Região sul do Rio Grande do Sul é destaque na produção agroecológica.
Preço elevado é considerado empecilho para aumento do consumo.
“O preço é um pouco salgado, um pouco elevado. Eu mesma consumo muito, aí fica pesado”, afirma a aposentada Marilei Guerreiro.
Em média, o alimento orgânico custa 30% mais que o produto convencional. Esse é um dos empecilhos para o aumento do consumo. O que muita gente não sabe, porém, é que esse tipo de produção exige um acompanhamento quase que personalizado.
A lavoura é livre de agrotóxicos, respeita o meio ambiente e evita a contaminação do solo, da água e da vegetação, mas o trabalho para quem produz os agroecológicos é dobrado.
“No cultivo orgânico tem um trabalho elevado. É muito mais dedicação do agricultor. Leva mais tempo para a planta se desenvolver”, explica William Schaun, técnico em agricultura da Cooperativa Sul Ecológica.
Schmidt é credenciado pelo Ministério da Agricultura. No sul gaúcho, já são aproximadamente 400 agricultores orgânicos como ele. Edmilson Bartz é outro pioneiro no estado. Por meio do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (Capa), ele ajudou a formar a Cooperativa Sul Ecológica, que hoje distribui alimentos principalmente para a merenda escolar. O trabalho garante alimentação saudável para as crianças e segurança para o agricultor.
“Só por não precisar entrar em contato com o veneno é um benefício muito grande. Imagina a gente diariamente ter que colocar produto químico na planta, tudo vai acarretando até em problemas de pele e pra saúde da gente”, conta Bartz.
A produção na Região Sul do estado é de mil toneladas por ano e o desafio é aumentar esse número. “Tem que avançar também na pesquisa. Temos deficiências em relação ao solo, à fertilidade, aí entra a importância da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Temos que aumentar a produção orgânica e o número de produtores”, diz o engenheiro agrônomo do Capa Roni Bonow.
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