MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Lixo hospitalar não é recolhido e impede entrada em necrotério, em RO


Necrotério funciona no prédio do Hospital Regional em Guajará-Mirim.
Prefeitura diz que formalizou contrato emergencial para coleta do lixo.

Leile Ribeiro Do G1 RO

Lixo acumulado na porta de acesso ao necrotério (Foto: Leile Ribeiro/G1)Lixo acumulado na porta de acesso ao necrotério (Foto: Leile Ribeiro/G1)
O trabalho do necrotério do município de Guajará-Mirim (RO), que fica no prédio do Hospital Regional, está comprometido por causa da quantidade de lixo hospitalar encontrada no local, que não é recolhido há pelo menos dois meses. A enfermeira chefe da unidade de saúde Anna Carla Antunes, registrou um boletim de ocorrências na delegacia de Polícia Civil, relatando o caso. Funcionários do hospital tiveram que deixar o corpo de um idoso, de 60 anos, que morreu na terça-feira (18), no leito por cerca de quatro horas, por não ter como fazer a remoção do corpo para o necrotério. O prefeito do município, Dúlcio Mendes, disse que já foi formalizado um contrato emergencial para o recolhimento do lixo hospitalar.
O corpo do idoso Abel Reis Nascimento, de 60 anos, permaneceu no leito do Hospital Regional por pelo menos quatro horas a espera da remoção para o necrotério,  Abel estava internado na unidade de saúde desde o dia 2 de junho. A causa da morte ainda não foi identificada.
Os sacos com agulhas e todo o material utilizado para curativos e outros procedimentos estão espalhados dentro das salas do necrotério e também do lado de fora, o que impossibilita até a entrada no local.
A enfermeira Anna Carla, que registrou o boletim de ocorrências, disse que o acúmulo de lixo hospitalar é um problema antigo, e que os profissionais se sentem impotentes.“Ficamos de pés e mãos atados, não podemos fazer nada para resolver essa situação. Com o acúmulo de lixo, vem também moscas e animais peçonhentos aqui pra dentro do hospital. Sem contar que esse material que tem nos sacos de lixo pode contaminar tanto os pacientes que estão em tratamento como os servidores que trabalham aqui”, lamenta a enfermeira.
Enfermeira Ana Carla registrou boletim de ocorrências (Foto: Leile Ribeiro/G1)Enfermeira Ana Carla registrou boletim de ocorrências (Foto: Leile Ribeiro/G1)
O contrato com a empresa que coletava o lixo hospitalar do município terminou em dezembro do ano passado e de acordo com o diretor do Hospital Regional, Sidomar Pontes da Costa, mesmo assim a empresa coletou o material uma vez no mês de abril. E o lixo está acumulado desde então. “Já estamos providenciando um local provisório para armazenar esse lixo até a empresa contratada emergencialmente vir recolher, mas ele ainda não foi definido e ainda não há previsão”, comenta o diretor.
De acordo com um servidor do hospital, que preferiu não se identificar, no sábado (15) a empresa que coleta lixo doméstico no município levou parte do lixo hospital para o lixão na BR-425. O dono da empresa, Paulo Zeed, disse que o material recolhido na unidade de saúde foi lixo doméstico. “Eu estive lá pessoalmente no sábado e vi que além de lixo hospitalar tinha muito lixo doméstico e pedi pra recolher”, explica.
O prefeito de Guajará-Mirim, Dúlcio Mendes, explica que já foi formalizado um contrato emergencial para o recolhimento do lixo hospitalar. Ele assinou a documentação nesta quarta-feira (19). “A mesma empresa que realizava a coleta anteriormente vai fazer esse trabalho emergencial a partir da próxima semana, por quatro meses", diz o prefeito.
Segundo Dúlcio, o processo licitatório para contratação definitiva da empresa, que vai realizar a coleta do lixo hospitalar nos próximos anos, já está em andamento, mas a demora e por conta da legislação ambiental. O serviço emergencial vai custar R$ 60 mil.

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