MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Remédios são descartados no Acre e revolta moradores

Moradores do bairro Custódio Freire denunciaram caso.
Unimed e Vigilância dizem que vão investigar e buscar responsáveis.

Yuri Marcel Do G1 AC

Remédios Unimed (Foto: Yuri Marcel/G1)Remédios foram despejados em área afastada de Rio Branco (Foto: Yuri Marcel/G1)
Moradores da Vila Aquiles Peré, no Bairro Custódio Freire, em Rio Branco, cobram providências das autoridades, após terem encontrado diversas caixas de medicamentos descartados na via de acesso à região. Os medicamentos foram despejados no local e queimados, mas a comunidade ainda não sabe quem é o responsável pelo material.


Para a aposentada Vera Lúcia Aguiar, de 58 anos, a situação beira o absurdo. Ela conta que caminhava com uma amiga pela estrada nesta quarta-feira (26) quando notou os medicamentos na estrada. "Me deu uma revolta porque faço tratamento de fígado, sou hipertensa, tenho osteoporose e quando vou me consultar não tem o remédio. Passam na televisão que a gente não pode queimar nosso lixo e como que fica aqui, que ainda por cima é remédio. Nós somos gente, não somos animais", reclama.

Já a empregada doméstica Marinez Braga, de 42 anos, fala sobre o perigo que o abandono de medicamentos traz, especialmente para as crianças que vivem no local. "Isso é desleixo conosco, somos seres humanos. Estamos muito indignados, tem crianças nesse ramal que correm risco. O que eles não querem para os filhos deles, que não deixem para os nossos", desabafa.
Remédios Unimed (Foto: Yuri Marcel/G1)Colete da Unimed foi encontrado no local
(Foto: Yuri Marcel/G1)
Para se chegar à Vila Aquiles Peré é preciso transitar em uma estrada de terra conhecida como 'Ramal do Romão'. Como fica em uma zona distante do centro da capital, os moradores desconfiam que as pessoas que despejaram os medicamentos acreditaram que não seriam denunciados. "As pessoas acham que como aqui é distante da cidade, não tem gente morando aqui, mas tem e queremos respeito", diz Marinez Braga.

Unimed
No local, a única pista do possível dono dos medicamentos era um colete com a identificação da rede de assistência médica Unimed. Procurado pela reportagem do G1, o assessor de comunicação da empresa em Rio Branco, André Barreto Garcia, informou que o caso vai ser investigado.

"A gente fechou nossa farmácia há um ano e esses remédios que a gente tinha lá, nunca foram descartados. Vamos investigar em cima disso. Nem as fardas a gente descarta, nós guardamos no setor de Recursos Humanos", salienta.

Vigilância Sanitária
Informada pelo G1 do caso, a diretora da Vigilância Sanitária Municipal, Luana Esteves das Neves, enviou uma equipe ao local para fazer a coleta do material para investigação. Segundo ela, o descarte de medicamentos deve ser feito em áreas adequadas e todas as unidades de saúde, sejam públicas ou particulares, precisam ter um programa de gerenciamento de resíduos.

A diretora enfatiza ainda que após identificar os responsáveis pelos medicamentos, eles poderão sofrer diversas sanções que vão de advertência à interdição e multa.

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