do jogo.

Os manifestantes se reuniram por volta das 9h, na Rodoviária do Plano Piloto. Um grupo de 800 pessoas, segundo a Polícia Militar, caminhou pela via N1 do Eixo Monumental, e se aglomerou próximo ao Estádio Nacional Mané Garrincha, onde aconteceu a partida.
No início da tarde, os manifestantes foram isolados pelos policiais. Segundo o comandante da PM, Jooziel Freire, depois da ação da corporação, boa parte daqueles que faziam o protesto foi embora. Por volta das 14h20, alguns manifestantes tentaram invadir a área onde só tinham acesso torcedores com ingresso, o que motivou um novo conflito, segundo a PM.
“Nós dialogamos com os manifestantes até o limite, que era a entrada do estádio, ali próximo ao raio X. Eles enfrentaram a tropa para entrar no estádio. Nós fizemos o uso progressivo da força, primeiro com as motos, depois com a cavalaria, até o momento em que não houve mais negociação e a tropa de choque entrou em ação”, afirmou Freire.
De acordo com o diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Xavier, os manifestantes presos foram encaminhados à delegacia por desacato, resistência, desobediência e lesão corporal. Um dos detidos vai responder por dano a patrimônio público por ter lançado objetos contra uma viatura da PM. Todos foram liberados depois de assinar termo circunstanciado e passar pelo IML.
Ainda no sábado, o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, afirmou que a ação da polícia para conter os conflitos com manifestantes “foi perfeita”. Segundo o GDF, 19 pessoas foram presas e 10 adolecentes foram apreendidos. O governo informou que 39 pessoas foram atendidas pelo Samu, três por ferimentos de balas de borracha, disparadas por PMs, que também reagiram atirando gás lacrimogêneo.

Avelar disse que a atuação da segurança impediu que os torcedores tivessem problemas e que, apesar dos protestos, não houve prejuízo ao jogo. “Nunca na história do Distrito Federal se teve um evento tão grandioso. O mundo inteiro estava nos vigiando. A Polícia Civil a Polícia Militar foram postos à prova e se saíram extremamente bem. Por causa da manifestação, [a polícia] poderia ter perdido o controle da situação.”

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