MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 2 de junho de 2013

Em RO, técnicos trabalham na produção em cativeiro do pirarucu


Pirarucu é um saboroso e raro peixe da Amazônia e tem procura mundial.
Um importante passo da psicultura brasileira foi dado em Rondônia.

Do Globo Rural

No município de Pimenta Bueno, a 500 quilômetros de Porto Velho, fica a fazenda de peixe Boa Esperança.
Megumi Yokoyama é filho de japoneses, mas na região é conhecido como Pedrinho.

Pedrinho formou-se em São Paulo em contabilidade, mas fez fama em Rondônia como piscicultor. Ele chegou ao estado no início dos anos 70, pegou uma grande faixa de terra, mas logo percebeu que a colonização trazia progresso, mas também devastação.
Pedrinho acha que foi por benção de Deus, por carregar o apelido de Pedro, que se tornou, não um pescador, mas um criador de peixes, respeitado fornecedor de várias espécies
amazônicas.
Ele alimenta os cardumes com a desenvoltura de quem dá milho no quintal para as galinhas. Tem peixe que ele chama até pelo nome.
Pedrinho conta que foi em 1992 que lhe caiu a ficha sobre a situação do pirarucu. Com a intenção de formar matrizes, ele foi, então, ao Amazonas e conseguiu comprar de
pescadores 800 filhotes. Pagou uma fortuna.
O começo foi um desastre. Dos 800 alevinos, 500 morreram de cara. Os outros engordavam,
mas não se reproduziam. Pedrinho, então, começou a doar pirarucus para os vizinhos.
Rondônia é um estado rico em água, tem muitas veredas e quase toda fazenda tem
seu açude, sua represa. Há muitos projetos de piscicultura, aliás, dos mais desenvolvidos
da região Norte.

A iniciativa de Pedrinho acabou pulverizando matrizes de pirarucu por várias fazendas de Rondônia. Em 2005, o Sebrae viu nessas criações isoladas uma oportunidade de negócio, estimulou pesquisa, deu assistência técnica e em 2011, uma empresa que já trabalha com exportação de peixes nativos, instalou uma unidade em Pimenta Bueno e organizou a primeira produção em escala comercial de pirarucu de cativeiro do Brasil.
O zootecnista Thiago Ishizima, diretor de pesquisa da Mar & Terra, diz que, além do suporte
de agroindústria, que não havia na região, o principal investimento da empresa é na reprodução, que sempre foi o grande gargalo na criação do pirarucu.
A criação comercial da maioria dos peixes se baseia na reprodução artificial. O pirarucu não aceita isso, tudo tem que ser feito naturalmente e de certa forma, semelhante ao que acontece com os humanos. Pirarucu gosta de formar casal.
Umedecido, o pirarucu pode ficar 30, 40 minutos fora d´água sem problemas pela sua constituição, mais pra anfíbio do que pra peixe. Ele tem pulmão e respira.
O macho se distingue da fêmea pelo vermelho vivo que apresenta na ponta das escamas, aliás, ele se chama pirarucu por causa disso, pira quer dizer peixe e urucum, vermelho. Na parte da cauda, ele é mais escuro.
O americano, já casado com brasileira, Martin Halverson é o consultor desse projeto de produção industrial de pirarucu em Rondônia

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