MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 24 de junho de 2013

CONHEÇA O DONO DA VOZ DO FREIO DE OURO

Emoção, entusiasmo e imparcialidade são elementos considerados por Luiz Mário Azambuja indispensáveis ao trabalho de narrador. Há aproximadamente cinco anos ele subiu pela primeira vez ao espaço denominado Mário Bruce Suñe, na pista de campo do Parque Assis Brasil, para se tornar a voz do Freio de Ouro. Agora, ele parte para um novo projeto e deixa ao sucessor o desafio de ganhar a confiança do público - algo que, com muita modéstia, orgulha-se por ter conquistado.

A decisão de largar o microfone do Freio foi, embora difícil, uma questão de ética e retidão profissional. Azambuja assumiu este ano a gerência administrativa da Estância São Rafael, de propriedade do criador Mariano Lemanski de Balsa Nova/PR, e achou sensato não correr o risco de ter que narrar uma prova em que algum animal do estabelecimento corresse.

“O narrador tem uma posição de enorme responsabilidade por estar ao lado de quem julga a prova e esta situação não me deixaria confortável”, explica. Justamente pelo peso da posição, Luiz Mário está diretamente envolvido no processo de seleção do próximo profissional e preocupa-se em, até agosto, encontrar alguém que seja tão apaixonado quanto ele pela a atividade “e pelo cavalo Crioulo”, ressalta.

Lições valiosas
Criador há mais de 30 anos, Luiz Mário é um dos fundadores do núcleo de Camaquã/RS e foi no local que começou a ter mais intimidade com o microfone. Ele conta que era o orador e também gostava de cantar por lazer. Então começou a narrar as provas sediadas no município - atividade que realiza até hoje e não pretende largar.

Em 1996, Azambuja começou a prestar consultoria a Lemanski e em seguida passou a narrar as provas da São Rafael. Com maior visibilidade, acabou convidado pelo diretor de provas da ABCCC na época, Telmo Motta Júnior, a fazer um teste nas classificatórias visando ao Freio de Ouro. “Como eu fazia isso sempre, foi tranquilo e acabei ficando. Este ano seria a minha quinta Expointer.”

Do tempo que foi responsável por narrar a maior prova de seleção da raça, Luiz Mário diz que guardará com carinho as lembranças e os bons momentos. “Sinto um prazer enorme com este trabalho e tenho muito orgulho de fazer parte desta equipe. Mas escolhas precisam ser feitas”, considera e acrescenta que sai com a sensação de que ofereceu o seu melhor. “Quando era criança tive que ser orador da minha turma e fiquei bastante nervoso. Então meu pai disse para eu ficar tranquilo porque quando a gente domina o assunto, na hora basta deixar o coração agir. Foi o que eu fiz.”

Para o sucessor Azambuja deixa um ensinamento: lembrar sempre que o espetáculo está no cavalo, por isso, o microfone deve passar despercebido. “Não devemos falar demais. Diferente de outras provas em que o narrador é que dita o ritmo, no Freio de Ouro a disputa segue e tu deves acompanhar com tranquilidade e focado na informação que o público quer receber.”

fonte: ABCCC (por Helen Albernaz)

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