MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 9 de junho de 2013

Pacientes cadeirantes de hospital participam de arraial em Porto Velho


Cerca de 30 pacientes participaram do arraial do Hospital Santa Marcelina.
Fisioterapeuta diz que brincadeira rende benefícios à saúde dos cadeirantes.

Halex Frederic Do G1 RO

Cadeirantes durante a apresentação da quadrilha (Foto: Halex Frederic/G1)Cadeirantes durante a apresentação da quadrilha (Foto: Halex Frederic/G1)
Há quase 10 anos o Arraial dos Cadeirantes, realizado entre os pacientes do Hospital Santa Marcelina, em Porto Velho, foi realizado na noite deste sábado (8), na Comunidade Santa Marcelina, distante 15 quilômetros da capital. Mais de 60 pessoas, entre os cadeirantes e acadêmicos do curso de fisioterapia de uma faculdade particular, se produziram e dançaram quadrilha.
Rose Ceolim é coordenadora do evento e explicou que a festa é realizada com ajuda dos funcionários do hospital e dos próprios cadeirantes. “Os [pacientes] que não participam da quadrilha, acabam ajudando nos preparativos do arraial, como as bandeirolas”, conta. A preparação para a festa começa quase 60 dias antes e os ensaios da quadrilha duas semanas.
A professora do curso de fisioterapia de uma faculdade privada da capital, Dalianne Costa, trabalha junto com os pacientes, há cerca de cinco anos, com a dança durante os arraiais promovidos pelo hospital. Além de Dalianne, cerca de 40 acadêmicos da mesma faculdade participam voluntariamente da ação.
A professora conta que os passos da quadrilha tiveram que ser adaptados conforme as limitações de cada participante. “Além de divertir os pacientes e mudar no clima do hospital, a dança na quadrilha aumenta a amplitude de movimentos e melhora o condicionamento cardiorespiratório dos brincantes”, comenta.
Nilson durante o arraial do hospital (Foto: Halex Frederic/G1)Nilson durante o arraial do hospital (Foto: Halex Frederic/G1)
Um dos beneficiados foi o aposentado Nilson Barreto, de 54 anos. Nilson teve a perna esquerda amputada após um acidente de moto em 2011. O aposentado revela que nunca tinha brincado de quadrilha antes e, neste ano, será 'puxador' da apresentação. “Quando a gente amputa a perna, parece que perde a liberdade, o mundo fica fechado. Agora eu nem lembro que amputei”, relata.
Nilson é de Cacoal (RO) e visita a comunidade para poder fazer o trabalho de adaptação com a a prótese de perna. O aposentado explica que na cidade onde mora nunca foi a uma festa por se sentir diferente dos outros. “Lá [Cacoal], as pessoas não são como eu, e isso acaba incomodando um pouco. Quando eu chego aqui [Hospital Santa Marcelina], eu me solto e me sinto em casa”, detalha.
Os amigos Giovani Sikoski, de 18 anos, e Maxwel da Silva, de 31, se conheceram na unidade médica e também participaram da festa. Maxwel conta com um sorriso largo que está animado e ansioso para a apresentação. “É algo que revitaliza a gente, melhora demais a autoestima”, garante.

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