MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 15 de junho de 2013

Capriles denuncia violação de direitos humanos em carta ao Papa


Líder da oposição, Henrique Capriles, acusou governo de violar direitos.
Presidente da Venezuela vai receber Papa Francisco nesta segunda (17).

Da France Press

Henrique Capriles fala em coletiva de imprensa e acusa governo de 'roubar' eleições. (Foto: Leo Ramirez/AFP Photo)Henrique Capriles fala em coletiva de imprensa e
acusa governo de 'roubar' eleições
(Foto: Leo Ramirez/AFP Photo)
O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, acusou o governo de violar os direitos humanos e os princípios democráticos em uma carta, divulgada este sábado (15), dirigida ao papa Francisco, que na próxima segunda-feira (17) receberá o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
'Os venezuelanos sofrem reiteradas violações dos direitos humanos, sem que os órgãos do poder público instituídos para garantir o proteger estes direitos atuem e muito frequentemente agem mais como protagonistas da transgressão', diz a carta, datada de 12 de junho e enviada ao Vaticano.
Governador do estado de Miranda, Capriles foi derrotado por Maduro nas presidenciais de 14 de abril com uma diferença de 1,49% dos votos, resultado que a oposição impugnou nos tribunais, acentuando a polarização política do país.
Depois da notícia de que Maduro viaja a Roma este fim de semana para ser recebido no Vaticano pelo Papa Francisco, Capriles anunciou que enviaria ao Pontífice uma carta com detalhes sobre a situação na Venezuela' e para que o santo padre soubesse 'com quem está se reunindo'.
Na carta, distribuída pela equipe de Capriles, o líder da oposição cita os conceitos de democracia enumerados pelo falecido papa João Paulo II em um compêndio da doutrina social da Igreja.
'Uma autêntica democracia não só é resultado do respeito formal às regras, mas é fruto da aceitação convicta dos valores que inspiram os procedimentos democráticos', citou Capriles.
No caso da Venezuela, continuou o líder opositor, o governo busca impor, 'a despeito da Constituição', um 'projeto coletivista', desconhecendo 'estes valores' democráticos 'pois condiciona tudo à aceitação da que se denomina 'a construção do socialismo''.
'Este é o fundo da crise política que nosso país vive', destacou a carta.
Capriles também agradeceu ao Papa que o deputado opositor Edgar Zambrano vá ser recebido nos próximos dias por autoridades do Vaticano.
Em abril passado, o Papa Francisco chamou as forças políticas da Venezuela a estabelecer um diálogo baseado no 'reconhecimento mútuo', depois dos protestos de rua que se seguiram à eleição presidencial e que deixaram ao menos 10 mortos e dezenas de feridos.
Na sexta-feira passada, o núncio apostólico de Caracas, Pietro Parolín, fez votos para que o encontro de Maduro com o Papa contribua para a reconciliação das forças políticas.

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