Movimento Passe Livre reúne manifestantes em São Paulo.
Na quinta (6), passeata teve 15 detidos após confronto com PM.
No horário, o grupo caminhava no sentido Castello Branco da via. A PM agiu inicialmente contra os jovens que estavam no fim da marcha e ocupavam a pista expressa.
Com a ação, a PM conseguiu liberar a pista expressa da Marginal Pinheiros. Após isso, o grupo seguiu em caminhada apenas na pista local.
Depois da ação da PM, o acesso da Avenida Rebouças para a Marginal Pinheiros ficou bloqueado tanto para carros quanto para manifestantes. A medida foi adotada para impedir que parte dos manifestantes chegasse à Marginal Pinheiros.
O grupo seguiu pela Marginal Pinheiros e entrou na Avenida Frederico Herman Júnior, seguindo novamento em direção ao bairro de Pinheiros. No local, policiais novamente atiraram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio contra o grupo, que desviou para a Rua Vupabuçu em direção à Avenida Faria Lima.
O grupo realiza ato contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo. A manifestação começou às 17h no Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste. Durante o tempo que ficaram no largo, o protesto foi pacífico e acompanhado por esquema policial.
Na quinta-feira, as manifestações deixaram um rastro de destruição e sujeira na Avenida Paulista, além de ter bloqueado vias no Centro. Quinze pessoas foram presas e levadas para 78º Distrito Policial, nos Jardins. Entre elas, duas permanecem detidas no começo desta noite.
O vandalismo de quinta-feira atingiu as estações Brigadeiro, Trianon e Vergueiro do Metrô, além do Shopping Paulista, bases móveis da PM, bares e bancas de jornais da região. Marcelo Hotimsky, estudante de filosofia da Universidade de São Paulo (USP), e um dos membros do Movimento Passe Livre (MPL), avisa que os protestos devem seguir nas próximas semanas.
"As pessoas que estavam ontem estavam bravas, o movimento deve continuar. Terça- feira haverá um grande ato na Av. Paulista." Ele ressaltou que os atos de de vandalismo desta quinta só ocorreram após a intervenção da polícia.
O Metrô estima que o prejuízo provocado pelos manifestantes seja de R$ 73 mil. Pelo levantamento da companhia, R$ 68 mil serão gastos com a compra dos vidros das estações e R$ 5 mil com lâmpadas danificadas durante o protesto.
O estudante estava preocupado com a queda no quórum durante o ato desta sexta. "PM por todos os lados e pouca gente é mau sinal. Tenho medo da repressão policial por causa do menor número de manifestantes.
O protesto
O ato foi organizado por estudantes, que criticam o aumento das passagens de trem, ônibus e metrô na cidade de São Paulo para R$ 3,20. O MPL defende ainda qualidade e pede tarifa zero. Segundo o grupo, “todo aumento de tarifa é injusto e aumenta a exclusão social.”
Os organizadores afirmam que quase 20 mil pessoas confirmaram presença no evento de quinta-feira via Facebook. Eles estimam que cerca de 5 mil tenham de fato comparecido, enquanto a PM afirma que 2 mil participaram.
Ao G1, representantes do MPL disseram que não são responsáveis por atos de vandalismos cometidos durante o protesto: bancas de jornais, orelhões, estrutura externa da Estação Brigadeiro do Metrô e ambientes do Shopping Paulista foram alvos de depredações.
Policiais e manifestantes entraram em confronto na Avenida Frederico Herman Júnior (Foto: Marcelo Mora/G1)
Às 18h40, a manifestação interditava a Avenida Faria Lima nos dois sentidos (Foto: Julia Basso Viana/G1)
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